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When you’re here with me - Parte 4


Não sei quando dormi só sei que acordei com o celular ainda conectado ao carregador e o puxei virando para o lado esperando voltar a dormir, mas vi a luz fraca invadindo meu quarto, me virei e respirei fundo.

Bocejei e me levantei esticando os braços para cima e virei para o criado mudo procurando o celular.

—- Gabriel? – murmurei vendo a tela do whatsapp ainda aberta, mas a câmera estava sob alguma superfície escura, desliguei o telefone e liguei novamente, cocei os olhos e me deitei novamente enquanto o celular o chamava e esperei que ele atendesse, o sono deu de voltar e estava quase cedendo quando ele atendeu.

—- Está acordada? – murmurou ele com a voz embargada pelo sono ri de seu cabelo e a cara de sono.

—- Infelizmente sim – resmunguei bocejando novamente – Ficou com o whatsapp ligado a madrugada toda?

—- Você dormiu com o celular ligado e eu fiquei apenas velando seu sono... Acho que dormi agora a pouco.

—- Dormiu agora? Desculpe ter te acordado, pode voltar a dormir – respondi e ele riu e bocejou balançando a cabeça negativamente e se virou na cama ficando sentado e mexeu no cabelo bagunçado e eu ri de novo.

—- Foi uma noite longa e a madrugada mais longa ainda -- disse Gabriel se espreguiçando – Ganhamos um tempo a mais pra dormir hoje, afinal chegamos muito tarde do parque então considere um bônus de sono.

-- Concordo, vamos procurar dormir mais cedo nos dias que não formos sair – disse me levantando.

—- Vamos tomar café da manhã e depois nos encontramos? – perguntou Gabriel saindo do quarto dele.

—- Concordo – respondi me espreguiçando novamente – Preciso me alimentar e tomar um banho quente.

Gabriel equilibrou o celular até a cozinha de sua casa e me olhava quando eu ia para a cozinha da minha casa, não compliquei o cardápio apenas esquentei o leite e peguei alguns pães de mel que tinha no pote e de relance olhei para a minha própria imagem na tela do whatsapp e me assustei estava com o cabelo todo bagunçado e a cara amassada por causa do sono e ainda por cima estava com a marca do travesseiro.

—- Misericórdia estou horrível e você não fala nada – respondi ajeitando o cabelo ressecado e ele riu alto.

—- Você dormiu pesadamente – disse Gabriel se sentado com um copo de suco e um misto quente e eu ri.

—- Engraçadinho, mesmo sabendo que não sou bonita sempre deve me avisar quando estou estranha.

—- Você é sempre estranha Manuella – disse ele rindo e eu mostrei a língua, mas ri novamente e suspirei.

Comemos nossos cafés da manhã tranquilamente e mesmo separados a tecnologia nos aproximava, mas meu celular começou a tocar e eu desliguei a chamada de vídeo e atendi a ligação de Nayara e suspirei.

—- Fala praga – disse colocando o telefone no viva voz e pegando mais um punhado de pão de mel do pote.

—- Abre a porta – disse Nayara no telefone e me levantei caminhando até a porta da sala e desliguei o celular.

—- Bom dia Manuella – respondeu Nayara entrando na sala e riu ao me ver ainda de pijama e se sentou comigo na cozinha roubando meus pães de mel que tinha colocado num prato e eu ri disso e ela também.

—- Já peço desculpas por interromper sua ligação matinal com seu namorado – disse ela com o pão de mel.

Ri alto de sua petulância e ela tomou café da manhã comigo e conversamos amenidades até o final dele.