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He isn't Was a Monster


*Narrado por Sarah*

Acho que eu era a única naquela mansão que não estava sentindo paz... Eu estava nervosa, e sempre que isso acontecia eu precisava meditar...
Criei uma bolha para canalizar toda a energia ruim. Estava guardando tudo isso para me vingar de quem matou meu pai.
Estava dando certo, sem contar que diminuíram meus pesadelos com meu pai.
Sendo que eu tinha um pesadelo enquanto acordada. Heidi.
Aquela menina não podia ser um ser humano, eu sentia as energias dela, eram fracas, mas mesmo assim, eu conseguia ver... Rastros de uma energia negra estavam espalhados por ela.
Estava sentada no sofá da sala de estar, estava tentado ler, uma coisa normal de mais pra mim.
Heidi passou e eu me encolhi. O problema é que ela percebeu.

– Hei... Se encolhei é?

Eu iria ficar em silêncio.

– Tem medo do escuro mocinha? - Ela falou.

De repente tudo escureceu, eu não via mais nada. Eu piscava meus olhos com força, mas tudo era um breu.

– O que você fez? - Falei.
– Ah, quer dizer que tem medo...
– Pare com isso Heidi, ou eu vou ser obrigada a fazer uma coisa que eu não quero.
– O que vai fazer? Vai trazer um monstro pra acabar comigo?

Ela riu, uma risada desdenhosa e nojenta... Eu queria acabar com ela, mas não conseguia.

– Espera... Eu esqueci... O monstro não está mais aqui ele está morto.
– De quem está falando.
– Admita logo que seu pai era um monstro gracinha.
– Ele não era um monstro... - Falei, começando a ficar com raiva...

Não, a bolha não...

– Ah era sim... Será que você também é um monstro, o que acontece se ficar nervosa.
– Não tente isso, não quero machucar ninguém...
– Ah, mas quer acabar comigo... Sei disso... Quero que você saiba meu segredinho...

Eu fiquei em silêncio. Desisti de lutar contra a escuridão.

– Eu sei que ninguém vai acreditar em você... Você foi diagnosticada com... O que mesmo hein? Ah é... Estresse Pós-Traumático depois da morte do papai.

Ela ria o tempo todo... Meu coração não estava mais com raiva... Estava triste, estava abalado, eu estava mal.
Ele pegou um mecha do meu cabelo, dando espaço para colocar a boca na minha orelha.

– Eu...Matei...Seu papai. - Ela falou.

Eu não consegui falar, não consegui gritar... Eu era uma inútil.

– Ah... E não termina aí. Sabe o Ash? Ele era meu irmãozinho mais velho... Eu, matei ele... Também.

A risada dela era estrangulada. Era maníaca.
Minha garganta magicamente se fechou... Meus olhos estavam tão cheio de lágrimas, que senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. E as malditas não paravam de vir.

– Sabe o que é... Ele era muito chato, e era o filho preferido, principalmente depois que mamãe morreu. Nossa, era um exibido. Eu não queria viver na sombra dele... Como eu era mais forte, dei um fim nisso rapidinho.
– Meu pai... Não era... Um... Monstro... - Eu parei, pra tentar tomar o fôlego. - Você é...

Um soco na boca do estômago, tudo voltou a ficar claro.

– Você não sabe o que eu passei. - Mais um soco no mesmo lugar. - Meus pais não me amavam, eu era uma ninguém.

Eu estava no chão, me contorcendo de dor.

– E era necessário matar o meu pai?
– Matar o Ash foi só parte do plano... Eu ia matar o mais forte de vocês.
– Meu pai não era o mais forte.
– Como assim?
– O mais forte ainda está vivo... Sinto muito.

Ela deu um bico na minha barriga. Comecei a tossir loucamente.
Ela pisou no meu rosto.

– Olhe pra mim.

Eu virei meu rosto para o chão.

– Olhe pra mim sua monstrinha... - Ela falou.
– Eu não sou um monstro.
– Não, mas é filha de um.

Se lembram da bolha... Ela simplesmente estourou.
Eu comecei a levantar, mesmo dolorida. Eu comecei a flutuar, soltar a energia ruim. A casa tremeu.

– Hei o que está havendo aqui. - Ouvi Hansel gritar.
– Hansel, me ajuda. Ela está me atacando. - Heidi gritou.

Meus olhos ficaram brancos, e eu não lembro de mais nada.