Capítulo Único

Como estava no último ano, [Nome] só estudava na parte da manhã na escola da reserva de La Push. Na parte da tarde ajudava na loja do seu avô até chegar a hora do seu treino de tênis. Queria ser uma jogadora profissional para dar uma vida melhor a sua família, já que os avós cuidaram dela depois que os seus pais se divorciaram e nenhum dos dois quis ficar com ela. Por isso, que era muito agradecida por seus avós terem a criado com muito carinho e queria retribuir da melhor maneira possível.

— [Nome], queres que a busque à noite depois do treino? — perguntou o avô, que olhou para o relógio e viu que era hora da sua neta ir embora para o clube.

— Não é preciso, avô. Alguns dos meus amigos me pegam pelo caminho. — [Nome] entendia que o seu avô não queria dar trabalho aos seus amigos para trazê-la para casa. Ela, junto dos seus amigos, ficaram preocupados que algo pudesse acontecer ao mais velho no meio do caminho à noite, como algum ataque de coração, alguns vampiros andavam à solta na floresta atacando pessoas inocentes.

— Então convide eles no fim de semana para virem almoçar como um agradecimento por trazer-te em segurança à casa. — avisou com um sorriso de rosto, vendo que sua neta tem amigos de confiança que estão sempre ao lado dela em todos os momentos para protegê-la dos perigos que aparecem à noite.

[Nome] aproximou-se do seu avô e o abraçou. Todos os dias antes de ir para o treino o abraçava, porque tinha medo que algo pudesse acontecer no tempo que estava ausente. Por isso se despedia dos seus avós desta maneira, para saberem que se preocupava com o bem-estar deles.

Como ainda não tinha anoitecido, [Nome] chegava aos seus treinos, já com o aquecimento feito. A reserva era um pouco longe de onde ficava o ginásio que frequentava, por isso ia sempre correndo até lá.

(...)

Uma hora depois o treino finalmente terminou. [Nome] decidiu ficar na parte da frente, à espera que seu namorado ou um dos seus amigos viessem buscá-la. Naquela hora ainda não estava com medo, pois havia postes de luz acesos.

— Não vais para casa, [Nome]? — Kim tocou no ombro da sua amiga que estava concentrada no seu celular, escolhendo uma playlist para escutar.

— Que susto, Kim. Estou esperando pelos garotos que devem estar chegando. — [Nome] tirou os fones dos seus ouvidos. Naquele dia, sua amiga não ia voltar para a reserva com ela, porque teria um encontro com Jared.

— Eu até faria companhia até aparecer alguém, mas meu pai está à minha espera. — falou a jovem que compreendia o medo que [Nome] sentia de estar na rua à noite. Por isso que a matilha sempre vinha buscá-las depois do treino para que nada de mal acontecesse à elas. Ultimamente havia muitos vampiros fazendo mal aos civis.

— Vai lá se preparar para seu encontro com Jared. Aproveite bem o momento juntos. — Ficou agradecida pela Kim querer fazer companhia, mas sabia que sua amiga estava animada para sair com o namorado, já que nunca tinham momentos a sós por causa da matilha.

Kim abraçou a sua amiga e foi para o carro. [Nome] voltou a ligar o som e ficou nos seus pensamentos enquanto esperava.

Como tinha o volume da música muito baixo, conseguiu escutar que alguém se aproximava. Tentava não se assustar, aos poucos superava o medo de ficar sozinha à noite. Era horrível depender das outras pessoas que tinham mais o que fazer na vida para vir sempre a socorrer.

— Desculpe o atraso, amor — falou Embry que saía detrás de uma árvore. A sorte dele era que estava escuro. A maior parte das pessoas que frequentavam o treino já haviam voltado para casa, por isso pôde se transformar de lobo para seu corpo humano sem nenhum perigo.

— Isso sim é uma surpresa. Pensava que hoje não era teu dia de vir. — [Nome] conhecia muito bem o horário do seu namorado sobre as patrulhas que fazia em volta da floresta.

— Sam me dispensou mais cedo e Jacob está fazendo o meu lugar. — Durante a patrulha, Embry ficou com ciúmes de Jared por passar o resto do seu tempo com Kim. Alguns dos lobos estavam fartos de escutar as mentes dos jovens apaixonados. Decidiram dispensá-los para aproveitarem alguns momentos da juventude que ainda tinham.

— Quando vir o Sam, vou agradecer. Realmente faz tempo que não ficamos sozinhos. — A jovem ficou feliz por saber que seu namorado poderia ficar com ela por mais tempo. Normalmente, estavam sempre com a matilha passando bons momentos. Nunca tiveram tempo para estarem juntos por causa dos seus deveres atléticos e do bando.

— Vejo que está começando a perder o teu medo de ficar a esta hora aqui sozinha. — [Nome] sempre ficava à espera de Embry e seus melhores amigos dentro do ginásio. Nas últimas semanas, a matilha reparou que a garota começava a ficar na parte de fora, por vezes sozinha ou com Kim quando não tinha nada combinado com Jared.

— Já faz meses que aconteceu o acidente. Acho que está na hora de eu ganhar mais confiança. — revelou [Nome], que começou a caminhar de mãos dadas com seu namorado para voltarem à reserva. Sempre seria grata ao bando por terem ajudado a superar o seu medo de andar na rua à noite.

— Parece que foi ontem que tudo aconteceu. — Embry lembrava muito bem como começou o medo de [Nome] de andar sozinha à noite pela floresta.

A uns meses atrás, [Nome] tinha acabado de treinar quando decidiu voltar para casa correndo. Quando sentiu que alguém a seguia, decidiu aumentar o seu ritmo para ver se conseguia despistar a pessoa. Só um segundo depois, estava encostada a uma árvore. Naquele momento percebeu que o mundo sobrenatural existia ao ver as presas do vampiro que queria mordê-la.

O vampiro não conseguiu ferir a [Nome]. Naquela altura, Embry estava patrulhando na sua forma de lobo. Sabia que tinha que fazer alguma coisa, pois era o seu dever que nenhum civil fosse atacado. O seu lobo dizia que tinha que salvar [Nome] e seguiu o seu coração. Parece que foi mesmo o destino que quis fazer com que o jovem casal se conhecesse e apaixonasse.

Mesmo que nada de grave tivesse acontecido, [Nome] ganhou o medo de andar sozinha à noite. Não queria voltar a sofrer de medo ao ser atacada e nunca mais poder ver os seus familiares, já que, se fosse mordida pelo vampiro, a sua vida mudaria completamente.

— Ainda bem que cheguei a tempo e nada de mau aconteceu. Nunca pensei que encontraria o meu imprinting naquele exato momento, graças a um vampiro. — O casal sorria um para o outro. Não valia a pena ficar triste com o passado. Se Embry tivesse na sua forma de lobo, iria escutar as piadas dos seus irmãos sobre o dia que viu [Nome] uns meses depois de ter se transformado.

— Foi o destino que quis que nos encontrássemos naquele momento. — [Nome] não parava de olhar para o seu amor. Não queria imaginar se ele não tivesse aparecido na hora, naquela altura iria ser a inimiga jurada dele, porque lobos e vampiros não se dão bem.

— Com ou sem medo sempre vou estar aqui para ti, meu anjo — Embry agachou na frente da sua amada para ela subir nas suas costas para aproveitarem o momento amoroso ao apreciar a luz e os vagalumes.

— Tu amas me deixar envergonhada. — [Nome] riu e beijou a bochecha do seu amado. Logo a seguir, escondeu a sua cara no pescoço dele para ver se seu tom de pele avermelhado desaparecia.

Embry sorriu pelo gesto amoroso, e primeiro deixou que [Nome] se acalmasse para continuarem a falar sobre como foi aquele dia. Todos os dias falava como corria o treino de tênis por encontrar-se nervosa para prova que poderia colocá-la na categoria profissional. Sabia que era um dos sonhos que [Nome] queria realizar.

[Nome] depois de ter saído do seu modo envergonhado, convidou o seu amado para vir com o bando a casa do seu avô no fim de semana para almoçar.

O casal decidiu andar com um ritmo mais lento para aproveitar os últimos momentos que tinham juntos, antes de chegarem à reversa. Como era dia de fogueira, os amigos iam estar todos juntos e estavam se preparando para as piadas que iriam receber.

Uma coisa que [Nome] tinha a certeza na sua vida era que nunca iria embora da reserva, onde conheceu pessoas maravilhosas que estavam sempre dispostas a ajudar e proteger o seu povo. Por isso, em nenhum momento se sentiria sozinha, pois todos ali eram como uma família.