Não Leia.

Bela noite para os bêbados


O bar estava completamente cheio. O cheiro de álcool ressoava no ar, como uma canção, daquelas que começam legais, e conforme vão tocando, acabam se tornando cada vez mais entediantes.

Os bêbados sorriam e cantavam, com o efeito das mais diversas bebidas, entre elas rum, tequila e a típica pinga. Algum dos homens tentava agarrar uma garçonete, uma garota de no máximo 15 anos – Entretanto, nada estava fora do normal.

A noite tomava rumo, quando uma garota pálida, de cabelos negros, que estava completamente vestida de preto, entrou no bar. Seus olhos eram desenhados com lápis escuro, e seus lábios tinham a cor do sangue. Chegava até a ser atraente. Ela se dirigiu a única mesa vazia, sentou-se lá friamente, sem fitar nenhum dos bêbados diretamente nos olhos, e assim, permaneceu calada por um bom tempo até que a garçonete chegou.

- O que deseja, Senhorita? – Disse a jovem garçonete, que com um sorriso mostrou não ter os dois dentes da frente.

- Ah, apenas uma bebida. – Respondeu a garota misteriosa, calmamente.

Demorou menos de 5 minutos para que a bebida chegasse, e a garota tomou-a em segundos. Em seguida, se levantou, fitando todos ali. Poucos sabiam que essa seria a última vez que iam respirar, Poucos.

Assim, gotas de sangue começaram a pingar no chão de madeira, e um som estridente pode ser ouvido. Era semelhante ao som de um sino, que começou docemente, com um barulho até agradável, mais conforme eram ouvidas as batidas, ele apenas ficava mais alto, ao contrario do que faria normalmente. Até que o som tornou-se enlouquecedor. Viam-se bêbados correndo para todos os lados, feito formigas que fugiam da chuva. Uns caiam, outros pisoteavam os caídos, e o som apenas aumentava. As portas não abriam, assim como as janelas.

E foi assim que uma grande onda de silencio teve inicio, e todos os bêbados viraram para a garota de preto, que flutuava no ar numa espécie de transe. O sangue pingava de seus pulsos e de seu tórax. E assim, depois de segundos, ela virou-se para todos. Seus olhos, totalmente vermelhos, refletiam imagens das chamas, chamas demoníacas. Alguns dos presentes se distanciaram assustados, mais isso não adiantaria. A garota apenas levantou uma das mãos, e imagens estranhas começaram a se projetar em todo o bar, nas paredes, no chão, no teto...

Nos segundos seguintes, tudo passou como um borrão, e então só pode-se ver corpos totalmente mutilados. O sangue, transformara-se na nova pintura de todo o lugar, e apenas a garçonete, e a garota permaneciam ali, olhando uma para a outra.

- Pode ir – Disse a garota de preto, num tom normal, como se nada houvesse acontecido lá.

A garçonete não hesitou, virou-se de costas e se pôs a correr, atravessou a porta, e desapareceu na rua mal iluminada. Enquanto isso, já não se via a garota e nenhuma outra criatura viva lá, apenas um gato preto.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.