- Eu não sei se voce se lembra de mim, mas eu conversei com voce hoje lá na... - falei, completamente nervosa, e morrendo de medo dele dizer não.

- Ah, sim! Claro que eu lembro de voce! Que bom que você me ligou! - ele me interrompeu - e aí, como você está?

Eu estava melhor do que eu nunca estive em toda a minha vida. Eu queria começar a gritar no telefone.

- Estou ótima, e você? - falei, me segurando para não surtar

- Melhor agora! Gostou de hoje? - ele perguntou

- Eu amei, você nem faz ideia do quanto. Obrigada por me receber.

- Ah, foi um prazer.

Aquela voz rouca estava me encantando. Como podia existir alguém tão perfeito nesse planeta? E como eu teria tamanha sorte de estar conversando com ele?

- Mas então, vai fazer alguma coisa hoje? - ele perguntou - eu ficarei hoje à noite de folga, e gostaria de uma companhia para me mostrar as coisas legais daqui.

COMO ASSIM HARRY EDWARD STYLES ESTAVA ME CHAMANDO PARA SAIR? ESTOU VIVA?

- Não tenho na-nada planejado - gaguejei, de tão nervosa

- Você podia passar aqui no hotel pra gente dar uma volta, o que voce acha? - ele perguntou, com aquela voz mais sedutora o possível

- Eu iria adorar, mas voce realmente acha isso certo? Digo, alguém pode nos ver...

- Relaxa que eu tenho minhas táticas - ele deu uma risada

Em seguida ele me passou o endereço do hotel em que eles estavam, que por sinal não era muito longe da minha casa. Me explicou que assim que eu chegasse no hotel, para me identificar na recepção pois ele deixaria um recado aos seguranças permitindo a minha entrada, já que tinham algumas fãs na porta do hotel.

- Então nos vemos mais tarde? - ele perguntou

- Claro - respondi

- Ok então, até mais linda

- Tchau - eu disse, desligando o telefone. Ele me chamou de linda. Dei um grito de felicidade e comecei a pular feito uma idiota.

Eu teria que encontrá-lo duas horas depois. Duas horas. Duas horas para eu ver o garoto dos meus sonhos novamente, e ainda por cima sair com ele. Aquilo não podia ser verdade. Eu achava que estava sonhando... de novo.

Contei para meus pais que eu iria para a casa da minha amiga contar como tinha sido meu dia. Eles não levaram o papo muito a sério, mas deixaram eu ir. Se eu falasse que iria a um encontro com o meu ídolo eles provavelmente iriam achar que eu estava louca e me internariam.

Me arrumei - após longas e longas trocas de roupa - e então chamei um taxi que me levaria até o hotel. Cada minuto que passava eu ficava mais nervosa.

Assim que cheguei no hotel, tinham dezenas e dezenas de fãs na porta, gritando e cantando. Me senti tão estranha porque eu era uma delas, e iria sair com o ídolo deles, que no caso também era o meu ídolo.

Me identifiquei ao segurança logo na porta, que me deixou entrar no hotel. Tentei me segurar para conseguir andar já que eu estava completamente nervosa. Ouvi algumas meninas me xingarem quando eu consegui entrar lá. Tentei ignorar.

Ao chegar na recepção, um segurança me levou até o restaurante do hotel, onde lá eu consegui ver um garoto com os cachos mais perfeitos do planeta sentado de costas pra mim, na bancada de um barzinho que havia lá.

Era ele.