New Wave

Yet, yet, yet, no, no


(Ainda, ainda, ainda não, não)

— Se o Luciano for condenado ele vai parar na cadeia! – grita minha tia Anna para meu tio Lúcio.

— Nunca pensei que algo assim aconteceria na nossa família – diz meu tio Lúcio abaixando a cabeça.

— Calma tio, não vai acontecer nada – o reconforto, ele me dá um meio sorriso, mas não me convence.

— Eu sou inocente, aquilo lá foi um acidente – diz Luciano nervoso – Vou deitar, estou com dor de cabeça.

— A gente vai dar um jeito de provar a inocência do Luciano e mostrar a verdade perante o juiz – digo.

Um tempo depois entro no quarto que divido com Luciano e o encontro sentado sob a cama.

— Posso falar com você? – pergunto assim que entro no quarto e ele me olha por cima do ombro.

— Se for pra me dar um sermão me poupa – responde ele.

— A gente vai dar um jeito de provar a sua inocência Luciano, custe o que custar – digo a ele.

Luciano me olha com lagrimas nos olhos e se levanta me dando um abraço forte.

— Obrigado prima – diz ele.

Ouço alguém bater na porta de meu quarto, mas me recuso a me mexer na cama até que vejo a silhueta de mamãe se aproximando de minha cama, permaneço em silêncio e sem me mexer, queria ficar quieto.

— Meu bem, seu pai gostaria de conversar com você – diz mamãe afagando meus cabelos, apenas a olho.

— Pede pra ele poupar o discurso dele pro meu lado, eu já sei que me meti numa roubada – respondo.

Ela olha por cima de mim e ouço meu pai respirar fundo e os dois saem do meu quarto me deixando só.

Na manhã seguinte Gustavo levanta mais cedo e encontra com Sofia na mesa de jantar e lhe da um beijo.

— Vou mais cedo pro escritório conversar com o advogado pra planejar a defesa do Gabriel.

Sofia assenti e saio para o escritório, vejo que o conversível de Gabriel não esta mais na garagem.

Suspiro.