– Amor, pegou tudo? – Jake me perguntou, quando estávamos prestes a sair.

– Acho que sim – eu respondi, revendo mentalmente a lista de coisas que eu precisava levar comigo na frente: celular, fones, carteira, tudo dentro da bolsa. O Jake tinha comprado chiclete pra gente, já que eu e ele éramos viciados em trident de melancia.

– Beleza, vambora?

– Bora – eu disse, e completei só pra provocá-lo – Quero ver o Jimmy logo.

– Aff – ele bufou – nem vem com essa história de Jimmy, não – ele disse, fingindo estar irritado.

– Sabia que você ia dizer isso – eu disse, rindo.

– Ahaaaa! Foi só pra me provocar, então? – ele disse e eu concordei, ainda rindo. Ele começou a andar na minha direção e quando ele chegou perto começou a fazer cócegas em mim.

– Nossa, vocês parecem dois adolescentes – o Ez disse, rindo.

– Ez, amor, você esqueceu que eu sou uma adolescente? – eu perguntei, rindo.

– É, mais o Jake não.

– Outch.

– Desculpa amigo.

– Imagina.

– Aiai, amor, vamos? – eu perguntei.

– Bora – ele respondeu – Tchau caras, até a volta – ele se despediu dos meninos com um abraço.

– Tchau meus amores – eu me despedi deles, com um abraço e um beijo na bochecha. Eu e o Jake subimos no SUV dele e partimos para a cidade dele. Era uma cidadezinha pequena, a poucas horas de onde morávamos. Eram 10 horas quando saímos da casa dos meninos, quando foi chegando perto da uma nós começamos a sentir fome e decidimos parar para almoçar.

Nós paramos num pequeno restaurante na beira da estrada, chamado “Bella Itália”, era de uma família italiana [n/a: Mais você jura? Hahahahahah]. A comida era uma delicia, ficamos lá por, pelo menos, uma hora. Foi um dos almoços mais divertidos.

– Falta muito, Jake? – perguntei pra ele, depois de mais três horas dentro do carro.

– Não amor, já é na próxima saída.

– Nossa isso porque você falou que era perto.

– É, normalmente eu faço o caminho em 4 horas, mais hoje eu tava com uma carga especial, tinha que ser mais cuidadoso.

– Owwwn, que lindo.

– Eu sei que eu sou lindo.

– Aff, não precisa se achar também, né, Jacoby?

– Eu não me acho, eu sou achado.

– Nossa frases clichês, please – eu disse, rindo.

– Aiai, quando a gente começou a namorar eu não te disse que eu era totalmente clichê, não?

– Não, amor, você não disse.

– Ahh! Pois está dito agora – ele disse e piscou pra mim.

– Aff, se eu soubesse... – eu comecei e olhei pra ele – eu teria aceitado namorar você do mesmo jeito – eu completei e ele fingiu um suspiro.

– Ainda bem – ele disse e a gente riu – Mais uns dez minutos e a gente tá na minha casa – ele disse. Nós ficamos em silêncio o resto do caminho. A cidade em que o Jake morava era muito bonita, as casas bem antigas, era raro ver um prédio... Sim, eu podia ver o porquê dele e dos meninos da banda amarem tanto aquela cidade.

– Nossa, é muito lindo aqui – eu disse.

– É... – ele disse, parando em frente á uma casa – bom... Aqui é minha casa.

– De novo... Nossa, é muito lindo aqui – eu disse.

– É eu amo aqui... Tipo, eu gosto da cidade que vocês moram e tals, mais meu coração pertence a essa cidade.

– E eu posso ver porque você gosta daqui... É um lugar perfeito pra morar.

– Eu sei... Minha cidade é linda.

– É mesmo.

– Bom a gente só vai deixar as malas aqui e ir pro estudio, onde eu e os meninos estamos ensaiando e mais tarde, depois do show, a gente vai sair com o pessoal do Avended.

– AH MEU DEUS! EU VOU CONHECER O JIMMY HOJE - eu disse.

– É - o Jake resmungou e eu ri.

– Amor, sabe que eu te amo, né? Mesmo o Jimmy sendo lindo, perfeito, o melhor baterista e...

– Você tá me deixando deprimido, Gabi.

– É brincadeira, eu te amo muito, muito. - eu disse, dando um selinho nele. Nós entramos na casa dele e deixamos nossas malas lá e ele me mostrou, rapidamente, a casa. Que era bem simples: dois quartos (o dele e um que tinha um mini estudio), a sala e a cozinha. Depois nós fomos para o estudio onde eles iam ensaiar mais um pouco... E bem, não tenho nem o que falar, eu nunca tinha visto eles tocarem e tals, não vou nem falar, porque, vamos combinar? Eles são perfeitos e o meu Jacoby canta muuuuuuuito bem. Aiiii, eu o amo D-E-M-A-I-S.

– Bom, vambora? - o Tony falou - Agora é passar em casa, tomar um banho e ir pro show.

- É - o Jake disse - tá tudo certo pra depois do show, né? - ele perguntou pros meninos.

– Aham - os meninos responderam.

– Beleza, então - ele disse - até mais.

– Até mais, meninos - eu disse e eles acenaram pra gente.

– Eai, gostou do ensaio? - ele me perguntou.

– O que? Foi uma bosta, eu detestei... - eu disse e olhei pra ele e comecei a rir com a cara assustada dele - brincadeirinha, eu amei, vocês são muito bons.

– Nossa, fiquei com medo agora - ele disse, fazendo biquinho, o qual eu dei um beijinho.

– Amor, o Papa Roach é minha banda preferia, pra mim vocês nunca vão tocar mal - eu disse. Ele abriu a porta do carro pra mim e me deu um selinho.

– Own, que fofo amor, não sabia que era a sua banda favorita.

– Mais é... - eu disse - agora bora mudar de assunto? Qual é a música nova de vocês? A que vocês iam ensaiar mais não ensaiaram?

– Ahhh! Isso é surpresa.

– Me coooooonta, Jakeee, por favor?

– Nop - ele disse - não vou te contar não... não ta pronta, só tem uns pedaços prontos, preciso terminar de escrever ainda.

– Mais então porque o Tony perguntou de vocês podiam ensaiá-la?

– Porque ele é idiota, queria que você soubesse da música.

– E não era pra eu saber?

– Não agora... Era uma surpresa.

– Ahm, então tá.

– Antes de sair, o Win me disse que você tinha uma coisa pra me falar - ele disse, de repente e eu fechei os olhos e respirei fundo - Nossa, é muito grave?

– Não é grave, foi uma coisa chata que meus pais me disseram, a respeito de nós dois, no dia que você me viu falando com o Dani, ai eu não quis te contar porque você tava todo complexado por causa disso e meus parentes falaram para os meus pais exatamente o que você me disse - eu disse.

– Que eu sou muito mais velho que você?

– É... Que nunca vai dar certo isso que a gente tem, que eu não devia ficar com você, nem que você fosse o ultimo cara do mundo...

– Nossa, eles foram bem diretos, hein?

– É, mais eu não ligo para o que eles dizem, porque eu te amo muito.

– Eu sei.

– Você não vai dar piti de novo, né? Igual você fez quando me viu falando com o Dani?

– Não... Porque eu sou muito egoísta pra me separar de você, pra ficar longe de você. Eu te amo muito e sei que você me ama.

– Nossa, ainda bem. Eu fiquei com medo de te contar, com medo de você me deixar, pensando que eu vou te deixar como a Kelly fez.

– Eu não vou pensar isso, nunca mais. Eu sei que você me ama.

– Então tá... Chega desse assunto, ok?

– Ok - ele disse. Ele colocou Led Zeppelin pra tocar e fomos cantando e rindo o resto do caminho, até a casa dele. Quando chegamos eu fui tomar banho e me trocar. Coloquei uma camiseta regata branca (é, não ia colocar uma camiseta do Avenged e nem do Papa Roach, né?), um jeans skeanny e meu all star, deixei meu cabelo solto e passei um lápis no olho, o rimel e gloss nos lábios. E como tava meio frio, peguei uma camisa xadrez do Jake (que cabia duas de mim) e coloquei.

– Jake, peguei uma camisa sua tá bom?

– Tá - ele disse, aparecendo na porta do quarto. Ele tava com uma calça jeans preta, uma camiseta do Ramones e um tênis adidas e o cabelo dele ainda tava molhado do banho.

– Nossa - eu disse - você tá lindo, amor.

– Você também tá, amor - ele disse, entrando no quarto e vindo me abraçar - Vamos? Ou nós vamos chegar atrasados no show.

– Bora - eu disse e nós saímos. O lugar do show era, mais ou menos, a 40 minutos da casa do Jake. Quando a gente chegou, fomos para o camarim deles, como o espaço não era muito grande, as duas bandas estavam dividindo o camarim. Então, quando a gente entrou o Jimmy (*-*) tava lá.

– Pronto amor - Jake disse - agora você já conhece o The Rev - ele completou, quando me apresentou pra ele.

– Nossa, Jimmy, eu sou sua fã - eu disse - acho que você é um dos melhores bateristas da atualidade.

– É, acha mesmo - o Jake disse, seco e eu ri.

– Nossa, amor, você sabe que eu te amo, né? Pra mim você é o melhor cantor - eu disse, dando um beijo na bochecha dele e ele deu um sorrisinho.

– Humpf! Sei... – ele disse, apesar do sorriso que eu tinha visto no rosto dele.

– Eiita Jake, relaxa - o Matt disse, rindo - O The Rev tá mais pra você do que pra Gabi - ele completou e todo mundo tava rindo, menos o Jimmy.

– Aff, nem é - ele disse, fazendo biquinho - eu to mais pra você Matt - ele disse - e eu sei que você tá pra mim - ele completou, indo abraçar o Matt.

– Creedo - Shadows gritou - sai de perto de mim, eu não te quero mais - ele tava corendo e se escondeu atrás do Johnny. O que foi engraçado, já que ele era mais bem alto que o pequeno polegar.

– Vamos lá fora um pouco? - o Jake perguntou e eu concordei e a gente saiu. Ele me levou pra um espaço aberto, onde não tinha ninguém. Pelos meus cálculos esse lugar era em cima do camarim dos meninos. A gente podia ver uma boa parte da cidade de lá.

– Nossa Jake, bem legal aqui, hein?

– Muito - ele disse - Lembro de quando eu era garoto, eu me esgueirava e vinha aqui e ficava olhando pra cidade durante horas. Ai quando os meninos e eu montamos a banda, meu sonho era tocar aqui, mais nunca tivemos oportunidade, ai quando veio o convite pra gente tocar com os caras do Avenged, nós agarramos a oportunidade. Principalmente eu, que sempre tive esse sonho.

– Own, que bonitinho, Jake - eu disse, abraçando ele.

– É, cara, eu não vejo a hora de tocar, sabe? Acho que eu sou o mais ansioso de todos, fora de brincadeira.

– Você tá parecendo bem relaxado pra mim.

– Só por fora, amor. Por dentro eu to "subindo pelas paredes" - ele disse, fazendo aspas com os dedos nas ultimas palavras.

– Ah! Acho que se fosse eu a tocar com os meninos do Avenged eu estaria assim - eu disse, pra descontrair o clima.

– Aiai, eu não vejo o que você vê nesses meninos, eles são sem graça.

– Não são, mas... Não quero discutir.

– Ok - ele disse e nós ficamos mais uns cinco minutos ali, conversando e olhando pra cidade. Até que alguém da produção veio chamar ele, pois já iria começar o show.

E foi o melhor show que eu fui... mais tinha como não ser? As minhas duas bandas favoritas tocando juntas era o sonho de qualquer um. Eles tocaram tanto músicas de uma banda como as da outra. Foi perfeito. E depois a gente foi em um barzinho perto da casa de shows. O ambiente era muito legal. Era de pedras, parecia uma caverna, por fora e por dentro então, era lindo. Os bancos eram de tronco mesmo e a mesas também. Nós ficamos lá até umas 4 da manha, foi bem divertido, sair com meus ídolos e tals e com meu namorado.

No outro dia acordamos cedo e ele me levou pra conhecer a cidade, já que no dia anterior chegamos quase na hora do show e não conseguimos ver muito.

Ele me levou em um parque, que ele costumava ir com os amigos e depois me levou pra almoçar na casa dos avós deles, uns amores. Quando chegamos em casa, fui arrumar minha mochila e ele a dele. Quando terminamos colocamos tudo no carro e pegamos a estrada de volta. Não tinha como essa viagem ser mais perfeita. Foi um dos melhores fins de semana da minha vida, senão o melhor.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.