- Meninas chegamos. - Claudio-

- Já? o.o - perguntei abrindo a janela- Ah não, moramos até de baixo da ponte mais aqui não :/

- Qual o problema? - Carla-

- Ele é o meu problema - apontei pro Pedro Lucas-

- Ele mora aqui? – Ingrid. Descemos da van-

- Ta falando comigo agora?

- Não citei nomes.

- Af, menina, eu gosto do Pedro Lucas ta? Para com isso.

- Duda? - ouvi alguém atrás de mim me chamando-

Sem prestar muita atenção na voz, eu me virei e gelei quando o vi ali, na minha frente.

- Ér meninas, vamos ver a casa né? - Claudio-

As gurias foram com ele e nos deixou sozinhos no meio da calçada.

- Não vai falar comigo?

- Você vai me olhar? -retruquei-

- Eu to olhando.

- Fala.

- Não sei como falar isso.

- Com a boca seria uma bela opção.

- Porque ta grossa comigo?

- Porque não fala logo o que quer?

- Quer saber, esquece. Você ta muito diferente.

- Diferente como?

- Diferente tipo fria, ta longe de ser a menina que eu conhecia há cinco anos.

- As pessoas mudam.

- Elas pelo menos têm uma razão.

- Quem te garante que eu não tenho?

- Tem?

- Tenho. Claro que tenho.

- Ta mentindo.

- Claro que não.

- Você olha assim quando mente, eu te conheço.

- Me erra Pedro.

- Pode deixar... Ta errada. - ele saiu de lá-

Vi ele saindo de lá com a cabeça baixa e triste me fez pensar o que eu tava pensando quando disse tudo isso pra ele? Porque eu o tratei mal? Ele não me fez nada. Eu falo, sou um desastre ambulante.

Pedro.

Tentei falar com ela mais uma vez e mais uma vez ela foi grossa, estranha, distante e fria. O que foi que eu fiz pra ela? Será que são mágoas do passado? Eu deixei bem claro que eu nunca tive nada com aquela menina. Nem a beijando ela eu estava. Era só um abraço. Mano a Duda é muito confusa, ela me deixa confuso e sem saber o que fazer. Enfim, fui para a minha casa e fiquei arrumando toda a mala no meu guarda-roupa ouvindo Jonh Mayer e pensando nela. Ela ama as musicas do Jonh Mayer, sempre foi viciada nele. Arg Pedro, você vai ficar louco se continuar assim u.u

Duda.

Voltei para a casa e assim que entrei nela me surpreendi. Que casa grande cara, muito muito grande. Fiquei olhando aquela mansão e o tamanho dela enquanto a Roberta descia as escadas.

- Olha aqui tem uns sete quartos.

- Eu quero voltar pro Rio cara :/ - me rendi e comecei a chorar-

Odiava chorar na frente dos outros. Mas eu não agüentei e chorei.

- Hey. Porque isso agora?

- Eu acho que acabei com a única chance que eu tinha com ele.

- Pedro?!

- É.

- Vamos lá em cima. Vem - ela me mostrou os quarto-

Casa: http://images01.olx.com.br/ui/5/60/98/1273250403_91465298_1-Fotos-de--CASA-DE-LUXO-PONTA-NEGRA-BOULEVARD-NATAL-RN-1273250403.jpg

Meu quarto: http://decoracao.novidadediaria.com.br/wp-content/gallery/quartos-femininos-de-luxo/quartos-femininos-de-luxo-3.jpg

- Esse ta bom - me joguei na cama-

- Me fala agora o que aconteceu?

[...]

Contei o que aconteceu com a gente e ela disse: Se você não fosse tão orgulhosa. Mandaria-te falar com ele agora.

- Nunca. - sequei as lagrimas-

- Quem sabe no show de amanhã vocês não se acertam?

- Não quero que ele vá ao show.

- Não podemos impedi-lo.

- Arg – levantei-me com raiva-

- Aonde vai?

- Sair.

- Pra onde?

- Eu sei lá.

- Você não conhece São Paulo Duda.

- Eu me viro.

Sai de lá, queria tomar um ar e pensar. Comecei a andar pelas ruas de São Paulo sem rumo, sem saber aonde iria parar e quem eu iria encontrar. Precisava ficar sozinha agora. Estava começando a chover, mas eu continuei andando e andando mais e mais. Logo avistei uma praça, decidi parar e esperar a chuva forte passar. É loucura você chorar por alguém que você reencontra no mesmo dia? É? Então eu sou louca. Não parava de lembrar o corpo quente dele me abraçando quando saímos da escola e íamos pra casa. Quando eu ficava com medo de algum filme. Arg, que saudade desse menino cara. Ouvi passos se aproximando de mim, pensei em correr mais permaneci ali sem me mover.