Ando pelos corredores do colégio e entro em uma das salas de música me sentando no piano, pronta para ensaiar. Toco algumas teclas aleatoriamente e a porta se abre e vejo Puck entrar.

–Não sabe bater na porta? - Eu pergunto.

–Calma aí, garota. - Ele fala. - Só queria te falar que começaremos a gravar o seu clipe hoje mesmo.

–Ok... - Eu falo ainda tocando algumas notas.

–Usaremos a sala de filmagem. Já conversei com o povo do cenário. - Ele fala.

–Ok. - Eu digo.

–Momento de inspiração? - Ele pergunta.

–Não, só vou ensaiar. - Eu falo sorrindo e ele sai.

Há uma batida na porta e eu ergo a cabeça vendo um garoto.
–Algum problema? - Eu pergunto.
–Ah, Oi, eu queria ensaiar. - Ele fala.
–Eu estou usando essa sala agora, e eu não sei quando vou sair. - Eu falo.
–Eu sei, mas queria falar com você também. - Ele fala.
–Quem é você? - Eu pergunto.
–Eu sou Jesse. - Ele fala entrando e se sentando em um banco.
–Sou a... - Eu começo a falar.
–Rachel Berry. - Ele fala. - Sim eu sei.
–Já nos conhecemos? - Eu pergunto
–Bom, você não me conhece, mas eu te conheço. - Ele fala. - Estava nas Nacionais ano passado, fomos o time vencedor, eu vi você cantar aquele solo. Se lembra?
–Infelizmente sim. - Eu falo irritada me lembrando do ano passado. - Mas o que você quer comigo?
–Sabe que temos um clube do coral aqui certo? - Ele fala.
–Não, obrigada. - Eu falo. - Já participei de um clube e a experiência não foi nem um pouco boa. Tive problemas com o professor.
–Não temos professor, somos nós os alunos mesmo que fazemos. - Ele fala e eu paro.
–Mesmo assim. - Eu falo. - Não acho que eu deva entrar.
–Uma música? - Ele fala.
–O quê? - Eu pergunto.
–Cante uma musica comigo! - Ele fala.
–Porquê? - Eu falo.
–Porque é divertido, e eu adoraria cantar algo com você. - Ele fala sorrindo e eu me viro o olhando.

Rachel

Há uma chama começando no meu coração
Alcançando a temperatura de febre e me tirando da escuridão

Jesse

Finalmente, posso te ver claramente
Vá em frente e eu encontrarei todas as suas sujeiras
Veja como eu saio com cada parteo de você
Não subestime as coisas que eu irei fazer

Há uma chama começando no meu coração
Alcançando a temperatura de febre e me tirando da escuridão

As cicatrizes do seu amor me lembra de nós
Elas me fazem pensar que nós quase tivemos tudo
As cicatrizes de seu amor, me deixam sem ar
Eu não posso deixar de sentir

Rachel e Jesse

Nós poderíamos ter tido tudo
Rolando ao fundo
Você teve meu coração na palma de sua mão
E você tocou com a batida

Rachel

Baby, eu não tenho nenhuma história a ser contada
Mas ouvi dizer que um de vocês e vou fazer a sua cabeça queimar
Pense em mim nas profundezas do seu desespero
Fazendo uma casa lá em baixo, como a minha certeza de que não serão compartilhados

Jesse

As cicatrizes do seu amor me lembra de nós
Elas me fazem pensar que nós quase tivemos tudo
As cicatrizes de seu amor, me deixam sem ar
Eu não posso deixar de sentir

Rachel e Jesse

Nós poderíamos ter tido tudo
Rolando ao fundo
Você teve meu coração na palma de sua mão
E você tocou com a batida

Poderia ter tido tudo
Rolando ao fundo
Você teve meu coração dentro de sua mão
Mas você jogou com uma batida

Jesse

Joga sua alma em todas as portas abertas

Rachel

Conte suas bênçãos para descobrir o que procura

Jesse

Transforma meu sofrimento em ouro puro

Rachel

Me pagará de volta e colherá o que semeou

Rachel e Jesse

Nós poderíamos ter tido tudo
Nós poderíamos ter tido tudo
Tudo, tudo, tudo

Nós poderíamos ter tido tudo
Rolando no fundo
Você teve meu coração na palma de sua mão
E você tocou com a batida

Poderia ter tido tudo
Rolando no fundo
Você teve meu coração na palma de sua mão

Mas você jogou
Você jogou
Você jogou
Você jogou com a batida


–Até que você não é tão mal. - Eu falo.
–Como seria se ganhei de você ano passado? - Ele fala e eu o encaro séria.
–Touché. - Eu falo e ele se levanta.
–As audições são logo, te deixo informada. - Ele fala e sai de sala.
Ele era um idiota.



–Finn? Você está me ouvindo? - Ouço a voz de Santana me chamar e tento voltar para o mundo real.
–O que foi? - Eu pergunto olhando para ela. -Algum problema?
–Você não está nada bem. - Ela fala e percebe que eu estava na verdade olhando para o armário que era na verdade da Rachel.
–Eu estou bem. - Eu minto tentando desviar os olhos.
–Você está uma bagunça! - Ela afirma. - Olha o seu cabelo, que bagunça que está! Sua barba está por fazer, tudo bem que é sexy mas isso mostra que você deu um pequeno, ou talvez um grande descuido.
–Eu deveria me importar? - Eu lhe digo desanimado.
–Caramba. - Ela fala me olhando. - Você realmente está acabado Finn. O que houve entre você e a...
–Não! - Eu a interrompo. - Não fale o nome dela. Por favor.
–Ok então. - Eu falo. - Então vamos chamar ela de coxinha.
–Porque coxinha? - Eu pergunto franzindo a testa.
–Porque eu estou com fome! - Ela fala me fazendo rir, o que eu não fazia já há um bom tempo. - Olha isso é um sorriso?
–Porque está aqui? - Eu pergunto enquanto andamos pelo corredor.
–Não gosto de te ver mal. - Ela fala.
–Pensei que não gostasse de mim... - Eu falo.
–Eu também pensei isso, mas ano passado quando fizemos dupla pra livrar a coxinha do cara de capivara foi mais divertido do que o normal. - Ela fala.
–Quer que eu saia batendo nos caras por aí? - Eu pergunto.
–Não seria chato sabe disso? - Ela fala suspirando. - Minha lista não é muito grande.
–Deixa eu adivinhar o primeiro nome... - Eu falo. - Blaine.
–Eu estou meio perdida. - Ela admite. - Não sei o que dizer. Eu fui burra, e agora me arrependo.
–Não precisa falar mais nada. - Eu falo. - Eu te entendo.
O silencio ficou entre nós mas não foi constrangedor. Era melhor assim. Não precisávamos saber detalhes, não precisávamos reviver os nossos pesadelos com palavras, e não queríamos. Paramos na frente da sala do coral.
–Lá vamos nós. - Ela fala.
–Juntos? - Eu pergunto, pensei que ela iria rir da minha cara, era típico da Santana. Mas ela apenas sorriu e parecia cansada.
–Juntos. - Ela fala sorrindo e entramos na sala.
–Acabei de falar com Puck no telefone. - Marley vem em nossa direção. - Rachel irá participar do coral lá da escola deles! Então eu aproveitei e os chamei para virem aqui, assim como fizemos com os Warblers ano passado e eles aceitaram, mas irão vir mais próximos das seletivas deles!
Meu coração se acelera e olho para Santana ao meu lado e ela está ocupada demais olhando para Quinn e Blaine se comendo de um lado da sala.
–CHEGA! - Eu grito e todos me olham assustados.
–Finn, algum problema? - Quinn pergunta.
–Sim. - Eu falo irritado. - Hormônios não é?
–O quê? - Quinn fala corando.
–Finn... - Blaine começa a falar.
–Não quero ouvir nada! - Eu falo irritado. - Isso é uma sala de aula não um quarto.
–Nós só estávamos nos beijando. - Blaine fala.
–E nós somos obrigados a ficar vendo vocês trocando saliva? - Eu falo.
–Calma Finn. - Quinn fala. - Nos desculpe.
Eu me viro e percebo Santana sorrindo para mim agradecida e deu dou um pequeno sorriso para ela e nos sentamos.
–Sinto saudades do antigo Finn... - Ouço Quinn dizer.
–O que está acontecendo com ele? - Ouço Marley sussurrar.
–Ele está sofrendo... - Blaine fala. - É melhor o deixar em paz.