Neo Saint Moon Ares

Uma impactante revelação


Enquanto isso, outras coisas se passavam em Tóquio. Os heróis conheceram a Koga, o Cavaleiro de Pegasus do futuro, e à nova Rini, agora já uma moça na faixa dos 16 anos, e Nova Sailor Moon. No entanto, uma coisa que surpreendeu às Sailors foi saber que o Cristal de Prata tem uma joia irmã, que está desaparecida desde que a Rainha Serena se sacrificou para derrotar as forças do Negaverso e Ares, o deus da guerra. Mas que joia será essa, afinal de contas? E por sua vez, a Cruz do Norte, a insígnia de Hyoga, e lembrança materna do mesmo, também emitira um brilho misterioso.

LITA: É tudo muito impressionante isso... saber que o Cristal de Prata tem uma joia irmã perdida na Terra. Mas quem será que está com essa joia irmã, afinal de contas? - indaga.

MINA: Lembram do que disse o espírito da Rainha Serena? A pessoa que está com essa joia não é má.

SERENA: Será que ela pode estar com o Seiya... ou com um dos amigos dele?

AMI: É bem capaz, Serena.

REI: Então, se estiver com um deles, não precisamos nos preocupar. Menos mau...

SEIYA: Olá, Serena, olá meninas... - diz, chegando em Hikawa.

KOGA: Rini... enfim, voltei.

RINI: Koga, que bom!

Rini e Koga se abraçam, dando um beijo rápido diante de todos.

SERENA: Então ele é o namorado de Rini...?

RINI: Sim... é ele! Koga, o Pegasus do futuro.

SERENA: Futuro?!

SEIYA: Pois é, parece que eu já conheci meu sucessor.

SHIRYU: E ele veio nos avisar que Ares, no futuro, poderá ter nos vencido e conseguido mergulhar o mundo num holocausto nuclear.

LITA: Nossa... isso é muito grave! Um holocausto nuclear exterminaria por completo a vida na Terra.

SHIRYU: Por isso mesmo devemos estar prontos o tempo para enfrentar Ares, Lita.

Nisso, algo surpreendente acontece; a Cruz do Norte, pendurada no pescoço de Hyoga, volta a brilhar, e dessa vez, na frente das Sailors.

HYOGA: A cruz de minha mãe... voltou a brilhar... mas como...?

REI: Olhem... o crucifixo de Hyoga está brilhando!

LUA: Essa cruz... SIM! É ela!

ARTEMIS: A joia irmã do Cristal de Prata... nós a encontramos! - diz.

SHUN: O que... joia irmã do Cristal de Prata? Como assim, Artemis?

ARTEMIS: O Cristal de Prata tem uma joia irmã, só que nós achávamos que tinha se perdido ou destruído para sempre. O espírito da Rainha Serena nos apareceu e contou-nos a respeito, dizendo que ela estava aqui na Terra. E como a cruz do Hyoga brilhou, ela interagiu com o Cristal de Prata, que está oculto no corpo da Serena.

Aquela revelação deixa a todos ali surpresos.

IKKI: Então... isso quer dizer que...

SEIYA: Que o Hyoga terá que se desfazer de sua lembrança materna?

HYOGA: Eu... me desfazer da única lembrança que tenho de minha finada mãe? NÃO!! Não posso fazer isso! Não posso trair a memória de minha mãe - se assombra.

REI: Mas, Hyoga... se a sua cruz é uma joia irmã do Cristal de Prata, você precisa nos entrega-la. Acho que sua mãe ficaria feliz se você o fizesse, pois precisamos muito dela.

HYOGA: Mas ela... ela é muito importante para mim! Tem um significado muito importante, já salvou minha vida muitas vezes.

SHIRYU: Ele tem razão. A Cruz do Norte, por mais que tenha poderes incríveis, é algo de grande valor sentimental para ele. A única lembrança de sua mãe. Ele não pode se desfazer desse rosário assim, como se fosse algo que não faça tanta falta.

SERENA: Shiryu... mas a Rei está certa. Se for uma joia irmã do Cristal de Prata, ela deve ficar conosco.

Diante daquilo, Ami toma a dianteira.

AMI: Esperem! Ele tem razão. É uma lembrança de sua mãe, é muito importante para ele – se põe ao lado do discípulo de seu provável irmão.

LUA: Mas, Ami... a cruz dele pertencia à Rainha, e agora pertence à Serena por direito.

AMI: Não! A partir do momento que a Cruz do Norte viajou milhares de quilômetros desde a lua até a Terra, e foi achada pela mãe do Hyoga, passou a ser dela, até o dia que ela a entregou ao filho. Eu lhes peço; respeitem os sentimentos de Hyoga! Essa cruz é muito importante para ele.

Hyoga se comove com a postura de Ami.

HYOGA: Ami... você...

AMI: Hyoga... haja o que houver... estou ao seu lado sempre.

E ambos se abraçam, para surpresa dos demais.

HYOGA: Eu já sei – e retira o rosário com a cruz do pescoço - Ami, eu lhe peço... fique com ela.

Ami fica surpresa com a oferta de Hyoga.

AMI: Eu... ficar com a lembrança de sua mãe? Mas... por quê?

HYOGA: Ao me dar este rosário, mamãe pediu-me para cuidar muito bem dele, e no futuro, quando conhecer alguém muito especial, presentear esta pessoa com ele. Por alguma razão, vejo em você algo mais que especial, e por isso, lhe peço; fique com a minha cruz.

Gentilmente, coloca o rosário com a Cruz do Norte no pescoço de Ami.

AMI: Hyoga... não sei como, mas... muito obrigada – sorri um tanto envergonhada.

HYOGA: Ami... há algo mais que eu gostaria de lhe falar.

AMI: Algo mais... tipo o quê...?

HYOGA: Sobre seu irmão... é que eu... eu o conheço.

Aquela última declaração a deixa completamente surpresa.

AMI: Como?! Você... você o conhece? - indaga, estarrecida.

HYOGA: Mais que isso... seu irmão... ele é... meu Mestre!

Nisso, retira do bolso da calça um retrato tamanho carteira, com a foto de Camus trajando a armadura dourada de Aquário. Todos ali veem a foto de Camus, como ele está agora, já adulto.

SERENA: Nossa... então esse na foto... é o irmão de Ami?

AMI: Irmão... ele está vivo... - e desmaia.

TODAS: AMI!!!

SEIYA: Acalmem-se, deve ter sido a emoção em saber que o irmão que ela julgava ter morrido anos atrás está vivo.

KOGA: Isso mesmo! Logo ela vai despertar.

HYOGA: Vamos deita-la numa esteira no interior do templo – diz, carregando Ami nos braços, ao estilo princesa.

Dentro do templo, Ami era mantida deitada numa esteira, até que recobre a consciência. O choque em saber que seu irmão, até então falecido para ela, está vivo, foi grande.

SEIYA: Francamente, Hyoga, tinha que falar daquele jeito para ela? Olha só o que aconteceu! - ralha.

SERENA: Seiya, ele fez o que era preciso. Não é justo a Ami continuar achando que seu irmão está morto, quando em verdade está vivo – apazigua.

HYOGA: Isso mesmo, Serena. E cedo ou tarde, ela saberia que meu Mestre, aliás, seu irmão, está vivo. E mais que nunca, precisamos fazer a reunião entre ambos.

LITA: Depois pensamos nisso, gente. No momento, estamos em guerra contra esses bandidos a serviço de Ares. Eles requerem mais atenção nossa.

Eis que eles veem que Ami começa a despertar.

SHUN: Olhem, ela está despertando...

RINI: Que bom! - sorri.

AMI: MMMMMMM ai... o que aconteceu...?

HYOGA: Ami... que bom que você acordou – a abraça.

AMI: Hyoga... e o meu irmão? Onde ele está? Quero muito poder vê-lo – se aflige.

HYOGA: Ami... seu irmão só pode estar, agora, num único lugar; em Atenas, na Grécia. Lá é a nossa principal base de operações.

LITA: Esperem um pouco... outras amigas nossas foram para lá, há alguns dias, cumprir uns compromissos profissionais. E já deviam estar de volta, mas, até agora, nada de retornar a Tóquio.

SHIRYU: Só espero que elas não tenham sido atacadas pelos berserkers de Ares... e se eles apareceram mesmo assim, espero que os Cavaleiros de Ouro, do qual meu Mestre, e o Mestre do Hyoga, fazem parte, tenham aparecido para protege-las.

De fato, o Dragão está certo. Dohko e Camus, assim como Shura e Saga, apareceram na hora para salvar as Outer Senshis, pelas quais se apaixonaram, e agora estão a protege-las.

Nesse momento, algumas coisas se passavam no Parthenon. Dohko estava de volta em seu templo, em Libra. Estava a dar uma lubrificada nas poderosas armas que constituem sua armadura. Em seguida, faz alguns testes nelas, e a cada movimento de suas armas, raios estelares saíam.

DOHKO (pensando): Minhas armas estão mais afiadas que nunca – e pensa em Setsuna – em toda minha vida... nunca antes vi uma moça tão maravilhosa como é Setsuna. Linda, culta, inteligente...

SETSUNA: Olá, Dohko, testando suas armas? - diz, ali chegando.

DOHKO: Ah, olá, Setsuna – diz, sorrindo – sim, preciso estar pronto para entrar em ação sempre.

SETSUNA: Dohko... você, além dos seus amigos Cavaleiros, tem família ou outros amigos por fora? - indaga.

DOHKO: Família não, mas tenho outros amigos. Tenho um discípulo chamado Shiryu, a quem treinei desde criança, e tinha uma moça a quem criei também, chamada Shunrei, até que... - pausa.

SETSUNA: E o que aconteceu com essa moça que você criou?

DOHKO: Eu... eu a... EXPULSEI! - diz, com voz triste.

SETSUNA: Oh... mas o que houve? O que foi que ela fez?

DOHKO: Shunrei e Shiryu eram namorados, ele tinha planos de um dia com ela casar, mas... há pouco tempo, ele e eu flagramos Shunrei com um outro cara, um turista sérvio. No auge da minha raiva, por ela nos ter enganado, eu a bani de Rozan. Talvez eu tenha exagerado, mas... na hora da raiva, a gente não consegue raciocinar, simplesmente agimos.

Com um semblante triste, fecha os olhos e bota as mãos na cabeça, pensando se foi mesmo certo ter banido Shunrei de Rozan.

SETSUNA: Dohko... não se culpe por isso. Você fez o que foi preciso. Essa moça a quem você criou é uma ingrata, traiu sua confiança, assim como traiu a seu discípulo. Não merece a confiança de vocês. Você tomou a decisão que lhe foi mais correta.

DOHKO: Setsuna... - eis que ambos abraçam um ao outro.

Enquanto isso, outras coisas se passam em Gêmeos. Saga estava muito feliz por ter conhecido Hotaru, a quem acredita ser a moça certa para lhe trazer a felicidade, mas estava também pensando na longa ausência de seu irmão, que fora a Tóquio investigar o paradeiro da família de Camus.

SAGA (pensando): Por que o Kanon não voltou até agora? Faz dias que o Shion o mandou ao Japão investigar o paradeiro da mãe e da irmã de Camus, e não tivemos mais notícias. Não estou gostando disso... espero que ele não nos tenha traído novamente, como daquela vez...

Melhor não se precipitar, Saga! Seu irmão voltou a ser um dos Marinas de Poseidon, mas continua a investigar sobre a família de Camus.

HOTARU: Oi, Saga, está pensando em algo? - indaga, ali chegando.

SAGA: Ah, é você, Hotaru – sorri – sim, é que o meu irmão gêmeo saiu, uns dias atrás, rumo a Tóquio, foi investigar o paradeiro da família de um amigo nosso, que não pôde sair daqui.

HOTARU: Hum... e se trata da família de quem?

SAGA: É a família do Camus – diz.

HOTARU: Camus... aquele com poderes de gelo. Nossa... não sabia que vocês tinham família...

SAGA: De fato, a maioria de nós não tem mais. No meu caso, meu único familiar é meu irmão gêmeo, o Kanon, que está ausente. E Camus, pelo que nos disse, ainda tem a mãe e a irmã mais jovem vivas. Ele achava que tivessem morrido num acidente aéreo na Sibéria, quinze anos atrás.

HOTARU: Nossa, que triste isso... mas, se elas estão vivas, espero que o seu amigo possa abraçar novamente sua família - eis que segura a mão de Saga, para surpresa dele.

Pelo visto, as Outer Senshis demonstravam corresponder aos sentimentos amorosos dos Cavaleiros de Ouro.

Em Capricórnio, algumas coisas se passavam. Shura estava a olhar pela janala de seu templo, o céu estava bem claro, temperatura amena. Sentia-se como se estivesse em Madrid.

SHURA (pensando): O tempo está muito agradável. É como se eu estivesse na minha querida Madrid... - e depois, deixa divagar seus pensamentos naquela que ele considera a mais bela dama do mundo.

Nisso, eis que alguém ali entrava. Era Haruka!

HARUKA: Shura... está pensando em algo? - indaga.

SHURA: Ah, olá, Haruka... é que olhando pela janela, de repente me trouxe recordações de quando vivia em Madrid, antes de ser um Cavaleiro de Atena.

HARUKA: Interessante... já estive em Madrid, onde participei de um racing. Na ocasião, acabei ficando em terceiro lugar no pódio.

SHURA: Há quanto tempo você está no mundo das corridas? - indaga.

HARUKA: Há cinco anos. Já corri em vários países, exceto nos países árabes. Já fui convidada, mas recusei, pois não aceito o fato de ter que me cobrir totalmente, como mandam as leis islâmicas - diz.

SHURA: Entendo... você tem família? - indaga.

HARUKA: Infelizmente não. Minhas amigas são minha família, desde que perdi meus pais ainda criança.

SHURA: Posso dizer que temos alguns pontos em comum um com o outro.

Haruka sorri para Shura. Pelo visto, o espadachim espanhol também encontrou seu grande amor.

Em Aquário, outras coisas se passavam. Camus, sentado em sua cama, pensava nos últimos acontecimentos, no seu encontro com Michiru, o fato dela possivelmente ser a filha de Poseidon, a quem jurou proteger, e também no desejo de poder abraçar a mãe e a irmã caçula que acreditava ter perdido, anos atrás.

CAMUS (pensando): Estou estranhando muito a ausência de Kanon... ele já devia ter voltado com notícias. Isso não está me cheirando bem!

MICHIRU: Oi, Camus, está nervoso? - indaga, chegando ali.

CAMUS: Michiru... não, que isso. Quer dizer... um amigo nosso saiu uns dias atrás para uma investigação em Tóquio, e ainda não voltou até agora.

MICHIRU: Tenha um pouco de paciência, logo ele aparecerá com alguma novidade – e senta ao lado dele – bem... além de seus amigos aqui... você tem família?

CAMUS: Bem... eu morava com meus pais e minha irmã caçula, até que...

E narra sobre o acidente na Sibéria que mudou totalmente sua vida.

MICHIRU: Nossa, que triste isso – se comove – sinto muito por sua família - o abraça.

CAMUS: Mas há a possibilidade de que minha mãe e minha irmã estejam vivas – e mostra-lhe uma foto dele ainda garoto, com os pais e a irmã ainda bebê.

Ao ver a foto, Michiru fica bastante surpresa.

MICHIRU: Mas essa moça... SIM!!! Eu a conheço... Doutora Saeko Mizuno!

CAMUS: O que... então... você conhece a minha mãe? - indaga, surpreso.

MICHIRU: Sim! E conheço também a Ami, a filha dela.

Emocionado, o Mestre de Hyoga derrama umas lágrimas.

CAMUS: Como eu pensei... elas estão mesmo vivas! Obrigado, Michiru, agora não há mais dúvidas. Quero muito poder abraça-las, depois de quinze anos longe...

MICHIRU: Você vai abraça-las, sim, eu vou ajuda-lo a ter um reencontro feliz com sua família - o abraça, também em meio às lágrimas.

Em seguida, abre o estojo onde guarda seu violino, e toca um pouco para Camus, como forma de trazer um pouco de paz ao coração daquele homem, já muito atormentado. Desde que a vira tocar com a orquestra do músico Yanni, próximo ao Parthenon, o Príncipe do Gelo se encantara por aquela linda jovem, que mais parece uma ninfa marinha.

CAMUS (pensando): Michiru... sua música é tão linda... aliás, você é maravilhosa como um todo. Sinto-me cada vez mais afeiçoado a ti.

Pelo visto, o Mestre de Hyoga – e também irmão de Ami – agora tem mais um bom motivo para sorrir.