Nós dois - tda

Capítulo 38 - "Vamos ter esperança"


NO OUTRO DIA...

Heriberto olhou o pai nos olhos e sentiu o coração encher-se de raiva. Como ele podia ter escondido aquilo dele, sem dizer nada, sentindo o coração aos pedaços, ele avançou na direção do pai, estavam na porta de entrada da casa dos pais, mas a mãe não estava, ele sabia, queria resolver aquilo de um jeito meio tosco.

Quando viu o pai ele avançou nele e segurou pela camisa dando dois socos no pai que não reagiu e ele o empurrou no chão e disse com ódio.

— Aquela mulher abusou de mim drogado, ela é uma vagabunda, permitiu que homens, malditos vagabundos frequentasse a casa dela e eles molestaram e violaram uma criança que te ama e se acha sua neta, seu animal! Te chama de avô! Você permitiu que essa menina sofresse e não mudou a vida dela, deixou ela lá com aquela maldita!

—Meu filho, Heriberto, eu posso explicar...

Ele olhou o filho, Lúcio sabia bem que ele era um idiota naquela questão, que o filho tinha motivos para estar furioso e agora descobrindo aquelas coisas que Leonela tinha feito, seu coração acelerou e ele ficou em choque...

— Eu não sabia que ela...eu nunca poderia imaginar, Lola é uma criança, Heriberto! Não me diz uma coisa dessas!- ele entrou em choque e olhou o filho.

— Você deixou que ela sofresse mais, você sabia a seis meses e deixou ela lá! – ele bufou.- Você não me criou assim, não foi assim que você me educou, pai, não foi.

Ela olhou para ele com nojo e disse já saindo dali.

— Ela não é minha filha, ela não tem o seu precioso sangue, mas agora, ela é minha! Eu vou amar e cuidar dela por todos os dias da minha vida... Ela é minha família agora...

Heriberto disse com raiva e saiu de lá sem conseguir falar mais nada. A vida não permite que a ninguém desenhe de novo a história... Era o que tinha que ser e assim, ele seguiu deixando o pai caído, ao chão, sentindo na pele a tristeza daquele erro...

DIAS DEPOIS...

Victória e Heriberto seguiram aquela semana com todas as questões de Lola para resolver e os dois seguiram juntos estavam ainda mais próximos e mais felizes porque na manhã seguinte ao acontecido no hospital e Heriberto chegou em casa com um sorriso perfeito.

O resultado do DNA dera negativo e Lola não era de fato filha dele e ele deu aquele resultado para Victória como maior presente de sua fidelidade e mesmo que Leonela tivesse feito algo com ele sem o seu consentimento ele tinha certeza que ela não tinha conseguido o que mais desejava que era destruir o casamento dele.

Naquela semana ele e Victória tinha saído para comemorar a felicidade do amor que tinha um pelo outro, mas ele não estava satisfeito queria as fitas iria conseguir aquelas fitas para provar que não tinha feito nada e mais ainda que Leonela ela não tinha conseguido atacá-lo.

Victória seguia linda e feliz estava sentindo um pouco de enjoo, mas comia vorazmente por causa do novo bebê que estava em seu ventre era a mulher mais linda do mundo agora que estava grávida tinha conseguido ficar ainda mais bonita.

João Pedro e Melissa estavam se comportando bem com a presença de Lola na casa deles. Mas vez ou outra, Mel se mostrava enciumada e reagir mas os pais estavam conseguindo conduzir a coisa de modo tranquilo depois de mostrar que a menina tinha sofrido muito e que precisava do carinho de todos. Lola estava cada vez mais apegada aos dois e tinha pedido Victória para levá-la a Casa Victória um dia com ela, afinal para ela era um sonho agora ser filha adotiva de Victória Sandoval!

[...]

Era sexta a noite quando Vick chegou do trabalho e deixou a bolsa sobre o piano e tocou a barriga sentia uma fisgada estranha e não entendia o que era e respirou alto sentindo que aquilo não era um bom sinal ou era?

− Mãe? − Melissa veio na direção da mãe e viu que estava tensa e o rosto cheio de medo.− O que está sentindo? Quer que ligue para meu pai?

Vick a olhou acariciando a barriga.

− Eu só preciso descansar.− Respirava alto enquanto acariciava a barriga.

− Então senta aqui no sofá, por favor.− Melissa puxou a mãe com carinho até que ela sentasse no sofá e ficou abanando ela.− Posso ligar para o meu pai para ele vir aqui te ver? De repente você está sentindo alguma coisa e ele pode ajudar.− Ela colocou a mão na testa da mãe toda preocupada.

− Não vamos preocupar ele.− Falava com cuidado.− Eu estou enjoada deve ser isso!

− Mãe, não vou fazer isso ele vai ficar chateado. Eu não quero de jeito nenhum que você passe mal, eu vou ligar para o meu pai...− Ela pegou o celular e começou o discando para o pai.

Victória tirou o casaco e abriu um pouco mais a blusa tirando os saltos e sentindo o vômito chegar e ela levantou correndo para o banheiro e vomitou. Assim que Heriberto atendeu ele voltou para casa porque ele estava consciente de que a coisa estava mesmo sério ou a filha não teria ligado. Quando chegou em casa minutos depois a mulher estava no banheiro ainda vomitando.

— O que foi, meu amor, que você está sentindo?− Ele chegou bem perto dela no banheiro.

− Eu acho que comi algo que me fez mal.− Estava sentada ao lado do vaso.

Ele fez exatamente toda medicação que tinha que fazer com ela naquele momento e depois ajudou Victória a tomar um banho quando viu Victória até o quarto para que ela ficasse um pouco recostada e depois conversou com ela com calma.

— Se aborreceu com alguma coisa, meu amor? Algo te fez raiva ou te deixa infeliz?

Ela negou um pouco abatida.

− Nada me aborreceu, mas não sei algo aqui...− Apontou o coração.− Está me avisando que vai acontecer alguma coisa.

Ele passou a mão gentilmente no coração dela.

− Você pode se acalmar, meu amor, que vamos resolver seja lá o que for!

− Onde está Lola? − Se preocupou. − Aquela mulher voltou?

− Meu amor, Lola está na escola! Ninguém vai tocar na nossa filha.Eu já te disse que ninguém vai tocar em Lola nunca mais!

— Olha a hora ela não pode estar na escola não alguma coisa aconteceu, eu estou sentindo.− Ela se preparou para levantar mais sentiu dor e se espremeu na cama gemendo.− O que é isso, Heriberto?− Começou a chorar apertando a coberta.

− Fica deitada, Victória, você não vai se levantar.Fica calma que eu vou levar você para o hospital, você não está bem eu vou pegar Lola, não se preocupe.

Pegou e desceu da cama e depois em seguida levou Victória no colo nervoso sabendo que as coisas não estavam bem. Pegou a chave do carro e foi com ela chamou a filha que o acompanhou e ligou para o filho pedindo que ele buscar se Lola na escola.

− Heriberto... aaiiii!− Gemia de dor tentando respirar.

Ele acelerou o carro e chegou no hospital já colocando ela na maca e levando para o quarto estava muito nervoso e preocupado com bebê.Luciano veio logo rápido para dar a medicação a Vitória e ele fez todas as coisas que precisava fazer do procedimento para que ela não perdesse o bebê. Quase uma hora ele ficou observando e ministrando as medicações para Victória que estava com um pequeno princípio de aborto e Luciano estava mais tenso porque o bebê era muito pequeno ainda. Tinha passado por coisas muito forte naqueles dias.Por isso ele a medicou, fez tudo que tinha para fazer e por fim, Heriberto estava do lado de seu amor na cama.

− Ela vai ficar meio sonolenta, mas é para o bem dela.− Luciano falou ao lado de seu amigo.

− Lola... – Foi o único que Vick falou abrindo e fechando os olhos.

− Calma, amor, Lola está aqui na recepção, eu vou pedir para ela entrar.− Ele deu um beijo nela e foi em seguida até a recepção pegou Lola e trouxe para ver Victória.− Aqui, amor, ela está aqui!

Vick estende a mão para ela e Lola se aproximou da cama e deitou a cabeça no peito de Victória.

− Você está bem, Vick?− Alisou a barriga dela e Victória alisou seus cabelo.

− Agora estou melhor.− Sorriu de leve.

− Filha, pode se sentar aí na cama.− Ele disse todo carinhoso com ela.

Lola não sabia que não era filha dele, mas para Victória, ele tinha entregado o exame. Lola deitou na cama junto com Victória e Luciano chamou Heriberto pra conversar.Ele saiu ficou do lado de fora do quarto olhando para ele.

− O que está acontecendo com minha mulher?− A preocupação dele era real.

− Victória fez muitos tratamentos, Heriberto e agora a gravidez é de risco.

− Eu sei que é!Mas tivemos muito estresse muita coisa muita complicação, eu não sei o que fazer! Estou sentindo meu coração acelerado nem sei o que dizer só quero que a minha esposa fique bem e o meu filho também.

− Ela precisa de repouso esses dois meses e dez dias que faltam para o primeiro trimestre passar, ela não pode de forma alguma se estressar ou passar por emoções e eu não vou tirar o trabalho dela porque sei que ela vai ficar muito brava mais que ela trabalhe em casa.

− Tudo bem, ela pode trabalhar onde você mandar! Victória não quer perder o bebê vai fazer tudo que a gente pedir. Então, você pode passar a medicação e vamos aplicar em casa. Eu tenho muito medo de perder o meu filho não quero que aconteça nada de ruim com a minha mulher.−

Heriberto abaixou a cabeça sentindo seu coração palpitar de tanta tristeza me imaginar aquilo.Era tanta tristeza tanta tristeza que ele nem sabia explicar.Luciano tocou o braço dele.

− Ela vai ficar aqui por essa noite só por precaução e para que não a mova para não ter perigo e aí amanhã ela vai pra casa mais fique calmo se ela seguir a dieta e o repouso o bebê vai chegar no tempo certo ou pelos tantos tratamentos, Heriberto, você sabe que pode vir prematuro.

Ele fechou os olhos sentindo seu coração partir com aquela notícia tão complicada. Claro que ele sabia, mas ele não queria pensar em nada daquilo naquele segundo.Era a pior das notícias imaginar que o filho nasceria prematuro e com todas as possibilidades de ter problemas.O coração ficou triste, mas ele tinha que ser forte.

− Agradeço tudo que está fazendo pela minha mulher e por mim meu querido amigo e pode ter certeza de que faremos tudo que for necessário para que as coisas fiquem bem.

— Eu confio em vocês e sei o quanto querem esse bebê!− Sorriu de leve.− Eu vou fazer mais alguns exames nela essa noite e daqui a duas semana já podemos ouvir o coração do bebê.

− Eu te agradeço mais uma vez eu vou ficar aqui com ela a noite toda! Ela só vai ficar tranquila se eu estiver aqui.

− Mande seus filho para casa!

− Eu vou mandar sim vou deixar que vejam a mãe e vou mandar para casa.

− Ótimo, eu preciso ir.− Apertou a mão dele e se retirou.

Ele agradeceu mais uma vez e foi até Victória.

− Meu amor, você precisa ir embora e sua mãe vai descansar um pouquinho aqui. Eu vou pedir ao seu irmão que leve você embora junto com Melissa!

− Ela dormiu, pai, ela está muito mal?− Os olhos ficaram chorosos.

− Ela vai ficar bem, minha filha, é porque essa gravidez é um pouco mais complicado. Eu quero que você vá para casa, tá bom? Você precisa descansar e eu quero que como alguma coisa.− Ele abriu os braços para filha e quando ela veio ele a beijou com muito carinho.

— Eu não consigo dormir sem você, pai.− Apertou ele em seus braços.

− Filha, hoje papai não pode ir com você, eu preciso cuidar de Victória!− Ele abraçou ainda mais sua pequena Lola.− Sabe que papai adora dormir com você, mas não posso fazer isso hoje preciso cuidar dela e do seu irmão. Prometa que vai ser forte vai cuidar de Melissa e de João Pedro para mim!

− Eu prometo pai, eu prometo!− Lola saiu do quarto depois de beijar Vick e ir até os irmãos junto ao pai.

Ele se despediu dos filhos e pediu que João Pedro levar as irmãs para casa o motorista estava aguardando por eles e ele fez várias recomendações para que não saísse de casa pois nem ele nem Victória teria condição de resolver qualquer coisa sobre os filhos naquela noite. Voltou ao quarto e ficou com ela o tempo que achou necessário até que ela adormeceu por completo em seus braços.

NO OUTRO DIA...

Victória acordou com um forte enjoou e nem da coma conseguiu sair apenas vomitou ao lado da cama tossindo e sentindo lágrimas nos olhos pela força que vinha o vômito. Ele medicou Victória mais uma vez e ficou aguardando que fizesse efeito, mas estava complicado ver que ela estava ficando debilitada e desidratando. Depois de um tempo tentando fazer que ela tomasse pelo menos um suco como café da manhã, mas ela vomitou tudo também.

− Amor, se você continuar vomitando assim, vamos ter que aplicar em você outras medicações.

− Eu não posso ficar tomando remédio! Meu estômago dói..− O vômito veio na garganta mais ela segurou com muito custo.

− Mas nós precisamos que você para de vomitar ou vai ficar desidratada, amor!

Ele foi até o sono dela e preparou uma nova medicação e aplicou tinha que cortar o enjoo dela.

− Eu quero ir pra casa!− Tossiu.

− Só vai para casa quando estiver um pouco melhor não posso te levar agora e correr o risco da gente ter complicações.− Ele terminou deixou na bandeja ao lado a injeção que tinha aplicado e voltou a cama onde ela estava.

− Eu vou perder o bebê?− Tinha o rosto pálido e as mãos geladas.

− Não vai perder o bebê, não, meu amor não vai perder nada. Nós vamos cuidar do bebê cuidar de você até que fique tudo bem.

− Eu estou me sentindo tão fraca.− Deitou de lado.

− Fica bem quietinha, meu amor, que você vai melhorar é porque está vomitando muito e isso desidrata você. Eu sei que você está muito muito debilitada, mas também tem que ficar tranquila porque é assim mesmo é uma gravidez complicada de risco nós sabemos que seria difícil.− Ele alisou o braço dela cuido dela ficou com carinho ali bem perto fazendo seu amor se sentir segura.− Vai dar tudo certo, meu amor, você vai ver.

— Assim espero que não aguento mais vomitar.

− Não vai mais não, meu amor, chega de vomitar!

− Me abraça, amor, estou com frio!− Cobriu o corpo com o lençol me da um coberta também.

Ele abraçou, puxou um pouco mais a cobertinha dela e ficou cuidando de seu amor daquele jeito bem delicado que ele sabia fazer. Não imaginou que ela sofreria tanto naquela gravidez e de verdade ele queria muito um filho mas não para ver a mulher daquele jeito. Era tudo tão complicado tudo tão diferente. Ela se alinhou no peito dele e o segurou ela camisa.

Ele ficou alisando o seu amor dando conforto a ela e pensando que ele podia fazer para melhorar aquela condição de Victória. Era um médico muito inteligente queria resolver o problema. Victória não demorou nada a pegar no sono. Ali nos braços dele o dia não tinha começado nada bem, ele manteve seu apoio.

EM CASA...

João Pedro alisava os cabelos de Lola e ela não conseguia dormir, estavam sentados juntos e ele queria que ela ficasse bem.− Melissa estava deitada no outro sofá de pijama adormecendo e acordando.

− Já Passou a noite e eles não vão vir, Pedro?

− Não vão não, Lolinha!

− Papai falou que mamãe vai ficar de repouso.− ele suspirou estava com o coração tão cheio de medo.

− Eu não conseguir dormir nada, Pedro.

− Cala a boca menina, você fala de mais e é chata.− Melissa falou mal humorada.

Lola a olhou e se encolheu. Pedro olhou a irmã e deixou Lola se aconchegar mais nele.

− Melissa, por que você está assim tão idiota?− ele disse alisando o braço de Lola. Estava tão impactado por ela.

− Cala a boca você também!− Retrucou.

Ele disse com calma a olhando...

− Você tá nervosa a gente também, não precisa descontar em Lola!

Ela revirou os olhos.

— A voz dela me irrita!− Ela se levantou para sair.

Lola encheu os olhos de lágrimas e se levantou saindo correndo a empurrando e foi para seu quarto. João Pedro a olhou.

− Você ama papai?− ele disse com o rosto cheio de tristeza.− Se ama, pare de machucar Lola, porque ele nos amou sempre e você está sendo idiota!

Ela o olhou.

− E você um babaca por aceitar essa menina que nem é nada nossa!

− E você é o que do meu pai?− ele disse duro.− Ele nos ama, Mel, não faz isso que papai vai ficar triste! Mas se quiser pode ser uma idiota!− ele caminhou saindo.

− Babaca!− Ela caminhou para ir a cozinha comer alguma coisa estava com fome.

Ele suspirou e disse saindo.

− Não mais que você, Melissa, está ridícula!

− Não pedi sua opinião!− Ela sumiu pela porta em busca de sua comida.

Ele subiu e foi ao quarto de Lola e entrou com calma, mas quando entrou ela estava se trocando, ele disse com calma.

— Desculpa!

Ela tratou de se enrolar no lençol.

− Não sabe bater?

− Desculpa, Lola eu só queria falar com você!− ele sentiu uma coisa tão estranha naquele momento e a olhou de modo diferente e entrou e encostou a porta.

− Eu quero que você durma comigo!