Final -Primeira Temporada

–Ei, acorda... Najenda, Najenda! -Quase grita Elias tentando acordar sua comandante, haviam chamas no chão que se espalhava rapidamente.

–Não precisava gritar garoto. -Responde ela quase em um sussurro quase inaudível, após a fala ela cospe um pouco de sangue seco enquanto tossia.

Ela vê Halt paralisado a alguns metros de distância, mas sabia que ele tinha sido hipnotizado por um dos seguidores de Johann.

Najenda já solta estava sentada no chão apoiada com as costas na parede de madeira, Esdeah estava ao seu lado também solta porém ainda inconsciente.

–O que vamos fazer quanto a ela? Não consigo carregar as duas. -Diz Elias.

–Antes disso... como estão os outros? -Pergunta Najenda preocupada.

Elias fica um pouco tenso antes de responder.

–Sinto dizer mas... não acho que estão todos vivos. -Najenda já esperava ouvir tal resposta, mas ainda assim era como se uma pedra tivesse sido atirada em seu coração.

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Lea estava com fúria queimando seus olho, ela disparava inúmeros relâmpagos contra o campo de força que Johann criara para se proteger enquanto recuperava o fôlego.

–Devo dar-lhes meus parabéns, há muito tempo que não me sinto cansado em uma luta, quais são seus nomes? -Pergunta Johann.

–Isso não lhe interessa! -Grita Hayate tentando quebrar sua defesa, mas de nada adiantara.

–Takatsu Lea. -Responde.

–Ora, pelo menos alguém aqui não é de tudo ignorante. Obrigado por responder, Lea. Não esquecerei seu nome. -Afirma ele. -Mesmo depois de te matar! -Ele desfaz o campo de força com uma pequena explosão de vários fragmentos cortantes como vidro, eles voam em várias direções. Lea para tentar se defender cobre seu rosto com os braços a sua Teigo, esperando a morte chegar, afinal não havia como se defender completamente daquilo.

Mas isso não acontece, Hayate, seu inimigo, a havia protegido, ele estava de frente a ela com os olhos fechados. Ela o encara desacreditada, eram inimigos então para que ele a protegera?

–Sabe... se nós não fossemos inimigos eu a chamaria para sair. -Afirma Hayate sorrindo.

–Por que você me salvou idiota?!

–Algo em mim... Não me permitiu vê-la morrer, -ele cospe um pouco de sangue. -ou morríamos nós dois, ou eu evitava que... você tivesse o mesmo... destino que eu. -Assim ele cai em seus braços, em suas costas vários fragmentos daquele campo de força estavam presos e pingavam sangue.

Ao outro lado da sala os fragmentos também chegam, Ryotaro quando os vira fizera um portal em sua frente para mandá-los para outro local e não fosse sua pele. Enquanto Nayemy coloca suas katanas na frente do rosto e torso, fazendo apenas alguns atingirem suas pernas.

–Ei Johann! Não esqueça que ainda estou aqui! -Grita Ryotaro desviando de um pedaço do teto que cedera por causa das chamas.

Droga... nada disso está levando a nada, e companheiros meus podem ter morrido... o que eu faço? O que eu faço? Que droga! Pensa! Pensa! Merda... o que o Hank ou a Esdeath-san diriam se estivessem aqui?...–Quase como mágica uma ideia brota em sua mente, uma ideia que mudaria todo o rumo da história.

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Como será que Elias está? –Se pergunta Elisa andando pelos corredores e se apoiando nas paredes para andar. –Que droga Yuki... maldito chicote.

Ela chega até uma sala, onde havia muito sangue manchando o chão e dois garotos estavam deitados provavelmente mortos. Elisa os reconheceu, o homem que estava com Elias a minutos atrás e o garoto dos Jaegers que Ryotaro trouxera.

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Esdeath acorda com Elias tentando erguer Najenda para que ficasse de pé.

–Que bom que acordou... não querendo ser indelicado mas, consegue se levantar? -Pergunta Elias com um pouco de medo da saldado mais poderosa da capital.

–Não preciso da ajuda de um rebelde. -Com a feição que Esdeath encarava-o, pensava que ela o mataria a qualquer momento, mesmo sem um braço e completamente ensaguentada, Esdeath sabia ser ameaçadora.

Ela usa sua Arma imperial para criar um braço de gelo no lugar onde ficava o que fora arrancado, mas isso a consome energia, então a mesma cria metade do que parecia um braço e respira fundo antes de continuar. Depois de alguns segundos a mesma consegue criar um braço perfeito, mexe os dedos para conferir se estavam "funcionando" e estavam.

Esdeath se levanta e começa a andar para longe da sala se apoiando nas paredes.

Najenda bufa pela atitude da outra capitã.

–Vamos, temos que ajudar os outros. -Diz Najenda para Elias que ainda encarava Esdeath que mesmo ensanguentada e completamente esgotada, conseguia se levantar e andar sem ajuda de terceiros.

Esdeath anda pelo corredor e da de cara com uma garota muito parecida com o "moleque" da Night Raid que tinha visto a segundos atrás. Ela apenas a ignora que continua a seguir em frente, ela chega em um sala onde vê Ariga e Hank caídos no chão. Ela deixa seus cabelos cobrirem os olhos, e escuta um baixo tossido.

Ela olha para Hank que a encarava de volta com um pequeno sorriso no rosto e lágrimas nos olhos, ela corre até ele, tropeçando e se lembrando que não podia correr.

–Hank! Está tudo bem, nós vamos te tirar daqui. Por favor não durma de novo. -Diz Esdeath completamente preocupada com seu companheiro.

Ele ri e responde:

–Olhe seu estado Esdeath-san, se preocupe consigo mesma. -Ele se senta e levanta se apoiando no bastão. -Eu só dormi por causa do cansaço, já estou bem.

Esdeath sabia que era mentira, as pernas daquele a sua frente fraquejavam e sabia que estava moralmente destruído por ter matado seu melhor amigo, ela sabia mais ou menos o que havia acontecido naquela sala. Mas estava satisfeita que Hank se matinha focado no problema atual: Johann.

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Nayemy com sua velocidade tentava deixar Ryotaro o mais esgotado possível, obrigando-o a usar sua Teigo. Assim como previra, o homem se estressa e se esgota ao máximo.

–Já chega dessa palhaçada garota! -Ela para e olha para ele fingindo não entender. -Você

não conseguirá matar uma mosca sequer após isso sua pirralha de merda! -Ele lança seu Yo-yo na direção que Nayemy estava.

–Ying!

Ela apenas sorri e se esquiva quando o Yo-yo estava a centímetros de si, mas atrás dela estava ninguém mais ninguém menos que Johann, que lutava com Lea.

–Não! Não, não não! -Ryotaro tenta parar sua habilidade, mas ele sabia que não havia como.

–Ryotaro seu idi... -Antes que pudesse terminar a frase a Teigo suga de si uma alma negra de si, Johann cai no chão inconsciente.

–Johann! -Grita Ryotaro, ele vai até o amigo de infância não sabendo o que fazer para reverter aquilo, pela primeira vez, podia-se ver Ryotaro completamente desesperado, com essa variação de emoção drástica, a alguns metros dali os olhos de Halt voltam ao seu normal, a hipnose havia sido desfeita.

Lea desvia de alguns destroços que caíam do teto, estava óbvio que a qualquer momento a igreja desabaria, ela olha para Nayemy e vê que a garota também havia percebido. Ela se vira para Johann na intenção de matá-lo, mas Ryotaro entra em sua frente.

Elas não tinham tempo para isso, a igreja desabaria a qualquer momento e nem um sinal de seus companheiros. Para sua surpresa um homem dos Jaegers aparece, ao lado de Esdeath.

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–Halt! -Exclama Elias ao ver seu companheiro tombar um pouco para os lados completamente tonto. Ele percebe que seus olhos agora estavam normais, como costumavam ser quando o conhecera.

–Elias... O que eu... -Ia perguntar Halt, sobre o que havia feito enquanto estava hipnotizado.

–Não, não faz isso com você Halt... não foi você, tu estava sobre hipnose. - Responde Elias.

Halt percebe o corte que escorria sangue no peito de Elias. -Fui eu quem fez isso? -Se pergunta John.

–Esqueça isso, temo que sair daqui. -Afirma Najenda se levantando, pegando um pedaço de madeira do chão, usando-o para apoiar-se.

Eles andam até um corredor, onde vêem um garoto caído no chão já sem vida, continuam andando e chegam a outra sala, com uma "garota" também caída no chão com quatro facas cravadas no peito, finalmente eles chegam ao local onde estavam Ryotaro, Lea, Nayemy e surpreendentemente, Bradley caído no chão.

Johann se levanta.

–Ei ei, Johann... por favor, você se lembra quem é né? Você lembra por que estamos aqui não é? -Pergunta Ryotaro.

–Claro que sei quem sou... mas não queria saber o porquê de estar aqui. -Ryotaro olha seu amigo desacreditado, nunca em toda sua vida acho que veria tal cena. Lágrimas brotavam dos olhos de seu comandante.

–Ei... ei ei ei! Johann! Acorda você é um assassino, um grande de um filho da puta, não faz isso por favor... você tem que voltar! -Grita Ryotaro balançando Bradley pelos ombros.

–Eu não queria ter matado ninguém Ryotaro...

Halt, Hank, Nayemy e Lea só agora percebem alguns companheiros que estavam caídos no chão daquele salão, sentindo o sangue ferver, todos eles ativam suas Teigos para executarem aqueles que lhes causaram toda aquela desgraça.

–Esperem! -Diz Esdeath. -Por mais idiota que isso seja, não os matem.

–O que?! Que papo é esse Esdeath?! -Pergunta Nayemy. -Por culpa desses dois vários companheiros nossos estão mortos, não podemos apenas ignorar isso!

–Você acha que isso faz parte de minha política comum?! Se estou dizendo, é por que há um porquê.

Flash back on.:

–Esdeath, há um criminoso perigoso a solta. Mas dessa vez pedimos para que não mate-o. -Diz o Ministro.

Esdeath bufa com o comentário.

–Então pode chamar outro soldado para tal tarefa, meu dever não é prender bandidos, é matá-los! -Diz Esdeath se levantando. -Se era para apenas isso que me chamara a essa reunião estou me retirando.

–Seu nome é Johann Bradley. -Diz o Ministro antes que Esdeath abrisse a porta. -É uma ordem, não o mate, precisaremos dele no futuro.

–Como podem saber disso?

–Acredite em mim Esdeath, o imperador tem habilidades que muitos não conhecem, na verdade, que apenas um conhece. -Responde o Ministro referindo-se a si mesmo.

Flash back off.

Ryotaro não entendia o motivo pelo qual ainda não os mataram, mas não tinha forças para sair dali com seu amigo, então apenas aguardava, se avançassem sobre eles teria que apenas puxar Johann e correr.

Mas algo surpreendente acontece, Esdeath cria algemas de gelo em suas mãos e pernas, e o mesmo em Johann, que parecia finalmente ter parado de chorar.

Mas que merda... maldita pirralha! Vou matá-la... assim que fugir da prisão. -Pensava Ryotaro.

Todos escutam um alto estalo e percebem que o telhado da construção estava cedendo, todos eles correm para fora e quase por um milagre não são esmagados pelos destroços de madeira.

///

Johann e Ryotaro foram condenados a prisão perpétua por motivos óbvios, a Night Raid se encontrava de luto e a uma semana não realizava missões, o mesmo acontecia com os Jaegers.

No dia que tudo aquilo acontecera, antes de os Jaegers escoltarem os prisioneiros para as masmorras do palácio, Lea pergunta a Nayemy:

–Como se chamava aquele garoto... de cabelos negros, que lutou contra Johann a meu lado?

–Hayate... Hayate Aien. -Responde a garota com um sorriso fraco no rosto.

–Nunca me esquecerei dele, tenho muito a agradecer mas... nunca poderei recompensá-lo.

–O fato de você se lembrar dele, já o deixaria feliz. -Diz Nayemy.

–Na próxima vez que nos vermos, será como inimigos, Elias. -Diz Hank.

–Claro que sim, estarei aguardando. -Responde ele com um sorriso no rosto. -Não pense que vou aliviar para você.

–Digo o mesmo.

Assim os Jaegers se vão, escoltando seus prisioneiros, com suas Teigos confiscadas.

–Sabe Elias... me desculpe, por tudo. -Diz Halt.

Elias dá um cascudo no garoto ruivo.

–Já falei que está tudo bem, esqueça isso.

Najenda caminhava perdida em seus pensamentos. -Amanhã será um grande dia... precisarei convocar mais companheiros. Ur, Sakurai... suas mortes não foram em vão, a Night Raid ainda conseguirá mudar o império!