Allegra – Rafa... O que é isso?

Rafael – A surpresa, mas é só o começo. Você não viu nada ainda!

Allegra – Nada?

Rafael – Ainda. Vem comigo!

Rafael pega na mão de Allegra e a puxa para dentro da limousine. Eles ficam conversando até que o carro para.

Allegra – Onde estamos? Aqui tá tão escuro.

Rafael – É porque você está de olhos fechados, como eu te pedi.

Allegra – Ah é, haha. Posso abrir?

Rafael – Só mais um pouco... Abre agora.

Allegra abriu os olhos e na sua frente viu um barco lindo, cheio de luzes, com uma mesa com duas cadeiras.

Rafael – Gostou?

Allegra – Que pergunta! Claro.

Rafael – Que bom... Eu quero que essa tarde seja especial.

Os dois entraram no barco e dois minutos depois, quando um homem desamarrava a corda para o barco andar, Caroline chegou gritando.

Caroline – Esperem por mim!

Allegra – Ai não.

Rafael – Acelera, faz esse barco andar! Como ela nos achou?

Caroline – Eu sou muito informada, para esse barco que eu vou junto!

Rafael – Não para, pode ir.

Enquanto Caroline gritava, o barco já tinha se distanciado o bastante do píer. Rafael levou Allegra até a mesa de jantar e ela se sentou em uma cadeira que estava coberta com um pano branco. Os dois se deliciaram com a comida preparada por um chefe maravilhoso. Também tomaram sorvete na sobremesa e estava tudo indo muito bem, até que Rafael se levantou.

Rafael – Você me concede uma dança?

Allegra – Não posso negar, não tem para onde fugir, a não ser que eu saia nadando.

Rafael – É verdade, hahaha. Venha. – o menino disse, estendendo a mão.

Os dois dançaram valsa e o garçom só observava. Estava maravilhado, não tirava os olhos dos dois, até que ouviu um barulho e viu alguma coisa subindo no barco.

Garçom – MONSTRO MARINHO, MONSTRO MARINHO.

Rafael e Allegra pararam a dança e ficaram só observando o garçom dar pauladas na cabeça do monstro com um pau. O monstro pegou o pau e tacou na água, subindo no barco. Já não parecia um monstro, e sim um zumbi. Ele fazia “GAAAH” e Allegra resolveu fazer alguma coisa, tacando Rafael pra cima do zumbi.

Allegra – TOMA, FICA COM O RAFAEL, MAS NÃO SE APROXIME DE MIM.

Rafael – Valeu Allegra, valeu.

Rafael pegou outro pau que achou e ficou batendo no zumbi-monstro, que de repente gritou “AI”. Com a cara toda arrebentada e desleixada, Caroline apareceu.

Caroline – SEUS BRUTOS! EU SEI QUE NÃO ME QUERIAM AQUI, MAS PRECISAVA FAZER ISSO? U-U

Allegra – Cassilda O-O

Caroline – Não, Caroline!

Rafael – Foi mal Carol! Não vi que era você. Como se sente?

Caroline – Violada!

Rafael – Isso eu sei, desculpa arrebentar a sua cara e fazer com que você futuramente precise fazer uma cirurgia plástica. Está bem ou mal?

Caroline – Olha, eu até aceitaria uma taça de champanhe com sorvete de creme.

Allegra – Ela tá ótima. Bom, já que você está bem, que tal te tacarmos na água de novo?

Caroline – É, já fiz amizade com uns peixes aí. Eu estava parecendo um zumbi porque quando vinha pra cá, nadando feito uma sereia, uma alga entrou em contato com a minha face U_U

Allegra – Tava mais pra baleia, porque né.

Caroline – Só minha mãe pode me chamar de baleia. Foi ela que me colocou nesse mundo, tá?

Allegra – Coitada dela, ter que te aturar, mas não se escolhe os filhos, né não?

Allegra e Caroline olharam para trás e o garçom e Rafael estavam se esborrachando de rir.

Allegra – Vocês dois querem ir pra água com a Caroline? Porque eu posso jogar vocês, sem problemas.

Rafael – Não estamos rindo. Nossas bocas têm vida própria às vezes. Josefino, hora de voltar para o píer.

Josefino – Tudo bem!

Caroline – Josefino?

Garçom – Pinto Bonito.

Caroline – Que?

Garçom – O nome dele. Josefino Pinto Bonito.

Caroline olhou para Allegra, que estava apoiada num poste do barco, rindo sem parar.

Rafael – Nossa, ela é sempre assim?

Caroline – É. Um dia na sala de aula, ela riu tanto que tiveram que chamar a enfermeira pra dar um jeito de ela parar.

Rafael – Não sei se vou querer ter uma menina assim como namorada.

Caroline – Como é que é? GENTE, CADE OS EFEITOS ESPECIAIS DE SERIADOS ONDE TEM UM PÚBLICO FALANDO “OOOH”?

Rafael – É isso mesmo. Gostei dela, ela é incrível...

Caroline – Mesmo que tenha gostado dela, não é a hora de pedi-la em namoro. A Allegra continua triste porque o Vinicius a machucou muito. Acho melhor não.

Rafael – Então vou... Esperar.

Caroline – É o melhor a fazer.

Josefino – Chegamos, Rafael.

Rafael – Ok, obrigado.

Todos descem do barco, menos Allegra, que continua agarrada no poste, quase dormindo, mas rindo.

Caroline – Ô pintona, vamos logo!

Allegra – HAHAHA PINTONA!

Caroline puxa Allegra para fora do barco. As duas entram na limousine, mas Caroline fica ao lado do motorista e Rafael e Allegra, nos últimos bancos.

Allegra – Blá, blá, blááá.

Rafael – Acho melhor você tomar alguma coisa, menina. Você não tá bem.

Allegra – Sabe o que eu quero fazer?

Rafael – Fala.

Allegra – Isso.

Ela diz e começa a tirar a roupa de Rafael, que não a impede.

Rafael – Eu também quero.

Allegra – Então vamos lá!

Os dois tiram totalmente a roupa um do outro e Allegra sobe em cima de Rafael, que não consegue continuar com o que estavam fazendo.

Allegra – O que foi?

Rafael – Você está bêbada, Ale. Não é com amor que vamos fazer isso.

Allegra – Não, eu... Não estou bêbada. Sério.

Rafael – Não precisa mentir pra continuar com isso. Você não está magoada? Com aquele tal Vinicius?

Allegra – Na verdade, eu... Eu ainda amo o Vini.

Rafael – Então o que estamos fazendo? Você sabe que não pode.

Allegra – Você tem razão, me desculpa.

Rafael – Não, o que é isso, eu... – ele foi interrompido por um beijo de Allegra.

Allegra – Você é perfeito pra mim. – ela diz e continua beijando Rafael.

Rafael – Chega! Um dia, talvez, esse momento aconteça novamente, mas não é uma boa hora. Aliás, já estamos chegando em casa, trate de vestir sua roupa.

Allegra – Tá bom – ela parecia uma menina teimosa.

Caroline – E aí cambada? Allegra, vamos sair desse carro que precisamos ir!

Rafael – É melhor, mesmo. Tchau Allegra!

Allegra – Tchau...

Caroline – Tchau pra você também, Rafael u_u

Rafael – Tchau Carol haha

Caroline – Melhorou. Trate de se acostumar.

As duas caminham até a porta da casa de Caroline.

Caroline – O que rolou lá dentro? Vocês pareciam se odiar.

Allegra – Não foi nada, esquece.

Caroline – Eu sou sua melhor amiga, Allegra. Como pode não querer falar sobre o que aconteceu?

Allegra – Aconteceu que o Rafael me fez acreditar que eu estou apaixonada pelo Vinicius.

Caroline – Quem ama briga.

Allegra – Quem tem uma melhor amiga idiota, é muito azarada.

Caroline – Você me ama que eu sei. Espero que dê tudo certo entre você e o Rafael, porque ele me falou umas coisas no barco enquanto você estava rindo com o seu amigo poste.

Allegra – Que coisas?

Caroline – Nada. Não posso falar.

Allegra – Eu sou sua melhor amiga, Caroline. Como pode não querer falar sobre o que aconteceu? Hahaha.

Caroline – É diferente. Bem mais sério. Eu queria, mas não posso falar. Vem, vamos entrar e amanhã de manhã você vai pra casa.

[ CONTINUA ]