Na manhã seguinte em Riverwood, um Altmer bem vestido observa o corpo de Hildur coberto por uma manta em meio aos guardas que ainda tentavam entender o que acontecera. O Altmer notou que o pequeno cofre no canto da sala estava aberto e seu conteúdo espalhado sobre a mesa, moedas, algumas pérolas e rubis não foram levados, o Altmer então imagina que Hildur tenha encontrado algo mais valioso, algo que o Assassino tinha grande interesse em obter e Hildur não tinha interesse em compartilhar a informação do achado, ele chama o guarda que agora está no comando, o braço direito de Hildur em todas as ocasiões, era um nórdico incrivelmente forte e grotescamente feio, de cabelos escuros e voz pesada, nunca removia seu elmo, seu nome era Wolk, ele dizia que Hildur estava impaciente nos dias anteriores à sua morte, falava sobre clãs, livros e itens encantados, o Altmer pediu que ele se calasse com um gesto, ordenou ao nórdico que contasse sobre os livros, Wolk falou sobre um livro antigo que Hildur carregava consigo, ele nunca o lia apenas fazia anotações ou bilhetes e escondia-os entre as páginas, parecia apenas guardá-lo para alguém ou estar aguardando virem buscá-lo, o Altmer então fez outro gesto e Wolk se calou repentinamente, como um cão obedecendo ordens. Alguns minutos depois o Altmer se retira, monta seu cavalo e parte rumo ao Norte, Wolk dá a ordem para fecharem as estradas e buscarem qualquer coisa suspeita.

Enquanto isso Hideon e eu caminhávamos em direção à Helgen, ele me contava que seu tio Granff ficou responsável por ele quando seus pais foram mortos no massacre de Umbral, um clã antigo com base em Cyrodill, e que nunca havia viajado sozinho por Skyrim e ainda era inexperiente em batalha, mas estava ansioso pra mostrar o seu valor. O ferreiro de Helgen, Groswit, o ensinara como manejar a espada larga e seu tio Granff o ensinara a magia da restauração, apesar da primeira impressão ele parecia um homem em que se inspira confiança, um pouco bobo talvez, mas mesmo assim, parecia ser um bom homem. Após poucas longas horas ouvindo-o tagarelar avistamos os portões de madeira de Helgen e ele pareceu ficar nervoso, seu tio o aguardara nos portões com uma carranca de dar medo, logo que o viu Granff esbravejou e o levou pra casa pela orelha, a cena foi extremamente cômica e todos na rua principal riram, acompanhei-os à distância. Ao chegar à cabana de Granff ele pediu que eu entrasse, Hideon estava sentado no canto e sorriu timidamente quando me viu. Granff estava impaciente, pediu para ver o livro o quanto antes, assim que tirei o livro da mochila ele sorriu como se visse um antigo amigo, ele pegou o livro gentilmente e o pôs sobre uma mesa juntou-o aos outros dois e murmurou algumas palavras em uma língua desconhecida pra mim, mas estranhamente familiar, nada aconteceu, ele abriu o livro Pacto da Noite e haviam vários bilhetes e anotações que não condiziam com os textos do livro, Granff balançou vigorosamente o livro e muitos outros papéis caíram de dentre as páginas, então ele pôs os livros novamente em ordem, repetiu as palavras e assim que ele terminou de pronunciá-las um vento estranho surgiu, as páginas dos três livros se moviam rapidamente e algumas se soltavam dos livros se misturando e embaralhando em pleno ar, formando assim um novo livro, um clarão fez com que Hideon e eu desviássemos o olhar por um instante e então o quarto livro surgiu, sua capa preta feita de couro envelhecido mostrava símbolos e runas que nunca antes havia visto, esse era o Selo da Noite, o livro que completaria a pesquisa de Granff, o livro que ele levou uma vida pra encontrar, o livro que poderia trazer tanto ruína quanto glória aquele que o possuísse.