New Army - Interativa

Não confie em pessoas suspeitas


Algumas horas haviam se passado desde a morte de Azimut, os Jaegers haviam retornado para o palácio, ao saber da notícia, Angelin se permite a derramar algumas lágrimas, assim como Nayemy, mas Jazz se mantinha firme, por uma promessa que havia feito, sempre que alguém importante para si morria a sua frente, Jazz se lembrava daquela época.

–Ei... pare de chorar. -Diz o garoto em seus braços com um sussurro.

–Mas... mas... você não pode morrer! -Grita Jazz para aquele que era seu melhor amigo, e também que amava em segredo. Ele já havia se cansado de gritar por ajuda já sabendo que não havia ninguém por ali.

–Jazz... não chore pelos morto, eles já não sentem mais dor, chore pelos vivos. -Aquelas palavras atingiram Jazz como um choque, ele encarava o garoto sem entender. -Por favor, não chore mais Jazz... Eu te... eu te amo. -Os olhos do garoto ficam desfocados, encarando o nada.

–Jazz-san? -Chama Houjou ao perceber que o outro estava com "cara de paisagem" sem prestar atenção no que Artimus falava. -Tá' tudo bem?

–An? Ah sim, tudo bem. -Responde ele.

Tsc... eu nunca pude dizer que o amava... -Pensa Jazz, mas deixa o assunto de lado, aquilo havia acontecido a muito tempo.

–E então é isso, eu vou lá para... -Artimus bufa. -Para pedir ajuda ao Johann. -Então ele sorri. -Quem quer se candidatar para vir comigo? -Antes que alguém pudesse dizer algo, todos levam um susto ao ouvir a porta ser aberta com um baque alto, eles então veem um garoto encarando-os com uma expressão sádica, seu cabelo era como um moicano peculiar, pintado de branco na parte de cima e os lados pintado de preto, uma cicatriz no rosto mascando-lhe o olho esquerdo e olhos bem roxos.

–OLÁ, olá olá olá. -ele tinha uma voz estridente e alta. -Vocês que são os Yegers' né? -Ele observa cada um na sala, até por seus olhos em Artimus. -Ei, seu nome é Artimus certo? -O garoto tinha os olhos brilhante e em um piscar de olhos estava próximo ao soldado encarando-o.

–Er... sim. -Responde Artimus, reconhecia aqueles olhos, mas não tinha certeza. -E você é?...

–Ei ei, se esqueceu de mim? -Ele então mostra seu cordão com pingente de cruz e Artimus percebe que era realmente ele. -Agradeço por me salvar Artimus-senpai. -Ele tinha um sorriso lindo no rosto, e sua voz não estava estridente como antes. O garoto tinha um certo sotaque Espanhol forçado. Era o mesmo garoto com roupas de padre que Artimus havia enfrentado junto a Sir. Zack há algumas horas.

–...Isso me lembra alguém. -Comenta Nayemy olhando para Houjou, em seguida ela e Hank começam a rir.

–O que disse pirralha? -A voz do garoto volta ao normal e ele encara aqueles que riam com uma expressão de raiva. -Enfim... eu rompi todos os laços que tinha com eles' e com a igreja, graças a deus. -Ele faz um sinal da cruz com o dedo médio.

–Eles?... -Pergunta Jazz.

–É é, aqueles babacas que estão caçando vocês e a Night Raid. -Ele encarava a todos com uma expressão entediada, rodando a mão enquanto falava com seu sotaque forçado e irritante.

–Ta, mas o mais importante, quem é você e o que você veio fazer aqui? -Pergunta Angelin.

Ele encara a garota e a ignora, voltando sua atenção a Artimus.

–EI!- Grita Angelin.

–Ora, fala logo. -Diz Artimus, já estava de saco cheio de ficar ali, tinham que ir para onde estava Johann antes do final da tarde.

–Sou Vincent Violet, estou aqui para servir a Artimus-senpai. -Diz ele fazendo uma reverência para o soldado.

–An?!

///

–COMO ASSIM VOCÊS NÃO SABEM ONDE ESTÁ O LUKE?! -Grita Sir. Zack ao ver que todos seus subordinados estavam reunidos na sala do esconderijo e ninguém fazia ideia de onde Luke poderia estar.

–Eeeei, relaxa Zack, ele deve estar por aí de ressaca, depois ele aparece né? -Diz Kuran, ele segura uma das mãos de Sir. Zack que era um pouco mais baixo que si, e beija-lhe a mão, tentando usar seu charme no mais velho, algo que o mesmo parecia não mais se importar.

Takami e Tony começam a rir da cena, Kirigiri mantinha-se séria como sempre, Elias encarava-os atônito e Lea que bebia um copo de café quase o cospe da cena cômica.

Sir. Zack não se importa por ser chamado apenas por "ZACK", não se importa em ter sua mão beijada, sorri do que esse cara faz! O que será que eles são... será que... NÃO, NÃO PODE SER! -Pensava Elias.

–Ei Lea... você não acha que... o Kuran tem um caso com Sir. Zack não é mesmo? -Sussurra Elias. Dessa vez a garota cospe todo o café que bebia de volta na caneca e encara Elias por alguns segundo, para começar a rir escandalosamente.

–Ei ei, qual é a piada? Quero rir também. -Sussurra Tony, Elias repete a pergunta, Tony e Lea passam a rir juntos como dois idiotas.

–Qual é o problema dessas berinjelas? -Pergunta Sir. Zack. -Eu estou falando sério aqui! Nós precisamos achar aquele pirralho antes que eles' achem! -Ele então para e percebe que havia falado de mais.

–"Eles"? -Pergunta Takami. -"Eles" quem?

–Tsc, há muita coisa a ser explicada meus pequenos gafanhotos, prestem atenção. Há um grupo de assassinos, também inimigos da capital, que caçam tanto a nós quanto aos Jaegers.

Isso se parece com o antigo grupo do Johann... -Pensam Elias e Lea, os únicos que viram o tal grupo.

–Há muitos anos eles caçam a Teigo Shitagau, porém, aquele' homem' a tinha.

–...E este seria? -Pergunta Kirigiri.

–O diretor da maior prisão da capital, -No rosto de Zack se forma algo parecido com um sorriso ao se lembrar do passado. -já lutei com ele uma vez.

Kuran começa a rir, já conhecia aquela história.

–E... o que aconteceu? -Pergunta Tony.

–Digamos que... se não fosse por um certo amigo eu estaria morto agora.

///

Artimus, Vincent e Jazz estavam prestes a partir novamente para a maior prisão da capital, Jazz Midford esperava os companheiros no jardim do palácio, ele estava caminhando junto a Mula-Manca a égua de seu falecido companheiro, guiando a atrás de si por fitas de couro.

–Sabe Mula-Manca... -Eu estou falando com um cavalo... meus deuses estou ficando louco... ok, mais louco. Para que eu me importo com isso? –Eu estou falando com você porque... eu também tenho um animal que sentiria minha falta se... o pior acontecesse. Me sinto estranho falando isso a um cavalo, e ainda mais estranho por sentir que você me entende... -A égua o encarava fixamente balançando seu longo rabo.

–Bem... Azimut está morto. -Ao fim da frase a cauda da égua para de balançar e ela abaixa a cabeça, como se fosse chorar, Jazz sente seu coração se despedaçar. -O que Chiken' faria se eu morresse?–Se pergunta Jazz se referindo a galinha que ganhara em uma festa. -Eu sei que palavras reconfortantes não funcionariam, mas você precisava saber. -Ele volta a guiar Mula-Manca para um curral que haviam feito recentemente para os cavalos dos soldados.

–Que gesto lindo Jazz-kun. -Comenta Artimus aplaudindo e com os olhos marejados, ele e Vincent haviam visto toda a conversa do garoto com a égua. -Realmente você tem um bom coração.

–AN?! Você estavam aqui esse tempo todo?! -Grita Jazz.

–Relaxa, a gente não vai contar pra ninguém. -Diz Vincent ele tinha um sorriso sádico e olhos brilhantes.

Jazz bufa e coça a cabeça.

–Nah, tanto faz. Vamos logo. -Jazz assobia e sua galinha vem correndo em sua direção, ele se abaixa e ela sobe em seu ombro.

Após alguns minutos de caminhada e viagem de barco, ele finalmente chegam na prisão. Jazz sente um cala-frio ao ver novamente aquele lugar. Já Artimus parecia cheio de nostalgia.

–Eu me lembro da primeira vez que arrumei briga nesse pátio! Ah... como eu era jovem. -Ele sorria bobamente observando cada canto da prisão.

–Não querendo incomodar Artimus-senpai... Mas... er... -Vincent tentava falar, mas se sentia horrível ao ter que chamar atenção daquele que via como mestre.

–A gente que achar logo o merda do Johann. -Conclui Jazz.

–Aé! Vamos, vamos logo. -Diz Artimus parando de observar a tudo como uma criança, eles então se põem a caminho da torre 3. O diretor os aguardava na porta.

–Finalmente chegaram. -Diz ele.

–Me desculpe pelo atraso senhor diretor. -Comenta Artimus com uma reverência, Vincent o imita e Jazz apenas sussurra um: "Eai".

–Vocês tem três minutos com o prisioneiro, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, me chamem. -Ele abre a porta para que eles passassem.

Eles passam por vários criminosos, alguns clamando para serem libertos, outros zombando dos soldados, teve um que havia se enforcado e seu corpo estava balançando de um lado para o outro no ar, pendurado por um corda.

–Olá Johann. -Chama Artimus, o de cabelos rubros os encara com olhos amedrontados.

–O...olá... -Responde ele. -E... eu não fiz nada eu juro. -Ele encolhe suas pernas, escondendo seu rosto nos joelhos.

–Tsc, ele é só um medroso. Achei que o "grande" Johann fosse algo melhor que isso. -Diz Jazz com amargura cuspindo as palavras e apontando para Johann.

–Fiquei sabendo que tiraram toda a maldade dele. -Comenta Vincent.

–E daí?

Vincent bufa antes de responder:

–Pensa bem. Digamos que Johann era 70% maldade, com isso ele tem 30% de outras coisas como bondade, carinho, felicidade e medo. Então no momento que retiraram a maldade de Johann, todos os outros sentimentos foram esticados, para formar o 100%. -Ele encara Johann. -Aparentemente ele tinha mais medo que bondade.

–Hun... Achei que você fosse um completo imbecil, parece que me enganei. -Diz Jazz.

–Assim ele não será de grande ajuda, desse jeito ele não sabe como "vilões" pensam. Teremos que consertá-lo.

///

–Mestre Locksor, #04 e #01 foram mortos. -Dizem cinco pessoas encapuzadas ao mesmo tempo.

O tal mestre limpava sua espada com um pano impecavelmente branco, ele estava sentado em uma cadeira com estofado de couro e de frente a uma mesa de madeira polida, ele encarava a eles com os olhos entediados e com os pés sobre a mesa.

–Tsc... de novo? Pelo menos mataram algum deles?

–Sim senhor. -Respondem da mesma forma monótona. -De acordo com a capital, se chamava: Azimut Albert Barlean Oleg Orchabal Brian de Bragança e Silverstone III.

Locksor ergue uma sobrancelha diante o nome desnecessariamente grande.

–E quanto a Jack Lukerhan?

–O achamos, mas não conseguimos capturá-lo.

–Tsc. -Locksor coloca rapidamente sua espada na bainha fazendo um estalo.

–Viu? Se ME mandasse para isso, aposto que ele estaria aqui. -Responde uma garota de cabelos negros e olhos azuis. -E além de não termos pego esse moleque, Vincent ainda sumiu.

–Quieta Shizuka Teresa. -Ele lança a garota um olhar de censura.

–Mestre Johann logo voltará ao normal, precisamos daquele garoto. Quem os impediu de pegá-lo? -Pergunta Locksor como se o garoto fosse um objeto.

–Ichikawa Ryotaro.

Tsc... o que esse idiota está pensando? Nós dois trabalhamos para Johann... ao menos que... Será que ele sabe? Não... não é possível... Ryotaro é um idiota... Mas Johann pode ter lhe contado, tsc que merda. -Pensava Strin Locksor.