Noites em Toscana

Capítulo 22 - Eu te odeio!


Sofia olhava para ele, mas o que sentia era raiva, como depois de tanto tempo, ele chega assim ao lado dela, ele estava errado, em ter feito aquilo, socar Patrício e dizer que ele não poderia estar com ela em seus braços, Sofia o mirava com raiva nos olhos, e ele percebeu.

Sofia: Não te dei permissão para estar comigo aqui e nem tão pouco atacar a golpes meus amigos, mas não te devo nada, e por isso só falei uma única vez. – ele olhava confuso para ela, Sofia tinha mudado e essa mudança não cabia mais Marcello em sua vida. – Quero que fique longe de mim, não quero ver sua cara nunca mais.

Marcello: Sofia eu...me desculpe eu te vi nos braços dele e pensei...

Sofia: Pensou o que, que sou igual a uma qualquer como me acusou antes, sou como as mulheres que você conhece, que sou como sua m... – ela se calou. Não queria mais aquilo. – Não volta a dirigir a palavra, isso acabou há 10 anos, não somos nada, nada entendeu. – ela deu as costas e saiu em direção ao salão do baile e encontrou Patrício.

Patrício: Acho que...

Sofia: Sim, o coloquei em seu lugar que é longe mim. – ela abaixou os olhos, estava sendo forte, não queria chorar, engoliu seus sentimentos e pegou a mão do amigo e entraram para a premiação.

Marcello ficou no hall, estava perdido, seus sentimentos e emoções estavam em um grande conflito. Ele agiu com ciúmes ao ver a mulher que sempre amou nos braços de outro, mas saiba que ela já não era mais sua, o amor não estava mais com eles ou só estava com ele.

E assim a noite da premiação foi tensa, Marcello de um lado do salão e Sofia de braços dados com Patrício de outro, quando a premiação foi anunciada Sofia se deu por satisfeita e saiu do salão sem Patrício, e foi para seu quarto e permaneceu nele o resto da noite.

Marcello saiu dali e foi caminhar nas ruas de Lisboa, caminhou por horas, era seu jeito de pensar e se livrar do que sentiu e continuava a sentir por ela. Era quase manhã quando ele voltou para o hotel, parou na porta do quarto dela e quis bater, não o fez, foi para o seu. Tomou um banho e se deitou, ainda ficou um tempo acordado até que o cansaço tomou conta dele.

***

Enquanto isso em San Sebastian, Antônia chegava ao apartamento de Vanessa, ela queria alguns esclarecimentos do que Marcello fazia, e por que não ficou o final de semana para que eles comemorassem o aniversário dele.

Ant: Olá minha cara Vanessa, quero um reporte completo desses meses que fiquei fora, e quero saber por qual motivo ele não esteve aqui quando eu cheguei. – falou entrando no apartamento de Vanessa sem ser convidada.

Van: O que quer aqui Antônia? Teríamos um jantar, mas Marcello teve um evento de negócios, e por isso ele cancelou o jantar.

Ant: Vejo que está ocupada. – ela olha para a mesa de centro e vê duas taças de vinho e uma camisa masculina no sofá e sapatos no chão. – Bom acho que realmente estou atrapalhando.

Van: Você não me paga o suficiente pra ser exclusiva, Antônia. E eu tenho uma vida sabia, minha vida, e não tenho que dar satisfações para você o para qualquer um que seja. – falou com raiva, pois era sempre assim ela não via Marcello e corria para Vanessa para atacar.

Ant: Vejo que você leva essa história de "não misturar trabalho com prazer" bem a sério, não é?

Vanessa: O problema não é a cama. Seu filho me satisfaz muito bem. O problema é depois. Ele me trata feito um lixo e deixa a minha autoestima lá em baixo. Então, resolvi que não vou mais me submeter a isso, a não ser... Que eu seja bem paga.

Ant: Você é mesmo uma vadia! Como ousa querer renegociar comigo?!

Vanessa: Muito bem, já que eu sou uma vadia, vou ser a das mais caras. Agora, saia. Como pode ver, estou ocupada. Volte quando quiser renegociar meus serviços. A partir de hoje será o que eu quiser cobrar, e para começar bem ou paga o que quero caso contrário darei a Marcello a pasta que Henrique mandou para ele a algum tempo, um certo Dossiê Carmencita!

A fúria que Antônia sentiu ecoou no tapa que Vanessa recebera dela, a fazendo cai no chão com a mão no rosto.

***

Sofia iria descer para o café da manhã com alguns empresários e sabia que encontraria Marcello, mas ela tinha que estar presente seria somente mais dois dias e depois ela voltaria para a casa e não encontraria mais ele.

Ela vestiu algo sóbrio e desceu, ao sair do quarto deu de cara com Marcello, ela respirou fundo não acreditou que ele estava no quarto da frente, tentou voltar e fechar a porta, mas ele foi mais rápido e colocou o pé a impedindo de fechar.

Marcello: Sofia podemos conversar? – falou entrando no quarto dela.

Sofia: Conversar. – ela o olha com desdém. - ... Conversar o que Marcello?

Marcello: Sofia pode me escutar por favor! – falou fechando a porta e indo em direção a ela, que caminhava nervosa pelo quarto.

Sofia: Te dar um momento para ouvir o que? O mesmo momento de conversar que você me negou há 10 anos, que conversar quer ter Marcello?

Marcello: Sofia, me escuta por favor. - ele vai para mais perto dela.

Sofia: Fica aí bancando o forte, e não sabe o quanto nos fez sofre, por ser tão idiota, mesquinho e egoísta, eu te odeio Marcello Bottura, te odeio com as minhas forças, assim como um dia te amei mais que minha vida hoje eu te odeio! - ela parte para cima dele dando socos no peito dele.