– Peeta

Meia hora mais tarde Katniss se levantou para ver a lasanha no fogão, e reparei que ela andava rebolando, o que a fazia parecer desengonçada na calça frouxa. Achei engraçado e resolvi contar mais tarde sobre o fato.
Ela me chamou da cozinha, dizendo que já estava pronto.
– Me da um potinho pra colocar um pedaço pra sua avó.
Me estiquei para alcançar a prateleira mais alta, onde sabia que teriam algumas vasilhas limpas e peguei uma, entregando a Katniss. A mesma retirou um pedaço médio da lasanha guardando-o na geladeira.
– Acha que ela vai gostar?
Eu ri. Mal sabia ela que minha avó comia de tudo
– Tenho certeza. Vamos comer, estou morrendo de fome.
Ela me serviu um pedaço médio, e se serviu de um pequeno, segundo para a sala nos sentando no chão apoiando na mesa de centro.
Tinha que assumir que ela era uma cozinheira de mão cheia.
– Kat, isso está incrível! - Comentei quando me servi de outro pedaço.
– Obrigada - Ela corou - Mas acho mais incrível ainda é você comer como um cavalo e continuar em sarado.
Gargalhei - Obrigado de qualquer forma. Mas eu treino, jogo futebol lembra?
– Verdade, não me lembrava.

Mais tarde, fiz Katniss se deitar na minha cama para descansar. Ela parecia estar cansada, e teríamos que estudar, pois o fim do ano estava próximo e tanto ela quanto eu precisávamos de pontos. Eu para poder levar minha vida sendo sustentado pelo meu pai, e ela para passar na faculdade que queria, para salvar vidas futuramente.
Falando assim, me sentia um mimado e egoísta. Claro que antes de Katniss eu era um tanto desumano, mas agora sinto que mudei. Não sou perfeito ainda, mas serei. Por ela...
A olhei deitada do meu lado na cama. Tinha a expressão serena e sua respiração era suave. Deus, essa garota me fascinava!
Acariciei seus cabelos e dormi ao lado dela. Eu também me sentia cansado, talvez não como ela, mas igualmente precisava de um cochilo.

Acordei alguns minutos mais tarde, quando Ben ligou querendo saber da irmã. Depois do dia em que dormi lá, achando que ele não saberia (mas por acaso soube), tive mais contato com Ben e Blaine. Mais com Ben, já que Blaine passava mais tempo com a namorada e se preocupando em deixar a farmácia da mãe em boas mãos pela melhor amiga da mesma.
– Estamos na casa da minha avó. Quer que eu a leve? - Perguntei ao telefone.
– Nao! - Ele disse rápido - Minha mãe foi liberada para passar o dia em casa, mas não a traga. Seu humor hoje parece estar pior do que nunca. Está dizendo horrores de Katniss e eu preferia que ela não ouvisse essas asneiras da própria mãe.
– Oh, ela não vai dormir aí ne? - Quis saber preocupado.
– Vai, só essa noite. - Ele fez uma pausa - Não sei se Kat te disse, mas apesar das duas se darem bem, mamãe culpava Katniss pelo que aconteceu com papai.
– Isso é um absurdo!
– Eu sei, mas ela tem as idéias dela... Só não traga Kat pra casa hoje.
Concordei e desliguei. Na mesma hora, liguei para Delly, dizendo a mesma que separasse alguma roupa para Katniss pois ela dormiria comigo, mas não sabia ainda, e não tinha roupa. A ruiva aceitou na hora e logo desligou.
Senti a garota ao meu lado se remexer e logo ela me fitou com o rosto amassado.
Eu ri - Boa tarde. Sinto te informar, mas vai dormir aqui hoje.
Vi sua expressão mudar de serena para incrédula - Perdão?
– Sua mãe vai passar o dia em casa. Ben me ligou e pediu que ficasse comigo hoje por que sua mãe não está no melhor humor.
Ela não pareceu querer questionar mais e deu de ombros enquanto escondia o rosto na curva de seu pescoço.
– Prefere dormir aqui ou na minha casa?
– Vou dormir com você de qualquer forma?
Sorri para ela - Óbvio. Mas eu prefiro ficar aqui. Não gosto de deixar minha avó só.
– Certo - Ela beijou a ponta de meu nariz - Eu gosto daqui também. Sua avó é um amor.
– Olha, eu também sei ser um amor - Falei num tom malicioso, o qual ela parecia ter captado.
A beijei, sentindo suas unhas arranharem meu pescoço e apertei seu corpo contra o meu, ouvi-a suspirar e morder meu lábio.
Descobri durante aquela semana que Katniss não era virgem na primeira vez que fomos para a cama, mas se tratava apenas da segunda vez, por isso sentiu um pouco de dor.
Me tirou qualquer pensamento que eu poderia ter quando senti seus dentes na curva de meu pescoço para o ombro, logo descendo para o peito ainda por cima da camisa.
Já sentia minha calça apertada pela ereção.
Deus, eu a desejava muito!
Puxei a blusa que ela usava, agradecendo por ela mesma já ter tirado o suéter horas antes. Abri sua calça e a deslisei com facilidade por suas torneadas pernas. Estavam mais musculosas agora que ela tomara o hábito de correr todas as tardes com o irmão.
Logo ela estava apenas com a roupa íntima e os olhos escuros pelo desejo. Seu cabelo estava desarrumado pelo travesseiro, lhe dando um ar selvagem que eu amava.
– Podemos nos livrar disso? - Ela puxou a barra de minha camisa e já tirando logo em seguida.
Minha calça eu mesmo tirei, e me deitei por cima dela.
– Você me enlouquece - Disse rouco, já cego pela luxúria.
Ela sorriu e nos virou na cama, de modo que ficou por cima. Estiquei os braços por suas costas, abrindo o fecho do sutiã e logo jogando-o para um lado do quarto. Tomei seus seios em minhas mãos e mantive um na boca, enquanto apertava o outro fazendo Katniss gemer em meu ouvido.
Eu poderia enlouquecer agora com facilidade.
Inclinei o tronco, para que eu ficasse sentado e ela em meu colo de frente.
Tomei seus labios impaciente e ela percebeu, mas parecia gostar de me maltratar. Rebolou em meu colo, me fazendo soltar um gemido entre o beijo.
– Peeta - Ela disse alarmada - Não temos camisinha.
Não ouvi, ou não processei suas palavras. Continuei beijando-a e a vídeo me colocando por cima dela deitada.
– Peeta, é sério. Não podemos fazer nada sem camisinha - Ela segurou meu rosto s pude ver o pavor em seus olhos.
Droga!
– Não tenho - Disse frustrado - Não toma remedio?
Ela negou com a cabeça - Até semana passada não precisava.
Subtamente me apavorei - Não usei na semana passada.
– Sei disso - Comentou tranquila e puxou o lençol para si - Por sorte, no dia seguinte contei os dias e não estava em período fértil, mas por garantia tomei uma pílula do dia seguinte.
Suspirei. Tanto aliviado por ela ter se precavido, quanto por frustração de não haver precaução de minha parte.
– Bem, hoje vou atrás de umas camisinhas então.
Ela corou e não disse nada. Sorri para ela e segurei seu queixo.
– Não disse que vamos fazer amor todas as horas do dia, só que caso haja a oportunidade, seria bom ter.
Ela apenas concordou com a cabeça e a puxei para perto de mim, a fim de voltarmos a dormir e eu me esquecer da ereção em minha cueca.
Mas logo ouvimos um barulho alto de vidro quebrando. Katniss me olhou apavorada e parecendo perdida. Mas eu entendia o que era aquilo.
– Vó - Berrei, dando um salto da cama e puxando a calça pelas pernas, já na porta do quarto.
Ouvi Katniss me chamando e ignorei.
Segui pelo quarto de minha avó e a mesma estava caída no chão com um copo de vidro espatifado no canto. Uma das mãos estava no peito e tinha a respiração pesada.
Me ajoelhei no chão, tentando pegá-la no colo, e logo Katniss estava na porta.
– Chamei a ambulância
Assenti e segurei minha avó, agora quase desmaiada, e segui para a porta da frente, deixando Katniss abrir as portas ou arrastar algum móvel para que ficasse mais fácil minha passagem.
– Peeta, deita ela de alguma maneira confortável, e abre um pouco o casaco, parece apertado.
Fiz o que ela mandou, visto que ela parecia estar mais calma do que eu e sua capacidade de raciocínio ainda era maior do que a minha.
O casaco realmente parecia estar apertado, mas a blusa de baixo era frouxa, e assim que a deitamos, lhe ofereci um copo com água. Mas antes que pudesse sequer me olhar, Katniss falou.
– Não! não se da água a alguém que está sofrendo um ataque cardíaco.
Não respondi, apenas me sentei ao lado de minha avó, tentando segurar seus ombros para mostrar que estava ali.
A via ficar vermelha e uma respiração falha.
– Não vá vó... - Foi só o que pude dizer.