A alguns quilômetros dali em uma caverna escura, úmida e cheia de skeevers, vários homens encapuzados sentam em uma grande mesa redonda, o que parecia ser o líder dos homens encapuzados usa a Túnica com detalhes em dourado, ele se levanta e saúda os outros com uma reverência, então outro levanta no lado oposto da mesa, esse tem a túnica com detalhes em branco e levanta um cálice com um líquido estranho e então todos repetem o gesto. No meio da mesa estava um livro de aparência antiga, sujo e rasgado, queimado e manchado. O Líder recita alguns encantamentos em uma língua a muito perdida, o Livro então brilha em tons de vermelho e flutua no ar, as páginas passam uma a uma em grande velocidade e então pára em uma página onde se vê a gravura de uma Adaga. Ouve-se um sussurro de dentro do livro, as palavras quase indistinguíveis, o sussurro parece vir do mais profundo abismo, uma voz gutural que parece ecoar dentro da mente dos homens encapuzados, que agora estão em êxtase. O livro volta a brilhar, dessa vez com intensidade suficiente para ofuscar alguns que protegem os olhos com suas mãos. Então lentamente o livro desce ao centro da mesa e fecha abruptamente, o Líder então sorri e fala com sua voz rouca e cansada, dizia ele que enfim a Adaga caiu em mão dignas de possuí-la, alguém digno de usar seus verdadeiros poderes, alguém digno de suportar seu destino. Os homens encapuzados então celebram e bebem de seus cálices, enfim chegou nossa hora meus amigos, Dizia o líder, chegou nossa hora de pôr fim a essa guerra que já perdura por uma centena de anos, e nós do Clã Sharith iremos vencê-la.

Naquele instante Eu acordava com uma forte dor de cabeça, a última coisa que me recordo é de um guarda me acusando de ter matado minha companheira e então um baque na cabeça, assim que a tonteira passou tentei passar a mão no topo da cabeça onde doía muito e percebi que minhas mãos estavam atadas, eu estava amarrada à uma cadeira, olhei em volta e tinha apenas um guarda que me olhava fixamente, perguntei o que tinha acontecido, ele me disse que os outros guardas estavam decidindo se iriam me executar pela morte de meus companheiros ali mesmo ou me levariam a Whiterun para as masmorras, percebi que o guarda simpatizou comigo e eu poderia usar isso a meu favor, ele retirou seu elmo e se revelou um Dunmer com várias cicatrizes pequenas no rosto, dizia ele que eram raros os guardas de outras raças se não nórdicos, disse que nasceu em Windhelm no lugar chamado Bairro Cinza e que se alistou para ser guarda de Whiterun à pouco tempo, e mesmo sendo guarda ainda era discriminado pelos nórdicos nativos de Skyrim, perguntei se ele realmente achava que eu tinha assassinado Freeda à sangue frio, ele disse que não acreditava nisso, e que Riverwood estava mais estranha do que o de costume, à mais ou menos um mês quando ele chegou a Aldeia um casal foi misteriosamente assassinado e seus dois filhos foram levados à Riften para o Orfanato Salão da Honra, ele disse também que segundo ele soube o filho mais velho do casal tinha ido se alistar no exército imperial e nunca mais se tinha ouvido falar dele. Eram os pais de Viigas, mas por que eles teriam sido assassinados? O guarda disse que poderia me ajudar a fugir com uma única condição, que eu levasse uma carta à Riften, ele disse que também ficou órfão e foi criado no orfanato onde os filhos do casal estão, me entregou a carta e pediu que a entregasse à sua irmãzinha Liv, disse que à meses não tem noticias dela, concordei, mas também disse que precisava de uma arma, a viagem era longa e eu não poderia ir desarmado, ele pegou uma Adaga de Ferro que estava sobre a mesa, cortou as cordas que me prendiam e entregou-a a mim, depois pediu que eu batesse com toda sua força em sua face, ele nem ao menos conseguiu terminar a frase, foi nocauteado com um único soco. Antes de ir fui ao quarto onde Freeda estava seu sangue ainda estava nos lençóis, peguei meus pertences e a Adaga Daédrica e saí pela janela. Ao sair notei que já era fim de tarde, e o garoto filho do ferreiro me aguardava bem abaixo do telhado, ele tinha algo a dizer, desci e falei com o garoto, ele me entregou um bilhete, peguei-o me despedi e corri por entre as sombras das árvores. Alguns quilômetros dali parei para comer algo e ler o que dizia o bilhete. o bilhete dizia:

“Olá jovem guerreira, peço desculpas por mais cedo, as coisas estão bem estranhas em Riverwood no momento. A pouco mais de um mês um casal foi assassinado nessas terras e não quero ser o próximo, afinal tenho uma família por quem zelar. sobre a Adaga, você pode tentar falar com um velho amigo, seu nome é Granff um Bretão que mora em Helgen, ele é um mestre em encantamentos e é de minha inteira confiança, espero ter ajudado.

Chrivos”

Helgen, lembrei do contrato, o velho mercador disse que estaria hospedado em Helgen, ele pode ter respostas sobre a Adaga, e por que meus companheiros morreram de forma tão estranha. Se eu for pelas montanhas e por entre as árvores chegarei lá no fim da noite, e assim dificultaria o trabalho dos guardas, provavelmente eles estão no meu encalço, apressei o passo e me mantive atenta a qualquer ruído, pois assim como posso ser pega pelos guardas posso ser pega por feras.