‒ Você quer se casar algum dia, Victória? Já pensou em conceder seu amor para algum homem para toda vida?

Ela o olhou...

‒ Eu não acredito muito nessa coisa de dividir a vida com alguém pra sempre! Eu quero ganhar o mundo e viver minha vida, eu não tenho sonho de casar. ‒ foi verdadeira.

Victória tinha apenas vinte e um anos e queria ganhar o mundo com sua carreira e casar não estava em seus planos.

‒ Você já amou alguém? ‒ ele perguntou de modo carinhoso porque ele já tinha amado já tinha amado a muito tempo e ela não estava mais com ele.

‒ Não, eu nunca amei ninguém!

‒ Eu já! ‒ ele suspirou tendo certeza de que aquilo era a maior declaração que ele podia confiar a ela. ‒ Eu amei e amei muito.

‒ E o que aconteceu? ‒ ela chegou mais perto dele. ‒ Quer me contar?

Ele fez uma expressão de tristeza e baixou a cabeça por alguns segundos como se pensasse em alguém que não estivesse mais ali, depois olhou para ela de modo carinhoso e disse:

‒ Eu amava demais e era bem mais jovem, ela foi a mulher que conquistou meu coração que me mostrou como era ser um homem. A grande maioria das pessoas pensa, Victória, que somente as mulheres têm um momento em que se tornam mulheres nas mãos de um homem, mas nós homens também temos um momento em que nos tornamos homens nos braços de uma mulher quando amamos! Eu amava muito de todo o meu coração uma mulher chamada Antonieta, ela era jovem como você acho que vocês tem a mesma idade, mas quando nos apaixonamos ela tinha apenas dezessete anos, eu a amei com todo meu coração.

‒ E o que aconteceu? ‒ ele suspirou.

‒ Ela foi embora com outro homem, me abandonou porque achou que eu não valia a pena! ‒ Victória arregalou os olhos.

‒ Ela só poderia ser louca pra abandonar um homem lindo como você... ‒ ela parou de falar.

Ele sorriu.

‒ Me acha bonito? ‒ ele se aproximou dela calmo fixado no olhar dela. ‒ Com certeza eu não sou tão bonito quanto você é! ‒ estava bem perto dela quase podendo tocar os lábios.

‒ Você é... ‒ falou num sussurro.

‒ Você é perfeita! ‒ ele segurou o pescoço dela com carinho e a trouxe para ele colando os lábios nos dela começando um beijo suave sem língua... apenas os lábios.

Ela suspirou nervosa e levou a mão até o rosto dele e abriu um pouquinho mais a boca para senti-lo, era a primeira vez que deixava ele se aproximar de verdade. Ele intensificou o beijo queria ela, estava louco por ela e naquele segundo se percebeu assim.

Moveu carinhosamente a língua invadindo o pequeno espaço que ela tinha lhe dado em sua boca deslizando pelos dentes perfeitos e em seguida buscando a língua dela. A mão prendia o pescoço suave e perfumado para que ela não fugisse e ele colou ainda mais o corpo dele ao dela sentindo os seios entumecidos junto a seu peito, ela estava excitada e ele gemeu leve nos lábios dela...

‒ Heri... ‒ falou terminando o beijo mais sem se afastar dele.

Olhou os lábios dele e não resistiu o beijou novamente agora com um pouco mais de intensidade abraçando ele pelo pescoço. Ele a prendeu.

‒ Vick... ‒ Desceu o braço a abraçando e tendo ela ali com ele.

O beijo dela era tão delicioso, manter os corpos colados o deixou ainda mais aceso e ele a puxou de modo delicado, pois queria que ela se sentasse em seu colo foi trazendo aquela bela mulher com cuidado, queria que se sentisse querida.

Victória sentou no colo dele mais ao senti-lo deu um pulo do colo dele e ao ir para trás se desequilibrou e caiu do outro lado da mesa e o olhou envergonhada e saiu correndo para o quarto, se jogou na cama e quis chorar

Ele sentiu o coração pulsar tão forte que nem conseguiu controlar e foi atrás dela no quarto, entrou com calma e deitou na cama ao lado dela sendo gentil.

‒ Victória, por favor, não fique assim! Eu não quero que você fique triste, você se machucou quando caiu?

‒ Me deixa sozinha! ‒ ela enterrou o rosto no travesseiro envergonhada.

Ele tocou as costas dela e foi gentil.

‒ Eu vou deixar que você fique sozinha, mas queria te dizer que esse beijo foi maravilhoso que eu quero te beijar muitas outras vezes! ‒ ficou esperando que ela virasse para ele naquele segundo porque estava com coração saltando.

Ela virou pra ele ficando com os olhos presos no dele tinha vestígios de lágrimas.

‒ Você é linda, é linda demais! ‒ passou a mão no rostinho dela tão delicado e tão perfeito que ficou ali olhando para ela.

Era como se o mundo inteiro tivesse parado naquele segundo que ele sentiu o coração acelerar olhando aquela bela mulher aquela linda mulher menina.

‒ Eu nunca beijei ninguém assim... ‒ confessou abaixando o olhar.

Ele sorriu lindo e a olhou com calma.

‒ Linda, Victória, você é pura? Nunca esteve com um homem? ‒ ele fez a pergunta de modo tão doce estava com os olhos carinhosos observando ela.

Ela o olhou e naquele momento se sentiu uma bobona e mentiu rindo.

‒ Se quer saber se eu sou virgem... Eu não sou, já transei só falei do beijo porque foi o primeiro assim... ‒ quis passar verdade.

Ele alisou o rosto dela com amor.

‒ Eu te darei quantos beijos quiser... você é minha! ‒ ele ficou um tempo pensando no que ele ia dizer e depois disse. ‒ Você é minha esposa, eu te darei isso e tudo mais que você quiser! ‒ ela sorriu e acariciou o rosto dele.

‒ Eu quero que saia e me deixe sozinha um pouco... ‒ ele sorriu e antes de sair beijou a testa dela e com a mão delicada ele tocou e apertou a coxa bem perto do traseiro.

Ele se levantou e saiu sorrindo sentindo o corpo todo flutuar e fechou a porta e quando passou pelo corredor só conseguia pensar em como aquela mulher estava o deixando doido em tão pouco tempo. Victória agarrou o travesseiro nervosa com aquele toque dele mas sorriu ingênua o homem tinha a mão forte e sabia segurar, olhou o braço e estava ralado do tombo e mais uma vez se sentiu uma bobona.

Heriberto desceu e foi a cozinha tomar alguma coisa, estava com uma sede danada e precisava se hidratar, pois no dia seguinte trabalharia por horas já que não tinha ido viajar ia interromper sua licença e voltar ao trabalho. Viu a expressão da mãe ao cruzar a cozinha.

‒ Está tudo bem, mamãe? Onde ele está?

‒ Foi embora! ‒ foi ate a geladeira e pegou suco.

‒ Embora? ‒ ele começou a rir, mas fez isso bem baixo. ‒ Você acabou com a raça dele, mamãe?

‒ Ele tem que aprender e não ria que você vai embora do meu apartamento hoje que não te quero aqui! ‒ falou seria. ‒ Quero ficar sozinha e você tem seu apartamento e se quiser vá lá pra casa, mas não vão ficar aqui e eu ter que ouvir gemidos, não tô podendo não. ‒ tomou seu suco.

Ele soltou uma gargalhada ainda maior e ficou olhando para ela depois a beijou com amor.

‒ Nós vamos embora daqui a pouco, Mamãe, eu só queria ter certeza de que você está bem! Eu sei que meu pai merece um castigo por ter feito a idiotice de tocar em você então deixe que ele fique longe um pouco.

‒ Ele vai ficar aquele idiota! ‒ ela estava brava.

Ele a beijou de novo.

‒ Você está certa, mãe e eu vou te apoiar em tudo que você precisar, mas preciso ir para casa porque minha mulher quer fazer amor eu também, já que você não quer ouvir a gente vamos ter que gritar no nosso apartamento. ‒ piscou para ela provocando.

Ela bateu no braço dele e riu beijando o filho.

‒ Qualquer coisa me liga e eu vou até vocês se caso ficarem presos um no outro! ‒ ele riu.

‒ Mãe, eu quero muito ficar engatado nela até amanhã! ‒ neijou e saiu rindo.

‒ Me respeita que ainda sou sua mãe, moleque!

Ele caminhou em direção ao quarto se lembrando que ela queria um pouco de tempo, ele apenas foi tomar um banho no outro banheiro do corredor enquanto dava tempo a ela. Victória tomou um banho e depois vestiu um vestido soltinho no corpo e começou a passar um creme em suas pernas que tinha cheiro de morango.

Ele entrou no quarto apenas de toalha, quando ele entrou foi um gesto tão natural porque estava desacostumado a ter outra pessoa no quarto que ele apenas ficou parado olhando para ela. Depois de alguns segundos ele disse sorrindo.

‒ Minha mãe não quer que a gente fique aqui, porque disse que não quero ouvir os gritos de nossa lua de mel então temos que ir hoje para o meu apartamento! ‒ ela o olhou e rapidamente virou o rosto voltando a olhar para frente engoliu a saliva e gaguejou.

‒ Pode... Podemos ir agora, depois a hora que você quiser...

‒ Terminar de se arrumar e pegue suas coisas que eu vou vir buscar as malas para a gente ir! Você quer passar em algum lugar antes de ir? Tem espaço suficiente lá na minha casa para levar alguma outra coisa que você queira. ‒ ela não fazia ideia de que ele estava a levando para um apartamento que era gigantesco lindíssimo e uma cobertura.

A imagem da janela do quarto dele era direto para o oceano e ele tinha uma visão panorâmica com tudo em vidro, a sala dele era gigantesca e tinha uma TV em tamanho quase de cinema, o quarto era decorado de modo elegante e a cama era tão grande que caberia quatro ou cinco pessoas nela.

‒ Não quero não! ‒ ela falou. ‒ A minha mala esta arrumada é só calçar o sapato!

‒ Eu vou precisar que você faça uma coisa Victória que é super simples como você é uma mulher muito elegante não vai te dar muito trabalho, eu tenho dois eventos nesse final de semana e quero que você esteja comigo me acompanhando então eu vou te dar um cartão para você comprar todas as roupas que queira para me acompanhar porque será em traje de gala, se você quiser pode fazer isso hoje à tarde enquanto resolvo as coisas do meu plantão de amanhã pode ser?

‒ Eu não sei me vestir assim! ‒ ela se virou e logo voltou a sua posição.

‒ Eu posso pedir alguém para ajudar! Não tem uma amiga?

‒ Eu moro em outra cidade... Porque você não coloca logo a sua roupa? ‒ ele a olhou.

‒ Desculpa!

Ele foi ao banheiro depois de pegar uma muda de roupa para ele colocar, uma bermuda branca e uma blusa azul e um mocassim marrom e voltou de lá vestido. Ela o olhou suspirando.

‒ Podemos ir quando quiser! ‒ ele pegou as malas e desceu junto com ela.

Passaram pela mãe dele se despediram mais uma vez e depois quando estavam no carro ele se lembrou que tinha esquecido a aliança no banheiro, voltou pegou a aliança e viu que ela tinha deixado uma calcinha no banheiro pegou colocou no bolso e desceu colocando aliança de novo em seu dedo distraído. Entrou no carro deu partida e seguiu para o apartamento conversando coisas comuns com ela.

‒ Do que você gosta, Victória?

‒ Eu gosto de ler e de música... ‒ ela sorriu.

‒ Eu gosto dessas coisas também, mas adoro sair para dançar, você não acha que podemos sair hoje?

‒ Você vai estar ocupado com o trabalho não vai? Precisa descansar vai trabalhar quarenta e oito horas.

‒ Eu posso dançar um pouco, uma hora vamos embora! Meu plantão vai começar por volta das seis horas da manhã então eu tenho tempo de dormir pelo menos umas cinco horas. Vai ser legal Victória você vai gostar.

‒ Eu não tenho roupa... ‒ a mala que tinha era apenas com roupas para o mar já que passaria um mês em um navio.

‒ Então vamos parar numa loja agora comprar, Victória, por favor, me deixa te dar isso de presente já que você me ajudou tanto!

‒ Você precisa agora de uma esposa e bem vestida já que é um homem com muitos compromissos e não um playboy de farra. ‒ zombou dele e riu naturalmente pela primeira vez.

‒ Sim, eu preciso! Eu vou te levar num lugar e você vai ver que vai dar tudo certo. ‒ ele mudou a rota e foi com ela até uma loja maravilhosa onde foi recebido sorrindo por uma mulher lindíssima e elegante que começou a orientar Victória na compra de algumas roupas.

A mulher achou Victória lindíssima e fez todos os elogios que ela podia, juntas foram escolhendo vários looks enquanto ele ficava sentado apenas observando ela aparecer para ver se estava bonita ou não, cada vez que surgia vestida com uma roupa diferente com salto mais alto ainda ele ficava mais encantado mais fascinado pela presença dela.

Victória provou um último vestido na cor nude e saiu com um salto da mesma cor o vestido ia dois dedos a cima do joelho e ela parou com o cabelo feito um coque mal feito estava cansada e suada de tanto trocar de roupa e esperou que aquele tivesse bom para o jantar daquela noite. Ele olhou sorrindo e disse para ela com os olhos cheios de felicidade.

‒ Nos levar todos que você provou! Todos ficaram maravilhosos em você.

‒ Você ficou maluco?

‒ Não, você ficou linda eu gostei de todos e vamos poder usar todos minha senhora! ‒ ele brincou e piscou para ela. ‒ Agora vamos comer alguma coisa que eu estou morrendo de fome vai se trocar para a gente comer alguma coisa!

‒ Aleluia nunca pensei que ter um marido fosse tão difícil! ‒ ele riu.

Ela se virou e voltou pra trocar de roupa e quando estava saindo notou que a aliança não estava no dedo e se preocupou e procurou entre as roupas e na bolsa mordeu a unha e olhou para todos os lados e não achou e nem sabia como tinha perdido, saiu e falou com uma vendedora que estava atendendo a ela.

‒ Você viu se eu deixei minha aliança cair na hora que eu peguei as roupas?

‒ O seu marido pegou sua aliança está com ele, ele estava pagando! ‒ ele ria do outro lado no caixa enquanto passava o cartão pagando a conta e distraído com atendente.

Victória agradeceu e foi até ele de cara fechada vendo o sorriso da vendedora.

‒ Você está com minha aliança amor? Eu não vi cair... ‒ fez seu papel mais debochada com raiva do sorriso da safada pra ele e ele adulando.

Ele se virou sorrindo e pegou a mão dela, enquanto colocava aliança no dedo dela ele foi falando...

‒ Caiu quando você tava se vestindo, meu amor! ‒ depois de colocar a aliança no dedo dela ele beijou a mão dela e sorriu mais.

Ela o puxou pelo pescoço e beijou a boca dele com vários selinhos.

‒ Obrigada por guardar eu me preocupei! ‒ beijou mais e o soltou olhando a mulher com cara fechada.

Ele pegou as sacolas sorrindo e falando com ela sem soltar a mão dela.

‒ Eu peguei meu amor eu vi que você tava distraída! Muito obrigado a todas vocês e tenha um ótimo dia. ‒ ele continuou com aquele lindo sorriso e saio com ela de mãos dadas e as sacolas todas.

‒ Você sempre sorri assim para as mulheres? ‒ questionou.

‒ O que? ‒ ele a olhou caminhando ao restaurante elegante.

‒ Se eu fosse a sua mulher eu ia te dar uns tapa, que marido meu não fica rindo pra piriguete não! ‒ ele a olhou e parou.

‒ E o que está faltando? ‒ ele segurou Victória pela cintura e ficou olhando dentro dos olhos dela sem dizer nada apenas olhando nos olhos e depois nos lábios.

Ela podia ser tudo o que quisesse com ele porque ele já estava laçado por ela.

‒ Você me conquistar... ‒ Falou quase que não saindo num sussurro.