New Army - Interativa

Nunca é o que parece


–Hun... acho que era para ser aqui. -Comenta sozinho Takami, ele abre as portas de uma pequena taverna.

–Estamos sem cerveja preta. -Diz ríspido um homem de barba por fazer e cabelos loiros, que está atrás de um balcão.

–Tudo bem, só bebo da vermelha. -Responde Takami, aquilo era um código para que o homem abrisse a passagem secreta do bar. A senha lhe fora dada por Sir. Zack em segredo.

O homem olha-o de cima a baixo e aperta um botão de baixo do balcão, fora do campo de visão de Takami, e então algumas tábuas do chão se deslocam para cima, revelando uma escada que levava até um corredor escuro, abaixo do bar.

–...Sir. Zack realmente tem muitos contatos... -Comenta Takami descendo as escadas, as tábuas por onde entrou se fecham assim que entra, a passagem era iluminada por algumas tochas nas paredes de pedra, então ele começa a ouvir o som de pessoas brigando e coisas quebrando, os sons vinham de uma porta de madeira ao final do corredor, chegando lá Takami não bate na porta, apenas a abre. De repente Hikami assume o controle sobre seu corpo ao sentir algo se aproximando de seu mestre, era uma cadeira que fora jogada, mas Hikami a destrói com uma espada feita de sangue. As pessoas pareciam ainda não notar sua presença ali.

–Er... com licença. –Tenta falar com um homem, mas é plenamente ignorado, pois ele lutava. –Eu preciso falar com Sir. Briston. –Fala a um homem que fora jogado ao seu lado, mas o homem o ignora e se levanta rapidamente, voltando a briga. Deviam haver 10 pessoas ali, sendo eles 9 homens e uma mulher, (mas Hikami não sabia disso) e todos eles lutavam, menos a mulher encapuzada no canto da sala e um homem de cabelos negros e olhos bem azuis sentado sobre um grande armário ao canto esquerdo da sala, ele ria largamente, a ponto de gargalhar.

–Com licença senhor, eu preciso falar com Sir. Briston.- Dessa vez ele pergunta ao homem de cabelos negros que ria, ele para de rir e encara o “moleque” a sua frente.

O homem ergue a mão direita e todos se calam, encarando-os.

–Sou eu, você deve ser um dos “homens” –Ele faz aspas com os dedos. -Do Jack eim? Diga, o que meu irmãozinho quer?

IRMÃO?! –Pensa Hikami. –Se bem que... olhos azuis, cabelos negros... mas mesmo assim é um choque.

///

Ryotaro solta uma gargalhada após a fala de Luke’.

–Você está sendo muito abusado. –Ele abaixa até seu rosto ficar da mesma altura que Luke e ergue a cabeça do grisalho fazendo o garoto o encarar. –Tem sorte, não... MUITA SORTE de ainda estar vivo. –Então é o garoto que sorri.

–Estou vivo porque precisam de mim. –Ryotaro solta a cabeça do garota bruscamente jogando-a para trás.

–Sim, isso mesmo, e se não fizer o que pedimos e você for um mal garoto, pode ser que eu coloque algo que você não quer, em um lugar que você não quer. –Luke’ arregala os olhos, aquele homem era asqueroso. –Então, te aconselho a ser um bom menino. –Ryotaro tenta sorri gentilmente, mas parecia uma feição assassina.

–Pode me dizer pelo menos o que vou ter que fazer né?

–... –Se eu contar a esse moleque Johann vai querer me matar... Nah acho que tudo bem! –Você chegou a conhecer as Teigos supremas pirralho? Ou nasceu depois delas serem consideradas destruídas? –Novamente Luke’ arregala os olhos, já havia escutado histórias sobre as Teigos supremas, pois as destruíram quando ainda tinha 6 anos então não se lembrava muito bem.

–Mas isso é impossível! A Night Raid e os Jaegers deram a vida para destruí-las!

–Sim, sim, e você dará a vida, –Ele novamente se abaixa próximo a Luke’ e sussurra em seu ouvido. –para trazê-las de volta.

///

–Agora tente explicar o porquê de terem dois Jack Lukerhan, já que é tão esperto deve saber. –Diz Jazz quando ele, Artimus e Vincent já estavam saindo. Johann apenas sorri, um sorriso de puro escárnio.

–Ora, ora, ainda não perceberam? Tsc tsc, nunca foi inteligente senhor Artimus, mas agora estou impressionado. Não há dois Jack, nunca teve.

–Então qual é a explicação? –Pergunta Artimus.

–Lhe darei duas dicas, primeiro: Os dois Jacks são falsos, mas possuem memórias diferentes. E segundo: Quem separou o verdadeiro em dois, é alguém que está bem próximo a ti. –E então começa a sorrir largamente. –Cuidado com quem confia, senhor Artimus.

–O que quer dizer com isso?

–Você descobrirá, ou será que será morto antes?

Sem mais aguentar os joguinhos de Johann, Artimus simplesmente dá as costas para o prisioneiro que agora tinha a cela despedaçada.

–O que aconteceu lá dentro? –Pergunta o diretor com os braços cruzados sobre o peito, seus cabelos brancos e longos balançavam com a mínima brisa.

–É melhor ir rápido diretor, o prisioneiro pode fugir. –O grisalho sussurra um: “Idiota” e corre para dentro das paredes de pedra, onde o prisioneiro mais perigoso ali dentro, se encontrava agora sem um local para que não fugisse.

–Você me paga Artimus...

///

Tony bate na porta do quarto de Elias, mas o mesmo não responde.

–Eeei, já acabou de “elaborar melhor seu grande plano”? –Ele bate mais forte na porta e ainda não obtém resposta então simplesmente abre a porta, se deparando com Elias coçando a cabeça desesperado com uma mão e com a outra escrevendo algo em uma folha, haviam várias bolinhas de papel no chão, provavelmente planos falhos.

–Er... você tá bem? –Pergunta Tony tocando o ombro de Elias, este olha assustado para o garoto, Elias estava a horas tentando elaborar um bom plano já que disse para deixarem tudo com ele.

–Não consigo achar uma forma de achar ele... simplesmente não consigo! Urg que ódio. –Elias bate a folha de papel que escrevia ainda a pouco e a amassa-a, jogando no chão como as outras.

Tony pega uma das folhas caídas no chão e a lê.

#13

Nos dividimos em grupos, um grupo vai disfarçado para o palácio, diz que são estrangeiros que vieram conhecer a capital, então um guarda irá escoltá-los pelo palácio, a dupla então se livra do guarda após entrar e inicia a procura pelo palácio.

Outro grupo...

A folha tinha um grande X riscando-a.

–Por que não terminou esse? Tinha começado bem. –Pergunta Tony mostrando a Elias a qual plano se referia.

–Não consegui pensar em nenhum outro local para procurarmos, na verdade é justamente esse o problema, não há nenhuma forma de deduzirmos onde ele está.

Ele ouvem o som da porta sendo aberta e se deparam com Sir. Zack.

–Takami já deve estar voltando com o cara que vai nos ajudar a achar o pirralho. –Diz Sir. Zack normalmente.

–An?... Mas... mas... eu que ia fazer o plano para o acharmos! –Retruca Elias.

–Oh, muito bem, e conseguiu um plano por acaso? –Elias encolhe os ombros e passa a encarar os próprios pés. –Foi o que pensei.

///

Hank, Nayemy, Angelin e Suke haviam voltado para o palácio e tentavam pensar na sala de reuniões.

–Provavelmente eles foram lá justamente para concertar o Johann. –Diz Angelin.

–É uma hipótese, mas a Teigo de Ryotaro apenas varia a pessoa entre boa e má... –Diz Hank, mas Nayemy corta-o.

–Ou nule... –Nayemy se lembra de uma garota da Night Raid que morrera para esse ataque, enquanto lutava contra Ryotaro no passado. –Ele retira tudo de dentro da pessoa, matando-a...

–...Que Teigo complicada, não é exatamente usada para batalha. –Comenta Suke.

–Eles chegaram. –Diz Hank de repente, eles ficam alguns segundos sem entender até que veem a moeda em suas mãos e entendem o que queria dizer.

–Voltamos. –Diz Jazz fingindo animação.

–E então, concertaram o Johann? –Hank finge não saber, mas sua Teigo já havia lhe contado o que foram fazer, de fato Johann havia retornado, mas queria ouvir Artimus dizer.

–É, e ele nos deu algumas informações, prestem atenção.

///

–Ora, ora, então meu irmãozinho precisa de minha ajuda em um caso? –Diz o homem, ele passa a mão em seus cabelos negros colocando-os para trás, mas eles voltam a cair sobre os olhos. –Interessante... e se eu recusar? Era para você me forçar? –Ele tira os óculos do rosto e limpa as lentes no casaco azul.

–Nah você sabe que não. –Ele voltara a ser Takami. –Se você recusasse Sir. Zack pediu apenas para eu citar o nome: “Barba Vermelha” que você entenderia. –Por um segundo os olhos de Sir. Briston se arregalam mas voltam ao normal e ele começa a rir, assim como estava quando observava a luta se seus subordinados.

–Ele ainda se lembra disso? Arg, ele gosta mesmo de me chantagear com isso. Eu não me importo mais com Barba Vermelha, mas vou com você, vai ser interessante ver como está meu irmãozinho dos olhos dourados.

Olhos dourados? Nah deve ser algum tipo de apelido, sei lá. –Pensava Takami, grande engano.