–Você é um idiota! - Eu falo rindo enquanto eu e Jaron saímos da sala de aula.

–Eu que sou idiota não é? - Ele pergunta irônico. - Essa piada foi ótima.

–Se você diz. - Eu falo indo até o meu armário com ele do lado. - Rachel... eu estava querendo te fazer uma pergunta, não querendo ser indiscreto mas já sendo...

–Fale logo Jaron, eu não ligo pra essas coisas. - Eu falo revirando os olhos abrindo meu armário.

–Por que viemos embora mais cedo? - Ele pergunta e eu falo automaticamente.

–Porque tínhamos que ensaiar. - Eu falo.

–Você sabe que isso não é verdade. - Ele fala e eu percebo as perguntas dele. - Rachel você me esconde algo e...

–Você está louco. - Eu falo fechando o armário pronta para me afastar. - Não tenho nada a esconder.

–Então, me fale quem é ele... - Jaron fala me segurando pelo braço.

–Ele quem? - Eu falo tentando disfarçar. - Você ficou maluco?

–Rachel eu sei que tem alguém que te mudou, que te fez ficar assim. - Ele fala e eu me solto dele.

–Você nem me conheceu antes. - Eu falo. - Como sabe que eu mudei.

–Eu vejo as vezes você se soltar mais, ser mais divertida, mais feliz. - Ele fala. - E de repente você se fecha.

–Essa sou eu! - Eu falo brava.

–Não é! - Ele fala. - É quem você tenta ser. Só quero entender o porque que você mudou?

–Você nunca entenderia. - Eu falo com lágrimas nos olhos.

–Você está chorando? - Ele pergunta confuso e me olha preocupado.

–Sim, eu mudei! - Eu falo. - As pessoas mudam, sabe? Elas têm que mudar. Alguns acontecimentos nos fazem crescer.

–O que ele fez com você? - Ele pergunta assustado.

–Vou resumir o que aconteceu pra você Jaron! - Eu falo. - Vi pessoas que eu amo partindo. E doeu. Não no corpo, mas na alma. Uma vez minha mãe me disse que a nossa vida e como um aeroporto. Cheio de chegadas e de cheio de partidas. E infelizmente ela estava certa. Eu aprendi a chorar em silêncio, sem gritar, sem fazer escândalo. Assim eu evito perguntas, evito sermões, acho que é melhor sofrer calada, afinal todos nós precisamos de atenção, contemplação, afeição. E tendemos a procurar nos lugares errados. O tempo passa, as pessoas mudam, o amor vai junto.

–Mas alguém sempre fica ali no cantinho. - Ele fala me fazendo o encarar. - Um amor sempre te marca mais que todos os outros.

Eu o encaro chorando e as pessoas nos observavam mas eu não me importava, limpei as lágrimas rapidamente, eu chorava mais ainda com as memórias de Finn que apareciam em minha mente.

E todas elas vieram ao mesmo tempo, as melhores memórias que eu tinha dele. Eu precisava extravasar, ou eu iria explodir. Corro para o auditório como eu costumava fazer quando havia algum problema.

Eu paro e encaro as cadeiras vazias e começo a chorar.

Rachel

Estou tão feliz que você arranjou tempo para me ver
Como está a vida? Me diga, como está sua família?
Não os vejo faz tempo
Você está tão bem, mais ocupado do que nunca
Conversa fiada, o trabalho e o clima.
Sua guarda está levantada e eu sei porquê
Porque a última vez que você me viu
Ainda está marcada na sua mente
Você me deu rosas e eu deixei elas lá para que elas morressem

Então aqui estou eu engolindo o meu orgulho
Na sua frente pedindo
Desculpas por aquela noite
E eu volto para dezembro toda hora.
Acontece que a liberdade não é nada mas sentir sua falta
Desejava ter percebido o que tinha quando você era meu
Eu volto para dezembro, mudo tudo
E faço tudo certo
Eu volto para dezembro toda hora

Estes dias não tenho dormido,
Ficando acordada a pensar o que deixei para trás,
Quando seu aniversário passou,
E eu não liguei, então eu penso no verão
Todas as horas bonitas
Eu assistia você rindo do lado do passageiro
E eu percebi que eu amei você no outono
E então o frio veio
Com os dias escuros, quando o medo se arrastou na minha mente
Você me deu todo o seu amor,
E tudo o que eu lhe dei foi um adeus

Então aqui estou eu engolindo o meu orgulho
Na sua frente pedindo
Desculpas por aquela noite
E eu volto para dezembro toda hora.
Acontece que a liberdade não é nada mas sentir sua falta
Desejava ter percebido o que tinha quando você era meu
Eu volto para dezembro, mudo tudo
E mudo minha própria mente
Eu volto para dezembro toda hora

Sinto falta da sua pele bronzeada, seu sorriso doce,
Tão bons para mim, tão certos
E como você me segurou nos seus braços
Naquela noite de setembro
A primeira vez que você me viu chorar
Talvez isso seja pensamento positivo
Provavelmente sonhos sem fundamento
Se nós nos amássemos de novo, eu juro que te amaria certo
Eu voltaria no tempo e mudaria, mas não posso
Então se a sua porta estiver trancada eu entendo

E você disse que é tarde demais para pedir desculpas (é tarde demais)
Você disse que é tarde demais para pedir desculpas (é tarde demais)

Engolindo o meu orgulho
Na sua frente pedindo
Desculpas por aquela noite
E eu volto para dezembro toda hora.
Acontece que a liberdade não é nada mas sentir sua falta
Desejava ter percebido o que tinha quando você era meu
Eu volto para dezembro, mudo tudo
E mudo minha própria mente
Eu volto para dezembro toda hora

Você diz que não está arrependido, não, não woah
Você não está arrependido, não, não woah
Você não está arrependido, não, não woah
Você não está arrependido, não, não woah

–Rachel. - Eu escuto uma voz conhecida me chamar e me viro estranhando, e vejo o diretor me encarando.

–Diretor... - Eu pergunto confusa limpando as lágrimas rapidamente.

–Temos um problema. - Ele fala sem jeito e eu franzo a testa.

Finn Hudson

–E agora nós vamos agradecer e receber de volta a diva que nos ajudou a ganhar as seletivas, Santa... - Sam começa a falar na sala do coral mas Santana entra na sala com o uniforme de lideres de torcida com várias lideres de torcidas atrás dela. Todos prendem a respiração nervosos.

–Pare de graça Sam. - Santana interrompe ele e percebe a cara que todos olhavam para ela, ela parece se lembrar do porque de estar ali com a roupa e sorri. - Ah, não eu sai das lideres de torcida, ela explica. - Só queria fazer uma ultima performance com elas, afinal eu não fiquei treinando pra não apresentar nada não é?

Todos suspiram aliviados e a musica começa a tocar e Santana vai para o meio da sala com as amigas logo atrás e elas começam a dançar.

Santana

Uma casa de igreja, uma algodoeira
Uma escola,um alpendre
Na auto-estrada número 19
As pessoas mantinham a cidade limpa
Eles a chamam de Nutbush. Oh Nutbush
Chamam ela de os limites da cidade de Nutbush
Cidade de Nutbush

Vinte e cinco era o limite de velocidade
Motocicleta não era permitida ali
Você vai para a loja na Sexta-Feira
Você vai para a igreja no Domingo
Eles a chamam de Nutbush,cidadezinha velha
Oh Nutbush
Eles a chamam de limites da cidade de Nutbush
Cidade de Nutbush

Você vai para os campos nos dias de semana
E tem um piquenique no dia do trabalho
Você vai para a cidade no Sábado
Mas vai para a igreja todos os Domingos
Eles a chamam de Nutbush
Oh Nutbush
Chamam ela de os limites da cidade de Nutbush
Cidade de Nutbush

Sem uísque à venda
Você não pode pagar fiança ao policial
Carne de porco salgada e melada
É tudo que você consegue na cadeia
Eles a chamam de cidade Nutbush
Limites da cidade de Nutbush
Chamam ela de os limites da cidade de Nutbush

Cidadezinha velha no Tennessee
É chamada (limites da cidade de Nutbush)
Uma comunidadesinha velha e tranquila
Uma cidade de um cavalo você tem que ver
O que você está derrubando

Limites da cidade Nutbush,cidade de Nutbush

Oh (Nutbush)
Eles a chamam de (Nutbush)
Eles a chamam de (limites da cidade de Nutbush)

Ela sorri e todos aplaudem. Enquanto ela se despede das amigas, Quinn vai para o meio da sala e sorri animada.

–Bom, como vocês sabem o baile está chegando... - Ela fala e eu fico sério me lembrando do baile do ano anterior com Rachel. - E esse ano será diferente.

–Diferente como? - Marley pergunta.

–Sadie Hawkins! - Ela fala animada.

–Espera você está falando das meninas convidarem os meninos? - Jake pergunta confuso.

–Sim, afinal todos os anos somos nós garotas que sofremos esperando o garoto certo te chamar. - Ela fala. - Agora é a vez de vocês.

–Isso vai dar merda. - Santana fala sorrindo.

–É bom ter você de volta Sants. - Marley fala sorrindo e indo abraçar ela. Tudo tinha voltado ao que pode ser chamado de normal.