Não Vou Desistir De Você.

Saindo do hospital/ Uma ajudinha do Pedro Lanza.


~Pedro Lucas~

Quando eu cheguei ao hospital, o medico que cuida da Duda estava saindo do quarto dela. Fui até ele e disse: O que aconteceu?

- Ela se lembrou de algumas coisas e começou a te chamar.

- Cadê ela? Posso ve-la?

- Ela estava muito alterada e demos um calmante pra ela. Provavelmente só acordará mais tarde.

- Posso ficar lá no quarto dela?

- Tem certeza jovem? Ela pode demorar pra acordar.

- Eu quero ficar com ela.

- Bom, tudo bem. Ela esta no mesmo quarto ok?

- Obrigado. - sorri e fui entrando no quarto dela-

Ele sorriu e saiu da sala de espera. Fui entrando no quarto da Duda de vagar e vi-a dormindo toda linda. Sorri chegando de vagar ao lado dela e vendo sua respiração lenta. Sentei-me ao lado dela, peguei sua mão e fiquei lembrando das coisas que passamos. Mesmo ela ainda não sabendo, um pedaço de mim necessita ver ela bem pra continuar em frente. Ela sempre foi minha melhor amiga e eu sempre precisei dela, agora mais do que nunca.

- Que foi? Levanta a cabeça.

- To com vergonha :/

- Do que?

- De você.

- Oxe, só falei que a musica é bonita.

- E eu fiquei com vergonha :/

- Você fica linda com vergonha sabia?

- Eu vou abaixar a cabeça de novo.

- Ta, parei.

- Para.

- Como o que?

- De ficar sorrindo desse jeito.

- Não posso mais me mexer é isso?

- É, não se mexa u.u

- Nem pra te beijar?

- Ta, só pra isso.

Sorri ao lembrar-se desse dia e fiquei feliz ao ver a possibilidade dela ter lembrado que alguma coisa.

[...]

O tempo passou rápido, já era de manhã e eu ainda segurava a mão dela do mesmo jeito. Única coisa que eu mudava pela madrugada era a posição que eu me sentava. Puxei uma poltrona confortável perto da cama dela e me deitei/sentei na mesma segurando sua mão. Aos poucos, meu sono foi tomando conta do meu corpo e quando eu ia fechar os olhos a Duda acordou. Levantei-me da poltrona, soltei a mão dela e fiquei a observando. Ela se sentou de vagar, esfregou os olhos como sempre faz e quando me viu me agarrou (le-se abraçou) fortemente. Sorri ao senti o corpo dela ali comigo e fiquei a apertando mais contra mim.

- Hey, ta tudo bem? - perguntei-

- Desculpa, desculpa por tudo. - ela me abraçava cada vez mais forte-

Aquele frio na barriga me consumiu de novo, fiquei abraçado com ela e pensando o porquê dela esta me pedindo desculpas.

- Porque as desculpas?

- Eu não deveria ter me esquecido de você. Você foi à melhor coisa que Deus me deu. - ela me soltou-

- Hey, você lembrou-se de mim foi?

- Lembrei de tudo. Tudo mesmo. Desculpa - ela me agarrou mais uma vez-

- Que isso Duda, você não deve culpa.

- Eu não quero que pense que eu não te amo. Eu te amo muito.

Porque ela ta falando isso? Ah, claro Pedro, ela se lembrou da briga idiota que vocês tiveram.

- Não fala isso. Eu fui um idiota eu sei. Eu só fiquei com medo de... Você ficar mexida com aquela carta e me trocar.

- Você é único na minha vida Pedro, não tem cara melhor do que você.

- Desculpa - abaixei a cabeça-

- Não quero mais falar sobre isso ta? Abraça-me e jura pra mim que não vai mais sair do meu lado.

Eu sorri a abracei e disse sussurrando: Eu nunca mais vou sair do teu lado. Prometo-te.

Senti-aela sorrindo e chorando, me soltei dela, limpei suas lagrimas e ela disse: Sabe quando eu saio daqui?

Quando eu ia responder, o medico entrou na sala e disse: Hoje mesmo. - ele sorriu-

Sorri de volta pra ele e disse: Ela já ta bem?

- Eu to ótima, pronta pra ir pra casa. -ela sorriu-

- Claro que sim Pedro. Sua namorada reagiu muito bem a tudo o que passou aqui nesses dias e já ta nova em folha.

- É, nem tanto - ela abaixou a cabeça- ainda não sei de tudo.

- Enquanto a isso não se preocupe, a memória voltara com o tempo.

- Muito? - perguntei-

- O suficiente. - ele sorriu - vou resolver sua alta. Pode se trocar já. - ele saiu-

- Cadê minhas roupas?

- Aqui - joguei a mochila pra ela -

- Valeu - ela sorriu e entrou no banheiro-

[...]

- Você dormiu aqui comigo?

- É, eu não dormi... Mas eu fiquei o tempo todo aqui.

- Deve ter ficado de mau jeito :/

- Que nada, eu tava do seu lado.

Ela sorriu tão linda.

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- Eu queria falar de uma coisa com você.

- Sim, eu te amo. - ela riu-

- Eu também te amo. Mas não é sobre isso.

- O que é então?

- Sobre sua banda.

- Eu não me lembro :/

- Nem das meninas?

- Elas não me são estanhas. Nem esse nome L’mnt4. Só que eu não consigo me lembrar.

- Essa banda é tua vida.

- Eu não disse que não era, só que é difícil pra mim lembrar das coisas assim.

- Eu sei. E o pior de tudo é os show's.

- Show's?

- No México e na Argentina.

- Ta brincando né? - ela ficou espantada-

- Não.

- Caraca :o

Eu ri por dentro do jeito que ela me olhou, acho que a peguei se surpresa.

- Se essas meninas me ajudarem, eu posso aprender as musicas da banda.

- Você toca contrabaixo também.

- É, ta ficando cada vez melhor.

- E tem coreografia.

- Ta Pedro, ta me assustando mais ainda.

Eu ri e disse: No baixo o Pedro te ajuda.

- Que Pedro?

- O Lanza.

- Não conheço.

- Ele é da minha banda e muito gente boa.

- Você também tem uma banda?

- Aham, a Restart.

- Onw, que fofo - ela apertou minha bochecha-

Fiz uma careta e ela riu. Finalmente chegamos a casa, gloria a Deus. Entramos e ela ficou reparando cada detalhe daquela casa com a mochila nas costas.

- Caraca, que casa grande.

- Bem vinda de volta linda. - Lucas disse descendo as escadas-

- Obrigada...?

- Lucas - ele sorriu-

- Lucas, bonito o nome.

Ele sorriu e ouvimos a Ingrid falar: Hey povo, vamos pro... - ela parou assim que viu a gente- oi. - ela sorriu-

Duda ficou olhando pra ela com um sorriso no rosto e logo foi abraçá-la.

- Como você ta?

- Estranhando tudo isso :s

- Ainda não se lembrou de nada?

- Só do Pedro :/ - ela abaixou a cabeça-

- Um dia você vai se lembrar. Não se preocupe ta?

- Eu sei disso. Obrigada - ela sorriu-

Ingrid sorriu de volta e voltou pro quarto dela. Acho que ela ficou meio mal, ok, depois eu converso com ela. Quando o Pedro Lanza chegou à sala eu o chamei.

- Preciso da sua ajuda. - falei-

- Fala aê, o que foi?

- Eu tava falando com a Duda, mas ela não se lembra de nada da banda. Ela disse que se as meninas a ajudassem, ela pode decorar as musicas.

- E onde eu entro nisso?

- Ela toca baixo.

- Quer que eu a ajude?

- É, você é o único que sabe tocar as musicas delas. :/

- Claro que ajudo. - ele sorriu-

- Menos né Pedro. - Carla-

Rimos.

- Relaxa amor. - ele eu um abraço de lado nela-

- Então quando começamos? - Duda-

- Quando antes melhor né? Temos pouco tempo :/ - eu falei-

- Quer começar hoje? - Pedro Lanza-

- Eu to sem meu baixo. -ela se aproximou de mim e sussurrou- eu tenho um baixo né?

- Tem - risos- a gente pode comprar um pra você.

- Eu tenho dinheiro?

- É um presente *-*

Ela deu aquele sorriso encantador dela e eu logo disse: Então borá logo lá comprar um baixo pra você né.

- Quer que eu vá junto? - Pedro Lanza-

- É melhor né ?! - eu -

- Então borá. - ele deu um selinho na Carla e saímos-

[...]

Depois de muito procurarmos um baixo pra Duda, finalmente achamos o que ela queria. Ele era simples, mas ela não quis outro. Admiro muito isso nela, ela gosta de coisas simples, sem muito valor. Voltamos pra casa com o baixo novo dela: http://www.discosom.com/loja/images/_products/Guitarra%20baixo%20Yamaha%20TRB%201005.jpg e logo já estávamos todos reunidos na sala pra ajudá-la.

- Hm, vai ter show particular? - Ingrid perguntou-

- É, quase isso. -respondi-

- Hm, adoro. - ela riu-

[...]

As horas foram passando rápido, a gente sempre ajudava a Duda a cantar, a tocar, a dançar e a lembrar um pouco das coisas. A nossa ajuda se repetia todo dia depois do almoço. Passaram-se 3 semanas, Duda e eu estávamos tão bem. Ela voltou a ser a menina que eu mais amo na vida, só que agora não se lembra de muita coisa.