–Que? Isso era para ajudar? Porque eu não entendi nada. -Diz Hayate.

Todos encaravam a carta tensos, não sabiam como, mas teriam de escolher algum dos companheiros para morrer.

–Espera ele quer que a gente se una? Mas nem fodendo. -Diz agora Lea.

–Tirou as palavras da minha boca. -Retruca Hayate.

–Não vou ajudar esses idiotas, ainda mais esse daí! Foi ele quem matou a Misao! -Diz Ur apontando para Hank, que continuava a analisar a carta.

–Não me diga. Agora sejamos sinceros, vocês acham que nós separados teríamos chance contra esses caras? Ele capturaram a Najenda e Esdeath-san. -Diz Hank.

–Por mais que eu odeie admitir, ele "tá" certo. Temos que cooperar se quisermos salvar nossos companheiros. -Diz Sakurai.

Todos se encaram por alguns segundos.

–Então vamos logo tentar desvendar isso, caso não se lembrem, nosso prazo é de apenas duas horas. -Lembra Nayemy.

Então novamente o rosto de Johann aparece na carta.

–Se decidiram de quem irão matar? -Diz ele com um sorriso triunfante no rosto.

–O que quer dizer com isso? -Pergunta Ur.

–Vocês não leram a carta direito? Um deles não sai vivo daqui! Eu posso ter sido bonzinho antes não matando ninguém, e impedindo um companheiro de fazer tal coisa. Mas isso acabou, vocês tem meia hora para dizer quem vão matar, ou eu mato todos os quatro. -O rosto some da face e todos se encaram perplexos.

–Ei, ei ei ei! Nós nunca chegaríamos a um acordo com algo desse tipo! -Exclama Ur.

–Isso significa então que não temos duas horas... Nós temos apenas meia hora para desvendar o que quer dizer essa carta, e achar o local onde ele se esconde. -Explica Hank.

–Certo, então vamos firmar aqui uma trégua provisória? -Pergunta Elias estendendo a mão para Hank apertá-la.

–Temos uma trégua. -Eles apertam as mãos.

Nos desculpe por descumprirmos a promessa de nunca nos unirmos a Night Raid Esdeath-san, mas é por uma causa maior.–Pensam os integrantes dos Jaegers.

Passaram-se dezesseis minutos e eles ainda não haviam desvendado a carta, Elias e Hank estavam todo esse tempo citando vários locais, mas nunca entravam em um acordo.

–O que ele quer dizer com "Originais"? -Pergunta Nayemy.

–Ainda não fazemos ideia... -Responde Elias.

Lea anda até eles e pega a carta das mãos de Hank, ela a lê por alguns segundos e diz:

–E se esses "Originais" forem duas pessoas da primeira Night Raid e dos primeiros Jaegers? -Diz Lea, todos olham para ela desacreditados que a mesma dissera algo inteligente. -Acho que também já sei onde estão. -Ela tinha um sorriso triunfante no rosto. -Se lembram de quando Najenda nos contava sobre as lutas com os antigos companheiros? Uma vez ela citou quando Akame e Kurome lutaram, em uma igreja abandonada. "Hoje está abandonado, Mas aqui podem ter casado seus pais."

Todos olhavam para ela ainda em choque, aquilo fazia sentido, mas quem diria que Takatsu Lea seria a pessoa que descobriria?

–E onde é esse lugar?! -Pergunta Sakurai, ela ainda não era da Night Raid quando Najenda contara essa história.

–Sei onde fica, sigam-me. -Diz Ur começando a correr, todos se levantam e correm seguindo-a.

///

Eles estavam quase na igreja, já conseguiam vê-la, quando na carta aparece novamente o rosto de Johann Bradley.

–Acabou o tempo de vocês, digam quem vocês escolheram? -Pergunta ele.

–Nós nunca chegaríamos a um acordo! Então nós nos decidimos, nenhum deles morrerá nesse lugar! -Grita Lea para a carta.

–Que petulância, e estupides. -Ele levanta uma outra carta para a carta/câmera, e atrás dele estava Najenda, quando ele vai jogar a carta na mesma, a porta da igreja se abre, revelando furiosos integrantes da Night Raid e dos Jaegers.

Sem dar tempo para uma conversa Ur saca seu cajado e dispara repetidas bolas de chamas em Johann, que se protege com uma carta que criara um escudo envolta de si.

Por que ele está sozinho aqui? Cadê os outros?–Se pergunta Sakurai.

Najenda, Esdeath, Ariga, Halt, nenhum deles estava ali.

–Onde estão eles Johann?! -Pergunta Hayate.

–Eles ainda estão vivos, aqui há dois corredores. -Diz ele apontando para dois caminhos às suas costas. -Mas é claro que não deixarei todos passarem, aqueles que quiserem morrer, venham, eu serei seu oponente. -Cada um deles sente um cala frio percorrer pela espinha, mas se mantem firmes.

–Você se acha de mais! -Diz Hayate correndo em direção a Johann, Lea segue-o assim como Sakurai com seu lobo.

–Nós três damos conta dele! Vocês tentem achar os outros! -Grita Lea.

Sem esperar, Elias, Hank, Ur e Nayemy vão até os dois corredores, mas um homem aparece entre os dois.

–Ei ei, se lembram de mim? -Pergunta Ryotaro.

Sem esperar Nayemy e Ur atacam-o.

–A gente cuida dele, vocês dois vão procurar os outros! -Diz Nayemy.

Eles confirmam com a cabeça e cada um vai por um corredor. Os corredores pareciam ter intermináveis por serem completamente escuros e não conseguirem ver o final. Até que finalmente Vêem uma luz, e os dois saem na mesma sala, nessa sala haviam duas garotas.

–Assim como Johann-san falou, dois idiotas passaram para cá. -Diz Yuki já se preparando.

–É pois... Espera... Elias?! -Praticamente grita Elisa.

–Elisa?! -Grita Elias de volta. Eles se encaravam sem acreditar no que viam, eles correm em direção ao outro e se abraçam.

–Er... não querendo estragar esse momento mas... Elias certo? Temos um trabalho a fazer. -Diz Hank.

Ele apenas o ignora, mesmo sabendo que eram inimigos, os irmãos Kiritsu simplesmente não conseguiam se odiar.

–Elisa! Eu não me importo o que caralhos ele é seu, mas nós temos que matá-los lembra?! -Diz Yuki exaltado(a).

–Eu não me importo! Como eu poderia matar meu próprio irmão?! -Retruca Elisa.

–Então você é uma traidora! -Yuki pega seu chicote que sua junto a sua Teigo e tenta acertar Elisa, que fecha os olhos com força aguardando o impacto, mas ele não chega, algo incrível havia acontecido, Hank os havia protegido.

–Sabe... Não que eu goste vocês, mas essa cena me lembrou uma que aconteceu com um amigo a alguns dias. E o resultado não foi exatamente dos melhores. -Diz Hank, que havia feito o chicote acertar sua Teigo em vez de Elisa.

Yuki da um sorriso de puro escárnio para Hank e ativa sua Teigo.

–Ei Hanky! -Diz um garoto sorrindo.

O que... o que é isso? Eu me lembro disso mas, que merda está acontecendo?! -Pensa Mellinger.

–O que foi Hanky? Anda, vamos nadar! -O garoto sorri e pula no lago. -Anda Hanky, vem logo!

Ahh... é claro... eu estou em casa... minha vila, meu amigo. Como pude esquecer? -Ele tira a camisa para também entrar no lago, ele anda até a água ficar na cintura e parece levar um choque de realidade.

–Espera! Você não é o Yukio-kun! Ele nunca me pediria para entrar em um lago! -Nesse instante o garoto puxa-o para o fundo, Hank se sente ser afogado.

///

–Que merda você "tá" fazendo com ele?! -Pergunta Elias disparando uma flecha em Yuki, mas ele a pega no ar com seu chicote. Hank estava se debatendo no chão tentando pegar ar.

–Isso é apenas um de meus truques. -Yuki sorri.

///

Yukio empurrava-o para o fundo, por um momento Hank para de se debater para pensar um pouco, o garoto pensando que ele havia finalmente se afogado o solta. Hank agarra o braço do garoto e torce seu pescoço sem o mesmo ter tempo para reagir.

E a ilusão é desfeita.

///

Hank estava completamente suado e sem fôlego.

–Como assim você conseguiu sair da ilusão?! -Pergunta Yuki.

–Você errou ao usar algo que já acontecera em minha vida, mesmo sendo o pior momento que eu já vivera, e mesmo eu querendo que aquilo acabasse de outra forma, eu sabia como reagir. -Explica Hank ainda recuperando o fôlego.

–Maldito! -Yuki lança o chicote em direção a ele, mas Hank desvia.

–Meu irmão, fui chamada de traidora por um companheiro, isso para mim é ultrajante, será que vocês me permitiriam essa luta? -Pergunta Elisa apontando para Yuki.

–Claro, mas se qualquer coisa acontecer, qualquer coisa mesmo. Pode gritar meu nome que eu venho correndo certo? -Pergunta Elias preocupado.

–Claro claro, vai logo. -Elisa tira duas facas de seu cinto. -Não me faça repetir.

–Podemos deixar com ela? Esse negócio de ilusão é bem perturbador. -Diz Hank seguindo Elias em um único corredor que havia na sala.

–Ela consegue se virar, eu confio em minha irmã, -Ele sorria enquanto falava, se lembrando dos velhos tempos. -aquela garota e eu já lutamos inúmeras vezes, ela vai ficar bem.