Halt observava distraído uma máscara macabra de pato em suas mãos por debaixo do capuz que colocara sobre a cabeça para não ser encontrado por algum soldado, o pato tinha uma cicatriz ao lado esquerdo no bico e estava sem os olhos, que pareciam ter sido arrancados , deixando apenas dois grandes buracos negros onde escorria sangue, no centro desses dois buracos haviam pequenos furos para que a pessoa que utilizasse a máscara pudesse enxergar.

–Ei, Halt. -Ele ouve ser chamado e se vira na direção de Tony. -BUUUUUUUUU. -Ele pula para trás pelo susto e segura um grito curto de medo, Tony estava com uma máscara de palhaço, tão macabra quanto a sua e praticamente pulara em si para assustá-lo.

–Cacete, quer me matar, Tony?! -Grita Halt, Tony rir escandalosamente, algumas pessoas olhavam para ele assustadas.

–Você que se assusta atoa. -Retruca Tony ainda rindo, ele agora comprava a máscara de palhaço e Halt deposita sua máscara de pato de volta na parede da barraca.

–Olha, essa até que é legal. -Diz uma garota com cabelos alaranjados, pegando a máscara que Halt acabara de devolver a barraca.

–Que coisa horrível... deixa essa droga aí Angelin. -Diz um garoto de cabelos castanhos e um pouco mais alto que Halt. -Odeio patos...

–Para de ser chato Jazz, você tá' implicando comigo só porque eu fiz aquela garota te bater né? -Ela começa a rir, Halt, que apenas escutava o que o casal falava, também ri com o comentário. A garota vê que Halt também ria. -Você não concorda que essa máscara é legal?

–Claro.

–Não, eu só não quero que você me acorde com essa máscara do demônio. -A garota mesmo assim compra a máscara.

–Não prometo nada Jazz, tchau garoto! -Diz Angelin acenando para Halt, ele acena de volta.

–Aqui, comprei a máscara e também isso aqui para você. -Tony coloca uma tiara em Halt.

–...Isso é o que? -Pergunta Halt colocando as mãos na cabeça, quando ele sente dois triângulos fofos, e Tony mal se aguentava de rir.

–Combinou muito com você! -Diz Tony enquanto ria, eram orelhinhas de gato. -Não vale olhar, quando chegar-mos no esconderijo você vê. -Ele finalmente para de rir.

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–Que droga... acabei ficando sozinha. -Nayemy andava pelo festival sentido-se perdida, não fazia ideia de onde estariam seus companheiros, ela vê então duas pessoas incrivelmente familiares, eles estavam comendo tranquilamente espetinhos de polvo, ela anda até eles. -Er... oi, -Ela agora sussurra. -Você são da Night Raid não é? -Os dois sentem seu corações gelarem, como mesmo eles estando encapuzados aquela garota os reconhecera?

Lea e Elias viram-se em direção a garota e automaticamente se lembram dela, todo o ocorrido na igreja abandonado lhes via em mente.

–Não vim lutar com vocês... estou meio que de folga. -A garota sorria para eles. -Mas me separei dos meus companheiros... posso ficar com vocês? -Lea e Elias se entre-olham pensando se seria uma boa ideia, mas com o olhar eles decidem que estava tudo bem.

–Ok, senta aqui com a gente, quer um espetinho? -Lea oferece a ela. Nayemy se senta ao lado de Lea e aceita a comida. -Qual seu nome?

–Nayemy Miller, -Diz ela assoprando o polvo que estava muito quente. -e vocês?

–Eu sou Elias Kiritsu, essa é Takatsu Lea. -Diz Elias, ele também assoprava um espeto de polvo. Eles ficam em silêncio por alguns segundo e ele decide quebrar aquele clima tenso. -Isso vai ser meio cruel mas... quantos companheiros seu morreram naquele dia? -Nayemy cobre seus olhos com a franja e morde o lábio inferior. -...Me desculpe, eu realmente não deveria tocar nesse assunto.

–...Tá' tudo bem, é só que... ainda dói a perda deles... Naquele combate, dois companheiros morreram, porém, uma companheira também morreu algumas horas antes. -Nayemy aperta o palito e sussurra: -Ariga... Hayate... Shiro...

–Esse Hayate... ele salvou minha vida naquele dia. Dando sua vida por uma mulher, mesmo essa sendo sua inimiga, de fato um cavalheiro. -Elias sente uma pontada de ciúme, mas se mantém quieto.

–Desde a morte de Ariga, Hank-san se tornou mais sério... espero que ele volte ao que era antes. -Diz Nayemy mais para ela mesma do que para os que a escutavam.

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–Eu já disse que não pisei na droga do seu pé! -Grita um homem pela milésima vez a Takami.

–Claro que pisou seu brutamontes imbecil! E tá' doendo pra caralho! -Devolve Takami.

–O que vai doer é a sua cara! -O homem forma um punho com a mão e tenta acertar a face de Takami que desvia facilmente e o homem cai no chão.

–Me desculpe senhor... -Takami estava agora com os ohlos brancos, indicando que na verdade era Hikami. -Mas por favor, não ameasse Takam-senpai. -Ele ajuda o homem a se levantar e recebe um soco certeiro do mesmo no queixo.

Só quero ver como que esse idiota vai resolver.–Pensava Kirigiri que estava sentada em um banco de madeira observando toda a cena.

Hikami faz um corte em sua mão o homem o observava-o intrigado, Hikami une suas mãos, e conforme as separava uma Katana de sangue seco aparecia em suas mãos.

WOW já vai começar a briga apelando Hikami? Tsc, assim não tem graça. -Pensava Kirigiri.

Hikami em um movimento rápido quase corta o pescoço do homem, parando a alguns milímetros.

–Te aconselho a correr. -Sussurra na orelha do brutamontes, que o empurra e corre para longe, quase tropeçando ao correr. -Tenha um bom dia!

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–Ei ei, Luke-kun, você tem quantos anos? -Pergunta o garoto mordendo o palito do antigo picolé. Luke abre a boca para falar, mas a fecha, olha para cima como se estivesse pensando.

–...Não sei quantos anos fiquei preso... em que ano estamos?

Houjou olha para cima assim como ele e o responde.

–O que?! Eu fiquei... dez anos preso lá?! -Luke passava as mãos nos cabelos desacreditado. -Isso... eu não...

–Luke-kun... o que foi? Onde você estava preso? -Pergunta Houjou preocupado.

–N...não é nada... mas, se estamos no ano que falou... eu tenho vinte e um anos.

–....que? VINTE E UM?! -Grita Houjou. -Você parece ter a minha idade, no máximo um ano mais velho.

–Shh, não grita peste. Também não sei como mas... essa é a minha idade...

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–Quanto tempo não nos vemos, Artimus Bernistein. -Diz Sir. Zack ao ver o antigo amigo de costas para si, apoiando seus na parte de trás de um banco. -Está aproveitando o festival?

–Olá Zack Nawberly, ou deveria dizer... Jack Lukerhan?