Segundos depois do despertar de Maria Desamparada, para deixar Heriberto trabalhar, quando ele viu ela perder o ar, ele apertou em um botão próximo a cama para vim auxílio a ele que logo veio enfermeiras que tiraram Victória do quarto.

E então momentos depois, na sala de espera, só estava ela com Helena nos braços, Antonieta que seguia no hospital e Maximiliano. Ambos vibravam de alegria, ainda que estavam também nervosos pela forma bruscas que Maria Desamparada tinha acordado.

E então quase uma hora depois, Heriberto apareceu dizendo.

— Heriberto : Maximiliano. Maria Desamparada quer te ver.

Max sorriu com os olhos emocionados. E Victoria sentiu sofrida, a realidade de que nunca seria a primeira pessoa que Maria Desamparada procuraria, como naquele momento.

Enquanto Antonieta sorriu se afastando e pegando seu celular pra ela mesma avisar a todos que não estavam ali, que Maria Desamparada havia acordado.

E Max depois de beijar a testa de Victória sorrindo feliz, tocando também a cabecinha cabeluda de Helena, ele as deixou quase correndo para ir até seu amor.

E assim, Victoria sem conseguir evitar, apertou Helena nos braços, a beijou já de lágrimas descendo nos olhos e disse, para Heriberto, que parava de frente para ela estando só os dois.

— Victória : Maria Desamparada nunca vai me perdoar de verdade. Eu poderia ter perdido ela sem ter o seu perdão.

Victória balançou Helena nos braços fechando os olhos e chorando mais. E Heriberto a trouxe para os braços dele, com cuidado por ter Helena no meio deles. Ela há dois dias havia dado a luz e ele começava se preocupar com a carga de emoções que ela estava sofrendo, para que ela não quebrasse o resguardo, que poderia até fazer ela deixar de ter leite materno.

E ainda sem dizer nada. Ele ouviu ela dizer decidida.

— Victória : Nos leve para nossa casa, Heriberto. Se ainda Maria Desamparada não deseja me ver, me contentarei com apenas saber que ela está bem e já fora de perigo.

Heriberto suspirou e a afastou para olha-la nos olhos. Por ele como médico ter passado aquele tempo com Maria Desamparada que ela havia acordado, foi ele mesmo que contou a ela o que ela havia sofrido e como tudo estava dentro daqueles dois dias que ela “dormia” depois da cirurgia. E ele entendeu pelas palavras da jovem que logo Victória teria o que tanto desejava vindo dela. Mas como sempre, ela teria que ter paciência, uma que Victória as vezes não tinha.

E então ele disse esperançoso.

— Heriberto : Levo. Mas o dia está apenas começando, Victória. Hum? Não desanime e não chore mais tanto assim. Me preocupo em te ver assim.

Logo depois, ele limpou os olhos dela e lhe beijou no meio da testa.

Momentos mais tarde .

Victória já respirava o ar do lar que passou aqueles finais meses de sua gestação, com Heriberto, tendo dias completos de amor e felicidade, ainda que o sexo tinha sido esquecido uma semana depois do casamento deles pela fase da gravidez que ela já estava.

E no quarto de Helena todo rosa e branco, Victória sozinha vendo ela dormir pela primeira vez no berço dela, respirava melhor. Respirava com o coração tranquilo. E conseguia novamente se ver nos seus dias felizes entre sua família que formava com Heriberto. A filha deles dormindo como um anjo, era a prova mais concreta do triunfo do amor deles.

E ela sorriu com amor. Amava sua menina, amava seu agora marido. Amava a vida de casada que estava tendo com Heriberto, e ela sabia que amaria mais ainda ter agora Helena com eles.

Já era noite. E desde que tinham saído do hospital, não tinham mais voltado pra ele. Heriberto apenas dava notícias, por estar em contato com o médico que na ausência dele, cuidava de Maria Desamparada, que o informava que ela seguia bem e que sua recuperação, era certa. O quadro que uma vez foi crítico, agora não era mais.

E assim Heriberto chegou na porta do quarto de Helena. Ele tinha o celular na mão, com Fernanda na linha. Tinha mais uma boa notícia a Victória, tirando a certeza que Maria Desamparada seguia bem e ia se recuperar. Mas essa notícia ele queria que Fernanda desse. Ou melhor, que ela passasse o recado a mãe dela e não ele.

E então ele entrando disse.

— Heriberto : Tem alguém que quer falar com você.

Ele sorriu de lado entregando o celular pra ela, que perguntou desconfiada.

— Victória : Quem?

Heriberto sorriu mais e a respondeu.

— Heriberto : Eu disse que o dia estava apenas no começo e que ele ainda não havia acabado. Tome, atenda e saberá.

Victória então pegou o celular ainda que já sorria contagiada pelo sorriso dele, e quando ela disse alô, Fernanda que estava no hospital e por trás da linha, disse.

— Fernanda: Mãe, será que pode voltar ao hospital?

Victória então olhou Heriberto apreensiva e de coração acelerado pelo pedido, querendo ver nos olhos dele algo ruim que poderia estar passando com Maria Desamparada, mas o sorriso dele seguia ali . E então depois ela disse na linha.

— Victória : Aconteceu alguma coisa com sua irmã, Fer? Não entendo.

Fernanda estava no quarto de Maria Desamparada, e então, Maria disse deitada no leito por ter visto ela olha-la.

— Maria Desamparada : Deixa eu falar com ela Fer.

Victória conseguiu ouvir a voz de Maria Desamparada, e foi sentar devagar na cadeira de amamentação, com Heriberto a olhando e sabendo do que se tratava a ligação. E alguns longos segundos se passaram, até que Victória ouviu.

— Maria Desamparada: Mãe, vem me ver. Quero te ver.

Victória quando a ouviu, levou as mãos nos lábios enquanto ele tremia com o choro que descia dos olhos dela. No casamento dela com Heriberto, Maria Desamparada tinha a chamado de mãe, mas foi de uma forma ainda arisca, o que ela sentiu naquele momento mesmo longe dela, que Maria Desamparada a chamava de mãe de uma forma diferente, o que a fazia ilusionar que já não existia nenhum ressentimento vindo dela .

E assim ela disse, querendo ter certeza do que seu coração dizia.

— Victoria: Tem certeza que quer me ver? Tem certeza filha?

Maria Desamparada passou a mão de um lado de seu rosto. Ela limpou a lágrima que tinha ali, enquanto Fernanda ao lado dela assistia tudo. E então, ela fungou mostrando que chorava assim como ela entendeu que Victoria também, e então ela a respondeu certa do que queria.

— Maria Desamparada : Claro, mamãe. Eu preciso te ver urgente... Por favor.

Victória abriu a boca e olhou para Heriberto . Queria gritar de felicidade ainda que as lágrimas em seus olhos só aumentavam. E então ela se levantou dizendo, de olhos fechados.

— Victoria : Mamãe. Segue me chamando assim... Filha meu amor, parece que estou sonhando.

Maria Desamparada olhou o médico jovem que cuidava dela, e que tinha despertado ciúmes em Maximiliano, entrando aquele momento dentro do quarto, que ele ao ver ela no celular se esforçando por ver ela visivelmente abalada, fez sinal para ela deixar a ligação. E então ela disse sorrindo entre as lágrimas.

— Maria Desamparada: Meu médico aqui que não é Heriberto por sinal, está me fazendo sinais para desligar a ligação, mãe. Então só vou te esperar, está bem?

Victória assentiu nervosa com a cabeça e ouviu Maria Desamparada suspirar do outro da linha, o que fez ela respondê-la com palavras logo em seguida. E então a ligação foi desligada e ela olhou para Heriberto sem reação.

Heriberto cruzou os braços, vendo que ela nem tinha saído do lugar ainda sentada aonde sentou. E ele riu de lado, sabia que ela estava ainda aérea pela ligação. E então ele disse.

— Heriberto : O que tá esperando hum? Vai ver sua filha Victória .

Victória puxou o ar do peito. E então teve coragem de se mover ao se levantar e deixar o aparelho celular na poltrona. E então ela disse, o olhando ainda com aquele sorriso de antes.

— Victoria : Você sabia que ela me procuraria, Heriberto.

Heriberto assentiu perante aquela afirmação dela. E então ele a respondeu.

— Heriberto : Imaginei que isso aconteceria . E agora é o momento que estejam só as duas uma de frente pra outra e sem mais rancores.

Victória depois de ouvi-lo limpou o rosto rápido, e disse mirando o berço de Helena com ela dormindo nele.

— Victoria : Eu vou trocar nossa filha para todos juntos irmos.

Heriberto logo segurou as mãos dela que tocou o berço, beijou elas e disse, a olhando os olhos, por saber que aquele momento teria que ser só das duas. Afinal, não tinham tempo mais a perder, e Maria Desamparada havia percebido isso ao acordar depois de quase morrer.

— Heriberto : Eu disse que esse é o momento das duas estarem juntas. Tem que ser só você e Maria Desamparada, meu amor. Não se preocupe com nossa filha, eu cuidarei dela até que volte.

Victória suspirou, olhou Helena e depois voltou olhar pra ele. De repente sentiu medo e ficou mais nervosa do que a esperava quando estivesse de frente com Maria Desamparada. Lembrava de como se sentiu diante dela quando lhe contou a verdade e agora teriam uma conversa novamente de mãe pra filha. E assim ela disse.

— Victória : Eu estou sentindo o mesmo medo e a ansiedade que senti quando descobri que Maria Desamparada era minha filha. Eu tive medo de ser rejeitada Heriberto... E fui. Então preciso de você comigo e agora nossa filha também, para novamente ter outra conversa com Maria.

Heriberto tomou o rosto dela nas mãos dele. Entendia a insegurança de Victória mas tinha certeza que daquela vez, a conversa que teriam não causaria dor em ambas. E então ele disse.

—Heriberto : Tenho certeza que não é isso que vai passar dessa vez, Victória. Não vai ser rejeitada. E nos terá, nos tem ao seu lado. Mas estaremos aguardando o seu regresso aqui, hum.

Victória fechou os olhos depois de respirar fundo e abraçou com força Heriberto. E então nos braços dele, ela declarou.

— Victória : Eu te amo, minha vida . Eu te amo tanto .

Ela logo em seguida o beijou em vários beijos nos lábios, e ele depois disse.

— Heriberto : E eu mais, hum . Mas agora vai. E vai com nosso motorista, nada de dirigir na condição que está.

Victória assentiu, e deixou o quarto de Helena para pegar sua bolsa e ir ao hospital de uma vez. Enquanto momentos depois já no carro, ela ia todo o caminho até o hospital esperançosa mas também uma pilha de nervos.

Enquanto no hospital...

Maximiliano agora com Maria Desamparada , ajudava ela sentar na cama. E ela então disse, já acomodada.

— Maria Desamparada : Estou louca para ver nossos filhos e conhecer Helena .

E Maximiliano beijou os lábios dela, e depois arrumou um lado do cabelo dela e a respondeu, por Osvaldinho e João Paulo estarem com a babá aquela noite na mansão que agora era deles, enquanto pelo dia eles ficaram com Natty e a senhora Milagros.

— Maximiliano : Amanhã de manhã eu os trago, prometo. E enquanto a nova membra da família, já te mostrei uma foto dela.

Ele riu e ela também, dizendo.

— Maria Desamparada: Uma foto não vale...

Maximiliano então ainda rindo disse.

— Max : Claro que não, meu anjo. Estava brincando. E vai ver pessoalmente como ela parece mais ainda com Heriberto.

Ele a beijou de novo, e depois os dois suspiraram em silêncio. E Max a olhando nos olhos, disse.

— Maximiliano : Pensei que a perderia.

Maria Desamparada pegou na mão dele e ergueu a cabeça pra olha-lo e dizer o que estava sentindo.

— Maria Desamparada: Mas não perdeu, meu amor. Estou aqui. E agora não quero perder nenhum segundo se quer de momentos que eu possa estar com você, com meus filhos e com minha nova família. A família que minha mãe me deu.

Na sala de espera. Fernanda estava nervosa. Cruz estava com ela que via ela pra lá e pra cá, e então ele disse agoniado com ela.

— Cruz : Vai fazer um buraco no chão se seguir andando assim, Florzinha.

Fernanda parou para olha-lo e disse rápido.

— Fernanda : Minha mãe que não chega . Estou nervosa!

Quando terminou de falar, Fernanda viu sua mãe chegar, elegante e linda como sempre, mas com passos lentos que a lembrava que ela tinha passado recentemente por um parto normal. O que dava regalias a ela estar fora da cama como estava, por não ter a barriga costurada em uma cesariana.

E assim Fernanda disse, já de frente para ela.

— Fernanda : Aí graças a Deus chegou, mamãe. Demorou.

Ela a abraçou e Victória a respondeu.

— Victória : Não parece, mas acabei de dar a luz filha. Ainda não estou 100%.

Victória sorriu e então Fernanda ficou séria, pegou nas mãos dela e disse.

— Fernanda : Está linda como sempre, mamãe. Mas está preparada? Maria quer falar com você.

Victória suspirou voltando se sentir nervosa e depois, a respondeu certa.

— Victoria : Estou minha filha.

No leito de Maria Desamparada, ela só estava esperando Victória aparecer. Maximiliano não estava mais no quarto e por ele, ela sabia que Victória estava prestes a cruzar aquela porta. Que quando ela finalmente fez. Maria Desamparada sentiu seu coração acelerar e o ar lhe faltar.

E então com os olhares cruzados, ela disse baixo, vendo que Victória ainda seguia entre a porta.

— Maria Desamparada : Que bom que veio.

Ela sorriu e Victoria entrou encostando a porta e de bolsa na mão e a olhou, para respondê-la, com seu coração que batia tão forte que ela podia ouvi-lo.

— Victória : Não deixaria esse hospital se não fosse por sua irmã ter recebido alta, filha e por não ter...

Victoria não terminou de falar quando ouviu Maria Desamparada, dizer de rosto vermelho e lágrimas brotando em seus olhos.

— Maria Desamparada: Eu sinto muito.

Ela então deixou a bolsa aos pés do leito dela e disse baixo.

— Victória : Como?

Maria Desamparada puxou o ar do peito tomando fôlego, tocou nos seus dedos toda nervosa, vendo que Victória se aproximava mais dela, e continuou, antes que perdesse a coragem.

— Maria Desamparada : Sinto muito, por não ter falado que também te amava quando me disse isso ainda quando estávamos no desfile . Eu poderia ter morrido ou a senhora, com o plano de Bernarda. E então não estaríamos aqui agora. E eu sinto muito. Sinto muito por ter tido várias oportunidades nesses últimos meses de dizer que já te amava, mas não conseguia. Então agora quero dizer. Eu te amo, mãe. E não quero que perdemos mais tempo.

Victória foi rápida em pegar uma das mãos de Maria Desamparada, levar nos lábios e beijar com amor, enquanto chorava. E depois de solta-la, a tocou em um lado do seu rosto e disse emocionada.

— Victória : Maria Desamparada, filha. Não sabe como eu esperei por isso. Não sabe como está me fazendo feliz.

Ela limpou um lado do rosto as lágrimas e foi Maria que pegou na mão dela, e disse a olhando nos olhos e tão emocionada como ela.

— Maria Desamparada: Sim eu sei, mãe. Eu sei. E agora por favor não vamos desperdiçar mais nenhum tempo com ressentimentos. Eu quero minha mãe ao meu lado. Eu quero seu amor, quero seus cuidados que me foram tirados por todo esse tempo.

Victória sorriu . Maria Desamparada era uma filha que precisava de uma mãe, e ela uma mãe que queria aquela sua filha que lhe foi tirada. Não adiantaria ela ter só às duas, ela queria ter suas três meninas ao seu lado também para poder sentir completa como mãe. E então, ela disse de voz embargada.

— Victória : E eu quero minha filha mais velha também ao meu lado, filha. Isso é tudo que eu sempre quis antes de saber a verdade que nos unia. Me perdoe. Me perdoe por tudo que te fiz.

Maria Desamparada limpou o rosto com uma mão, Victória fez o mesmo, e depois, ela a respondeu.

— Maria Desamparada: Não, mãe. Nada de me pedir perdão mais. Agora eu só quero minha mãe. A mãe que por uma maldade foi tirada de mim.

Victoria segurou firme nas mãos de Maria Desamparada depois de ouvi-la. Não teve mais humilhação, nem palavras duras que a condenavam, ela só tinha amor agora vindo de Maria e nada de desprezo, o mesmo que viu nos olhos dela, quando ela soube a verdade. E então ela disse ainda em lágrimas, mas agora de alegria.

— Victoria : Eu estou aqui filha. Estou aqui pra você e sempre estarei. Eu te amo, meu amor.

Victória beijou o meio da testa de Maria Desamparada, e a jovem fechou os olhos. Agora não deixaria aquele te amo sem resposta. E então ela rápido a respondeu.

— Maria Desamparada : E eu a você mamãe .Eu também te amo.

Victória sorriu e depois beijou várias vezes a cabeça de Maria Desamparada, a abraçou também como pôde enquanto chorava com ela. Tinha finalmente sem ressentimentos algum sua filha nos braços.

Que assim então, elas seguiram um tempo no quarto sozinhas. Victória sentou na poltrona azul que tinha ao lado da janela e dessa forma, ela conversava com Maria Desamparada, como que se fossem duas amigas que não se via por muito tempo e tinham que colocar o assunto em dia.

E assim Maria Desamparada falava.

— Maria Desamparada: Fiquei sabendo que minha irmã nasceu enorme e é a cara de Heriberto.

Victória riu de lado e a respondeu, com os olhos brilhosos de amor.

— Victória : Ficou sabendo certo, filha. Eu a carreguei por 9 meses e ela me nasce a cara do pai.

Maria Desamparada sorriu e disse babona.

— Maria Desamparada : Max me mostrou uma foto dela. Ela é linda.

Victória sorriu convencida que só fazia filhas lindas. E então ela disse.

— Victória : Amanhã a trago para que a conheça pessoalmente.

Maria assentiu. E logo depois a duas se olharam ficando em silêncio outra vez. E então Maria Desamparada o quebrou falando.

— Maria Desamparada : Poderia ter sido a senhora levar o tiro. E eu a Fernanda te perderia e também nossa irmã que esperava.

Victória respirou fundo. Tinha cruzado as pernas aonde estava sentada e então trocou de perna, pensando nas palavras de Maria Desamparada. Ela era o alvo de Bernarda mas Padilha mudou com um propósito que ela andou pensando dentro aqueles dias, que só podia ser uma vingança pelo filho dele morto. E então ela disse.

— Victória : Ainda assim como mãe de vocês, se no momento eu tivesse escolha, queria que fosse eu aí nessa cama e não uma de minhas filhas, não você filha. Enquanto Helena, eu faria de tudo para que a salvassem em uma cesariana. Me sacrificaria por você naquele momento se fosse possível.

Maria Desamparada pensou nas palavras de Victória . Pensou como filha mas entendia como mãe as palavras dela também. Mas que como uma filha que acima de tudo recuperava uma mãe depois de anos de separação, ela disse.

— Maria Desamparada : Não poderia perde-la novamente. Sei que Fernanda se tivesse sido o alvo daquele homem, também pensaria igual a mim. Tinha que ter sido eu, mãe .

Victória fez um gesto com a cabeça de negação. Pensou naquela noite horrível que só o nascimento de Helena deixou parte daquela noite melhor. E então ela disse pensando no fim de Padilha e Bernarda.

— Victória : A única coisa que me conforma é quem te fez isso, pagou muito caro.

E Maria Desamparada, por pensar em Bernarda com as palavras de Victória, questionou.

— Maria Desamparada : Max me disse que a senhora Bernarda morreu. Quem será que explodiu o avião que ela estava?

Victória deu de ombros e por um momento seu olhar sério fixou a parede. Tanto Bernarda como Padilha eram dois monstros que fizeram mal a ela até o dia de suas mortes. E então ela disse.

— Victória : Talvez o próprio Padilha. Ele a traiu atirando em você e não em mim, apenas para que eu sofresse a mesma dor que ele . Eu tenho certeza disso. E o que garante que ele não tenha sabotado o avião dela. Ou... como ela teve tantos inimigos, um deles a traiu, filha.

Depois de falar, Victória olhou o relógio no seu pulso. Era tarde e ela tinha uma recém nascida em casa. E então Maria Desamparada viu o gesto dela e sorriu por entendê-la, e disse.

— Maria Desamparada: Pode ir. Helena está precisando mais da senhora do que eu agora, mãe. Só volte amanhã e com ela .

Victória viu que foi pega mas sorriu com a compreensão de Maria. Afinal Victoria não queria que Maria Desamparada pensasse que ela não estava dando valor para aquelas horas que tiveram juntas depois de tantos meses ela ter buscado um momento de reconciliação e conversa com ela. E assim, ela disse de sorriso no rosto.

— Victória : Voltaria mesmo que não me pedisse, filha. Quero que tenha certeza que nunca mais deixarei que nos separem.

Victória se levantou sorrindo com amor, foi até Maria e beijou a testa dela, e antes de ir querendo dar a benção a ela, ela pediu.

— Victória : Posso?

Maria Desamparada sabendo o que ela queria, assentiu sorrindo. E então Victória fez o sinal da cruz frente ao rosto dela, e no final Maria Desamparada, pegou a mão dela e beijou a olhando e disse.

— Maria Desamparada : Até amanhã, mãe .

Victória sorriu cheia de felicidade e antes de pegar sua bolsa pra ir, ela a respondeu.

— Victoria : Até amanhã, meu amor.

Mais tarde Victória chegava em casa.

Heriberto havia adormecido no quarto de Helena. Sentado na cadeira de amamentação, ele dormia enquanto a menina calma depois da mamadeira que ele fez com leite do seio de Victória, que ela havia retirado assim que chegou do hospital dormia também.

E então da porta do quarto, Victória olhou ele dormir. E ela sorriu feliz e cheia de amor pelo homem que via. Amava Heriberto de uma forma que nunca imaginou que amaria um homem. Havia pensado que não amaria outro depois de Osvaldo, e Heriberto chegou pra provar a ela que sim ela amaria, mas mais ainda que achou que amou um dia seu ex marido.

E assim ela entrou, olhou o berço e sorriu mais para quem estava no meio dele . Helena pequena para aquele móvel grande, se perdia nos seus 48 centímetros no berço. E então ela foi até Heriberto, passou a mão no rosto dele devagar para desperta-lo e sentou de lado nas pernas dele. De sono leve, Heriberto rápido despertou, e levou as mãos uma na perna dela e outra na cintura. E então ele sentiu Victória lhe beijando. E ele não teve dúvida que tinha corrido tudo como ele sabia que correria no hospital. Maria Desamparada a tinha perdoado e demonstrado todo seu amor.

E depois que o beijo se desfez, o olhar dele fixou no de Victória que tinha os olhos lacrimejantes. E então ela disse depois de um longo suspiro.

— Victória : Eu sou a mulher mais feliz do mundo. Nada me falta mais, Heriberto . Nada.

Ela o beijou novamente, agora o abraçando pelo pescoço e ele alisando as costas dela. E quando o beijo terminou, ele disse sorrindo.

— Heriberto : E vai me contar como foi ou vai seguir me atacando aos beijos, hum? O que não me incomoda, mas quero ouvir com detalhes o motivo que já imagino de tamanha felicidade.

Ele então deu alguns selinhos nela e depois de rir, Victoria disse cheia de felicidade.

— Victória : Maria Desamparada me perdoo. Ela disse que me amava. Ela me ama e me quer como a mãe dela.

Victória o respondeu, deixando que lágrimas descessem dos olhos dela. E Heriberto sorrindo disse, limpando elas.

— Heriberto : Sei que chora agora de felicidade. E isso me faz também feliz, hum. Te ver assim era tudo o que mais queria. Tudo que eu desejava desde que me apaixonei por você e nos casamos.

Victória suspirou cheia de amor. Foi Heriberto aparecer na vida dela que a luz no final do túnel que ela já não via, começou brilhar pra ela . E então ela sentindo que o amava cada dia mais, disse, tocando no rosto bonito dele.

— Victória : Devo essa felicidade a você, Heriberto. Agora não me falta mais nada ao seu lado. Tenho minhas duas filhas comigo e também felizes como eu desejei. Agora também tenho Helena, nossa filha nos meus braços e que não faltarei com ela como fiz com as irmãs dela. Tenho dois netos saudáveis que meu filho me deu com Maria. Enquanto a casa de moda está como antes esteve, antes de tudo desmoronar na minha vida. Então eu só posso agradecer. Porque como disse, eu estou tendo mais motivos para isso. Obrigada por ter aparecido na minha vida e mudado tudo, meu amor.

Ela depois o beijou alisando um lado do rosto dele com carinho. Heriberto com as palavras dela, ficou mais feliz e mais apaixonado se fosse possível tal feito, já que ele a amava com loucura. E então depois do beijo ele também disse, a olhando nos olhos.

— Heriberto : Também mudou tudo pra mim Victória. Amei de novo ao seu lado, me deu uma nova família e não falo só de nós dois com nossa filha, mas também com seus filhos e netos, hum. Hoje não sou mais sozinho. Tenho você e a família que me deu. Eu também tenho que te agradecer. Então obrigado minha vida.

Ele a beijou e depois no beijo sorriram de testas coladas e de olhos fechados, e depois Victória quando abriu os olhos, disse.

— Victória : Se eu não tivesse de resguardo, faria amor com você agora mesmo depois dessas suas palavras, meu amor.

Heriberto riu e então a respondeu .

— Heriberto : Não tenho dúvidas disso. Mas daqui há quarenta dias, faremos todo amor do mundo.

Eles se beijaram mais uma vez, até que Helena resmungou e eles sorriram com seus lábios ainda próximos desfazendo do beijo.

Na manhã seguinte no hospital.

Maximiliano entrava no quarto com Osvaldinho andando e João Paulo no colo. Maria Desamparada sorriu e chorou ao mesmo tempo. Tinha também uma segunda chance com seus filhos e seu amor e não queria desperdiçar um segundo se quer de qualquer momento que poderia ter também ao lado deles.

Alguns meses depois.

No jardim da casa de Victoria e Heriberto acontecia uma festa de crianças. Osvaldinho e João Paulo faziam aniversário de dois aninhos. Mesmo que em datas diferentes, a comemoração deles eram no mesmo mês e por isso estavam festejando o segundo ano de vida dos dois.

Na frente de uma mesa como bolo e doces na decoração azul e branco, Maria Desamparada ao lado de Maximiliano, segurava Osvaldinho enquanto ele segurava João Paulo. Tinham se casado depois de Maria Desamparada sair do hospital, que assim ela descobriu enquanto tinha seu dia de noiva que o vestido que vestia, tinha sido desenhado por Victória que ela sem saber havia escolhido o desenho da mãe, o que tornou sua escolha mais significativa ainda. A cerimônia do casamento dos dois tinha sido linda, ainda que em um momento Ximena apareceu foragida da lei no meio da igreja, mas algemada foi que ela deixou a igreja e agora estava internada em um hospício, enquanto seu amante Guillermo Quintana havia morrido em um acidente de carro no mesmo dia fugindo da polícia. E então, eles já viviam 5 meses de amor e felicidade juntos aos filhos e a todos.

Ao redor da mesa que estavam, tinha os amigos mais chegados e também algumas mães com seus filhos que estavam na escolinha dos meninos.

O padre João Paulo, que se considerava avô não só de um menino mas dos dois, estava presente, e sorria para a felicidade de sua filha. Fernanda que também estava presente, tinha a mão no seu ventre de 4 meses de gestação, enquanto Cruz a abraçava por trás. Natty, a melhor amiga de Maria Desamparada, também estava presente e também estava grávida com um mês de diferença de Fernanda, que ao lado do marido também sorria. Osvaldo que era avô também das duas crianças e vivia em harmonia com todos, também estava ali, e novamente na casa de Heriberto e Victória como esteve no casamento dos dois, mas estava sem Leonela, que voltava a carreira de atriz e por isso estava em uma gira com uma peça de teatro fora do país. A senhora Milagros, Pepino e Antonieta que se relacionava com Oscar, também estavam ali. Todos presenciavam aquele momento feliz.

Que mais no fundo, Heriberto com Helena de 5 meses no colo que vestia um vestido vermelho e tinha presilhinhas no cabelinho, também sorria, que então recebeu um beijinho nos lábios por Victória que deixou eles alguns minutos sozinhos.

E então ela disse.

— Victória : Tem uma convidada de Maria Desamparada que não para de te olhar, minha vida. E não sabe a vontade que estou de expulsa-la de nossa casa.

Ciumenta ainda que feliz com aquela festinha dada para seus netos, depois de falar com uma calma fingida, ela beijou de novo Heriberto e tirou Helena dos braços dele. E ele então disse quando a olhou.

— Heriberto : Não sei de quem fala, meu amor. Mas não importa hum. Olhe como Max e Maria Desamparada estão lindos juntos aos filhos. Isso que importa nesse momento.

Ele beijou o rosto dela sem ela dizer nada apenas mirando na frente os filhos e netos. E então ele passou a mão na cintura dela e sussurrou perto do ouvido dela.

— Heriberto : A noite resolvemos isso na nossa cama.

Ele cheirou o pescoço dela e Victória olhou de lado e viu a tal mulher que parecia ter a mesma idade de Maria Desamparada e ela quis pega-la mais uma vez pelo braço e colocá-la para fora. Que então fechando os olhos por ter Heriberto beijando o pescoço dela com leve beijos, ela disse, com Helena nos braços dela mas de frente, o que fazia a bebê ver toda a festa.

— Victória : Eu estou com muita raiva Heriberto. Terá muito trabalho mais tarde.

Heriberto sorriu de lado e ele sussurrou outra vez.

— Heriberto : Sei que darei conta...

Victória então o olhou com um sorriso que não conseguiu segurar, e ele a beijou nos lábios em um rápido beijo e depois, ele sorriu da forma que ela fazia dando um sorriso malicioso que a prometia muitas coisas.

E ao fim da tarde. A festa das crianças chegava ao fim.

Heriberto caminhava entre o jardim, com a festa que terminava, e parou a frente de seu amigo Roberto, que namorava e trazia sua companheira com ele, que tinha um filho de 7 anos, que por isso, Heriberto viu o momento oportuno para conhecer a mulher que estava amarrando seu amigo, os convidando para aquela festa infantil .

E Osvaldo que estava de frente agora com Maximiliano e João Paulo que estava no chão mas agarrado na perna do pai, ouviram o menino apontar para Heriberto quando o viu passar, e chama-lo de vovô. Que então ele disse rindo.

— Osvaldo : Vovô, você só tem dois, João Paulo.

Maximiliano riu e pegou seu filho nos braços, apertou a barriga dele e disse.

— Max : Ele pode ter 3 sem problemas pai. Heriberto é como avô de meus filhos também.

Dentro daqueles meses, nas visitas a casa de Victória, os meninos começaram se apegar a Heriberto, que Maria Desamparada nem Max viam problema de ver eles começarem chamá-lo de vovô “Helibelto”

E Victória longe deles, estava com Fernanda e Maria Desamparada . Helena estava em um carrinho de passeio de bebê, ao lado de uma mesa que os convidados sentaram. A menina dormia tranquila. E assim, Maria Desamparada disse, alisando o ventre de Fernanda já íntima como nunca na família que agora ela tinha.

— Maria Desamparada : Logo será você Fer que trará outro bebê pra nossa família.

Victória tocou também o ventre de Fernanda e disse, com amor.

— Victória : Minha menina será mãe... Ainda não posso acreditar.

Fernanda sorriu mas disse, com o menina que foi chamada.

— Fernanda : Aí mamãe. Já deixei de ser menina há tanto tempo.

E Victória então tirando a mão do ventre dela e levando nas bochechas, disse.

— Victória : Mas pra mim será sempre minha menina. Vocês duas serão sempre minhas meninas.

Victoria ao final das palavras olhou para Maria Desamparada que sorriu para ela e disse, ainda cumprindo que qualquer gesto de amor vindo da mãe dela ela não voltaria rejeitar.

— Maria Desamparada : Não ligo em ser sua menina, mas só em momentos como esse, mãe. Que só está nós .

Maria Desamparada riu, queria ser a menina e até afagada nos braços de Victória mas que alguns afetos, pudessem ser mais particulares como o que ela viu ela apertar a bochecha de Fernanda em público. E Victoria também riu, com Fernanda não querendo ficar atrás, agarrando ela pela cintura e assumindo também.

— Fernanda : Penso como Maria. Já somos casadas não é bom sermos vistas como a menininha da mamãe. Mas quero ser em momentos como esses, mãe.

Fernanda deitou a cabeça no ombro de Victória depois das palavras dela. E Victoria disse, com graça.

— Victória : Eu deveria expor vocês duas.

As três riram, e Maria Desamparada fez o mesmo que Fernanda fazia, mas do outro lado de Victória, a abraçou com um braço e então deitou a cabeça no outro ombro dela também. E assim Helena se espreguiçou no carrinho, abriu um olho e depois o outro vendo as três ali .

E Victoria sorriu pra sua bebê, depois olhou para Fernanda e em seguida para Maria Desamparada. Ela havia sido destinada a ser mãe de mulheres, que passassem os anos que fossem, ainda seriam suas meninas.

E com elas ali. O padre João Paulo chegou. Ele sorria em ver seu primeiro e passado amor de sua juventude, realmente feliz. E agora ele não sentia mais culpa, a culpa que carregou quando soube com palavras duras ditas por Victória, que ele foi ao seminário deixando ela grávida depois de uma única noite de amor. Que por isso, toda desgraça que sua mãe tinha causado na vida da pobre moça que um dia foi Victória, a tinha transformado em uma mulher dura e implacável por muitos anos. Mas que agora via outra mulher que sorria de rosto iluminado ao redor das filhas.

E então ele disse leve e feliz .

— Padre João Paulo : Eu já vou indo, filha, Victória, Fernanda .

As duas jovens se separaram de Victória . E Maria Desamparada disse.

— Maria Desamparada : Já vai papai. Devia ir comigo até minha casa.

Fernanda ouvia Maria Desamparada ainda se adaptando ela chamar aquele homem de batina, de pai. Enquanto Victoria, pegou Helena nos braços antes que ela chorasse.

— Padre João Paulo: Tenho que ir, filha. Mas prometo almoçar com você e sua família amanhã.

Victória os olhou arrumando Helena em pé nos braços dela, e disse.

— Victória : Foi bom tê-lo presente, Padre João Paulo.

E João Paulo agora olhando pra ela, disse sincero.

— Padre João Paulo: Foi bom estar com sua família Victória, nossos netos e nossa filha. Não sabe como roguei a Deus para vê-la feliz depois de todo dano que minha mãe te causou.

Victória suspirou pensativa. Conhecia a culpa que João Paulo carregou quando descobriu a verdade. E então ela disse.

— Victória : Sei que teve encargo de consciência todo esse tempo. Mas sabe que não teve culpa do que houve, padre.

Heriberto olhava de longe Victória entre as três filhas dela e o padre João Paulo. E então Roberto apareceu do lado dele pra se despedir também, depois que sua namorada foi buscar o filho entre os brinquedos infláveis que tinha pelo grande jardim da casa. E então ele disse .

— Roberto : Victória não só te corrompeu, mas também a um homem prometido a Deus. Que feitiço essa mulher têm?

Heriberto olhou para ele. Quando no hospital, Roberto soube que Victória tinha mais uma filha, Heriberto teve que explicar pra ele com breves palavras que ela não era filha de Osvaldo como Fernanda, e por isso ele conhecia a história dela com o padre. O que ele não deixaria passar como Heriberto já sabia qualquer oportunidade para provoca-lo. E assim, ele respondeu a graça de seu amigo.

— Heriberto : O mesmo que sua querida Luciana têm. Ela está te amarrando e não sabe o quanto eu esperei por isso, Roberto.

Heriberto riu batendo nos ombros de seu amigo. E Roberto fechou a cara mas depois riu também. E então ele respondeu.

— Roberto : Me jogou uma mandinga, homem.

Logo depois eles se abraçaram em um abraço que terminou com leves tapas e Roberto ao se separar, disse tirando onda outra vez, antes de ir.

— Roberto : Devia ter ciúmes daquele padre. Ele não é totalmente santo, pois sabe o sabor que e uma mulher tem.

Ele riu alto e Heriberto agora disse sério.

— Heriberto : Vai embora logo, para que deixe de falar besteiras.

Roberto então olhou para sua namorada que vinha de mãos dadas ao filho dela, que era terrível e ainda assim ela o tinha ainda ao lado dela, e sorrindo como um bobo apaixonado.

Enquanto Heriberto voltou olhar Victória, agora o padre não estava com ela, tão pouco Maria Desamparada e Fernanda, estava Osvaldo com ela, que a abraçou.

Um padre devoto a Deus, não tinha a “preocupação” de Heriberto e nem tinha seus ciúmes. Mas Osvaldo, ainda que vivia em uma relação com Leonela, ainda podia despertar ciúmes nele. E então ele caminhou em direção a eles.

— Osvaldo : Parece tão feliz Victória.

Osvaldo de frente para Victória falava. Ele estava ali para se despedir dela como já tinha feito com Fernanda e antes com Maximiliano, mas começou puxar conversa com ela . E então Victória disse.

— Victória : Não pareço. Eu estou feliz, Osvaldo .

Ela fazia Helena dormir nos braços dela até que viu Heriberto chegar por trás de Osvaldo. E então ela saiu da onde estava, por ver o rosto dele sério, e disse.

— Victória : Meu amor. Osvaldo estava se despedindo .

Ela o beijou em um rápido beijo e Osvaldo se virou de mãos nos bolso da calça para vê-los.

E então Heriberto passou o braço na cintura de Victória, beijou o topo da cabeça dela a olhando e depois a filha deles e disse.

— Heriberto : Que bom, minha vida. Todos já estão indo. Adeus Osvaldo .

Heriberto deu a mão para Osvaldo, em uma gentileza que conseguia manter ainda como estava, mas que Victória percebeu sua grosseria elegantemente disfarçada de gentileza nas palavras dele.

E Osvaldo então o respondeu debatendo o adeus dele.

— Osvaldo : Até outro momento, que me traga diante de vocês dois. Já que Victória e eu, temos dois netos e dois filhos que fará nos vermos por eles, Heriberto.

Heriberto riu de lado mas não de felicidade. E então ele sem largar ainda a mão de Osvaldo, que firmou o aperto na mão dele e ele fez o mesmo, disse.

— Heriberto : Dois filhos muito bem crescidos que se depender de mim, não os verá a partir de hoje, não mais em nossa casa, Osvaldo.

Victória então pegou como pôde com Helena nos braços, no braço de Heriberto para ele soltar a mão de Osvaldo, enquanto ela via eles se encararem. E depois ela disse.

—Victória : Heriberto, minha vida.

E Osvaldo então apenas deu o adeus que Heriberto parecia exigir.

— Osvaldo : Adeus Victória.

Heriberto então soltou a mão dele e ele saiu de frente aos dois e Victória virou de frente para Heriberto, que tinha o olhar fixo em Osvaldo que se distanciava deles. E então ela disse.

— Victoria: Ainda sente ciúmes dele? Sabe que não existe motivos para isso.

Heriberto baixou os olhos para ver Victória e suspirou. Sabia que o amor que vivia com Victória, era dos mais reais e intensos, que em seus antigos casamentos, não sentiram com tamanha intensidade como sentiam. O que não deixava espaço para inseguranças. Mas um apimentado ciúme sim. E então ele disse.

— Heriberto : Sei que não devia ainda ter tal sentimento. Mas é mais forte que eu. Quando nos conhecíamos, revelamos esse nosso defeitos, lembra? Reconhecemos que podemos ser um par de ciumentos.

Victória livre da tensão que esteve, sorriu lembrando de quando ela teve ciúmes de Leonela e depois ele havia revelado que também poderia ser ciumento e mostrando isso, em relação ao Osvaldo. O que ela via que ele com ciúmes, ainda conseguia manter o controle enquanto ela mais intensa, não, já que tinha “convidado” a amiga de Maria Desamparada, a se retirar da casa deles antes mesmo da festa terminar.
E então ela disse, ajeitando Helena que dormiu nos braços dela.

— Victória: Lembro. E te lembro que posso ser muito mais intensa que você em relação a isso.

Heriberto riu por não saber se ainda não conheceu qualquer agir de Victoria que não fosse intenso. E buscando Helena que ele percebeu que ela podia já estar pesando nos braços dela, ele disse.

— Heriberto : Ainda não conheci o seu lado que não é intensa em algo que faz ou sente Victória.

Victória sorriu entregando Helena pra ele e disse baixo.

— Victória: Na cama sou mais intensa ainda.

Ela então o beijou rápido nos lábios .

Já a noite . Mais tarde que pensavam . Finalmente, Heriberto e Victória entravam no quarto deles aos beijos, depois de terem conseguido acalmar Helena que chorava ainda que estivesse cheia, limpa e com sono. O que só se rendeu a ele há 5 minutos atrás.

E então um de frente ao outro agarrados, pararam de frente a cama . E Victória disse, tendo Heriberto beijando o pescoço dela sedento por ela.

— Victória: Será que nossa filha dormiu de verdade?

E ele já conhecendo como funcionava o relógio de sono da filha deles, disse.

— Heriberto : Já é quase duas da manhã. Ela dormiu e agora só acordará às 6.

Victória sorrindo levou as mãos abaixo da camisa do pijama dele querendo tira-la, e disse.

— Victória : Então temos apenas 3 horas antes que nossa cama tenha uma terceira pessoa.

Ele desceu uma alça da camisola de ceda e lilás que ela usava, e ela fechou os olhos largando a camisa dele, sentindo os beijos no ombro dela.

— Heriberto : E passarei essas três horas dentro de você. Gosta da ideia?

Victória mordeu de leve os lábios dela e o respondeu ansiosa.

— Victoria : Me agrada muito essa ideia, Heriberto.

Ele então a beijou em um beijo cheio de tesão. E então depois desceu outra alça da camisola dela, e o pano fino desceu caindo nos pés delas. E Heriberto suspirou vendo os seios dela que ainda amamentavam Helena, mas que naquele momento, ela tinha mamado tudo que podia antes de dormir e que agora era a vez dele.

Que foi então o que ele fez, baixou a cabeça e pôs a boca em um seio dela e sugou com vontade. Victória abriu a boca e gemeu agarrando nos cabelos dele.

— Victória: Oh, Heriberto.

Ela lambeu os lábios, sentindo uma mão de Heriberto descer e entrar dentro da calcinha dela . O que ele começou toca-la enquanto ainda sugava o seio direito dela.

Logo depois ela estava sem calcinha e aberta na cama, com ele a frente tirando o pijama de calça e blusa azul e também de ceda que ele usava, que depois de casados, ela tinha trocado todo o guarda roupa dele até às que ele dormia.

E então ela viu ele de peito nu, e mais embaixo uma grossa e grande ereção apontando para o teto. Ela gemeu levando a mão entre as pernas, e Heriberto tocou na ereção que tinha, descendo a mão e subindo nela, vendo ela se acariciar.

E então ela disse para provoca-lo.

— Victória : Quer me ver gozar assim, meu amor?

Ela desceu um dedo se penetrando, e Heriberto gemeu de lábios fechados descendo a mão e subindo lentamente em sua ereção. E então ele respondeu cheio de tesão.

— Heriberto : Me dê mais uma vez esse privilégio.

Ele subiu de joelhos devagar na cama abriu mais as pernas dela. Querendo ver tudo e de perto.

E então Victória subiu a mão e começou acariciar rapidamente seu clitóris. E Heriberto não aguentou e a penetrou com dois dedos. E agora ela tinha dois estímulos para gozar.

Tirando e colocando seus dois dedos no canal molhado dela, Heriberto respirava irregularmente, enquanto ouvia ela gemer e via ela mais rápida com os dedos em volta do seu clitóris o que ele ia também rápido nos seus movimentos. Até que ela levantou o quadril da cama, e ele sentiu o canal dela contrair em volta do seus dedos enquanto ela gemia aos berros.

Ele riu vendo ela levar as mãos nos cabelos e ele tirou os dedos de dentro dela. Ele tirou levando eles no clitóris dela e começou estimula-la. Ainda sensível, ela tremeu com o prazer e segurou nos lençóis da cama . Mas quando sentiu agora a boca dele aonde antes estava os dedos, ela gritou.

— Victória: Ah, Heriberto... Ah!

Ela puxou os cabelos dele com força abraçando com as pernas as costas dele, com ele com rosto enfiado entre elas. Por sorte, ela ainda o tinha tão perfeito no oral como da primeira vez que ele havia feito nela.

E ainda em seu trabalho de dar prazer a ela, Heriberto desceu a língua em baixo, percorreu tudo e depois subiu ela novamente e chupou o clitóris dela em uma intensidade, que ela gritou e gozou quase chorando por ele seguir sugando ela enquanto gozava.

E ela então levou a mão no rosto e disse, com ele ainda com a boca a onde estava.

— Victoria : Oh, Deus! Oh Heriberto!

Ela sabia que se ele seguisse como estava, gozaria de novo. E assim, o corpo dela quis sair do agarre dele mas ele segurou mais firme na cintura dela gemendo, e a penetrou com dois dedos outra vez .

E Victória sentiu que o corpo dela saia daquela cama e ia para outro mundo, os dos prazeres. E que ele sem deixar o que fazia, mais intenso com os dedos e a boca devorando o clitóris dela, ela gozou alto, sentindo ele apertar com força as coxas dela que abraçava o rosto dele, gemendo como que estivesse gozando junto com ela.

E ofegando, ele subiu o rosto, foi beijando do ventre dela até chegar ao meio dos seios dela, e quando esteve de frente ao rosto dela, ele a olhou e disse.

— Heriberto : Adoro... Adoro fazer isso.

Victória fechou os olhos e riu lembrando que ele já tinha dito aquilo a ela já há um ano e meio. E então ela o respondeu.

— Victória: Você me prova todos os dias o quanto adora, Heriberto. Oh, sim, você adora.

Ela toda sensível entre as pernas, o buscou para um beijo, até que nele ela sentiu ele toca-la com os dedos. Ela estava tão molhada que tinha certeza que havia manchado os lençóis da cama, e quando ele enfiou dois dedos nela, ela levou a mão no peito dele e disse.

— Victória: Deixa eu retribuir o prazer que me deu.

Ela fez ele virar para o lado dele, que ele todo vermelho fez, e ela então olhou a ereção rosada dele e pegou na mão. Quando fez ela viu que ele tinha gozado junto a ela e ela gemeu, e depois de olha-lo, ela buscou tomar o pouco do sêmen que ela via ainda na orgulhosa ereção que ele tinha.

Ela lambeu um lado, e subiu a língua e depois fechou a boca na ponta da ereção dele e quando fez, ela gemeu como que se apreciasse o gosto do gozo dele.

Heriberto agarrou nos cabelos dela gemendo, todo vermelho no rosto e pescoço. Ele sabia que ela só estava limpando o sêmen dele, que ainda ia começar chupa-lo de verdade. Que quando começou, ela usando uma mão fazendo movimentos de sobe e desce, chupou ele com um desespero que o fez levantar o quadril da cama e começar gemer alto.

E ela seguiu o tomando, chupando, lambendo, o engolindo e ele vendo tudo, mantendo os cabelos dela presos em sua mão, enquanto ela tentava enfiar ele quase todo na boca e depois o liberava pra voltar só dar atenção na glande.

E ainda fazendo o que fazia, buscou o olhar dele quando sentiu ele pulsar dentro da boca dela. E ela sabia que o gozo dele vinha, e ele percebeu que ela esperava por ele. E então momentos depois, ele gozou tremendo e gemendo mas mantendo os olhos presos nos dela, vendo ela com a boca parada mas tomando toda a ponta da ereção dele, enquanto ele deixava todo o gozo dele dentro dela.

E depois de ver que o pulsar dele parou, de olhos fechados ela engoliu tudo gemendo. E então ela subiu lentamente para cima e disse, rindo.

— Victória: Gostou?

Ele riu levando o dedo para o lábio bem corado dela, ele fez o lábio inferior dela mostrar parte dos dentes, e ele suspirou com tesão por ver a boca dela limpa de qualquer vestígio do seu sêmen. E então ele disse.

— Heriberto : Ainda tem o descaradamento de me voltar a fazer essa pergunta. Me enlouqueceu e ainda segue me enlouquecendo com essa boca que tem, Victória.

Ela sorriu e chupou o dedo dele de olhos fechados. As pernas dela havia se encaixado em um joelho dele e ele sentiu ela começar se roçar devagar nele.

E quando ela abriu os olhos e soltou o dedo dele com ele a olhando, ela disse ainda se roçando nele.

— Victória : Adoro tê-lo também em minha boca. Seu gosto me excita, Heriberto

Ela levou a mão no peito dele e jogou a cabeça para trás. E Heriberto gemeu vendo que ela ia buscar ter prazer no joelho dele.

E então ele ergueu um pouco dobrando a perna para deixar a fricção do joelho dele no clitóris dela mais intensa. E então ele disse.

— Heriberto : Quer gozar assim. Goze.

Ele apertou os seios dela com as mãos e ela gemeu se esfregando mais rápido no joelho dele. Não podia controlar seu tesão, que até o joelho dele era um lugar que ela poderia ter prazer com ele.

E então de mãos firmes no peito dele ela o olhou sem pudor algum e buscou seu gozo, deixando rastro na região da onde ela se esfregava de seus fluídos que diziam o quanto ela estava excitada.

E momentos depois. Sem precisar se preocupar quantos preservativos tinham ou com outra gravidez por Heriberto ter cumprido o que havia dito, sendo um homem que aderiu a vasectomia, ele saia e entrava de dentro de Victória, olhando ela, olhando todo seu corpo e sua vagina que o tomava tão molhada que o enlouquecia de tesão.

De braços abertos Victória, agarrava aos lençóis da cama, insana, gemendo, descabelada, suada e desejosa de mais prazer.

E quando começou gozar de novo, ela ficou toda vermelha, levantou o tronco se apoiando nos cotovelos, e olhou a união deles se tremendo toda.

Depois ela ergueu a cabeça para olha-lo e ela o agarrou no pescoço o beijando, Heriberto então a puxou sentando e ela sentou também sobre ele. E depois de lábios colados, ela começou cavalgar .

Fizeram amor até os corpos não terem mais forças, porquê o tesão ainda existia e era acendido de volta com qualquer carícia.

Que então, momentos mais tarde, Victória nua e de costa para ele, sentia ele respirar nas costas dela.

E ela sorriu exausta mas com o sorriso enorme nos lábios.

E então ela disse.

— Victória: Acabou comigo nessa noite de uma forma que desejo que nunca deixe de fazer, Heriberto.

Ele riu alisando as costas dela vendo ela se arrepiar.

— Heriberto: Digo o mesmo, querida. Essa sua líbido tira tudo de mim e mais um pouco.

Ele riu e beijou as costas passando a língua logo depois, o que fez ela gemer baixinho. E então ela disse

— Victória : Sempre gostei de sexo. Mas com você me tornei uma jovenzinha que só quer e só pensa nisso, Heriberto.

Ela então se virou para ele e voltou a falar.

— Victória : Me fez dependente dos homens que há dentro de você. O que me faz ter muitos orgasmos e o que com todo seu romantismo e cavalheirismo me fez não só deseja-lo, mas também ama-lo em questões de dias.

Ela o beijou depois de suas palavras, e Heriberto de frente pra ela a tocou nos cabelos com um sorriso no rosto, e a respondeu .

— Heriberto : Te dei tudo o que eu tinha como homem dentro e fora da cama... E te fiz me amar, assim como me fez ama-la com tudo que tinha.

Ele a beijou em alguns selinhos. E ela rindo nos lábios dele, declarou o que sentiria.

— Victória : Vou sempre te amar e te desejar, ainda que estejamos dois velhos dependentes de ajuda para andar, Heriberto.

Ela riu ao fim das palavras e Heriberto riu junto e então ele disse.

— Heriberto : Para o desejo, a medicina nos ajuda com alguns remédios estimulantes. Já ao amor, ele seguirá enraizado dependendo de mim, até o final de nossos dias como manda a lei de Deus e que juramos ao nos casarmos, hum.

Victoria suspirou agora buscando o peito dele o que fez ele se ajeitar e abraça-la, e ela então ali entre os braços dele disse.

— Victória : Você realmente é o homem da minha vida Heriberto e será até o final dos meus dias.

Ele beijou a cabeça dela alisando as costas dela e sorriu. Como tudo começou e como agora estavam, era um sonho mais que real. Antes desconhecidos e depois amantes, agora eram casados e pais de uma filha. E Heriberto pensou, que a melhor escolha que fez foi pensar que poderia dormir com uma mulher desconhecida e não querer nada depois . Enquanto com Victória, a melhor que fez, foi buscar a vingança merecida de um homem que não soube ama-la e encontrar um que a amava da forma que Heriberto mostrava ama-la.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.