Narrado por Annabeth C.
Música: Skater Boy, Avril Lavigne
Ação: Tentando não colar na prova de Literatura pela primeira vez na minha vida.

Eu e Percy podíamos dizer:
"Olhe! Somos amigos!"
Éramos vizinhos e nossos pais se conheciam à "décadas".
Mas afinal, acho que lhes devo uma apresentação formal de quem somos.
Meu nome é Annabeth Chase. Tenho cabelos loiros, cacheados e longos. Tenho olhos cinzentos e minha incrível mania de não querer ajuda de ninguém. Eu nunca conheci minha mãe. Sempre morei com meu pai, um professor de história em Harvard. Ele conheceu outra mulher, que tinha dois filhos. Os três me odeiam. Tenho que dar graças a Deus por eles estarem viajando pelo mundo. Não vão voltar até o próximo ano.
Perseu Jackson é meu vizinho. Como eu disse, seus pais são amigos do meu pai. Quer dizer, só sua mãe, Sally Jackson, porque o padrasto de Percy, Gabe Ugliano é horrível em todos os sentidos. Percy o chama de Gabe Cheiroso. Eu acabei por apoiar o apelido oficial de Gabe. Mas, voltando à Percy, seus cabelos são pretos e os olhos, azuis, como o mar.

°°°°

Aquela manhã era uma manhã normal.
Me vesti, peguei a mochila, e o pensamento que me fez descer as escadas mais ma vez foi: "um mês para a formatura".
Desci as escadas e encontrei o costumeiro bilhete em cima da mesa, ao lado do café da manhã:


"Bom dia.
Tive que sair mais cedo, vou substituir a senhora Dodds.
Volto logo.
Com amor, papai."


Me sentei, encarando o pedaço de torta de maçã que meu pai fizera. Eu não estava com fome, mas eu não poderia recusar um belo pedaço de torta de maçã de meu pai.

Quentin e Margo tocaram a campainha segundos depois de eu sentar à mesa. Pela janela eu vi Percy sair de carro com sua mãe, antes de me levantar para bater na cara daqueles energúmenos que estavam atrasados. Ok, ok, eu também estava atrasada, nas Q e Margo não precisavam saber disso.
Eles entraram em casa e eu, como a boa amiga que era, ofereci um pedaço de torta. Os olhos de Q brilharam. Ele adorava torta de maçã. Margo cantarolava uma música da Avril Lavigne e tocava uma guitarra imaginária.
Então, comemos todos juntos e logo saímos, à caminho da escola.
– Hoje tem prova de quê?
Perguntou Quentin, olhando, confuso para mim e Margo.
– Literatura e História.
Ele bufou com a resposta de Margo.
– Me empresta suas anotações? - Q disse, se dirigindo à mim.
– Claro que não, Quentin Jacobsen.
Ele bufou à menção do nome completo.
– Annabeth Chase. - Disse em tom autoritário. - Se não me emprestar as anotações, vou ser obrigado a passar à ser amigo do seu vizinho, Percy. -Parei para pensar um pouco. Perder meu melhor amigo (antes de Percy, claro)?
– Você é chato, Quentin. - eu murmurei. - Porquê não estudou?
– Porquê hoje é sexta-feira, duh.
Ele ergueu as mãos, como se aquilo estivesse escrito em sua testa.
Revirei os olhos, e meu veredito foi dado:
– Eu te empresto, Q. - ele comemorou silenciosamente. Eu ri. - Mas só a de Literatura.
Ele pensou.
– Mas a de História é pior! - Choramingou.
– Se vira! - completou Margo, como se lesse meus pensamentos.
Então entramos na escola. Em semana de provas, entrávamos mais cedo para estudar mais. Ou no caso de Quentin, pegar no caderno pela primeira vez naquela semana.

°°°°

A professora Kerr entrou na sala, com sua pilha de provas. Lançou olhares esperançosos à mim, como se esperasse um grande "10" estampado em meu boletim daquele último bimestre.
Logo, entregou a prova de Literatura. Comecei a entrar em pânico. Eu não fazia ideia do que iria cair na prova, apesar de meus esforços constantes. Dei uma olhada rápida na prova. Droga, tinha que ser justo William Shakespeare? Olhei para a professora que estava concentrada nas provas de outra sala. Olhei para Quentin ao meu lado. Não respondia à prova, mas a cabeça estava abaixada na folha, e o lápis caindo-lhe da mão. Dormindo. Voltei a encarar a prova. "O que é Romeu e Julieta?"
Em uma ponta da folha de Q estava escrito:
"Romeu e Julieta é aquele doce de Goiabada com Queijo."
Ri da situação. O tempo estava passando rápido. A professora se levantou e anunciou os últimos vinte e cinco minutos de prova com sua vozinha esganiçada.
Comecei a responder com o que sabia:
"Romeu e Julieta é uma obra literária renomada, escrita por William Shakespeare... É considerado um clássico da literatura....
William Shakespeare foi um escritor inglês muito conhecido..." e essas coisas básicas que se aprende primeiro, porque depois complicam nossa vida.
Não tive tempo de responder a última questão. A senhora Kerr anunciou o término da prova e Margo bufou, do outro lado da sala. Os olhinhos negros da professora brilharam ao ver suas respostas, grandes e complexas. Tentei sorrir com minha prova. Não era das melhores, mas pelo menos eu não colei do desmiolado do Quentin, que ainda dormia.
A professora recolheu a minha prova. E quando viu Quentin dormindo deu um belo cutucão no ombro dele, e ele nem ligou.
– QUENTIN ESTÁ MORTO! - reconheci a voz de Margo. Ouve pânico geral na sala, e ela piscou um olho para mim. Eu ri da situação. Ela sabia que Q não conseguia dormir om barulho. A gritaria foi tanta que, depois de cinco minutos, Quentin levantou a cabeça, sonolento. Automaticamente, os gritos pararam, a correria cessou e eu gritei:
– QUENTIN ESTÁ VIVO!
A professora devia estar à beira de um ataque cardíaco, porquê ela se sentou em sua cadeira e respirou com certa dificuldade. Ops. O sinal soou e caminhamos para a morte... Ops, prova de História.

Narrado por Margo R. Spiegelman
Música: We Will Rock You, Queen
Ação: Alguém faça o idiota do Quentin parar de me olhar como se eu fosse um zumbi?

Sentamos à uma mesa no refeitório, com Annabeth e Quentin mostrando como eram incríveis ao cantar We Will Rock You inteira e ainda fazer o ritmo.
FAÇAM ELES PARAREM! EU ODEIO QUANDO FAZEM ISSO!
Annabeth, ainda cantarolando a música, foi comprar hambúrgueres na cantina, e claro, Coca-Cola.
Alguns minutos depois, ela voltou, pálida.
– O que foi? - perguntei. Ela colocou os hambúrgueres e as três Coca-colas na mesa e voltou a se sentar.
– Percy me convidou para o Baile de Formatura.
Meu queixo caiu. Quentin me olhava como se fosse um zumbi.
– E o que você respondeu?
– Eu... Eu entrei em pânico.
– Você não respondeu?
– Não. - ela disse, corando.
– Então é melhor ter uma boa resposta, porque ele tá vindo.
– Oi? - ela se agitou. - Finja que... - ela nunca completou a frase. Percy se aproximou de nós, e com um sorriso, disse:
– Annabeth! Estava procurando você e... Sobre o Baile...
– Eu aceito ir ao Baile ir com você ir.
Percy inclinou a cabeça, tentando entender o que ela falou.
– Ahn... Ela disse: Eu aceito ir ao Baile com você. não é? - Eu disse, tentando arrumar a confusão.
Annabeth concordou com a cabeça.
– Ah, então, nos falamos depois.
Ela ainda estava em estado de choque quando Percy saiu de perto e foi encontrar seu amigo/segurança/chato/intrometido, Grover.
Encarei Quentin, que continuava a me olhar, mesmo comendo seu hambúrguer. Chutei sua perna por debaixo da mesa.
– AI MARGO! ISSO DÓI!
– Vê se para de me encarar, idiota!
– Gente, falta um mês para a formatura! - disse Annabeth, revirando os olhos e, já de volta ao seu estado normal,por assim dizer. - Qual é, já têm um par, pelo menos?
Quentin negou, e eu também. Mas de repente, Quentin ergueu a cabeça e olhou fixamente para mim, como se sua vida dependesse daquele momento.
– Ah, qual é! - eu disse, levantando as mãos.
– Ahn... Margo?
– Que é? -eu disse, revirando os olhos.
– Ahn... Você quer... Bem... Ir ao Baile comigo?
Quase caí da cadeira quando ele me perguntou isso.
– Ahn... Quero. - respondi. Ele sorriu.
– Alguém tem o número de Percy? - perguntou Annabeth.
Neguei. Mas Quentin falou:
– Acho que Clarisse La Rue tem. E também, Grover.
– Não vou pedir à ele! - disse ela, com uma careta.
– Porquê não pede ao Percy?
Ela negou, aflita.
– Vou procurar Clarisse.

Narrado por Annabeth C.

Música: Bad Blood, Taylor Swift

Ação: Tentando falar com Clarisse La Rue

Andei pelos corredores da escola, procurando Clarisse. Primeiro: Eu nem havia tocado em meu hambúguer. E segundo: Eu só havia falado com Clarisse uma única vez, que foi quando ela tentou afundar a cabeça de Quentin em uma tigela de escorpiões. E aí você me pergunta:

"Mas como ela arranjou uma tiela de escorpiões?"

E eu te respondo: Aula prática de Ciências. Quando? Ahn... Três anos atrás? Não me lembro... Tenho memória péssima para essas coisas.
E então vi Clarisse, batendo na porta do armário, ritmada, fone de ouvido, tocando uma música alta, que eu conseguia ouvir mesmo à distância.

Ahn... Clarisse? - Ela não me ouviu, pegou o lápis que prendia seu cabelo e começou a batucar novamente no armário. Só que agora ela cantava o refrão da música, e digamos que a voz de Clarisse não é uma maravilha. As pessoas começavam a reparar, e eu sorria, sem graça. Tirei um dos fones de ouvido de Clarisse e ela se virou, como uma fera:

EI! Eu estou ouvindo isso!

– Eu sei é que...

– O quê, Sabidinha? - tenho certeza que minha bochechas coraram à menção desse apelido "antigo".

– Eu só... Queria saber se você tinha o número de Percy. - eu disse, encarando o chão.

Clarisse desligou a música, guardou o celular e me encarou. Então começou a gargalhar alto. Alto o suficiente para mais pessoas repararaem.

– Isso é patético, Sabidinha. Para quê quer o número do Cabeça de Alga?

– Porquê ele me convidou para o Baile. - o queixo de Clarisse caiu. - E então, vai me dar o número dele ou não?

– Eu... Eu apaguei o número dele há uma semana... - ela mordeu o lábio inferior, e passou as mãos pelos cabelos. - Mas... Peça ao Grover.

– Está mentindo. - ela me encarou. Obrigado pai por me ensinar a identificar mentiras! Ela suspirou, amarrou a cara, abriu o armário e disse:

Ok, ok, Sabidinha. - Clarisse rabiscou alguma coisa em um papel e me entregou. - Aqui está.

– Obrigada! - respondi, já saindo correndo. Quem sabe Q não tenha percebido meu hambúguer, lá, sozinho e indefeso... Ah, pare com isso Annabeth!

Narrado por Margo R. Spiegelman

Música: Poker Face, Lady Gaga

Ação: Me deixe matar Lacey Pemberton,

por favor...

Eu estava lá, impedindo Q de devorar o hambúrguer de Annabeth, quando Lacey Pemberton chegou. Era só o que faltava.

– Oi. - ela disse, se sentando, com sua vozinha irritante, sorrindo e enrolando o cabelo loiro no dedo.

– Oi. - disse de má vontade. - E caia fora, poque este lugar é da Annabeth.

Ela olhou ao redor, de forma extremamente fingida. Fez um biquinho e disse:

– Não vejo sua amiguinha em lugar nenhum, portanto...

Quentin não prestava atenção, pois cantarolava Lady Gaga que tocava nos auto-falantes do refeitório. Minha raiva só aumentava. Eu odiava ela.

Bom, anos atrás ela costumava ser minha amiga. Mas, como disse, costumava. Eu sabia que ela amava aquele cabelo loiro de farmácia, então, um sorriso maquiavélico se formou em minha mente. Agarrei a latinha indefesa de Coca-cola, me levantei e despejei o líquido na cabeça de Lacey. Ela gritou. Risadinhas surgiram dos alunos.

Ops, foi sem querer. - eu disse, sorrindo. Ela se levantou, indignada. Praguejou e arrastou sua fiel escudeira, Becka, para fora do refeitório.

Voltei a me sentar e sorri, satisfeita.

°°°°

Cheguei em casa, e quase automaticamente, liguei o computador, chamei Annabeth em um chat, e abri um site de vestidos de gala.

Logo, Annabeth respondeu.

E, SÉRIO, ELA PRECISAVA MUDAR O NOME:

[AnnaBeth] diz:

"Olá Margo! O que te fez chamar esta louca para conversar?"

[MargoRSpiegelman] mudou seu nome para [EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar]

[AnnaBeth] diz:

"Sério? :V

É um apocalipse... CORRAM PARA AS COLINAS!!"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Minha querida Anna... Te chamei porque agora nós temos pares para o baile, e o que isso te lembra?"

[AnnaBeth] diz:

" Ahn... Eu não sei, Margo... :V

Hambúrgueres? Chocolate? Marshmallows?"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"VESTIDOS, SUA DESMIOLADA! Vestidos, sapatos, maquiagens..."

[AnnaBeth] diz:

"Ah! Vestidos! Sim, claro, eu sabia!

Só queria ver se você se lembrava dos vestidos..."

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

" Então tá né... :V

Mas então... Tô com um site aberto aqui...

Vamos tipo... Ajudar uma as outras!"

[AnnaBeth] diz:

"Margo, não temos mais cinco anos de idade!"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] está offline.

[AnnaBeth] diz:

"Para onde você foi, Margo?

Margo? Affe :V

[AnnaBeth] está offline.

Comecei a vasculhar o site, em busca do vestido.

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] está on-line.

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Ei! Volte sua energúmena!"

[AnnaBeth] está on-line.

[AnnaBeth] diz:

"Ok, ok, voltei!

O que foi?"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Bom... O vestido tem que ser

longo, como naqueles Bailes

clichês de filme?

Tipo Carrie, a Estranha?"

[AnnaBeth] diz:

"Acho que longos...

Embora Thalia tenha me dito que ia

usar um curto...

Acho que podemos suportar..."

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Suportar o quê?"

[AnnaBeth] diz:

"Sermos as ovelhas negras do baile, duh!"

Comecei a rir e enquanto olhava fixamente para a tela do computador, minha mãe entrou no quarto.

– Oi Margo. Não te vi chegar...

– Oi mãe.

– O que está fazendo?

– Procurando vestidos para o Baile do colégio.

Ela levantou as sobrancelhas.

– Não sabia que iria ao Baile.

– É... Nem eu, na verdade. Me convidaram hoje.

Ampliei a imagem de um vetido curto azul turquesa e o analisei atentamente.

– E quem é o felizardo? - fechei a imagem do vestido por causa dos apliques, brilhantes demais.

– Quentin Jacobsen, mãe. - Não tive resposta. Ela já havia saido do quarto. Revirei os olhos. - Foi ótimo conversar com você, mãe. Realmente ótimo.

[AnnaBeth] diz:

"E aí, já achou algum?"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Acho que sim...

Não sei.

Não sei se quero ser a ovelha negra da festa..."

[AnnaBeth] diz:

"Ah, pare já com isso, Margo!

Além do mais, não será a única!

Eu, você, Thalia... Ah espere, Clarisse também..."

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"É, pois é...

Vou mandar o link..."

[AnnaBeth] diz:

"Manda logo!!!"

Revirei os olhos. Annabeth podia até ser certinha na frente de todo o mundo, mas só eu sabia o quão louca ela poderia ficar no chat. Enfin, mandei o link do "look" para ela.

[AnnaBeth] diz:

"Olha, Margo, não quero estragar seu momento, mas...

VOU ROUBAR ESSE ANEL DO BATMAN!!!"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Ah, amiga... Me desculpe mas...

Vai ter que me matar primeiro. ;)

Já achou alguma coisa?"

[AnnaBeth] diz:

"Ah, claro! Tô com Thalia no outro chat e ela aprovou..."

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Vou colocar a Thalia aqui no nosso chat,

assim fica mais fácil..."

[Tha_Lia] foi adicionada.

[Tha_Lia] diz:

"Olá!!"

[AnnaBeth] diz:

"Gente, eis que surge o meu link!!"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Aleluia, senhor!!"

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"Gostei!!

Falta o seu, Thalia!!"

[Tha_Lia] diz:

"Ah tá, perai."

[AnnaBeth] diz:

"O.o.k..."

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] diz:

"É... Acho que a Thalia levou um pouquinho

a sério o lance de ser a ovelha negra...

Mas, bom, tenho que ir."

[AnnaBeth] diz:

"Tchau Margo!"

[Tha_Lia] diz:

"Tchau."

[AnnaBeth] está offline.

[EuSouAMargoQueVocêQuerCopiar] está offline.

[Tha_Lia] está offline.

Então era isso... Eu iria ao Baile com Quentin Jacobsen... Mas então, minha mãe me chamou, e eu percebi mais uma reunião chata de família...

Narrado por Thalia G.

Música: Música de entrada de The Walking Dead

Acão: Tentando convencer meus

pais de que preto é uma cor legal.

Mostrei a roupa do baile aos meus pais, que quase surtaram. Minha mãe, tentou não cuspir o suco, e meu pai amassou o jornal.

– Minha filha... - começou minha mãe. - Acho que preto não é uma cor muito indicada...

– Rosa seria o indicado. - terminou minha mãe, analisando minhas roupas punks.

– Eu odeio rosa, e pensei que soubessem disso. - eu disse, ligando a televisão, preparada para um novo episódio de The Walking Dead. Queria ver Noah matar uns zumbis, e Judith sempre aparentar seus incríveis nove meses. Mas minha felicidade foi interrompida por uma mão trêmula que arrancou o controle da minha mão, mudando instantaneamente para Cartas para Julieta. Outro filme de romance. Que maravilha.

– Filha... Talvez um... Lilás?

– Eca! - respondi.

– Verde-esmeralda?

– Não.

– Azul claro?

– Nunca!

– Laranja?

– NÃO! - disse, pegando o controle de volta.

– Branco?

– Eu não vou me casar ainda, pai!

Eles suspiraram em conjunto, então pensei que me deixariam assistir TWD em paz. E estava certa.

Eles subiram a escada, enquanto eu tentava cantar a música de TWD, animada e gritava então, com a voz mais sombria o possívl:

THE WALKING DEAD!

Eu me sentia bem, embora minha missão tenha falhado.