New Wave

Quatro anos depois... Parte 2


Desligamos os aparelhos e apagamos as luzes e fomos para nosso quarto e Gabriel segurou minha mão e me puxou para perto de si e me beijou calmamente e caminhamos lentamente para dentro do quarto onde ele fechou a porta com a chave caso Felipe e Nayara fossem ver se estávamos dormindo e me colocou delicadamente sob o centro da cama ele me beijou por vários minutos até retirar a camisa que usava.

Os dedos de minha mão direita se fecharam em torno dos cabelos castanhos de Gabriel e ele apertou ainda mais a base de minhas costas contra o corpo dele, estávamos enroscados e um leve tremor passou por seu corpo e ele me beijou novamente nossos lábios se encontravam como se fosse uma guerra na qual nenhum de nós queria realmente vencer e ele se afastou um pouco para fitar meu rosto na penumbra do quarto, passamos a maior parte do tempo rejeitando qualquer outro tipo de contato físico além dos amassos e eu sabia que era apavorante mudar alguns hábitos depois de tantos anos, mas queríamos tentar.

Gabriel sorriu passando as mãos por meu rosto e voltou a me beijar como se fosse crime e ele delicadamente puxou minha regata para cima e eu ergui meus braços permitindo que a retirasse e parou com os braços apoiados em volta de minha cabeça e respirou fundo me encarando seriamente.

—- Está certa de que quer isso mesmo? – perguntou ele novamente, ele sempre estava preocupado com isso. Eu me limitei a responder e apenas ergui meu rosto e roçar meus lábios perto de sua orelha, bem devagar. Um arrepio percorreu seu corpo, deixando sua pele arrepiada e a pressão que ele fazia em meu corpo ficou mais intensa e eu sorri ainda roçando meus lábios em sua pele ele se moveu em minhas pernas e sua voz saiu um pouco rouca dessa vez e eu sorri com isso, não precisei falar ele entendera o recado.

Me afastei e ri de sua expressão concentrada, sua língua passando em seus lábios secos e seus olhos tinham um brilho diferente e ele olhou para minha boca e me beijou ferozmente e me apertou ainda mais.

As mãos de Gabriel ainda estavam em volta de minha cabeça, o mantinham apoiado acima de meu corpo. E ele estava lentamente se deitado sobre mim, estávamos apenas separados pela pequena altura que os cotovelos dele mantinham na cama provocavam. Seu rosto estava praticamente colado no meu e eu podia afirmar sem dúvidas que seu eu subisse meu quadril um pouquinho, a curta distancia entre nossos corpos separados tanto por nossas roupas e pela distancia do corpo dele contra o meu seria encurtada em pouco tempo, Gabriel respirava fundo parecia indeciso sobre algo e contiguávamos na mesma posição.

— Talvez nós devêssemos... Hã... Podemos sair dessa posição? – perguntei envergonhada com a situação.

— Sim... Eu acho que sim – ele respondeu rapidamente.

Gabriel se levantou mais lentamente do que eu o que fez com que nossos corpos realmente se tocassem, mas ele respirou fundo e enquanto fechava seus olhos e nossos corpos voltavam à posição inicial.

Nossos olhares se cruzaram e lutamos para não perder esse contato visual e Gabriel sorriu fracamente.

— O que estamos fazendo? – perguntei ansiosa e ele riu como se a pergunta estivesse fora de contexto.

Gabriel não respondeu imediatamente, ele apenas baixou seu rosto e roçou seus lábios na pele de meu pescoço.

— Estamos adianto o que queríamos desde os dezesseis anos – sussurrou contra meu pescoço e eu ri.