Durante todo caminho ela ficou pensando em tudo que havia passado com Conrad, ele não era uma má pessoa..
É claro que ele tinha feito muitas escolhas erradas, mas quem nunca errou?
No fundo, ela ainda tinha uma raiva muito grande dele, por ter tirado David dela, mas talvez David fosse só uma paixãozinha de verão, talvez não fosse quem ela pensava, ele poderia mostrar outra face quando eles fugissem. Mas Conrad não, ele sempre mostrou a verdadeira face, sempre deu a cara a tapa, Victoria perdeu as contas de quantas vezes bateu nele e ele nunca revidou, David poderia, e com certeza iria revidar. Mas Conrad não, ele aceitava os tapas, por amor, tudo que ele fez foi por amor a ela, possessivo, mas cuidadoso.
Ela permitiu que uma lágrima caísse de seus olhos
–Como pude ser tão...tão burra? Como pude trair o homem que me amava? Que desistiu de uma família, a família que ele já tinha começado a construir, para construir tudo do zero comigo, como pude ser tão egoísta esse tempo todo? Eu não o amo, mas posso aprender a amar. Ela repetiu isso várias e várias vezes até chegar ao hospital.
–Senhora Grayson, estava quase ligando para a senhora
–Ele acordou?
–Está acordando, poderá receber visitas em alguns minutinhos
–Graças a Deus!
–Vocês tem uma ligação muito intensa
–Temos?
–Sim! Sabe, eu estava notando pelas câmeras de segurança enquanto monitorava ele, e ele só começou a reagir a medicação quando a senhora chegou
–Mas eu já tinha vindo antes
–Sim, mas antes você veio por obrigação, e agora veio com o coração
–Como pode saber disso?
–Se me permite, uma mulher como a senhora não sai de casa no meio da madrugada se não ama muito a pessoa em questão
Ela sorri, foi quase inevitável sorrir, se fosse em outros tempos ela estaria destruindo a enfermeira de todas as formas possíveis, mas hoje não, hoje ela ficou feliz, foi como se essa enfermeira acendesse uma chama de esperança no coração de gelo da Rainha dos Hamptons...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.