Melissa levantou e bateu nele com o travesseiro mais acertou em cheio Victória que arregalou os olhos assustada. Heriberto também.

− Melissa! − ele falou alto nervoso sem perceber que os filhos não sabiam.

Os dois pararam na mesma hora olhando os pais assustados.

− Victória meu amor, você está bem?

− Mãe, desculpa me desculpa foi sem querer.− Ela ajoelhou na cama segurando a mão da mãe, Vick ainda estava atordoada.− Mãe, fala comigo, me desculpa.− Se desesperou.

− Vocês são dois vândalos!− Ela por fim falou.

− Amor, calma, me diz se tá com dor.− ele disse se ajeitando e olhando ela pegando o pulso.− Fala comigo!

− Nossa, pai, foi só um travesseiro, não dei pra matar não! − Melissa retrucou.

− Eu estou bem, amor.

− O que minha mãe tem?O que ela tem? Vocês estão tão esquisitos!

Heriberto suspirou.

− Filhos, se acalmem, por favor, e me deixem falar com sua mãe.

− Acho melhor contar a eles, Heriberto!

− Contar o que?− Melissa saiu da cama.− Que foi, o que você tem?

Heriberto suspirou.

− Conte, amor, conte!

− Eu já disse pra você, meu filho, eu vou morrer.−Segurou a risada e Melissa arregalou os olhos indo até a mãe já chorando.

Ele ficou branco sem saber o que dizer, olhou a irmã.

− Não, mãe, pelo amor de Deus!

Pepe estava congelado parado na frente deles na cama, e Melissa abraçou a mãe.

− Eu não quero, mãe, não pode!

Victória olhou o marido. A risada estava estampada em seus olhos.

− Fiquem calmos não vai doer nada. Vai ser rápida!

A barriga tremeu com ela rindo mais a filha estava tão desesperada que nem percebeu.

− Conta, amor, não faz isso com eles.− ele sorriu pegando a mão dela.

− Calma meninos , não precisa esse desespero todo.− Victória gargalhou e Melissa a soltou.

− Você está mentindo?− Secou os olhos e Vick sentou melhor na cama.

− O que eu tenho é uma coisa muito mais muito linda e sim, Pepe, você vai dividir sim sua máscara e você Melissa a suas bonecas de pano com seu irmãozinho ou irmãzinha!− Tocou a barriga.

− Quê, mãe? Porraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!− ele gritou cheio de nervoso e foi beijar a mãe e beijou as pernas dela e sorriu gritando e abraçou Melissa.

− Eu não quero um irmão!− Melissa não se mexeu. Apenas deixou seus olhos sobre a mãe.− Você não podia ter feito isso!− Ela chorou e empurrou o irmão saindo correndo dali.

Vick olhou ela ir e depois olhou para o marido preocupada.Heriberto olhou a esposa e suspirou.

− Eu vou falar com ela.− ameaçou levantar.

− Não amor, eu vou.− ele a segurou e beijou deixando ela com o filho.− Filho cuida de sua mãe.

Ele abraçou a mãe e começou a beijar abarriga dela com todo amor estava muito feliz.

− Aeeeee moleque!

Heriberto saiu e foi ao quarto, quando chegou a filha estava deitada na cama, ele foi até ela e sorriu.

− Eu não quero conversar!− Falou chorosa.

− Amor, você não precisa ficar assim.− ele abraçou seu amor com muito amor mesmo, ela era especial.

− Um bebê vai tirar a atenção de mim. Eu vou deixar de ser importante pra vocês, eu sei é a mesma coisa na casa da minha amiga, o bebê chegou e os pais não a olhava mais! E agora com um bebê de vocês, eu e Pedro não seremos mais seus filhos de verdade!− Ela chorou mais.

Heriberto agarrou sua menina e a trouxe para ele e para o peito dele, beijou ela onde pode e sentiu a dor dela.

− Meu amor, sabe quando você e seu irmão vão deixar de ser nossos filhos, nunca?! Nunca, nada vai mudar só vamos ser mais felizes!

− Você não pode garantir isso, papai.− Ela soluçou. − É um bebê e todos amam bebês!

− Eu posso, sim, eu sou seu pai! Eu nunca te prometi nada que não cumprisse.− ele beijou mais e abraçou ela.− Filha, você e seu irmão chegaram na minha vida como um furacão e eu amei vocês, sempre vai ser assim, nada muda isso! Será seu irmão, você sempre sera meu amor e o amor de sua mãe.

Ela enterrou o rosto no peito dele ainda chorando estava com medo um terrível medo.

− Eu te amo, pai!

Ele a amparou com amor.

− Meu amor, tudo vai seguir igual, eu e sua mãe amamos você e muito.Muito mesmo!

− Eu estou com medo.

− Não fique com medo, amor, não precisa, não precisa mesmo!

Ela o agarrou com mais força segurando seu pai seu amor.

− Eu te amo, pequena, te amo e te amo mais e mais.− ele falou com calma.− É minha princesa pilata!

− Eu também te amo muito!

− Filha, fica calma , você não precisa se sentir assim, estamos aqui com você, estamos com seu irmão e vamos estar sempre.

− Mais era só nós dois agora tem outro bebê.

− Sim, meu amor, tem sim e você precisa me ajudar porque sua mãe não está bem, precisa de sua ajuda da de Pepe, preciso de vocês comigo.

− O que quer que eu faça? Que fique vendo você acariciar a barriga dela?− Falou toda ciumenta.

− Quero que acaricie comigo e seja minha filha, que esteja comigo e sejamos amigos de sua mãe antes de sermos esposo e filha, que ela se sinta segura, amor, conosco.

− Não sei...− Ela pegou a boneca debaixo de seu corpo e abraçou junto a eles.

− Filha, você é nossa princesa, ninguém muda isso! Sempre sera nossa Mel. Melissa, você é meu amor, o que você mais ama que papai faça com você?

− Que seja só meu pai.− Fala com a voz cheia de ciúmes.

− Meu amor...− ele sorriu.− Outra coisa além de ser seu pai, porque isso nunca vai mudar, me diz algo que papai faz com você.

− Ir na piscina só nós dois pra nadar e ser feliz. Eu e você!

− Eu amo, então esse será nosso código, sempre que papai perceber que você esta triste nós vamos nadar junto, vamos estar juntos os dois.− Ela sorriu.

− Promete?

− Prometo, sim, meu meu amor, eu vou cuidar de você.

Ela levantou o rosto e beijou o pai muitas vezes.Ele sorriu e disse com a filha ali junto a ele.

− Eu te amo, filha e sempre vai ser assim, sempre.

− Assim espero ou eu vou embora em! −Ela levantou com a boneca agarrada em seu corpo.− Vem, eu vou me desculpar com a mamãe, não a quero triste mesmo não gostando dessa ideia de irmão.

− Vamos, amor, vamos.− ele sorriu se levantando e agarrando ela com amor.

Os dois foram ao quarto e encontraram pepe e ela agarrados, ele beijando a barriga da mãe. Ela não gostou nada do que viu e agarrou tão forte a boneca no corpo que o olho dela caiu fazendo Heriberto perceber.

− Amor, vai lá beijar sua mãe.

Pedro a olhou e se afastou.

− Vem Mel, mamãe estava esperando você.− ele disse todo feliz.

Vick se arrumou melhor na cama.

− Vem, filha, com a mamãe.

Melissa olhou por alguns e foi até a cama e abraçou a mãe sem tocar na barriga dela e Vick percebeu que a filha daria um pouco mais de trabalho pra aceitar o bebê, pois seus ciúmes eram bem maiores que de Pedro.

− Me desculpe ter batido na senhora, não queria.

− Tudo bem, minha filha, não foi nada e nem doeu, eu só me assustei só isso!− Beijou os cabelos da filha.

Heriberto deitou na cama e puxou o filho para ele com amor, ele sabia bem que ele estava feliz, mas tinha muito ciúmes também.

− Eu vou me acostumar a não ter vocês só pra mim, mas agora eu estou com ciúmes. − Foi verdadeira e Vick riu.

− Mamãe ainda é toda sua e sempre vai ser.

− E minha, né, mãe? − Pedro falou.

− Sim, de vocês dois pra sempre.

Melissa não disse nada só ficou ali abraçada a mãe pensando que agora tinha um bebê pra tirar a sua atenção.

− Eu quero um menino, me ni noooooo!− ele riu e abraçou o pai. – Aeeeeee, velho, você presta ainda!− ele riu. − Em mãe, meu pai presta ainda!

Victória riu.

− Presta, meu filho presta muito!

Heriberto riu mais e disse todo feliz.

− Eu vou ser pai de novo, me respeitem, cuidem de mim!

Melissa beijou a mãe e depois levantou com sua boneca na mão e saiu do quarto sem responder o chamado de Victória. Pedro foi atrás dela depois de beijar os pais. Heriberto abraçou Vick e beijou.

− Tudo vai se ajeitar, amor!

−Ela é muito ciumenta e vamos ter trabalho.

− Vamos sim, mas quando ela ver o irmão vai ser mais atenciosa que nos dois juntos.

− E se ela não gostar?− Sentiu preocupação.

− Não, Victória, não será assim!

− Eu não quero nossa menina triste.

− Ela vai ficar, mas vamos conseguir resolver.− ele sorriu e disse.− Ela é só uma menina, mas também nos ama e nos quer bem.

− Será que ela está assim por que contamos a verdade a eles?

− Ela está assim porque nos ama se não soubesse a verdade também seria assim. Ela é como é amor, nada mudaria!

Vick suspirou e o olhou.

− Acho que esse assunto me deu fome.− Sorriu.

Ele riu.

− Temos que almoçar...− Ele foi direto com ela.− Precisa se alimentar bem.− era algo que ele teria que vigiar agora.

− Eu quero comer muito, então.− Ela levantou calçando os chinelos e esperou por ele e eles desceram.

− Eu quero que coma, amor. Vamos descer!

Depois dela pegar a caixa de lenço e passar pra chamar os filho que vieram e eles desceram juntos para almoçar e o momento foi maravilhoso porque eles estavam juntos. Era sempre maravilhoso comer, rir, falar, estarem juntos.

Melissa estava mais calada mais mesmo assim prestava atenção em tudo e o almoço se foi assim como aquela tarde onde ela quis os filhos por perto para que principalmente Melissa se sentisse tranquila.

E A NOITE CHEGOU...

Heriberto estava distraído analisando as coisas que tinha para fazer nas pesquisas medicas daquela semana. Queria fazer umas alterações em seus horários porque ele não estava contente de deixar Vick sozinha enquanto estava analisando os documentos, ele atendeu seu celular que tocava sem parar e era Leonela, mas ele não sabia atendeu olhando os papeis.

− Alô, quem é?

− Oi, gostoso.

− Leonela, o que quer? Por que está me ligando?

− Porque precisamos conversar! Seriamente!

− Eu não tenho assunto com você.− ele ia desligar o celular.

− Acho melhor você querer conversar comigo, imagina se Victória descobre o que aconteceu com você a quatorze anos atrás já pensou como ela vai se sentir traída?− falou de uma vez.

Ele sentiu o estomago doer.

− O QUE?Do que está falando, Leonela?

− Ai, Heriberto não se faça de sonso! − ele estava assustado o que ele sabia era que algo tinha acontecido com ele na maldita noite do ataque de Victória, mas não sabia o que.

Tinha acordado com dor de cabeça e nu no sofá de seu consultório, ele não sabia como, mas tinha sido assim e depois se vestiu e correu para casa, mas não tinha visto ninguém.

− A certas coisas na vida que tem consequências, meu querido.

− Do que fala, sua cachorra maldita, eu te odeio, te odeio!

Leonela gargalhou.

− Não me odiou quando estava embaixo de mim gemendo por mais.

Ele sentiu o coração na boca.

− Está mentindo, desgraçada, eu não trai Victória, eu nunca faria isso!− fleches se passaram na mente dele.

− Então, olha seu celular que vou te mandar um presente!− no mesmo momento o celular dele apitou.

Ele abriu a foto e era ela em cima dele, não dava para ver seu rosto apenas Leonela em cima dele o beijando.

− Agora você quer conversar comigo, Heri?

− Maldita, o que fez?

Ela riu e ele estava em choque.

− Te espero no seu antigo apartamento Heriberto pra gente conversar, beber algo e quem sabe se perder na noite fria que esta hoje.

Ele desligou com o coração na boca, estava em chamas. A maldita mulher não podia estar certa sobre aquela maldita noite que ele queria esquecer. Tinha sido tudo tão confuso que ele nunca tinha pensado que poderia ter acontecido algo com ela.

Ele estava trabalhando em sua sala quando um suco foi servido para ele por uma das empregadas novas que tinha chegado no hospital. Logo depois ele se sentiu meio mareado e deitou no sofá e quando acordou horas depois estava nu.

Isso era tudo que Heriberto sabia daquele maldito momento. Saiu aparvalhado de dentro do escritório sem saber o que fazer que foi até o quarto onde encontrou Victória adormecida. Ele queria conversar com ela não queria sair sem falar com seu amor, mas ao mesmo tempo também queria resolver as questões com Leonella entender tudo que tinha acontecido.

Victória tossiu e virou para o outro lado se cobrindo melhor. Ele foi a cama e deitou abraçando ela, era seu amor, não podia perder Victória tinha que dizer a verdade, tinha que conversar com ela.

− Amor... − ele disse querendo que ela acordasse.

− O que, amor?− tinha o sono leve pela tosse.

−Eu quero falar com você, amor, por favor, acorda, é importante.

Victória virou para ele tossindo e o olhou.Victória estava tão debilitada que ele simplesmente não conseguia falar daquilo com ela.

− Amor, você não tá melhor. Os medicamentos estão demorando a fazer efeito. − Ele se agarrou a Victória ficou abraçada a ela sem sair do lugar.− Eu te amo!

− Amor, eu só estou a um dia assim amanhã eu acordo boa, mas o que quer dizer?

− Sim, meu amor, mas eu estou preocupado com você. Seu rosto está tão tristinho! Não gosto de te ver assim.

Ela sorriu.

− Eu estou horrível, nem me olhei no espelho.

− Não está, amor, isso é impossível.− ele a beijou e agarrou mais ela estava cheio de medo, não ia perder sua mulher.

− O que foi? Seu coração está acelerado.

− Eu estou com saudades, só isso.− agarrou mais ela para perto dele, ela sorriu.

− Tá de dengo, amor, eu te conheço.− abraçou ele e levou a mão para debaixo da camisa dele.

Ele a beijou na boca, muito e de modo direto e cheio de amor era quem ele queria a mulher que ele amava e que ele tinha para ele. Ela o soltou depois do beijo intenso e respirou com dificuldade.

− Assim você me mata, amor.− ela riu.

− Eu amo você, amo muito mais do que possa imaginar.− ele agarrou mais ela e cheirando seu amor.

− Eu não tenho duvidas de que me ame, Heriberto! Mas agora pode me dizer o que esta acontecendo.

Ele sentiu o coração tremer.

− Leonela me ligou e quer falar comigo. Ela me disse algo que me preocupa, amor, algo ruim.

Ele suspirou, aquilo não ia fazer bem a ela. Victória o empurrou e sentou na cama de imediato.

− Eu não te quero perto daquela galinha.− foi a primeira vez em anos que ela elevou o tom.

− Amor, calma, eu estou aqui conversando com você porque eu não quer ir sem te avisar. Eu não queria nem chegar perto dela e quero saber o que está havendo, ela me disse umas coisas que preciso resolver.

− Que coisas? Fala logo de uma vez ou quem vai ir atrás dela com uma faca sou eu!

− Amor, ela me disse que eu...− ele sentiu o coração com pressão.

Ele se sentou tenso na cama.

− Amor, a muito tempo na ocasião daquele ataque, eu cheguei tarde porque aconteceu uma coisa, eu acordei no meu consultório, nu.− estava trabalhando me senti mal e sentei no sofá e horas depois acordei nu.

Victória sentiu o coração bater tão forte que por um momento ela ficou sem respirar e seus olhos encheram de lágrimas lembrando o que passou nas mãos do tio dele e pior sem o marido para ajudar e agora anos depois a verdade estava ali em sua frente do porque ele sumir.

− Você me traiu?− perguntou com um nó na garganta e ele a olhou.

− Amor, eu não sei o que houve, eu estava nu quando despertei, deitado no sofá e minha cabeça doía muito, Victória, eu não trai você, eu nunca faria isso. − ele sofreu dizendo a ela o que sentia. − Eu estou apavorado!

Ela se levantou da cama já chorando com seu coração rasgado, Heriberto se levantou da cama e foi até ela também estava rasgado por dentro.

− Victória, eu preciso entender o que foi que aconteceu! Eu pensei que essa maldição nunca ia voltar porque eu não imagino o que foi que aconteceu, as fitas da câmera de segurança de minha sala nunca foram achadas e eu tenho certeza que isso é armação que foi algo ruim que fizeram, mas só tem como saber se acharmos aquela fita e depois de tantos anos não vai acontecer só me resta ouvir a versão dela.

− Ela quer você, ela sempre quis você!

− E eu quero você! − ele a abraçou com amor. − Eu só quero você! − ele estava aos pedaços. − Ela nunca vai me ter porque eu a odeio cada dia mais, meu amor é você, Victória...

Victória o abraçou sentida não queria pensar nas maldades daquela mulher a anos ela vinha fazendo da vida deles um inferno e isso já tinha passado dos limites. Vick o soltou e o olhou.

− Va logo...

− Eu não quero que você pense em nada errado é por isso que eu vou te contar exatamente tudo o que acontecer eu vou te contar, eu não vou demorar pode ter certeza disso. − ele abraçou seu amor deu um jeito tão especial porque ele sabia que ela era mulher mais especial que ele tinha conhecido na vida. − Meu amor é você, Victória, com você que eu vou continuar não importa o que ela diga não importa o que ela fale, essa mulher sempre quis destruir a nossa vida eu vou acabar com ela se ela tentar alguma coisa para destruir a nossa felicidade! − Vick apenas o abraçou por longos minutos e logo o soltou virando de costas e o deixou ir.

Ele saiu com coração rasgado, pois tudo que não queria era magoar seu amor pegou a chave do carro e saiu como um furacão até o apartamento quando chegou tocou a campainha. Uma adolescente dos olhos verdes como os dele abriu a porta ela usava franja e uma roupa preta, ele a olhou de modo atento e o coração dele disparou.

− Você é o meu pai?