Noites De Verão
Reencontros
Tsubasa parou os movimentos que estava a fazer, olhando para o homem que enchia os seus pensamentos.
Acreditava que foram os Deuses que o haviam guiado até ali. Após ter regressado a casa e tomado a refeição da noite, sentira algo que o impelia a regressar à rua e apreciar o ar quente nocturno.
E encontrar o seu mais querido amigo.
-…Wakabayashi…
O guarda-redes olhava-o, espantado. Logo depois o seu rosto abriu-se num enorme sorriso e, deixando cair a mala de viagem, foi ao encontro do jovem atacante.
-Tsubasa- kun!
-Wakabayashi-kun! Já estás de volta!
O jovem lançou-se-lhe num abraço, deixando o guarda-redes atordoado e retribuindo-lhe o gesto. Tsubasa fechou os olhos e inspirou o aroma do amigo. Poderia ficar assim para sempre…
O pastor-alemão olhava-os, com olhos curiosos e língua de fora, abanando a cauda.
Wakabayashi foi o primeiro a soltar-se.
-Ora mas que surpresa! E aqui mesmo ao pé da minha casa! Estavas a minha procura?
Tsubasa corou e baixou os olhos.
-Hum…não, aconteceu passar por aqui, a noite está tão boa, resolvi dar um passeio. Ainda não te esperava.
-Boa o bastante para uns passes. – Wakabayashi piscou o olho. – Vem, vamos jogar um pouco. Em nome dos velhos tempos!
Tsubasa anuiu. Wakabayashi abriu o portão e deixou-o passar primeiro. Embora estivesse habituado a ir muitas vezes a casa do amigo, Tsubasa não deixava de ficar impressionado com a mansão e o jardim frondoso que se estendia a sua frente. E agora que nutria sentimentos mais fortes que a amizade, sentia uma espécie de orgulho pelo amigo.
Wakabayashi tinha o seu próprio campo de futebol na parte de trás, no qual costumava treinar com Mikami. Uma luz iluminava o relvado. Uma rede com bolas encontrava-se ao pé de uma mesa de jardim.
Passaram um bom bocado, com Wakabayashi na baliza e Tsubasa tentando marcar.
-Uf, foi bom mas paremos por agora. Queres entrar?
Tsubasa olhou para o relógio.
- Gostaria muito mas já é tarde, tenho de ir para casa. Disse aos meus pais que não demorava…
E na verdade Tsubasa lamentava ter de se separar de Wakabayashi.
-Bom, pode ficar para amanhã, se quiseres. Pode até ser no campo de futebol onde costumávamos jogar. Tem de ser no final da tarde, se puderes.
O campo onde nos conhecemos.
- Combinado, estarei lá. – anuiu Tsubasa com entusiasmo.
O guarda- redes acompanhou Tsubasa até ao portão.
-Adeus, John. Vemo-nos em breve!
O cão lambeu-lhe as mãos.
Wakabayashi viu Tsubasa caminhar pela rua até desaparecer num esquina. Com um suspiro e um sentimento inexplicável, deu meia volta e entrou em casa.
Fale com o autor