Noche de Ronda
Ai, niña!
A banda desaparecera depois que a polícia os dispersou. A rua era silêncio, os vizinhos aos poucos retiravam-se. Sobrara somente alguns boêmios, que rindo comtemplavam a noite. Quando o ar favônio soprou meus cabelos, enrolei-me contra o xale, e ainda chorando e cantando, retirei-me para o interior do apartamento.
Não havia ninguém ali, era a hora da saudade. Saudade de casa, da família, dos amigos e de Pedro.
As paredes silenciosas assistiam meu show particular, não que elas tivessem outra opção, mas então o improvável aconteceu:
“Ai, niña, estás cantando tudo errado” disse o retrato de Frida Kahlo na parede.
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