Capítulo 2

Pov Nikke

Depois do acidente com o Tom Kaulitz não aconteceu mais nada de interessante durante o vôo.

Sim eu sabia quem ele era, já tinha lido várias coisas sobre ele e foi isso o que me impressionou, por que pelo o que eu tinha lido e dava encima de qualquer mulher do sexo feminino e comigo não, ele foi educado, gentil, o que prova que as vezes a primeira impressão está errada.

Sérgio, meu motorista, já estava me esperando no portão de desembarque, ele não me cumprimentou, não perguntou como tinha sido a viagem nem, algumas pessoas achariam isso falta de educação mais ele só estava fazendo o trabalho dele. Papai não gostava de intimidade com a criadagem, como ele chamava. Aprendi isso quando eu tinha 7 anos, ele demitiu a minha bábá por me ouvir chamar ela de mãe uma vez, depois daquele dia eu nunca mais a vi, então eu passei a agir exatamente do jeito que ele queria para não prejudicar as pessoas que precisavam tanto do emprego.

Sérgio pegou as malas, arrumou todas no carro e fomos embora. Cheguei em casa e é claro como sempre não tinha ninguém. Papai deveria está no trabalho como sempre e mamãe deveria está por ai colocando um belo par de chifres nele. Não entendo por que eles ainda não se separaram depois de 14 anos dormindo em quarto separados, brigas constantes, escândalos, principalmente da parte da minha mãe. Acho que eles só não querem ter que ceder as exigências um do outro como exigi o divorcio, mamãe principalmente, ela adorava ser parte da alta sociedade, jantares de caridade chiques, viagens, roupas de marcas, jóias caras, então caso ela se separasse de papai concerteza ele daria um jeito de deixar ela com menos dinheiro possível.

O apartamento onde morávamos ficava no prédio mais chique e mais caro da cidade.

Antes quando eu era pequena moramos numa mansão enorme, mais mamãe com a sua mania sempre querer mostrar que tem dinheiro, fez papai comprar o prédio e então nos mudamos para a cobertura que segundo ela valia 1 milhão de dólares. Mais você deve está pensando que idiota largaria uma mansão maravilhosa para viver num apartamento que não vale nem a metade da mansão¿ Só que a questão é que não tinha nada haver com comodidade e sim o desejo da minha mãe de se vangloriar do dinheiro, por que quase todas as amigas dela moram nesse prédio ou tem alguma pessoa que ela gostaria de impressionar.

Sérgio levou as malas para o meu quarto e depois foi embora. Minha avô me ajudou a decorar esse quarto. Ele é todo decorado em lilás com detalhes brancos, uma cama enorme, um sofá que ficava perto da janela, que tinha um linda vista para um pequeno parque que ficava entre os grandes prédios, quadros lindos e tudo mais que eu tinha direto.

Isso depois de uma discussão feia com a minha mãe que queria contratar uma decoradora para fazer a decoração do quarto, além disso ela queria que fosse tudo em azul escuro para combinar com o resto da casa.

- O quarto não é pra fazer o seu gosto e sim o da minha neta – falou vovó com desprezo– Se quer tanto que tudo aqui combine com a casa você deveria arrumar as malas e voltar para o bordel de onde você saiu, por que luxo não combina com prostitutas.

Depois disso mamãe desistiu de contratar a decoradora, ela odiava vovó pois sempre que tinha oportunidade ela a lembrava de um passado que ela escondia a sete chaves.

Eu não teria vergonha do trabalho da minha mãe, as vezes precisamos de dinheiro para nós sustentar até conseguir um emprego instável, mais ela não entrou nessa por que precisava do dinheiro para não passar fome ou qualquer outra necessidade, ela virou prostituta por que assim tinha mais chances de conseguir da um golpe ( da barriga de preferência ) num milionários rico de quem ela pudesse arrancar tanto dinheiro quanto pudesse, e o escolhido foi o meu pai. John Macpherson, empresário famoso que a única coisa mais importante depois do dinheiro era a sua reputação de homem modelo. Então quando mamãe ameaçou ir aos jornais, com fotos dos dois em momentos íntimos e destruir sua reputação ele cedeu a chantagem e se casaram.

Pelos trechos que ouvi durante algumas brigas dele, ela sempre dava um jeito de colocar alguma coisa na bebida dele e depois eles transavam até que ela conseguiu engravidar e ai que papai não pode fazer nada mesmo para se livrar dela. Se envolver com uma prostituta não é tão ruim, agora ter um filho com uma prostituta seria o fim para o meu pai.

Ainda era noite em Los Angeles, 8 da noite pelo o que indicava o relógio na criado mudo, estava um pouco quente, então resolvi tomar um banho.

Ao contrário do quarto meu banheiro era todo decorado em preto e branco. Não combinava em nada com o quarto mais eu não ligava nem um pouco, eu achava ele magnífico e isso era tudo que importava.

Vesti um roupa confortável e fui atrás de alguma coisa pra comer antes de cair na cama.

Kristen estava na cozinha sentada assistindo a sua novela numa pequena TV, quando me viu ela deu pulo se levantando rapidamente tentando esconder TV.

- A ... a senhorita precisa de alguma coisa¿ - perguntou ela nervosa.

- Não tudo bem eu me ... – mais me calei quando ouvi a porta da frente bater, estava na hora de entrar no personagem – Eu quero um sanduiche de atum e tem que ser fresco, um suco de laranja espremido na hora e com adoçante. Estarei no meu quarto.

- Sim senhorita – disse ela um pouco desesperada.

- Vou esperar 10 minutos e se vou transpassar esse tempo está demitida – acrescentei sombriamente.

Fui para o meu quarto e encontrei papai no corredor.

- Onde está sua mãe¿ - perguntou ele numa voz sem emoção, sua rosto não demonstravam nenhuma emoção e seus olhos nunca encontravam os meus.

- Não sei, acabei de chegar – falei passando por ele como se fosse um mero estranho.

Ele não falou mais nada e entrou no seu quarto. Deitei na cama e liguei a TV, peguei meu laptop e fui ver meus e-mails. Tinha vários convites para desfiles de moda, coquetéis, eventos beneficentes, mais teve um que me chamou a atenção. Era um convite para um jantar na casa dos Nate.

Daniel Nate é o maior concorrente do papai no mundo dos negócios, geralmente papai sempre ia sozinho nesses jantares no covil do inimigo, só que eles mandam o convite para a secretária do meu pai e não para mim.

Levantei da cama e fui para sair do quarto quando a porta foi aberta pela Kristen.

- Pode deixar ai encima da cama que eu já volto – e acrescentei baixinho – Desculpe pelo teatro na cozinha.

Ela assentiu sorrindo.

Fui até o quarto do meu pai, bati na porta, já fazia uns 2 minutos que eu estava batendo quando ele abriu a porta um pouco irritado.

- O que foi Dominique¿ - perguntou ele.

- Daniel Nate me convidou para jantar na casa dele – apressei-me em dizer.

- O que¿ - disse ele friamente.

- Eu fui abri meus e-mails e estava lá um convite para amanhã na casa dele – falei cruzando os braços – Vou logo avisando que eu não vou , o senhor sempre vai sozinho nesses ...

- O problema é que eu não recebi nenhum convite dele – falei papai desconfiado.

- Bom então concerteza ele deve está tentando me usar para atingir o senhor – falei lhe dando as costa e voltando para o meu quarto. Antes de fechar a porta ouvi barulho de vidros se estilhaçando na parede.

Poderia ficar comovida com a sua raiva, se ela não fosse direcionada ao fato de que ele estava tentando encontrar algum podre do meu pai - o que concerteza tem muitos - e não ao fato de ele está usando a única filha dele pra isso.

Exclui todos os e-mails enquanto comia meu lanche, depois de escovar os dentes, fechei as janelas e cai na cama, desmaiando logo em seguida.