Eu não me recordei da dor. Para recordar, é preciso esquecer primeiro. Mas eu nunca parei de senti-la. Ele estava logo ali, a meu alcance. Um semblante sereno. Não desviou o rosto quando me sentiu aproximar. Tudo nele inspirava um convite. Na Sêmita dos Saqueadores, encontrei aquele homem pela segunda vez.

Meus olhos queimavam. A razão escapava-me. Porque, se não fosse por ele, meu clã ainda estaria aqui. Aquele homem feito de trevas, com nome de trevas. Anátema de uma sociedade doente. Pária que me forçara a ser pária. Ele mostrou seu sorriso.

E eu jurei que seria sua maldição.