Oi manas, eu tenho mais um capítulo com esse pra vcs. Eu meia que maratonei os capítulos kkk vcs merecem por serem lindas e pacientes comigo!!! Obrigada por lerem.

No dia seguinte.

Heriberto deixava Victoria na mansão dela. E ao lado dele no carro preste a descer, ela disse.

— Victoria : Quer entrar?

Heriberto sorriu para ela com amor, deu um leve beijo nos lábios dela e respondeu.

— Heriberto : Não, meu amor. Tenho hora para estar no hospital. Agora só me prometa que vai ficar bem. Que não vai dizer mais besteiras como ontem, e que apenas vai lutar por sua filha, hum. Assim como fez com Fernanda, fará com Maria Desamparada. Eu acredito em você. É uma mãe maravilhosa mesmo que pense o contrário.

Victoria sorriu respirando fundo . Ouvir Heriberto dizer aquelas palavras a ela, mais uma vez era como um alento. Na verdade, as palavras dele quando ela precisava, sempre eram como um vigor para ela, como uma injeção de ânimo . Heriberto realmente sabia usar as palavras. Era um homem completo e ela se sentia que era afortunada em tê-lo. E com um sorriso no rosto, decidida no que faria, ela disse.

— Victoria: Eu vou lutar por ela. E tenho um plano para fazer isso com ela perto de mim. Porque ela me expulsou da casa dela. Não sei se aguentaria passar mais vezes por aquilo .

Victoria baixou a cabeça lembrando do momento que esteve com Maria Desamparada e tudo que sentiu com a rejeição que já esperava dela. E Heriberto tocou no queixo dela para fazer ela olha-lo e disse.

— Heriberto: Sei que isso vai mudar, meu amor. Está recente. Mas o que pensar em fazer. Qualquer esforço que fizer para tê-la por perto é muito válido. Maria Desamparada, precisa conhecer a Victoria Sandoval que eu conheço.

Victoria suspirou sentida e o respondeu.

— Victoria : A Victoria que conhece está renascendo há cada dia Heriberto, nem sempre fui assim. Mas tem razão, qualquer coisa que eu faça para tê-la próxima a mim é válida. Porque preciso ter a chance de mostrar que a amo e que a quero como minha filha. E por isso, penso em fazer uma proposta a ela. Uma, que se ela for mesmo como a mim, não vai recusar.

Heriberto sorriu outra vez. E disse dando mais ânimo a ela.

— Heriberto: Te desejo sorte . E que faça o que for preciso para tê-la do seu lado, Victoria. Merece ter sua filha novamente, ela merece ter uma mãe. Eu te amo.

E assim, eles se beijaram e depois se despediram. E então, Victoria entrou em casa.

E quando cruzou a porta, ela suspirou ouvindo o silêncio da casa. E assim, subiu ao quarto. Olhou a cama espaçosa e arrumada. Quase que não dormia nela mais, preferia a cama de Heriberto, os braços dele do que aquela cama fria . E largando sua bolsa na poltrona. Victoria foi até o espelho de sua penteadeira e se olhou. Vestígios de uma noite larga que pouco dormiu e chorou em silêncio para não acordar Heriberto, estava estampado nas olheiras dela. Havia passado em claro, quase a noite toda pensando em Maria Desamparada, e em como faria para conquistar o perdão dela. E tinha encontrado um meio para que desse início a luta que teria diária para mostrar o quanto amava a filha para que merecesse que fosse chamada de mãe por ela. E para conseguir o que queria, colocaria, Maria Desamparada, de frente junto a ela , Antonieta e Pepino para organizar o próximo grande desfile que teriam. E Victoria sentia que Maria, diante daquela oportunidade não poderia negar. Se amasse realmente o mundo da moda, ela não negaria ter aquela experiência ao lado dela que se fosse ambiciosa, Maria Desamparada agarraria aquela oportunidade.

E então, apressada, Victoria entrou no closet. Queria buscar algo do que vestir, antes de ir pra casa de moda, mas antes queria também se reunir com os filhos. E então, saindo do closet com roupas na mão. Victoria, viu Fernanda que entrou com sua cadeira de rodas dentro do quarto dela. E então, Fernanda disse.

— Fernanda: Posso falar com senhora?

Victoria, deu um leve sorriso. Deixou suas roupas na cama e foi atrás da cadeira de Fernanda para levar próximo da cama dela . E então enquanto fazia, ela disse.

— Victoria : Sei do que quer falar. Iria falar com você e seu irmão juntos.

Fernanda olhou por cima dos ombros e tocou na mão de Victoria, e disse.

— Fernanda: Max, não está. Mas eu não me aguentava de ansiedade de saber como soube que Maria é minha irmã, mãe. Além do mais, chorava então prevemos que ela não te aceitou como a mãe dela.

Victoria sentou na cama e de cabeça baixa e depois respondeu sincera Fernanda.

— Victoria : Sabe tudo que fiz contra ela filha, todos sabem. Então, estava tão claro como água que ela faria isso, que não me aceitaria e nem me perdoaria. Mas não sabe como me doeu tudo que ela me disse, como doeu a rejeição que mesmo eu merecendo, ela me deu.

Victoria chorou e Fernanda pegou na mãos dela com carinho e depois disse.

— Fernanda: Eu acredito que uma hora ela vai te perdoar, mãe. Maria Desamparada, é muito boa. E é a mãe dela, é nossa mãe.

Victoria apertou as mãos de sua filha, dando um triste sorriso mas agradecida por contar com o apoio dela. E depois desabafando mais.

— Victoria: Obrigada por suas palavras, Fer. Mas sua irmã me odeia e com razão . Por isso temo que esse perdão nunca chegue.

E sem soltar a mão da mãe, Fernanda a respondeu.

— Fernanda: Mas eu sei que lutará por ele mãe. A mãe que eu tenho não vai desistir na primeira batalha, não é?

Victoria, negou com a cabeça sorrindo entre lágrimas e rápido respondeu sua caçula.

— Victoria : Claro que não, meu amor. Demorei muito encontra-la e não vou perdê-la outra vez.

Fernanda então sorriu e continuou com suas palavras de apoio.

— Fernanda: É assim que fala, mãe. E saiba que estou do seu lado, tudo que eu puder fazer para que Maria te perdoe de uma vez. Eu farei.

E mais agradecida ainda e aliviada por estar bem com Fernanda contando com aquele apoio dela, Victoria a respondeu cheia de gratidão e amor.

— Victoria : Não sabe como é importante seu apoio, meu amor. Obrigada, filha. Obrigada .

Victoria então abraçou Fernanda com amor. Agradecida por naquela momento seguirem como estavam bem. Pois sentia que não suportaria se tivesse suas duas filhas agora contra ela.

E assim. Mais tarde.

Agitada, como se sentisse pronta pra aquela luta que com amor, lutaria para ter sua Maria Desamparada ao seu lado, Victoria, conversava dos seus planos já na casa de moda com Antonieta e Pepino. Que ambos, estavam tão eufóricos como ela por saberem que Maria Desamparada era a filha dela, ainda que antes, a viram chorar contando como tudo aconteceu.

E depois daquela pequena reunião, de carro com seu motorista, disposta em falar com Maria Desamparada novamente, de vê -lá outra vez e contar assim dos seus planos ela mesma a filha, ela seguia para vila.

E momentos depois, novamente, ela estava de frente pra porta de Maria Desamparada. Que antes de bater, Victoria sentiu se estremecer em imaginar de como poderia ser recebida . Mas ela respirou fundo, pois tinha que ter coragem. Tinha que ser a mulher forte para conquistar o amor da filha que tanto ansiou encontrar. E então, Victoria bateu na porta, mas não ouviu nada até que tocou no trinco e viu que estava aberta e ela então entrou.

Entrou, e teve uma desagradável imagem. Ali, no meio da sala de Maria Desamparada, estava Bernarda com João Paulo nos braços. E Victoria quis morrer com a cena . E já jogando sua bolsa no sofá de Maria, ela disse berrando.

— Victoria: O que faz aqui? O que faz na casa de minha filha e segurando meu neto, Bernarda!

Victoria então tirou, João Paulo dos braços daquela mulher sem escrúpulos que era Bernarda de Irtubide e que ela odiava com todo seu ser. E Bernarda, apenas tocou a testa e riu por saber que Maria Desamparada a tinha rejeitado. Soube pelo filho, que ela, infelizmente, já sabia da verdade. E por isso estava ali, para se reconciliar com a neta apenas para infernizar a vida de Victoria ainda mais por saber da boca de Maria Desamparada, que a desprezava com todo ser . O que Bernarda viu aquilo como um castigo divino e uma brecha para ser aproximar de Maria Desamparada e seu bisneto.

E então, Bernarda disse, com um riso nos lábios, enquanto via Victoria furiosa a olhando.

— Bernarda: O que faz aqui digo eu pecadora. Sei que seu fruto do pecado que submeteu meu filho cometer, te despreza.

Victoria torceu os lábios furiosa, enquanto segurava João Paulo, contra o peito dela e respondeu Bernarda.

— Victoria : Maria Desamparada, nunca foi um fruto de um pecado . Ela é o fruto de uma entrega de dois jovens inocentes, e que ambos queríamos, Bernarda!

Bernarda revirou os olhos. Odiava tanto Victoria Sandoval, que seu ódio não tinha mais tamanho nem limites do que ela seria capaz de fazer apenas pra atingi-la. E assim, cheia de desprezo, ela respondeu Victoria.

— Bernarda : Você é a serpente que tentou desviar meu filho do caminho de Deus!

Victoria riu com sarcasmo e rebateu as palavras de Bernarda.

— Victoria : O caminho que forçou ele seguir! E que me jogou na rua por saber que ele podia negar esse caminho!

E então, Bernarda novamente disse em justificativa de sua impiedade.

— Bernarda : Fiz o que devia ter feito com uma pobre coitada e pecadora como você! Você e seu fruto tinham que ficar longe do meu filho!

E abraçando João Paulo, como que se quisesse protege-lo das loucuras que Bernarda falava, Victoria a respondeu.

— Victoria: Não devia nem estar aqui. Nem se aproximar de minha filha e meu neto, Bernarda! Porque não vai embora daqui?

— Maria Desamparada: A senhora Bernarda não vai a lugar, algum.

E Victoria então, se virou vendo Maria Desamparada, que pegou a conversa naquele momento, e que depois de suas palavras, já tirava João Paulo dos braços dela.

E então, com os olhos já cobertos lágrimas, diante da ação da filha, Victoria tentou falar.

— Victoria : Filha , meu amor...

E Maria Desamparada, indiferente e ainda desprezando aquele fato que Victoria Sandoval, do dia para a noite havia se tornado a mãe dela, ela voltou a dizer.

— Maria Desamparada: Quem tem que ir embora da minha casa é a senhora, Victoria.

Bernarda arqueou uma sobrancelha e riu discretamente e depois disse, a Maria Desamparada.

— Bernarda: Minha querida, eu já vim dizer o que queria. Lembre-se, que vocês dois podem contar comigo.

Maria Desamparada sorriu e a respondeu de costa para Victoria.

— Maria Desamparada: Obrigada senhora, Bernarda.

E Victoria, nada contente do que viam e certa que Bernarda era pura falsidade e veneno naquele momento, alertou dizendo.

— Victoria : Não deve confiar nas palavras dessa mulher, filha! Não confie nela!

E Maria Desamparada, se virou agarrada nos seus filhos. E respondeu Victoria.

— Maria Desamparada: Senhora, por favor saia da minha casa. Não tem o direito de dizer em quem eu devo confiar ou não.

E assim, Victoria, questionou sofrida mas também furiosa.

— Victoria : Prefere essa maldita mulher do que a mim ?

E então, depois de ter escutado e aceitado as desculpas de Bernarda de momentos vividos entre elas. Maria Desamparada, disse.

— Maria Desamparada: Bernarda é minha avó e nunca me fez mal. Não como a senhora fez!

E Victoria, depois de buscar os olhos de Bernarda só observava aquele espetáculo, disse ainda mais furiosa porque não deixaria Maria Desamparada, cega por aquela mulher.

— Victoria : Mas é claro que fez! Essa mulher, essa mulher, me humilhou, me pisou, me jogou na rua quando soube que eu te esperava! E ainda escondeu isso do padre João Paulo, que ele seria pai, filha!

Maria Desamparada, então buscou os olhos de Bernarda questionando ela em silêncio . Era uma confusão que acontecia na mente de Maria, que ela pedia socorro anteriormente dentro dela. Pois de repente começava descobrir mais da sua história e sem ter pedido. E assim, Bernarda, disse para rebater as acusações de Victoria.

— Bernarda: Não gaste suas palavras, Victoria . Maria Desamparada, mais do que ninguém sabe quem era você. Me acusa de coisas horríveis para conseguir o que quer.

Bernarda então andou em direção a porta, e Maria Desamparada, rápido disse a ela.

— Maria Desamparada : Eu vou acompanhar a senhora até a saída.

E assim, Maria Desamparada seguiu Bernarda, e Victoria suspirou ficando só . Ela então sentou no sofá de Maria, não sairia dali sem fazer o que a levou ali. E assim ela levou as mãos nos cabelos e baixou a cabeça . E quando ouviu que Maria Desamparada havia voltado, ela ficou de pé e a ouviu dizer .

— Maria Desamparada : O que quer novamente aqui, senhora ? Achei que nossa conversa havia bastado para que não voltasse mais aqui. Eu não te quero como minha mãe!

E depois de puxar o ar do peito, Victoria enfrentou Maria Desamparada, mas como iria fazer todas as vezes que ela decidiria agir daquela forma com ela, até que visse ela ceder ao seu amor de mãe.

— Victoria : Eu disse que não ia desistir de conquistar seu perdão, que não ia permitir que a tirassem de mim outra vez! E por isso se acostume, que me verá muitas vezes até que aceite que sou sua mãe !

Maria Desamparada riu, movendo João Paulo de um lado para o outro no seu braço. E depois, respondeu Victoria .

— Maria Desamparada: Max, diz que mudou, mas está aqui querendo impor suas vontades a mim como se tivesse algum direito sobre isso! Continua a mesma mulher, a mesma que me humilhou e que me fez tanto mal!

Victoria então, tentou amenizar o estado que estava seus nervos. E a respondeu.

— Victoria : Estou aprendendo com a vida, que todo esse tempo estive errada e estou tentando mudar . Ainda mais agora que te encontrei, filha. Eu não quero ser a mulher que conheceu mais. Me dê uma chance de te mostrar isso, com a proposta que tenho a fazer a você.

Maria Desamparada andou, dando as costas pra Victoria, enquanto falava.

— Maria Desamparada: Não quero saber de nenhuma proposta que venha da senhora! Não quero te ver ! Entenda isso por Deus, senhora!

E ao final de suas palavras, Maria Desamparada, voltou olhar Victoria, vendo no olhar dela, vestígios de lágrimas . E segurando aquelas lágrimas de dor, Victoria disse sem querer desistir de sua missão ali.

— Victoria : Se negar o que tenho a você, será tola. E sei que não é! Então me escute e entenda você, Maria Desamparada, que me verá muito. Sou sua mãe!

E novamente, cansada de ouvir da boca daquela senhora que dizia ser a mãe dela cada segundo, Maria Desamparada, disse.

— Maria Desamparada : Mas não quero ser sua filha! Vai embora! Me deixa em paz senhora ! Finja que nunca me encontrou e tudo voltará como antes era!

E então, sem poder mais, Victoria piscou e lágrimas desceram dos olhos dela depois que ouviu as palavras de Maria Desamparada. E então, limpando aquelas lágrimas que desceram, ela disse.

— Victoria : Sabe que me machuca toda vez que repete essas palavras todas vez que me rejeita. Por isso faz, para que eu faça o que quer. Mas não vou recuar, filha.

E agora também sentindo que choraria, já com seu rosto todo rosa, Maria Desamparada disse para justificar suas duras palavras contra a própria mãe.

— Maria Desamparada: Me machucou tantas vezes, senhora. Não tem direito de cobrar quando faço isso também.

E assim, depois de ouvia-la. Sem querer questionar mais como era tratada. Victoria disse.

— Victoria: Está certa. Mas estou aqui disposta a suportar tudo por amor a você. E, pra provar isso, quero que volte trabalhar comigo na casa de moda.

E Maria Desamparada, então rapidamente disse.

— Maria Desamparada: O que a fez pensar que eu voltaria para sua casa de moda? A senhora se acha muito dona mundo mesmo.

E decidida em convencê-la. Victoria a respondeu.

— Victoria : Do mundo não. Mas da minha casa de moda sim. Então estou aqui pra propor que faça parte de minha equipe, ao lado de Antonieta, Pepino e todos que estarão a frente do próximo desfile que iremos realizar.

E levando um susto, por ter imaginado que Victoria a queria como só a modelo dela novamente, Maria Desamparada, disse.

— Maria Desamparada: Como?

E ainda firme no seu propósito, ali, Victoria a respondeu.

— Victoria: Quero que opine, que desenhe, que escolha, que coloque as mãos nesse mais um evento da moda que a casa Victoria, estará presente . Não pode perder essa oportunidade. Não por orgulho, não porque sou a mãe que você despreza. Se ainda segue sendo a mulher que imagino que foi, quando conheci, apaixonada pela moda e ambiciosa quando esteve nas passarelas que te coloquei. Vai aceitar esse convite.

Maria Desamparada ficou calada. Victoria parecia o diabo que vinha com um contrato para assinar. E então, ela rápido disse.

— Maria Desamparada: Se pensa que que vai me comprar com isso senhora. Não vai!

E Victoria, sabendo que ela diria aquilo disse.

— Victoria : Não posso te comprar com algo que por direito já é seu, filha. Apenas estou te propondo mais experiência . Seja esperta e aceite, ou recue por medo de se render a mim.

Maria Desamparada virou o rosto e Victoria a ficou olhando com a cabeça erguida . Não deixaria nenhuma brecha para que ela recusasse sua proposta, não permitiria. Não tinha tempo mais a perder, já havia perdido muito sem Maria Desamparada, na sua vida e agora não permitiria mais nenhum segundo ficar sem ela, mesmo que o ficar dela, fosse limitado apenas na casa de moda por enquanto. Porque esse enquanto, seria válido para ela naquele momento.

E ouvindo Maria Desamparada respondê-la, não muito firme, trouxe Victoria atenta a sua filha novamente .

— Maria Desamparada: Não tenho medo da senhora.

E depois, já satisfeita por pelo menos ter se mantido firme até ali, e ter deixado Maria Desamparada, em dúvida em não ver firmeza nas últimas palavras dela, Victoria, disse.

— Victoria : Eu já vou, antes que me expulse outra vez. Pense na minha proposta. Estarei esperando você, filha.

E Victoria pegou sua bolsa logo depois e saiu. E Maria Desamparada, balançou o filho nos braços já sozinha. Não podia negar que a proposta de Victoria era tentadora. Mas também, não podia dar o braço a torcer e fazer o que ela queria. Entrar naquele jogo dela. Mas também, senão fizesse, daria a prova a ela que tinha medo da mulher que se dizia sua mãe. Mas era o medo de se render a ela.

E no carro. Victoria, ligava para Heriberto. E ele do hospital, atendeu. E ela diferente de como deixou a casa de Maria Desamparada, respirando ali exausta e tirando a máscara de forte que sustentou na maioria do tempo que esteve a frente na frente dela, ela disse chorosa na linha.

— Victoria : Almoça comigo, meu amor. Por favor.

Dentro do seu consultório, Heriberto viu a hora . Passava das duas da tarde e então ele disse, preocupado .

— Heriberto: Ainda não almoçou, Victoria? Meu amor, já passou da hora que fizesse isso.

E tocando seus cabelos, enquanto ela via o carro que era dirigido por seu motorista seguir caminho. Victoria, o respondeu.

— Victoria : Acabo de sair da casa de Maria Desamparada, aonde tive que ser forte como decidi ser e não tive tempo para isso. E ainda que eu não tenha fome quero almoçar contigo, meu amor.

Heriberto respirou fundo e passou a mão na cabeça. Ele não queria intervir em como ela devia fazer para reconquistar Maria Desamparada, sentia que não tinha aquele direito, apenas tinha o direito de apoia-la, mas que em relação a gravidez, ao filho que esperavam, aquilo mudava, e ele não deixaria passar qualquer descuido dela . E então, ele disse sério.

— Heriberto : Vai me deixar preocupado por mais essa sua falta de fome, Victoria. Tem que se cuidar! Apoio tudo que achar certo para que recupere sua filha . Mas o filho que esperamos, necessita de seus cuidados também. Tem que se alimentar bem. Eu, já almocei aqui no hospital mesmo, mas podemos ir ao um restaurante e te faço companhia.

Victoria fechou os olhos, merecia as palavras dele por saber que esteve descuidada, estando sem ainda se alimentar. E então, ela disse, não querendo rebater o sermão dele, mas sim aonde queria comer.

— Victoria : Restaurante não. Eu só quero que esteja só nós dois. Eu vou chorar, Heriberto . E não quero testemunhas para ver isso.

Heriberto então, respirou fundo. Querendo ver logo seu amor bem. E depois disse.

— Heriberto : Estar bem. Peço algo em meu apartamento e você vai se alimentar enquanto cuido de você.

Victoria sorriu triste, enquanto limpava um lado do seu rosto, lágrimas que desceram. E o respondeu.

— Victoria : Obrigada mais uma vez por tudo Heriberto.

— Heriberto : Me agradeça, se cuidando meu amor.

E uma hora depois. Sentada em uma mesa , Heriberto observava com atenção, Victoria tentar comer o que ele havia pedido em um restaurante. Ela mal tinha tocado na comida enquanto tinha lágrimas nos olhos e não dizia nada. E então, ele aflito disse.

— Heriberto : Se seguir sem apetite vai adoecer, Victoria. Precisa se alimentar por você e nosso filho.

Victoria soltou os talheres que tinha nas mãos. E respondeu Heriberto, o que a afligia naquele momento lhe tirando sua fome, depois que puxou o ar do seu peito.

— Victoria : Tenho as palavras duras de Maria Desamparada na minha mente, o olhar de desprezo dela mais uma vez e eu tendo que ser forte para não me derramar em lágrimas na frente dela e de Bernarda que estava com ela. Ela prefere aquela mulher do que a mim!

Heriberto, suspirou. A entendia e queria seguir ali para ela. E então, ele disse o que achava depois que a ouviu.

— Heriberto : Maria Desamparada, não sabe ainda quem é Bernarda. Mas acredito que logo saberá. Me disse que ela foi má contigo me contou o que ela foi capaz de fazer . E fará o mesmo com sua filha que abrirá os olhos Victoria.

Victoria agoniada, levou a mão nos cabelos, puxando eles para trás. E disse.

— Victoria : Eu tentei fazer isso. Mas ela não quis me ouvir. Me despreza tanto, que não se importa que quando aquela maldita mulher me humilhou, eu já esperava ela. O que faço Heriberto?

Heriberto então, alcançou a mão direita de Victoria, a pegou e respondeu.

— Heriberto : Espere o momento que ela te ouvirá sem as armaduras que tem agora em volta dela, meu amor. Seja um pouco paciente. Aconteceram muitas coisas entre vocês e só agora souberam que são mãe e filha. Vai ter que ter um pouco de paciência pra que Maria te aceite e te perdoe.

Victoria, nada paciente se levantou e andou ao lado da mesa até que parou dizendo enquanto Heriberto a olhava.

— Victoria : Já fiquei mais de 20 anos sem ela. Não posso esperar mais . Estou desesperada. Não mostrei isso a ela essa tarde mas estou, Heriberto. Eu estou desesperada para abraça-la, para ouvi-la me chamar de mãe. Preciso que ela me aceite e me perdoe!

E Heriberto, a vendo inquieta como estava, se levantou também e disse, rebatendo as palavras dela.

— Heriberto : Se não tiver paciência, esse desespero só vai aumentar, Victoria. Entenda, querida.

Victoria tocou os cabelos, e novamente quis impor o que queria.

— Victoria : Eu não quero entender. Ela que tem que entender que é minha filha, que sou a mãe dela e que tem que me amar e me perdoar!

E certo do que ia dizer por ver que Victoria agia errado em falar daquele modo, Heriberto disse a ela.

— Heriberto : Não vai conseguir esse amor querendo impor isso ela. Ninguém, ama ningúem assim, Victoria! Tem que provar que merece esse amor dela!

E Victoria que tinha dado as costa a Heriberto, se virou para ele e disse irritada.

— Victoria : Fala como ela. Fala como ela! Mas também não sente a dor que eu sinto. A perdi e depois a encontrei mas é como que se eu tivesse ainda sem ela. Porque Maria Desamparada, não me ama . Não me quer como a mãe dela e repete isso a mim. Não sabe como me sinto quando a escuto, Heriberto!

Heriberto, bufou. Victoria queria ouvia-lo, buscava a compreensão e opiniões dele em relação o que passava, mas parecia que não gostava muito de ouvir verdades quando não aceitava elas. E então, ele respondeu, conhecedor de um modo não muito igual a dela, mas que tinha sim também sentindo a perca de um filho para entende-la, mas a diferença, era que ele nunca teria chances de tentar recupera-lo, como ela tinha com Maria Desamparada.

— Heriberto : Tem razão Victoria . Não sei. Não sei porque nunca perdi um filho e depois tive a chance de recupera-lo como tem, com Maria. Porque os filhos que perdi, jamais terei essa chance que tem agora, mas que pela forma que você se encontra, pode fazer piorar mais as coisas entre você e sua filha. Se não quer me escutar pelo menos escute sua consciência .

Victoria então, abriu e fechou a boca arrependida do que tinha falado. As vezes se sentia tão egoísta por achar que o mundo girava em torno dela, era um defeito aquilo que a fez errar demais e que por alguns desses erros era que pagava com o que tinha feito com Maria Desamparada. E então, envergonhada, por ter esquecido, que Heriberto podia sim compreende-la, e melhor lhe dar aquela surra de verdades de que no caso dele era impossível ele ter a chance dela e ela tendo se colocava como estava, ela disse, baixo.

— Victoria : Heriberto, meu amor. Eu não quis dizer isso. Eu não quis comparar nossas situações. Deus do céu, eu, eu não posso imaginar como essa dor de perder um filho pra sempre é. Me perdoe por não pensar que passou por essa dor.

Heriberto então, não querendo seguir naquele assunto. Ele apenas disse.

— Heriberto : Não vamos falar mais nisso. Só se alimente se não quiser fazer por você, faça por nosso filho.

Heriberto então saiu e Victoria ficou só. E ela sentiu lágrimas nos olhos e chorou. A comida não desceria nem se quisesse, então depois dela olhar o prato dela ela foi até ele. O vendo sentando no sofá e soltar um suspiro pesado.

E com ele esfregando o rosto, ela disse, querendo de todo modo concertar o que havia dito.

— Victoria : É disso que tenho medo Heriberto. De te ferir também.

Heriberto então a olhou e puxou o ar do peito. Não se sentia ferido. A dor que tinha ficado naquele vazio peito dele, não causava dor mais quando ela era relembrada. Causava sim, nostalgia de como já foi feliz. O que ele não podia deixar passar, era Victoria pensar que ele não podia entende-la, se tinha aquela bagagem no seu passado que a vida o havia provado e o tornado quem era agora. E assim, ele disse calmo.

— Heriberto: Vem aqui.

Ele chamou ela com a mão e Victoria pegou a mão dele e sentou no colo dele.

E abraçando com os braços o pescoço dele, ela disse cheia de medo.

— Victoria : Se eu te perder, não sei o que farei Heriberto, ainda mais agora que preciso tanto de você. Eu te amo, minha vida .

E Heriberto buscando os olhos dela . Ele disse.

— Heriberto : Não vai me perder. Não me feriu também, Victoria. Tenho experiências que não teve como tem as que não tive. Compreendo o que passa mas se eu tentar falar algo a você, acredite que é porque sei o que estou dizendo. É para o seu bem. Tem que aprender ouvir os que querem seu bem, mesmo que as vezes as palavras sejam as que você não quer ouvir no momento.

E olhando Heriberto nos olhos, Victoria baixou a cabeça envergonhada. E depois disse.

— Victoria : Estou morrendo de vergonha agora Heriberto, porque tem toda razão . Me perdoe mais uma vez.

Heriberto, então nada disse, apenas beijou Victoria na boca enterrando as mãos entre os cabelos dela, enquanto explorava a boca dela naquele beijo doce.

E assim alguns dias passou.

E Victoria estava de cama na sua mansão. Pois, Maria Desamparada, não tinha aceitado a proposta dela. Havia entrado dia e saído dia, que Victoria, teve esperança de vê-la cruzar a sala dela na casa de moda mas aquilo não tinha acontecido. E também esteve na vila, mas começou encontrar a casa fechada . Primeiro achou que Maria Desamparada, fingia não estar em casa porque queria evita-la mas depois soube que ela estava com Bernarda. Um golpe baixo, que Bernarda havia dado nela. E que estava doendo. Além ter descoberto que teria como rival nos negócios Bernarda também, ela já temia ter Maria Desamparada, ao lado de Bernarda também em relação a moda.

E assim desanimada. Victoria não havia deixado a cama aquele dia. Nem ido a consulta de pré natal que devia ir ela tinha.

E assim, pela noite, Heriberto chegava na mansão.

Max, estava na sala com Fernanda e então viram Heriberto atravessar a porta. Eles mesmos tinham chamado ele ali. Pois estavam preocupados com Victoria. A última vez que viram ela daquela forma, de cama, foi Osvaldo que tinha tido aquele poder fazendo ela tomar vários remédios e parar no hospital. E assim, Heriberto disse aflito.

— Heriberto : E ela ?

E Max, angustiado o respondeu.

— Max : Segue lá em cima.

E Fernanda que estava ali sobre sua cadeira de rodas, disse chateada com Maria Desamparada.

— Fernanda: Maria Desamparada está sendo muito cruel com ela.

Heriberto então olhou com atenção Fernanda, não desejava alimentar qualquer sentimento que Fernanda pudesse sentir contra a irmã, já que o que Victoria queria era seus filhos ao lado dela e juntos e não divididos. O que podia acontecer, se Fernanda se voltasse contra as atitudes de Maria Desamparada. E assim, ele disse.

— Heriberto : Maria Desamparada Está ferida como agora a mãe de vocês está. E quando estamos assim fazemos besteiras.

Fernanda então mexeu nos dedos, conhecia as muitas besteiras que ela já fez magoada . E assim, ela apenas pediu.

— Fernanda : Por favor Heriberto, só tente tirá-la daquela cama.

E assim Heriberto disse.

— Heriberto : Vou ver o que posso fazer.

E assim ele subiu . Não tinha ainda passado dali da casa de Victoria. E então, ele procurou o quarto dela. E assim que achou ele a viu enrolada nas cobertas.

— Heriberto : Victoria, meu amor.

Ele sentou na cama dela, a tocou nos cabelos e Victoria resmungou e ele disse.

— Heriberto : Reage, Victoria. Não pode se entregar agora .

Ele procurou os olhos dela e tirou os cabelos do meio deles . E ela, disse quando o viu.

— Victoria : A luta que tenho é impossível, já perdi ela quando odiei, persegui e humilhei minha própria filha.

E Heriberto querendo que ela não jogasse a toalha como ela mostrava que fazia . Disse.

— Heriberto : Achei que não desistiria fácil.

Ele puxou a coberta dela, quando a viu se sentar na cama e a viu com uma camisola branca. E como ela seguiu em silêncio, ele voltou a dizer atencioso com ela.

— Heriberto : Estou aqui pra ajudar no que for preciso .

Victoria sentiu lágrimas descerem do rosto dela, e ela o abraçou firme . Heriberto, apertou ela entre seus braços querendo ampara-la neles. E ali, nos braços dele Victoria disse.

— Victoria : Acho que não tenho mais forças, Heriberto. Me sinto perdida meu amor sem o que fazer.

Ela se separou dele, movendo as pernas. E Heriberto, então viu algo entre elas. E rápido ele tocou a coxa dela e depois ele disse sem fazer pergunta apenas constatando o que via.

— Heriberto : Isso é sangue, Victoria.

E então as pressas, Heriberto levou Victoria ao hospital.

E depois de conferir o porque do sangramento de Victoria, faziam uma ultrassonografia obstétrica nela . E Heriberto preocupado via a imagem do filho deles se formar na tela e depois o coração bater e logo em seguida, a médica que fazia aquele exame dizer.

— X: O sangramento ao que parece só foi um alarme, porque a menina que esperam está bem.

E Victoria, que esteve todo tempo nervosa e com medo de prejudicar o filho que esperava, com um sorriso nos lábios e os olhos de lágrimas, ela disse quando ouviu a médica.

— Victoria : Menina?

— X : Sim. Uma meninona.

E Heriberto riu feliz e beijou os lábios Victoria que ria junto a ele. E assim ele disse.
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—Heriberto : Uma menina, meu amor. Vamos ter uma menina.

Victoria limpou as lágrimas de emoção que tinha nos olhos. Antes de estar ali, havia pensado em nomes que podia dar ao filho que esperavam. E todas as opções, ela buscou que fossem com a mesma primeira letra do nome de Heriberto. Queria homenagear ele daquela forma. Ela já seria mãe a quarta vez contando com Max, e as chances que Heriberto teve de ser pai, a vida tinha dado aquilo em um prazo curto a ele. Então, para fazê-lo mais feliz naquela nova chance de ser pai que ele tinha, ela não abriria mão der a ele aquele mimo. E então, ela disse.

— Victoria : Já que a filha que esperamos é menina, quero que ela se chame Helena, Heriberto. Helena, com o H, como o nome do melhor pai que ela poderia ter.

Heriberto sorriu emocionado. O nome que Victoria escolhia, era o mais belo que ela poderia ter escolhido, para a princesa deles. E assim, ele disse depois que beijou as mãos dela uma de cada vez.

— Heriberto : Gosto de Helena. É lindo e melhor nome que esse não há.

Ele beijou as mão dela outra vez. Estava tão feliz que para aquela felicidade ficar completa só bastava estarem finalmente casados.

E longe dali.

Depois de desligar o seu celular. Pensativa, Maria Desamparada já de volta a casa dela aquela noite, levou as mãos nos cabelos e baixou a cabeça.

Acabava de ouvir de Max, que Victoria estava no hospital. E Maria Desamparada, ainda que não tivesse conseguido assumir na linha, se preocupou com o estado de Victoria. E por isso, ela bufou toda vermelha entre as lágrimas que começaram descer do rosto dela.

— Maria Desamparada: Por que se preocupa com essa mulher , porque ?

Maria Desamparada levou as mãos nos cabelos outra vez e seguiu o choro de João Paulo que ouviu do quarto. Tinha passado uns dias na casa de Bernarda, e recebendo visitas do padre João Paulo, que como pai dela deu conselhos para ela perdoar Victoria. Enquanto Bernarda, oferecia a ela, demonstrando muita raiva de Victoria, uma oportunidade também dela criar uma linha de roupas para competir com Victoria, contra a casa de moda dela no mesmo desfile que Victoria propôs a ela fazer parte. Mas Maria Desamparada, não conseguiu dizer sim a Bernarda. Pois não tinha gostado de ver melhor o ódio pelo modo que Bernarda falava, em destruir Victoria junto ao seu império da moda de um modo que causou arrepios nela. E por isso, Maria Desamparada, julgou não aceitar a proposta de Bernarda por ver que se aceitasse se tornaria em quem ela menos queria, que era na própria mãe. Mas tão pouco havia aceito a proposta que Victoria tinha feito já há dias. Fugindo, era o que Maria Desamparada, tinha feito, em se esconder daquela forma na casa de Bernarda por saber que Victoria não pisaria. Mas por saber que não podia seguir mais daquele modo, se acovardando.

Era que agora Maria Desamparada, estava de volta a sua casa. Sabendo assim, que Victoria estava no hospital. E que por não ser má, não era como aquela senhora que ela ainda guardava rancores. Maria Desamparada, desejava que ela e o filho que esperava estivessem bem.

E assim no dia seguinte.

Heriberto sem ter podido dormir direito ao lado de Victoria, na cama do quarto da casa dela. A olhava dormir. Era bem cedo e ele a olhava preocupado. Não queria que ela seguisse daquela maneira. Queria vê-la lutar. E então, Victoria se mexeu na cama abrindo os olhos e ele disse.

— Heriberto : Bom dia, meu amor.

Victoria deu um leve sorriso. E buscou a mão dele . Queria pedir perdão, pela noite deles e pelo dia que o evitou como fez com todos em sua volta, até tê-lo no quarto dela pela noite. E assim, ela disse.

— Victoria : Bom dia. E me perdoe pelo susto de ontem, meu amor .

Heriberto sorriu beijando a não dela. Estava tranquilo, porque o que houve não passou daquilo de um susto. E então ele disse.

— Heriberto: Esse susto serviu para sabermos que teremos uma menina, meu amor. Mas também, para alertá-la que não pode seguir como estava. Está te fazendo mal...

Victoria suspirou e sentou assim como Heriberto fazia e então, ela o respondeu sabendo que ele tinha razão.

— Victoria : Eu sei minha vida. É que, saber que Maria Desamparada, minha filha está do lado daquela mulher e segue me desprezando. Me dói mais ainda.

Heriberto beijou a mão dela. E opinou o que achava o que acontecia na mente de Maria Desamparada.

— Heriberto: Sabe o que eu acho? Acho que o que Maria Desamparada fez, foi se esconder, se esconder de você por medo de ceder a sua insistência, ao seu amor. E estando ao lado daquela mulher, que ela sabe que a odeia, a manteria longe dela. Acredito que sua filha não fez por mal ainda que quisesse afeta-la só para apenas para afasta-la. Por isso não pode se entregar, meu amor . Não pode deixar sua filha nas garras dessa mulher.

Victoria entendeu as palavras de Heriberto, vendo que ele podia estar certo. E então ela o respondeu.

— Victoria : Tem razão, Heriberto, não devo seguir como estou e deixando minha filha a mercê de Bernarda. Se sigo, cada hora cada segundo que Maria Desamparada, segue ao lado dessa mulher, ela pode envenena -lá contra mim.

E sorrindo, por ver que Victoria o tinha entendido e estava mostrando disposta a voltar como estava decidida em ter Maria Desamparada, Heriberto a respondeu.

— Heriberto : E por isso que tem que tomar rédeas da situação novamente. Sigo aqui quando não puder suportar, só não desista . Você e Maria Desamparada merecem viver o que foi tirado de vocês duas.

Victoria sorriu, tocou no rosto de Heriberto, e deu mais de um beijo nos lábios dele. E disse depois.

— Victoria :Tem toda razão, obrigada meu amor. Obrigada por mais isso, por mais uma vez tê-lo do meu lado. Eu te amo tanto.

E depois de ser beijado mais vezes por Victoria e deitado por cima dela, ele disse a olhando nos olhos.

— Heriberto : Eu tenho uma novidade, que não pude dividir com você .

E Victoria sorrindo, perguntou.

— Victoria: Qual é?

E Heriberto, sem rodeios logo disse.

— Heriberto : Já temos nossa casa. Aquela que gostou . Só falta mobiliar ela para nos mudarmos, mas só depois do nosso casamento é claro. O nosso novo lar e da nossa filha, já nos espera.

Heriberto, acariciou a barriga de Victoria e ela fechou os olhos dizendo, o que sentia por vê-lo sozinho já que ela não tinha cabeça mais para resolver as questões do casamento deles incluindo aonde iam morar.

— Victoria: É tão paciente comigo. Meu Deus, Heriberto, eu não te mereço. Enquanto esqueço de nossos planos que também são importantes você segue aqui do meu lado.

Heriberto, acariciou um lado do rosto de Victoria. Entendia em que rios ela estava enfrentando por isso não cobraria o que sozinho ele poderia resolver. E então, ele disse compreensivo e cheio de amor.

— Heriberto: Não se preocupe com nada. Só se preocupe sim, em comparecer em nosso casamento e o resto deixa comigo. Conquiste o perdão de sua filha para que no nosso grande dia, esteja feliz e só importe nós dois e o começo de nossas novas vidas.