O Théo dirigia rápido, vez ou outra ele olhava para minhas pernas expostas por causa da saia curta, eu olhava as lojas e edifícios altíssimos que passávamos.

Depois de algum tempo entramos em um bairro um pouco digamos assim... não muito seguro, eu não estava acostumada em ir em lugares assim, foi quando Théo parou o carro em um bar do qual havia uma placa em cima um pouco caída onde dizia Bar Do Joh onde piscavam lusinhas coloridas para chamar a atenção, Théo desceu do carro e abriu a porta do motorista para mim, ele abriu a porta na qual fez um barulhinho, lá dentro havia várias mesas de bar onde homens e mulheres bebiam largados em cadeiras sujas e gastas, do lado direito havia um balcão onde um homem gordo servia bebidas, continuamos andando até que descemos por uma escada da qual levava para uma sala cheia de mesas de sinucas.

- E ai?- Théo comprimento, deu para ver que todos conheciam ele pois responderam a sua saudação

- E essa belezinha deve ser a famosa Sophia- um menino alto, devia ter 17 ou 18 anos, musculoso, loiro e com pinta de bady boy se aproximou de mim, me olhou maliciosamente dos pés a cabeça dando uma conferida principalmente nos meus seios e nas minhas coxas expostas pela saia justa e curta, na mesma hora me arrependi de te- lá vestido- Ouvi muito falar de você- ele disse pegando no meu queixo me obrigando a fitar seus olhos azuis, na mesma hora me lembrei de Fred o que me fez arrepiar pois eu gostava muito dele.

- Scot, tire as mãos dela- Théo disse bravo me puxando para o seu lado

- Ow, não vai dividir não ?- Scot perguntou com uma cara de desapontamento

- Cala boca- Théo me puxou para continuarmos andando, me virei para fitar Scot e lá estava ele parado nos observando, quando me viu virar me deu um sorriso de canto de boca e piscou para mim, voltei a olhar para frente e vi vários outros caras como Scot, bady boys ricos, jogando sinuca.

- Théo- uma guria gritou e se agarrou no pescoço de Théo

- É... oi Melaine- disse Théo tentando arrancar a putinha do seu pescoço, eu não estava gostando do que eu estava sentindo era algo como....ciúmes?- Melaine essa daqui é So...

- Eu sei quem é, muito prazer Sophia, você é a garota da elite mais popular, rica e conhecida de Nova York, é um prazer imenso te conhecer, estudamos na mesma escola- ela me deu a mão na qual eu olhei e levantei minha sobrancelha em sinal de indiferença, que é? Eu tinha que manter meu orgulho

- Nunca te vi por lá- disse com meu sorriso mais falso que eu tinha

- Ah, que pena, mais um dia ainda podemos ser amigas, o que acha?- ela disse entusiasmada de mais.

- Mais é claro- a ta, vai sonhando, disse mentalmente e dei outro sorriso falso

- Mais o que faz em um bar como esse? Você não é de freqüentar lugares assim- ela disse com cara de quem sabia tudo da minha vida

- Como sabe?- perguntei curiosa

- Ah, é que tem um blog, na verdade o melhor blog da cidade, que posta fotos e escreve coisas sobre você, suas amigas da elite e os jogadores da elite de vocês também- na mesma hora um ódio inexplicável subiu pelas minhas veias

- Mais o que? Como assim? Essas pessoas na tem o direito- levantei a voz

- Calma, relaxa, veja o lado bom, vocês é como se fossem celebridades de Nova York- ela disse com a maior cara de tipo “você devia estar feliz com isso”

- Ai, mais eu já sou uma celebridade, sou filha do diretor de cinema mais famoso do mundo- que é? Quando estou com raiva jogo o meu orgulho pra cima das pessoas, eu não sou de fazer isso mais as circunstancias pediam

- Ai é verdade

Me recuso a continuar um dialogo com alguém com o QI abaixo do normal.

- Mais o que está fazendo aqui?

- Eu estou com o Théo- fiz a cara mais óbvia do mundo

- Ah sim, vocês são amigos?- ela perguntou com ódio nos olhos

- Somos- eu disse e dei mais um sorriso falso

- Ah sim- ela ficou aliviada- eu sou a namorada dele

O QUE?? Eu senti uma raiva inexplicável subir, mais eu permaneci calma

- Por que não me contou isso Théo, não somos amigos?- eu disse sarcástica e sentindo o ciúme me invadir

- É que....não somos namorados- ele disse

- Como assim?- Melaine perguntou indignada, o que me fez sorrir por dentro

- Eu é que deveria perguntar isso- eu fiz uma cara de confusa e ao mesmo tempo sarcástica

- Eu só ESTAVA ficando com Melaine- ele deu ênfase no ESTAVA

- Ah, agora entendi tudo, vocês ficaram algumas vezes e ela- apontei para Melaine- como é seu nome mesmo querida?- disse no tom mais falso que consegui

- Melaine- ela disse um pouco constrangida

- Ah, isso, Melaine achou que vocês já estavam namorando- eu disse e lhe dei um sorriso sarcástico, ela abaixou a cabeça mais logo tornou a levanta- lá

- Vocês da elite são todos ignorantes, orgulhosos e ambiciosos, esquecem o nome das pessoas insignificantes aos seus olhos e pisam em quem estiver na frente só porque são as pessoas mais ricas de Nova York

- Ué, mais não era a Rita?-eu disse realmente curiosa, pois como havia falado no começo de que a Rita era mais rica que eu e Party juntas

- O pai dela perdeu uma filial e vocês da elite são agora os mais ricos de Nova York

- Isso também tem no blog?

- Não eu tenho fontes, algumas amigas dela, mais isso não vem a caso agora- ela disse realmente irritada- vocês são tão ignorantes- ela disse indo embora

- Ainda podemos ser amigas?- eu disse sarcasticamente

- Não liga pro que ela disse, vocês não são nada daquilo que ela falou- Théo disse

- É- dei um suspiro- eu espero- dei um leve sorriso verdadeiro

- Eu sei que não são- ele disse me encorajando com um sorriso no rosto, dei um sorriso também e abaixei o olhar percebendo que o que Théo disse antes que só ficaria comigo era mentira, ele logo percebeu.

- Não se preocupe, a única garota que eu amo é você, mais...- levantei minha cabeça curiosa para fitar os seus olhos enquanto ele tentava achar as palavras certas- eu também preciso de.... ah, você sabe- ele disse envergonhado, balancei a cabeça em sinal de que havia entendido- e como você não me quer...- ele disse com um olhar muito triste como se estivesse anunciando a própria morte, abaixei a cabeça novamente entendendo o que Théo sentia e com isso senti uma dor no meu coração que não pude evitar e senti a minhas lagrimas queimarem minhas bochechas, ele não entendia que éramos só amigos? O meu pensamento aceitou isso, mais meu coração não e uma dor maior golpeou meu coração me fazendo soluçar de tanto chorar, Théo me abraçou fortemente, encostei a cabeça em seu peitoral sentido o seu cheiro que sua camisa exalava me reconfortando, senti minha cabeça úmida e percebi que Théo também chorava.

- Ei- eu chamei sua atenção já recuperada- Eu odeio quando você chora, por favor para- na última frase senti minha voz falhar, mais eu não iria chorar de novo, me faria de forte, precisava tranqüilizar Théo

- Tudo bem- ele disse num fio de voz enxugando as lágrimas enquanto nos desfazíamos do abraço.

Vocês devem estar se perguntando “mais se vocês dois se gostam por que você não fica junto dele?”, vocês não entendem, eu também sentia uma coisa por Fred e não queria perder a amizade de Théo.

- Vem- ele me puxou e já não havia indícios de que havíamos chorado

Fiu,Fiu, podia se ouvir isso dos bady boys enquanto passávamos pelas mesas de sinucas, até que paramos na última encostada na parede

- Ual- disse um branquelo dos cabelos pretíssimos alto e muito bonito- O que esse anjo esta fazendo no inferno com os demônios?- na hora percebi que ele era um daqueles piadistas que usavam isso para cantar a mulherada

- Essa é Sophia- disse Théo ignorando completamente o que o branquelo havia falado

- A tão famosa Sophia é bem mais gostosa do que imaginei- disse um moreno com pinta de gostosão

- Fica na sua Haethy- disse Théo bravo- se não quiser arrumar confusão- os dois se encararam e ficaram com o rosto tão perto um do outro que deduzi que poderiam sentir a respiração do outro, foi quando Haethy riu nervosamente e se afastou.

- É muito bonita mesmo, linda- um loirinho com pinta de cavaleiro se aproximou- Se me permite my lady- ele falou um francês perfeito, estendendo a palma da mão para que eu pudesse depositar a minha ali

- Will- eu disse em francês no que queria dizer”a vontade “, então ele beijou a minha mão

- Sophia esse é Salon, ele aprendeu a falar francês para atrair as mulheres até ele para depois as levar pra cama- Théo disse como se fosse a coisa mais normal do mundo desfazendo assim da imagem de cavaleiro que formei de Salon.

- Bem, vai querer jogar?- perguntou Théo me entregando um taco

- Mas...e-eu não sei...jogar- eu disse assustada

- Calma, eu te ensino

- Mais eu não quero- já tirava da cabeça a idéia de tentar jogar sinuca, seria um desastre total

- Eu te ensino

- Tudo bem- eu disse me rendendo

- Vem aqui- Théo disse

- Não pode deixar que eu ajudo- Haethy veio pro meu lado

- Ah que isso, vocês sabem que em quesito de ensinar eu sou o melhor- disse o branquelo passando as mãos fortes em volta da minha cintura

- A podem para- disse Théo nervoso empurrando os dois de uma vez que caíram no chão, um em cima do outro.

- Ei cara, calminha ai- disse o branquelo se levantando e ajudando Haethy a se levantar

- Ok Sofi, vamos lá- quando ele disse isso eu me inclinei por sob a mesa e segurei o taco apontando para uma das bolas que eu escolhi, senti Théo se inclinar sobre mim e passar suas fortes mãos pela minha cintura

- Assim- ele disse movimentando minha cintura- você precisa relaxar- fiz o que ele mandou

- Os braços também- ele disse passando as mãos pelos meus braços enquanto sussurrava no meu ouvido

- Assim?- perguntei em um suspiro fazendo tudo o que ele tinha mandado

- Sim- sussurrou no meu ouvido e pude sentir seu hálito quente aquecer meu pescoço, dei uma empurrada na bola que correu até cair em um buraco

- Muito bem- ele sussurrou novamente e pude sentir que abria um sorriso enquanto tinha as mãos nas minha cintura, um fio de vento gélido passou pela minha nuca e me lembrei que não estávamos sozinhos e pelo silencio que estava deduzi que estavam todos nos observando, me levantei devagar para que Théo pudesse sair de cima de mim

- Ei, vocês deviam ir pra um quarto de motel, seria mais conveniente do que na frente de todo mundo- disse Haethy

- Cara, cala a boca- disse Théo irritado- Vem Sofi nós já vamos- disse enquanto me puxava rumo as escadas

- Ei, não vai nem dividir?- gritou o branquelo, no que Théo ignorou completamente

- Onde vamos?- perguntei a Théo enquanto dirigia pela estrada vazia e escura do bairro assustador

- Você vai ver- ele respondeu e sorriu para o nada, o que foi assustador

. . .

- Vem, senta aqui- disse Théo batendo com a mão no lugar vago ao seu lado

Ele havia dirigido até uma pequena praça já longe do bairro perigoso, na praça só havia eu, Théo e um mendigo deitado em um banco do outro lado da praça dormindo profundamente.

- Se você me trouxe aqui para abusar da minha pessoa conseguiu- eu disse rindo em tom de brincadeira.

- Não é uma má idéia- ele disse sério em tom malicioso.

Eu realmente fiquei com medo do que ele disse e já pensava em sair correndo

- Estou brincando- ele abriu um enorme sorriso quando percebeu que eu estava assustada. Na mesma hora senti minhas bochechas esquentarem anunciando que eu devia estar vermelha de vergonha- já te disse que fica linda quando esta com vergonha?- perguntou passando o dedo indicador pelos contornos das minhas bochechas.

- Você também- disse sem pensar, um alarme soou em mim para que eu pudesse concertar a besteira que eu havia falado, mais como os sentimentos do meu coração eram mais fortes decidi ignorar completamente aquele alarme e não estragar aquele momento.- estou com fome- Ai sua idiota retardada, o que pensa que esta fazendo? Meu pensamento sorriu, mais meu coração estava prestes a explodir de tanta raiva que sentia, em vez de deixar as coisas rolarem naturalmente e ouvir o que meu coração dizia preferi dar ouvidos ao meu estomago idiota, não idiota é você Sophia Hanzel Boalgine, ai que ódio de mim, ai como eu queria que tivesse um buraco aqui mesmo para que eu pudesse me enfiar lá dentro.

- Tudo bem- disse Théo em um suspiro depois de um longo tempo retirando suas carinhosas mãos das macãs do meu rosto- vamos embora e no caminho passamos em um drive lanches- disse se levantando. Muito decepcionada comigo mesma me dirigi até o carro.

No caminho todo não trocamos sequer uma palavra só quando necessário. Quando chegamos no Drive lanches Théo pediu dois hamburguês e refrigerante. Enquanto comíamos decidi que deveria acabar com aquele silencio constrangedor e tenso.

- Théo sobre o que iria acontecer hoje lá na praça foi...

- É, eu sei, ainda bem que não fizemos nada porque amanhã você me odiaria, e eu Não quero isso meu anjo- ele disse como se tirasse um peso das costas, bem o que eu iria falar na verdade era que o que iria acontecer lá aquela noite ia ser uma das experiências mais emocionantes da minha vida, mais para que nenhum dos dois se machucassem apenas dei um falso sorriso e voltei a comer meu lanche tranquilamente como se nada tivesse acontecido