Meus planos não incluíam uma quarentena, penso segurando a garrafa de tequila.

O sol no horizonte pintava o céu em tons pastéis, e uma banda de Mariachi tocava animadamente na esquina, quebrando as regras do isolamento social e alimentando minha melancolia.

Eu não era de beber, mas sempre que penso no ano de merda que estamos tendo, esvazio um copo garganta abaixo. Meu ano no México, o ano em que eu deveria estar visitando lugares e fazendo meu trabalho no museu de La Casa Azul, mas aqui estou, no quarto do hotel, afogando-me na tequila contrabandeada do meu vizinho azemel.