Pov’s Roberta

‘’Desculpa não realizar o seu pedido.‘’ Pensei enquanto esperava minha bagagem chegar. Olhei pro lado e vi uma garota desbloqueando o celular e o vi.

– Moça? – a chamei enquanto continuava a olhar a foto de tela. – desculpa me intrometer, mas qual o nome desse menino?

Ela me analisou por um tempo e deu um passo para trás.

– Diego... Diego Maldonado, meu namorado. Por que quer saber?

Ouvir o nome dele sendo pronunciado me fez levar um choque. Eu não consegui, nesse um ano, parar de pensar nele. Roberta, para! É passado.

– Achei que fosse alguém que eu conhecia. Desculpa mais uma vez.

Uns vinte minutos se passaram e finalmente a minha mala havia chegado. Eu precisava sair daquele lugar, de perto dela. Então ele havia arranjado outra... Enquanto a idiota aqui ficou pensando nele cada momento, escrevi cartas que nem sabia se entregaria pra ele, se teria coragem, pelo menos, de entregar.

Saí da área de desembarque de cabeça baixa. Não queria que vissem que eu estava prestes a chorar.

Assim que vi Alice, caí nos prantos... Mas fiz isso por saudade e não por outro motivo!

Esbarrei em uma pessoa, um homem talvez. Pedi desculpa e fui abraçar minha irmã.

O momento “saudade” durou um bom tempo. Ouvi a garota, namorada do Diego, gritando assim que saiu da porta de desembarque.

– Lindooooooo! – meu Deus!!! Ela conseguia ser mais chata que a Alice com esse monte de ‘’o‘’ puxado. – Ficou com saudade do seu amor?

Pera... Ela estava falando com quem? Me virei e o vi. Não podia ser mesmo ele. Diego Maldonado foi o cara em quem eu esbarrei.

– Alice, a gente pode ir? – perguntei não querendo mais ver o beijo dos dois.

– O Pedro já tá vindo! Espera só um pouquinho. Me conta, como foi lá?

– Depois te conto tudo, mostro fotos, presentes... Tudo!

– Alice! Olha quem tá aqui. – disse Pedro vindo acompanhado de Diego e a garota que conseguia ser mais chata que a Alice.

Eu vou matar o Pedro. Só isso a dizer! O fuzilei com os olhos.

– Diego? Gi? – De onde a Alice conhecia aquele ser?

Eles se cumprimentaram.

– Por que não me disse que conhecia a Alice? – perguntou a tal “Gi”.

– Não sabia que vocês se conheciam. – mesmo sem eu querer, a minha voz havia falhado e acho que Diego percebeu, pois franziu o cenho.

– A gente teria te dado uma carona, né amor? – pera, ela falava com voz de neném com ele?

– Tô sem carro, amor. A gente teria de ir de táxi...

Engoli em seco. Como eu estava com saudades daquela voz... Minha respiração começou a acelerar só por ele estar perto de mim.

– A gente pode dar carona pra vocês. – disse Alice. Caramba! O que ela estava falando? Já não bastasse eu ter de aturar aquela cena, teria de aturar no carro também?

– Roberta? – disse Diego, me tirando dos meus pensamentos. – Posso te dar um abraço?

– Se sua namorada não se importar... – disse a palavra “namorada” com um nó na garganta.

– Tudo bem! Vocês se conheciam. – achei ela meio desconfortável por me deixar abraça-lo.

Ele me abraçou com força e por um longo tempo. O perfume que ele usava, ainda era o que eu mais gostava.

– Saudades de você, olhos lindos. – ele ainda lembrava do apelido que havia me dado. Abri um sorriso.

De repente me soltei do abraço dele. Não acredito que eu ia fazer isso! Roberta, ele tem namorada. Ele tá feliz com ela! Ainda bem que você não fez isso.