Paolo: Tarde é quando a morte vem antes do pedido, sempre foi meu filho e nunca deixou de ser nem quando jogou isso. – ele tirou a mão do bolso com a medalha e abriu entregando ao filho.
Hen: Eu perdi a vida junto com elas, cada uma levou com elas parte da minha alma e do meu coração.
Paolo: Eu sei, te vi no enterro das duas!
Hen: Pai, ela assombra meus sonhos! – falou triste com a cabeça baixa.
Paolo: Ela não assombra, ela te cuida até nos sonhos. Vivien era boa, sempre cuidava de você.
Hen: Eu a machuquei, meu coração se quebrou quando contei a ela que Antônia estava grávida. Ela me pediu um tempo para pensar e quando veio me contar que me daria uma chance eu contei que teria um filho com outra mulher.
Paolo: Eu sei, ela contou a Pietra, filho, ela morreu de saudades, de amor, nunca vi alguém perder o brilho o desejo de viver. E quando você resolveu ir, sem dar ouvidos a ninguém, pois foi isso que fez, eu não queria tirar o filho de vocês, ou deixar ela a mingua, só queria que você nos ouvisse.
Hen: Eu não deixei você falarem, entrei em casa e falei que me casaria com ela, por conta da gravidez, eu fui um pazzo, tonto.
Paolo: Só queríamos o bem de vocês, dos três!
Hen: E eu só dei ouvidos a ela, ela me fez fazer um acordo com ela, descobri quem ela é realmente.
Paolo: Não, não descobriu, sabe o que ela quer que você saiba, Carmencita é pior do que você acha, e infelizmente pelo que sei dela, ela ainda te fará sofre, de alguma forma.
Hen: Então sabe que ela não se chama Antônia Bottura?
Paolo: Desde que Marcello nasceu, e sei do acordo, e dos amantes. Mas isso é passado. Estou aqui e vamos ser felizes.
Pai e filho se abraçam e dai começam a nova fase da vida deles. Henrique se despediu de todos, Sofia ficou atrás da mãe, uma forma de se proteger os olhares de Marcello e de Henrique.
Era noite, Marcello nervoso foi falar com o avô, queria saber se estava bonito para a noite do baile. Paolo riu do nervosismo do neto. Sabia que ele seria indicado para Rei do Baile, no domingo era o baile final o dia que elegiam o Re e Regina do festival de Toscana.
Carmela estava na sala andando para lá e para cá, queria ver Sofia com o vestido, Gioseppe queria ir logo, os amigos já ligavam perguntando a que horas chegariam.
Gio: Che diavolo ci mettono così tanto tempo? – falava caminhando de um lado para o outro. Viu quando Paolo desceu com o Marcello, e logo Carmela saiu.
Paolo: Vão na frente, eu vou com Sofia.
Cello: Mas nono, pensei que iriamos entrar juntos?
Paolo: Eu quero entrar com a mia Regina.
Carmela: Ela vai ser!
Gio: Vamos então, eu espero vocês lá, então.
Carmela: Vuole andare presto per avere più tempo per assaggiare i vini uomo di Dio.
Gio: sim, quero ir logo para beber com meus amigos.
Paolo: Deixa ela mulher, único dia que ele pode beber todas que não vai brigar com ele.
Carmela: Vamos então. - os três foram na frente, Paolo entrou e ficou esperando Sofia.
***
Paolo apareceu sozinho no topo da escada, ele desceu, cumprimentou a todos, quando pediu para que Marcello esperasse Sofia perto da escada, o neto o fez com um sorriso lindo.
Uma linda musica tocava, a orquestra iniciava uma linda musica quando todos pararam para olhar a bela Sofia aparecendo no alto da escada com seu vestido preto com uma fita verde realçando a cor dos olhos.
Marcello olhou e viu Sofia linda, ela sorriu e começou a descer, todos olhavam os Re e Regina, nem precisava de nada, ali estavam os novos eleitos do festival.
Cello: Sembri più bella della meravigliosa notte della regina.
Sofia: Grazie e penso che l'aspetto delle ragazze sia per te. Re.- falou pegando a mão dele, que se inclinou saudando a rainha da noite.
Marcello e Sofia como magica foram para o centro do salão e a musica conduzia seus corpos. Quando ela sorriu ela por impulso que conteve desde que ele tirou a joaninha dos cabelos dela, a beijou apaixonado e foi correspondido.
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