Pov Leo

Semana mais longa da vida, havia sido essa.

Depois de ter beijada Anna, nada ficou normal de novo. Queria conversar com ela, mas não sabia se ela queria que deixasse público nosso beijo na casa dela. Então estava esperando nos deixarem a sós. Mudei de ideia assim que vi que tinha passado o intervalo com Lucas, talvez ela não queira nada sério. E foi o que fiz, ignorei o acontecimento como se não tivesse acontecido até que Carol me ligou.

—Você não pode ser tão burro – disse ela assim que atendi o telefone

—Burro por qual motivo? – disse já perdendo a paciência

Escutei uma risada irônica do outro lado da linha

—Ok, jurei que não ia me meter mas velho, você é meu amigo a um tempão e nunca te vi assim –pausa – Tu beija a Anna e depois finge que ela não tem sentimentos.

Fiquei meio zonzo com aquilo.

—E como você queria que eu fizesse, se ela ta com outro cara – disse tentando ficar calmo

—Me diz por favor que você não ta falando do Lucas – disse e não ouve resposta vinda de mim – Seguinte, a Anna é legal, eu sei disso e você também. Arruma a bagunça que você fez, quer dizer, ta fazendo.

E desligou, simples assim. Nunca tinha falado comigo desse jeito, por isso nem ousei duvidar do que tinha dito. Confesso que aquilo me serviu de animação. Até que marcamos de ir no shopping e Carol nos disse se havia problema de levar Lucas, assim que fechei a cara ela me lançou um olhar não muito agradável. E aqui estou eu esperando, ela, Anna e Lucas chegarem. Ate que eles chegaram

—Oi gente – disse Anna sorrindo

—Oi – responderam todos juntos

Ela se sentou do lado da Nat que estava na minha frente, começamos a conversar ate que Anna disse que estava com fome.

—Vamos ao Subway então – disse Carol – mas dois vão ter que ficar na mesa, porque a mesa não pode ficar sozinha, nem a pessoa que vai ficar aqui –disse sorrindo.

—Eu vou –Lucas que já tinha se enturmado se levantou correndo e foi pra fila do lanche, sendo seguido por Carol logo atrás, Nat e Pedro saíram correndo.

—Merda! Eu tava com fome! – Anna disse

Não consegui segurar o riso, mas logo percebi que estávamos a sós e que era minha chance. Fiquei sério

—Preciso conversar com você –vi ela ficando tensa no mesmo instante

—Olha Leo, não acho que seja uma boa hora – disse meio preocupada

—É rápido juro - disse e esperei pra ver se ela ia protestar -Você sentiu algo depois daquele beijo na sua casa? – perguntei com medo da resposta

—Leo, sério, agora não – disse como se estivesse sofrendo com isso

—Beleza, já entendi – disse não querendo prolongar aquele assunto

—Podem ir agora – disse Carol cantarolando e pondo a bandeja na mesa.

Me levantei e fui na frente sem olhar para trás