New Army - Interativa

Começo do Erro -parte 1


–Olá meus filhos, papaizão voltou! -Grita sir. Briston ao adentrar seu esconderijo, se deparando apenas com uma grande sala vazia e silenciosa.

Tsc, aqueles moleques foram lutar sem minha ordem, bem... eles sabem pensar por si sós. -Pensava o capitão, nunca havia parado para perceber o quanto aquela sala de paredes rochosas era enorme, estava sempre cheia com seus subordinados brigando, bebendo, se divertindo. -Ainda assim, nada disso é problema meu. -Ele ascende um cigarro e se encosta na porta do esconderijo, deslizando suas costas na mesma até sentar no chão frio. -Elisa, não deixe esses idiotas se matarem, por favor.

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Droga! Droga, droga droga droga! Acabei ficando tempo de mais com ela e me esqueci completamente da batalha! Merda... Se eu acabar chegando muito atrasado Azolf vai me matar! -Ele se depara com um grupo de pessoas que corriam apressadas na mesma direção que ele próprio. -...Será que assim como leopardos, eles procuram seu destino? -Ele chega mais perto dessas pessoas e percebe que eram aproximadamente vinte homens e uma mulher na frente. -Hey! HEY! -A garota para e logo os homens também.

–O que quer? -Pergunta ela friamente. -Estamos com pressa.

–São subordinados do Sir. Briston certo?

–...Quem é você? -A garota o encara dos pés a cabeça, não entendia como alguém os reconheceria de tal maneira.

–Sou Azimut Albert Barlean Oleg Orchabal Brian de Bragança e Silverstone III, mas vou deixa-los me chamar de Sir. Lord Supremo Soberano de Todo o Universo!

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–Ei o poder dessa garota é bem problemático. -Resmunga Tony para Kuran enquanto transformava duas mechas de seu cabelo em abafadores de ouvido, mas o outro não o escuta por já estar de fones e com o volume máximo.

–O que? -Pergunta Kuran. -Essa garota tem problema matemático? -...Bem, fora isso que ele entendera.

Teresa não se importara de fato com aquilo, não pretendia acabar com a luta de uma maneira tão fácil apenas fazendo-os dormir. Ela transforma sua guitarra em um machado e começa a lutar com os dois.

Tony transformara seus dois braços em lâminas de espadas e tentava acertar a garota, Kuran apenas se afasta e analisa os ataques de ambos. Tony para de raciocinar direito, ele setia apenas ódio pela garota, por culpa dela seu amigo estava morto, por culpa dela Halt estava a apenas alguns metros de distância, porém, não era mais o garoto engraçado que expressivo que Tony conhecera, agora era apenas o corpo de Halt que lutava. O garoto sente sua visão escurecer e as coisas ficarem mais lentas, ele não perceberá que na verdade ela que ficara mais rápido. A garota a sua frente já mal conseguia parar seus golpes.

Para ele tudo estava silencioso por conta dos abafadores, ele então não ouviu quando Kuran começara a gritar seu nome, apenas voltou a si quando percebeu que estava não mais atacando a garota, mas sim flutuando a vários metros de altura enquanto Kuran observava-o como se analisa-se se já pudesse-o descer. Tony retira os abafadores.

–O que aconteceu? -Pergunta o garoto agora sendo levado de volta ao chão, por uma força que desconhecia, provavelmente o poder de Kuran.

–Bem... você ficou fora de si por alguns minutos, a garota quase te matou mas você parecia não sentir nada, na verdade estava bem equilibrado mas... -Kuran olha para trás, onde a garota que a pouco lutavam estava caída, não sabiam se ainda viva ou não. -Ela não é mais um problema por hora.

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–Ei, eu nem sei seu nome! -Exclama Houjou enquanto uma garota o atacava, era Ur Mitsuko, que o enfrentava com os olhos completamente sem brilho. -Isso não é justo... não queria lutar com você... -A garota o ignorava e continuava a lançar bolas flamejantes sobre o garoto que as lançava de volta copiando a técnica de Kuran, a garota então cancelava as esferas e assim continuava, completamente sem fim.

–Ei, me escuta, para com isso! -Grita o garoto, vendo que nada surtia efeito ele copia a habilidade de Tony e transforma um de seus braços em uma motosserra e o outro em um grande escudo que cobria-lhe quase todo o corpo. -A garota desvia de sua investida e puxa seu pé fazendo-o cair, a garota sobre em seu tronco e prende seus braços sobre as cabeças. Houjou começa a se debater em desespero.

–Ei, EI EI EI! Eu não posso morrer assim! Me solta! Hank! Hank! -Tentava gritar o garoto, ele via sua vida lhe passando por seus olhos, que começavam a se encher de lágrimas.

"-Parem de gritar seus merdas! -Grita o mesmo homem que brigava com a gente... por que eu to aqui? Eu queria estar em casa... -Número 13, sua vez! -Jony se levanta e anda até perto da grade, onde recebe sua refeição obrigatória.

Eu estava no meu canto da cela que dividia com oito outros garotos, nós recebíamos duas refeições por dias que nos eram dadas goela a baixo, nos obrigando a nos manter vivos. Não sei até hoje o porquê daquilo, mas naquele dia, ele apareceu para me salvar.

Ouvi alguns gritos vindos do corredor, e logo um homem de cabelos castanhos e olhos escuros adentra a sala arrastando um de nossos agressores pela camisa. Ele olha fixamente para o homem que estava obrigando Jony a comer e o mesmo para, o encara assustado e tenta correr, mas o desconhecido tranca a porta com um chute e lhe sorri, um sorriso de pura malícia, ele joga uma moeda para o ar e ela se transforma em um bastão dourado com lâminas de diamante, ele dá um golpe no homem (não entendi o porquê, mas aparentemente no lado esquerdo, evitando o coração).

O estranho vem até minha cela, e nos liberta, ele sorri para nós com pena e apenas diz:

–Meu nome é Hank Mellinger, eu não posso matá-los, vai contra meus princípios, mas sei que perderam completamente a vontade de viver. -Eu mesmo olho para os lados observando as feições de meus supostos colegas, todos pareciam mortos de fato. -Espero que encontrem algo pelo o que lutar. -E ele se vai. Eu queria ser como ele... Salvar as pessoas, é por isso que eu iria lutar!"

–Não se pode sempre esperar alguém para te salvar, temos que lutar com nossas própria força, pena que é jovem de mais para entender garotinho. –Sussurra Ur Mitsuko.

Como se recebesse uma descarga de adrenalina, Houjou sente seu coração bater mais rápido, ele para o golpe que seria desferido contra seu peito com o escudo e empurra a garota para trás com o mesmo.

–Realmente, eu não posso sempre depender dos outros, e nós às vezes, temos que usar a cabeça. –A garota sem compreender olha em volta e percebe inúmeras bolas de fogo a sua volta e Houjou às mantinha paradas no ar com a habilidade de Kuran, ele então as manda rapidamente em direção à garota que sem ter tempo para cancelar as esferas é completamente carbonizada.

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Jack cansara de com sua Katana atingir o escudo esférico de Johann, mas o mesmo parecia ter problemas em mantê-lo ativado enquanto recebia os golpes.

–E então, por que não explica seu “pensamento diferente” o que pretende fazer ao império após assumir o poder? –Jack com um grande salto sobe no escudo de Johann e lá se deita. Johann fica um tempo em silêncio observando o outro e explode seu escudo esférico, achando que conseguiria causar algum dano em Jack, mas o mesmo com seus sentidos apurados pula antes do mesmo o explodir e desvia a direção dos cacos com sua espada a uma velocidade impressionante.

–Ora ora, achei que pelo menos te acertaria com isso. –Johann Suspira. –Enfim, eu gastaria muita energia para explica-lo a você.

Johann ativa uma carta e inúmeros projéteis saem da mesma, com uma incrível facilidade Jack corta cada um deles ao meio, as duas metades passavam uma de cada lado de seu rosto após serem partidas.

–Tsc, impressionante Jack.

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–Você... –Observa Lea impressionada, estava cara a cara com aquele que dera a vida para salva-la na luta contra Johann há alguns meses atrás, Hayate Aien. Mesmo sendo seu inimigo, o outro se jogara na frente de um golpe do próprio Johann apenas para salva-la, algo digno de um cavalheiro, mas agora estava ali, sendo obrigada a lutar com alguém que salvara sua vida. –Hayate certo? Olha, eu não quero brigar com você, você me salvou, lembra? –O outro por um segundo a encara e depois ativa sua Teigo ficando dez vezes mais rápido que alguém normal, Lea mal consegue vê-lo sair de onde estava e o outro fora parar atrás dela, com a faca em seu pescoço.

–Preste atenção, dessa vez “eu” não estou aqui para salva-la. –Ao ouvir a frase, Lea lança um relâmpago exatamente onde o outro estava, Hayate cambaleia por alguns segundos e parecia atordoado.

Só isso? Se ele estivesse de fato vivo, agora estaria de fato morto! –Pensa Lea, e sorri de canto com o próprio pensamento.

–O que houve com o presta atenção? –Zomba Lea.

–Preste atenção. –Ele repete, Lea sem entender olha para onde Hayate encarava e percebe que uma flecha voava em sua direção, ela se abaixa rapidamente e a flecha passa voando próxima a sua cabeça.

–Elias, você tá louco?! –Exclama Lea, mas o outro estava muito ocupado para responder, nem ao menos havia notado que quase matara a companheira. –Que baita amigo.

Lea olha novamente para onde Hayate devia estar mas o garoto havia sumido, ela sente algo a perfurando no peito e a visão escurecer.

–Mas... como? –Ela coloca a mão sobre o peito e vê seu próprio sangue lhe manchando.

–Foi o que eu disse pequena, preste bem atenção.

Lea cai no chão.

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Elias se via perdido, não sabia como estavam os companheiros, se estavam bem, se algum havia morrido, mas não podia se preocupar com isso naquele instante, tentava com toda sua força lutar com Halt assim como alguns meses atrás, queria que houvesse alguma outra forma, mas dessa vez, seu melhor amigo estava de fato morto, não havia o que fazer e ele sabia disso, Halt o desviava suas flechas com facilidade, não estava nem ao menos pensando em algum plano como de costume, Elias apenas atirava enquanto se lembrava das vezes que já sorriu e já se encrencou junto a aquele com quem lutava.

–Halt... –Chama Elias, queria que o outro o respondesse, mas não como sabia que o faria, queria que o mostrasse que não estava de fato morto, que desse alguma desculpa para ter fingido esse tempo todo, mas não era possível, os mortos não podem voltar a vida.

–Se for para continuar lutando assim Elias, acho que eu preferia lutar com Tony.

–A zombaria de Halt o fez voltar a si, só então reparou que havia gastado mais flechas que o planejado, precisava manter a calma e prestar atenção, até pensar em algo, mas com aquele comentário uma falsa esperança se instaurou no peito de Elias, era um comentário que Halt plausivelmente faria, como se parte dele estivesse ali, como se parte de todos eles ainda estivesse, ali. –Os mortos não voltam Elias. –Assim como chegou logo a esperança foi embora, só então percebera que os olhos de Halt que costumavam exalar calor e alegria, agora pareciam mortos.

–Sim, de fato. –Responde simplesmente com o peito ainda com um grande peso melancólico.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.