3 anos depois

Eu chorava dentro do banheiro. Vestida apenas de sutiã e calcinha.

- Nikke sai dai – Anne gritava do lado de fora – Você vai se atrasar.

- COMO EU POSSO ME CASAR SE O VESTIDO NÃO QUER ENTRAR – gritei de volta.

Hoje era o dia do meu casamento e tudo que tinha pra dar errada estava acontecendo. Primeiro foi o bolo que deveria ser branco e dourado, mais veio um bolo de algum aniversário gótico, depois foram às flores, eu tinha encomendado rosas vermelhas e brancas que murcharam não sei como e agora eu não entro no meu vestido de noiva.

- Alexandra Dominique sai já desse quarto – gritou minha avó do lado de fora.

- Não – gritei revoltada como uma criança de 5 anos e não uma mulher de 18, mãe e que estava preste a se casar.

- Se você não sair agora vou por fogo nesse lindo Valentino que eu arranjei pra você – disse ela.

Abri a porta em menos de dois segundos. Minha avó segurava um pacote enorme escrito Valentino.

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- E se não couber? – perguntei.

- Vai ter caber – respondeu ela.

E coube. O vestido era leve, soltinho, com uma faixa embaixo do busto e uma alça cruzando meu colo. Meu cabelo estava amarrado no alto da cabeça com uma flor na lateral.

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- Mãe ... mãe – Thomas entrou correndo no quarto – Papai disse que se você não for agora lá pra fora ele vem buscar a senhora.

- Seu pai é muito afobado – falei ajeitando o véu. Olhei para o meu filho através do espelho, ele estava tão lindo vestido num terninho branco – Você tá um gatão amorzinho.

- Eu sei – disse ele convencido igual ao pai – Já andei catando umas gatinha que tem lá fora.

Anne e minha avó riram.

Thomas era muito parecido com o Tom, tanto na aparência como na personalidade.

- Tá muito gostosa tia Anne – eu não disse.

- Obrigada querido – respondeu ela rindo.

Anne estava noivo do Bill, depois de 2 e meio de namoro ele a pediu em casamento, um mês depois ela descobriu que estava e adiou o casamento para depois do nascimento das gêmeas Suzan e Savanah. Sua barriga de 5 meses mais pareciam uma barriga de 8 meses, Bill estava todo babão.

- E melhor a gente ir querida – disse vovô – Se não é bem capaz de o Tom vir buscar você.

- Pode apostar de que ele capaz disso e muito mais – concordei.

As mulheres me ajudaram com o vestido, o buque e tudo mais. O casamento seria nos fundos da nossa casa.

Depois do nascimento de Thomas, Tom e eu fomos morar numa casa só nossa. A banda ainda estava “desempregada”, então Tom passava muito tempo em casa cuidando do Thomas enquanto eu terminava meus estudos. Bill ficou conosco, mais na antiga casa dos gêmeos para nos dar privacidade. A mídia foi implacável com a minha gravidez, o carro do Tom foi pinchado por fãs, por mães de fãs. Quase não saímos de casa, e se saímos tinha todo um esquema de segurança. As coisas só foram se acalmar dois meses depois do nascimento de Thomas. Não podendo mais tachar Tom de pedófilo, explorador de menores, ou irresponsável, todos entenderam que nos amávamos de verdade, e que não era um simples jogo de marketing. Novos contratos para a banda surgiram e aos poucos a nossa vida foi voltando ao normal. Thomas e eu íamos a alguns shows dos meninos, viajamos com a banda. Thomas ganhava muitos presentes de fãs e todas queriam um foto com ele. Isso era bom, é bem melhor o amor do que o ódio.

Depois de terminar meus estudos eu resolvi me dedicar um pouco ao meu filho e meu querido futuro marido. Faculdade ficaria pra mais tarde, bem mais tarde, já que teríamos novos membros na família Macpherson Kaulitz. Tom ainda não sabia, seria um presente de casamento para ele, para nos dois na verdade.

Chegamos até o quintal que estava todo enfeitado.

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Meu pai me esperava perto da entrada, mais ainda escondido dos convidados.

- Está linda filha – disse ele beijando minha bochecha.

- Obrigada papai – falei com os olhos marejados.

E pensar que antes nos nem ao menos nos falávamos, e hoje ele é o meu melhor amigo. Assim como a minha que tinha casado de novo, e estava muito feliz com o seu marido Mike, e o meu meio irmãozinho Lucas de 2 anos. Papai também se casou com Tânia, ela estava gravida de 6 meses.

Respirei fundo me segurando firme no seu braço, Vovó arrumou Thomas que levaria as alianças.

A marcha nupcial começou a tocar e meu coração queria sair pela boca.

Quando o vi parado no altar, dando seu sorriso torto e muito sexy tudo sumiu. Eu só via ele, meu pai segurava meu braço para me impedir de correr.

Assim que meu pai me entregou ao Tom, ele me agarrou e me deu um beijo que não deveria ser para o olhar publico.

O padre limpou a garganta e os convidados riram.

- Foi mal seu padre – disse ele e o padre riu.

- O beijo é só no final papai – gritou Thomas e todos riram mais ainda.

Depois que todos se acalmaram o padre começou a cerimonia. Eu não escutava nada do que ele falava, estava mergulhada no amor que via naqueles lindos olhos castanhos e tinha certeza que o Tom estava do mesmo jeito.

- Senhorita Alexandra Dominique ...– começou o padre.

- Aceito – falei antes de ele terminar de falar e os convidados riram baixinho.

- Tom? – o padre perguntou simplesmente e todos riram mais ainda.

- Com certeza seu padre – disse Tom.

- As alianças por favor - disse o padre.

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Enquanto trocávamos as alianças dizíamos nossos votos. Eu pisquei para afastar as lágrimas. Ainda bem que a minha maquiagem é a prova d’água.

- Eu os declaro ... – antes que o padre parasse de falar Tom já tinha me agarrado.

Os convidados gritavam e riam. Foi uma loucura só.

Tom não queria quebrar o beijo e eu muito menos. Foi preciso o Bill nos separar e todos nos zuavam.

Fomos para a o outro lado do jardim decorado para a recepção

Cumprimentamos todos os convidados, vários fotógrafos andavam pelo salão tirando fotos de tudo e de todos. Na dança do casal troquei de vestido por um mais curto e um salto alto.

- Eu te amo – falei enquanto giramos pelo salão.

- Eu te amo mais – disse ele grudando nossos lábios e fiquei cega com os flashes.

- Ainda vai continuar me amando quanto tiver que levantar as 3 da manha para comprar sorvete de manga? – perguntei sorrindo.

Tom congelou no lugar me olhando de olhos arregalados.

- Você ... você – assenti e peguei umas das suas mãos e coloquei sobre meu ventre onde já podia sentir a leve protuberância ali.

- Eu tô gravida – falei deixando escapar algumas lagrimas.

- Eu vou ser pai de novo? – perguntou ele.

- Sim – respondi.

- EU VOU SER PAI DE NOVO– gritou ele assustando alguns convidados – EU VOU SER PAI NOVO ... EU VOU SER PAI DE NOVO.

Eu ria enquanto ele sai falando pra cada convidado que seria pai de novo. Todos riam felizes e nos parabenizavam.

Eu tinha uma vida feliz, não era perfeita por que nada é perfeito nesse mundo. Mais tudo o que tinha era perfeito pra mim. Sofri muito nessa vida e sei valorizar o que me foi dado.

Saiba dar valor as pequenas coisas, por que elas às vezes se tornam grandes felicidades.

Fim!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.