Pov’s Diego

Cheguei naquele colégio... Parecia uma prisão! Não podia namorar, não podia se beijar, não podia ir pra casa no final do dia, só ia pra casa na sexta, se, eu disse SE, tivesse terminado todas, TODAS, as tarefas, voltamos pro colégio no domingo... Não gostei dessas regras.

Cheguei na segunda bem cedo com o Pedro. Ele já estudava lá há muito tempo, então já estava, hum... Acostumado com as regras.

Duas garotas se aproximaram...

– Amoooooor! – disse uma delas puxando um monte de o. Eles deram um selinho, mas logo se separaram, pois não era permitido beijo no colégio.

Nos cumprimentamos e Pedro logo se apressou em apresentar as meninas.

– Meninas, esse é o Diego.

Eu perguntei o nome delas e a namorada do Pedro se apressou em responder.

– Prazer! Sou Alice, namorada do Pedro e essa é minha irmã Roberta. – dei um beijo na bochecha de Alice e logo em seguida na de Roberta.

Entramos novamente no colégio e fomos fazer a nossa primeira refeição na prisão.

Nos sentamos juntos na mesa. As meninas de um lado e o meninos do outro.

Alice ficou jogando beijo pro Pedro, Carla e Tomás ficaram de mãos dadas e eu queria conhecer as pessoas, conversar. Roberta, por sua vez, ficou me olhando toda linda.

Eu resolvi quebrar aquele clima de silêncio entre a gente.

– Então Roberta, né? – perguntei.

Ela apenas balançou a cabeça sorrindo.

– Há quanto tempo conhece o Pedro?

– Desde sempre. Cresci com ele namorando essa chata! – Alice parou de mandar beijo pro Pedro e se intrometeu na nossa conversa.

– Chata é o teu passado Roberta! – disse Alice brava.

– Vocês se amam sempre desse jeito? – perguntei.

– Sempre Diego! – se intrometeu Carla.

Terminamos o almoço e decidimos ficar na sala de estar do colégio.

Alice estava com Pedro e Carla com Tomás. Tô começando a perceber que eles não ligam muito pras regras do diretor...

Me aproximei e me sentei ao lado de Roberta.

– De vela? –perguntou.

– Não tô acesa pra ser vela. – Nossa! Que grossa.

Eu a encarava como se ela fosse um bicho.

– Tem quantos anos?

– 17 e você?

– 17 também. Sempre estudou aqui?

– A vida inteira! Não existe colégio mais chato que esse.

– Eu dizia isso do meu outro colégio! – rimos por um breve momento.

Continuamos conversando, descobrindo sobre a vida um do outro, que nem percebemos a hora passar e os quatro saindo de fininho.

– Namora? – perguntei determinado a conquista-la.

Ela me olhou séria e respondeu:

– Não! Odeio me apaixonar, estar gostando de alguém. Acho isso perca de tempo.

Ela é um E.T. ou coisa do tipo?

– Por que pensa assim? – perguntei querendo entender o porquê daquele pensamento.

– E você, namora? – respondeu com outra pergunta.

– Não... Quero encontrar a garota certa pra mim!

– Espero que encontre rápido! – respondeu meio, hã... Seca.

– Às vezes acho que encontrei... Mas parece que ela nunca me nota. – disse meio triste.

Ela apenas sorriu e ficou calada, me olhando.

Do nada ela começou a balançar a cabeça negativamente e começou a fazer umas caretas estranhas... No que estava pensando?

– Está tudo bem Roberta?

– Sim! Por que não estaria?

Eu não respondi. Não ia dizer nada das caretas fofas, porém estranhas, que ela estava fazendo.

– Diego, rápido! Vai pro seu quarto! – ela disse se levantando e indo em direção à escada.

Eu fiz o que ela disse. Mas a puxei enquanto ela subia e caímos um em cima do outro.

Afastei uma mecha de cabelo que havia caído sobre o seu rosto e fiquei acariciando seu rosto enquanto nos aproximávamos cada vez mais.

Ela era bem mais bonita de perto. Os olhos verdes, a pele mousse de maracujá, os cílios... Tudo era perfeito nela.

Ela se levantou as pressas e subiu antes que eu me colocasse de pé novamente.