New Life.

Brigas e brigas ...


Depois de todos irem embora, e aquela namorada escrota do meu pai decidir ficar aqui, eu apenas fiquei quieta na sala assistindo uns filmes dublados que eu mesma tinha trazido do Brasil.

- O que ta assistindo? - Meu pai perguntou se sentando do meu lado.

- Um filme que eu trouxe - Respondi baixo ainda prestando atenção no filme.

- Filha...

- Fala rápido to ocupada.

- Amanhã você começa na escola tudo bem? - Ele disse, escola, pensei que aqui eu teria um pouco de paz dese inferno.

- Não tenho outra escola ué...

- Bom, então vá dormir, amanha você acorda cedo. - Ele prosseguia.

- Quando eu acabar o filme eu vou. - Falei balançando a mão para que ele parasse de falar.

- Agora. - Ele disse num tom reprovador e desligou a TV.

- A qual é? - Resmunguei e subi, realmente amanhã seria um dia longo.

(...)

Acordei com a droga do despertador berrando na minha orelha, dei um peteleco nele fazendo o mesmo se espatifar no chão. Rastejei para o banheiro tomei um banho rápido, coloquei uma calça jeans, uma regata e uma blusa xadrez por cima, sera que notaram que eu amo xadrez?

Peguei uns cadernos que meu pai comprou e sinceramente, não eram feios, mas não eram como os do Brasil, tinham uns desenhos estranhos na frente. Desci e ninguém estava la, deixei um bilhete colado na geladeira e fui para escola, não era longe, meu pai fez um "mapa" pra eu ir e consegui chegar, a primeira impressão sobre a minha escola foi: ridicula.

Só tinha patricinhas e playboys la, nenhum a pessoa com qual me indentificava, nenhuma mesa, tudo bem, você pode achar "não julgue um livro pela capa" mas em casos como esse, era necessário. Peguei o número da minha sala e os horários e fui, eu tinha uma boa impressão que aquilo ia dar merda.

(...)

Na terceira aula, tive sensações estranhas e sinistras, vários garotos me olhavam babando e várias meninas me fuzilavam, seria pelo fato de eu ser a filha do The Rev e eram aquelas fãs tipo " ele tem que ter filho comigo" sabe, aquelas bem estranhas que poderiam matar ou se matar pelo idolo? Então, mas ou menos isso.

Quando deu o sinal para a saida eu dei graças a Deus por sair daquela escola, porém de repente várias garotas bloqueam minha passagem.

- Conlicença? - Pedi olhando para o chão.

- Você realmente é filha do meu The Rev? - Uma delas perguntou.

- Sou, agora pode me dar licença? - Falei.

- E por que o meu Peter tava olhando pra você? - Uma das outras clones perguntaram.

- Me desculpa eu não tenho culpa, agora por favor, licença? - Quase implorei para passar, aquilo ja estava me dando medo.

- Lari, segura ela. - A clone principal disse para outra clone que me agarrou por tras.

- O que vão fazer? - Falei assustada.

- Dar o que você merece. - Ela disse. E por algum motivo, a mesma me deu um belo de um soco no estomago me fazendo cair de certeira no chão e chocando minha cabeça no chão fortemente, soltei um gemido alto. Por poucos segundos elas pararam mas começaram a chutar o mesmo lugar em que aquela garota me deu um soco, eu não estava mais aguentando e consegui me levantar depois de vários chutes que me fizeram cair no chão, fiquei de cara a cara com elas,mas não estava aguentando muito, minhas pernas e meu estomago doiam muito, cai no chão novamente.

- Por favor, parem. - Falei dolorida, porém elas não deram a minima, uma delas me levantou ajudando outra me dar um soco no olho, decidi fingir um desmaio para ver se elas iam embora, felizmente elas foram, mas fiquei uns minutos la deitada, e para piorar, elas quebraram meu óculos, não enxergava quase nada sem ele. Me reergui e fui para a casa toda dolorida e esbarrando em várias pessoas.

Quando cheguei entrei de cabeça baixa e com os braços na barriga para que ninguém conseguisse ver os arranhões, porém tinham alguns nos braços a mostra, me joguei no sofá.

- Graças a Deus, onde estava filha? - Meu pai disse, continuei com a cara enfiada na almofada, não queria que ele visse meu olho nem os vários arranhões que tinham em meu rosto, nos braços e na minha barriga.

- Me perdi. -Menti.

- Ta bem? - Johnny perguntou notando algo de errado, merda!

- Claro, só to cansada. - Respondi.

- Tem certeza? - Ele insistiu, já era, não dava mais pra menti. Me sentei no sofá e levantando a cabeça.

- O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? - Meu pai berrou.

- Umas meninas me bateram na saida. - Falei baixo e retirando os braços da minha barriga deixando a mostra todos os arranhões que tinham nela e nos meus braços.

- O QUE? MAS POR QUE? - Ele gritava

- Por causa de eu ser sua filha - Respondi ainda calma.

- O QUE? MAS ISSO É RIDICULO, VOU LIGAR PRA PORRA DESSA ESCOLA AGORA. - Ele dizia pegando o telefone.

- NÃO - Gritei o impedindo de pegar o telefone. - TUDO ISSO TA ACONTECENDO POR SUA CAUSA, SEU EU NÃO TIVESSE VINDO PRA MERDA DESSE PAIS, NADA DISSO ESTARIA ACONTECENDO, AGORA QUER RESOLVER TUDO? NEM FODENDO, QUEM TEM QUE RESOLVER ISSO SOU EU, NÃO VOCÊ, AFINAL, EU NEM PRECISO DA SUA AJUDA, EU NÃO PRECISO DE VOCÊ. - Berrei e fui para o meu quarto e me tranquei la.

Mas que porra estava acontecenco comigo? Eu não quero ser essa pessoa que eu não sou.