Meu nome é Vegara Darkway, nascida e criada em Ald’ruhn, uma cidade ao norte de Balmora , meus pais morreram vítimas de um simples Scamp quando eu tinha apenas doze anos, um orc Viajante chamado Lorbumol Gro Gath me acolheu desde que eu tentei afanar certa quantidade de Pérolas que ele carregava em sua bolsa, ele dizia que eu sempre tive o que ele chamava de “dedos ligeiros”, desde sempre quis sair de Vvardenfell e ver Cyrodill ou até Hammerfell, mas Lorbumol sempre dizia que o mundo lá fora era perigoso para uma Dunmer franzina como eu.

Bom, se ele me visse agora acho que teria um troço, Estou em uma caverna, escondida nas sombras, aguardando minha presa ficar distraída para eu atacar, meus companheiros Homens do Gelo, Viigas e Freeda parecem impacientes. Estou bastante calma e concentrada e parece que a hora do ataque finalmente chegou, faço um sinal com a mão esquerda para meus companheiros e ao mesmo tempo saco minha adaga orc de sua bainha com minha mão direita, sem fazer um som sequer. Viigas faz o mesmo, lentamente Freeda se posta logo atrás com seu arco, um batedor se aproxima, um Bosmer que faz parte do bando que caçamos, ele comete o erro de dar as costas para Viigas, bom, esse foi seu último erro, Viigas o elimina com a destreza de um assassino experiente, mas comete um erro no processo, o saco de ouro que o Bosmer carrega vai ao chão fazendo um barulho de moedas que ecoa na caverna, Freeda dá um olhar de reprovação, e surgem outros dois Bosmers na curva logo à frente ,Freeda acerta o primeiro com uma flecha entre os olhos, o outro tenta sacar sua espada mas não dá tempo, outra flecha voa diretamente pra ele que vai ao chão, o contrato dizia pra ter pouco sangue, parece que esse não vai ser o caso, ordeno Viigas à ficar na entrada da caverna para evitar sermos pegos pelas costas, Freeda me acompanha caverna adentro, em silêncio nos aproximamos de outros dois homens, sendo um deles com uma armadura pesada de ferro, talvez o líder do bando, ele falava com o outro algo sobre o fim dos seus trabalhos e hidromel. Freeda se esconde entre barris enquanto saco uma de minhas poções, o gosto amargo não vai deixar minha boca por horas, mas a recompensa vale a pena, alguns segundos depois meu corpo começa a sentir os efeitos, “uma invisibilidade parcial é melhor do que nenhuma” como dizia Drevas, meu tutor em furtividade, passei despercebido pelos dois e me postei bem nos calcanhares do Líder, Freeda já sabe o que fazer, uma flecha voa em direção ao Dunmer com armadura leve, bem no pescoço, ele ainda tenta falar algo mas morre engasgado com o próprio sangue, assim que o Líder se vira na direção de Freeda e saca seu machado é atingido por mim pelas costas com um golpe que perfura seu coração, morte instantânea, “golpe limpo” segundo Drevas.

O Baú que eles guardavam deve conter o que precisamos para completar nosso contrato, mas está trancado e o Líder não tem a chave, Freeda encontra alguns papéis junto ao Líder, que diziam:

Olá velho amigo Halgarth, preciso que faça um pequeno favor ao seu amigo, você encontrará os pertences de um aliado a muito tempo perdido, nos encontramos nas Cavernas onde lutamos lado à lado pela primeira vez...

ps: A Chave está comigo.

Sigurd”

Isso poderia ser um problema, uma gazua e algum mestre em arrombamento seriam necessários, que bom que temos os dois aqui mesmo.

Arrombamento é uma arte, muito simples por sinal, basta ter paciência e alguma experiência, depois de poucos segundos a tranca estava aberta e o conteúdo do Baú era no mínimo decepcionante, Alguns livros, algumas poucas moedas, um elmo de ferro, algumas poções e uma Adaga Daédrica que de algum modo me parecia estranha até para os padrões de armas Daédricas, o contrato dizia que eram preciso três livros que deveriam estar entre os do baú. Depois de recolher os livros, Freeda resolveu levar a adaga consigo e fomos ao encontro de Viigas, ele ainda estava checando os bolsos dos três capangas mortos quando voltamos.