Neo Saint Moon Ares

Alianças e revelações


Depois que os heróis vencem os primeiros assassinos enviados por Ares, as Sailors levam os Cavaleiros e Saori até seu esconderijo, que fica debaixo da casa de jogos onde Serena e suas amigos costumam se divertir nas horas vagas. Seiya, que é um frequentador assíduo do fliperama em questão, fica surpreso ao saber que a tal base de operações fica debaixo de um de seus points preferidos.

SEIYA: Ora essa... a base de operação de vocês fica debaixo do fliperama que eu frequento... incrível! - se admira.

AMI: É verdade, Pegasus. Mas ninguém mais sabe deste lugar, além de vocês, que juraram guardar segredo – diz.

SEIYA: Sim, é verdade. Segredo é algo que nós, Cavaleiros, guardamos com as nossas vidas.

AMI: Sim, já vimos que vocês são mesmo leais...

Nisso, todos já estavam no interior da base de operações.

SERENA: Chegamos! É aqui que operamos tudo, pessoal – diz.

SHIRYU: Ora, é muito interessante esse lugar.

HYOGA: Sem dúvida, é muito engenhoso, imagino como levou tempo para isso ser construído.

Eis que chegam os mascotes das Sailors; Lua e Artemis.

LUA: Bem-vindos, novos amigos – diz.

ARTEMIS: Será um prazer poder contar com vocês.

TODOS: Os gatos... FALARAM?? - se assustam.

SERENA: Calma, pessoal. Lua e Artemis não são gatos comuns. Eles viviam na lua, no antigo Milênio de Prata.

LUA: Isso mesmo! Artemis e eu somos embaixadores do antigo reino lunar.

SHUN: Como... embaixadores? - indaga.

ARTEMIS: Sim, Andrômeda. Vivemos na Terra desde que a nossa antiga rainha sacrificou-se para vencer as forças malignas do Negaverso, e também o mal de Ares.

SEIYA: Então Ares também atacou o antigo reino lunar de vocês... miserável! - brada de fúria.

LUA: Sim! A Rainha Serena aprisionou Ares, usando todo o poder supremo do Cristal de Prata, mas isso custou sua vida, em seguida, morreu totalmente esgotada.

HYOGA: Que triste isso...

SHIRYU: O Cristal de Prata... meu Mestre já me falou a respeito dele. Uma joia com poderes fora da compreensão humana, que pode tornar tudo mais belo, mas, se mal usado, pode destruir o Universo.

ARTEMIS: Isso mesmo, Dragão.

REI: Sabe, ainda temos mais uma pergunta importante – e olha para Saori – Senhorita Saori... aqueles bandidos, mais cedo, a chamaram de Atena. Você, realmente, é Atena, a deusa grega da batalha e da justiça?

Vendo que estava diante de guerreiras de grande valor, e que toda ajuda será bem-vinda para uma futura batalha contra Ares, Saori decide abrir-se.

SAORI: Sim... eu sou Atena! Tudo começou há muitos anos, na Grécia...

E conta a história de sua vida.

AMI: Nossa! Então você, ao nascer, quase foi morta por um de seus próprios Cavaleiros? - indaga, perplexa.

SAORI: Isso mesmo, Ami. No entanto, Saga, o Cavaleiro de Gêmeos, estava o tempo todo possuído pelo mal do próprio Ares. Mas, ao que parece, como Ares não conseguiu me matar daquela vez, usando um de meus guerreiros como hospedeiro, agora ele tem a intenção de faze-lo pessoalmente, comandando um exército de berserkers.

DARIEN: Saori... se me perdoa a indiscrição... e esses outros Cavaleiros, onde estão? - indaga.

SAORI: Bem... da última vez, eles se sacrificaram todos em batalha para vencer Hades, o deus do submundo.

SHIRYU: Eles estão vivos novamente, Saori! O espírito da Rainha Serena os reviveu. Meu Mestre apareceu para mim, tempos atrás.

SAORI: É sério, Shiryu? - sorri – puxa... que bom!

No entanto, ela sente uma profunda tristeza vir daquele que é um de seus guerreiros mais fiéis.

SAORI: Shiryu... o que houve? Parece tão triste...

SHIRYU: Bem... é porque... Shunrei... ela... me enganou! Arrumou um outro candango, enquanto eu estava ausente.

Aquilo a deixa assombrada.

SAORI: Mas... como assim? Minha nossa, nunca imaginei que uma moça como a Shunrei fosse capaz de fazer algo tão mesquinho e baixo assim.

SEIYA: Nem eu imaginei que isso fosse acontecer, Saori. Logo ela, que sempre cuidou de todos nós aqui, quando voltamos feridos de nossas batalhas – diz, cabisbaixo.

LITA: Por favor, acalmem-se. Essa tal de Shunrei, no fundo, não era digna da amizade de vocês - e se vira para Shiryu – por favor, Shiryu, mantenha-se firme. Essa moça não era digna de você. Haja o que houver, outra moça há de aparecer para você, e devolver-lhe a felicidade. Você ainda tem seus amigos aqui, que podem ajuda-lo em tudo.

Eis que segura as mãos do amargurado Cavaleiro.

SHIRYU: Lita... muito obrigado – sorri para ela.

SEIYA: Ora, parece que nosso amigo tem uma futura pretendente – diz, baixinho.

HYOGA: Calma aí, Seiya! É muito cedo pra saber – diz.

SEIYA: Fala a verdade, Hyoga. Você também ficou ligado na moça de cabelos azuis, com jeito de intelectual – ri.

HYOGA: Seiya, que história é essa? Não se diz uma coisa dessas!

No entanto, logo se cala, pois Seiya estava certo. Hyoga também estava fascinado por Ami.

LUA: Bem, amigos, vocês, como juraram lealdade, manterão a localização desse lugar em segredo, sim? - indaga.

SHIRYU: Sim, Lua, assim será. Damos nossa palavra.

Depois de tudo esclarecido, os heróis deixam a base de operações subterrânea, já que ainda tinham muito que fazer ao longo do dia. No entanto, tinham a certeza que suas vidas, a partir daquele momento, nunca mais seriam as mesmas. Os Cavaleiros e as Sailors, que ainda estavam se conhecendo melhor, já tinham a sensação de estar a amar um ao outro, assim como Saori e Darien. Pelo visto, todos terão que proteger uns aos outros, já que Ares não medirá esforços para destruí-los.

Enquanto isso, algumas coisas se passavam no Parthenon. Camus, por seu turno, estava ainda mais confuso com a possibilidade de sua família, a quem julgava ter morrido num acidente aéreo, ocorrido na Sibéria, ainda está viva. Vinha tendo sonhos constantes com sua irmã mais nova e sua mãe.

CAMUS (pensando): Mais uma vez sonho com mamãe e com minha irmã... acho que é hora de parar de ficar aqui, em minha zona de conforto, e procurar por elas. Mas antes, preciso falar para todos os demais Cavaleiros de Ouro a respeito. Esses anos todos escondi este segredo de todo mundo, mas acho que é chegada a hora de me abrir com todos.

Instantes depois, estava na casa do Patriarca.

SHION: Como... você pretende revelar a todos os demais Cavaleiros de Ouro a verdade sobre seu passado, Camus? - indaga.

CAMUS: Sim, Mestre Shion. Acho que devo fazer isso, pois como somos todos uma Ordem, e uma Ordem é como uma família para um Cavaleiro, creio que não devemos ter segredos uns para com os outros.

SHION: Camus... - sorri o lemuriano – muito bem. Soldado...

Chama por um dos soldados que fazem a guarda da entrada do grande salão, e o manda ir até as demais casas zodiacais chamar os demais Cavaleiros de Ouro até lá. Minutos depois, todos – exceto Dohko, que estava em Rozan – se apresentam lá.

MU: Aqui estamos nós, Mestre Shion, conforme solicitado – diz.

ALDEBARAN: Qual o motivo dessa reunião? - indaga.

SHION: Amigos... Camus gostaria de falar algo muito importante a todos.

SHURA: Como... o Camus... dizer algo importante para nós?

DEATHMASK: Não me diga que você está apaixonado por alguém? - caçoa.

CAMUS: Atreva-se a dizer isso novamente, e eu o aprisiono num ataúde, seu engraçadinho! - grita, colérico.

DEATHMASK: Putz, não tem um pingo de senso de humor?

SAGA: Já chega, Máscara da Morte! Não brinque com coisa séria - ralha.

*gotas*

CAMUS: Aham... bem... esses anos todos que nós aqui somos Cavaleiros de Ouro, já tivemos muitos momentos bons, e também ruins, passamos por muitos perigos em nossas guerras santas contra os mais diversos inimigos de Atena. Muitas vezes sentimos o desânimo querer nos dominar, e sempre demos a volta por cima, pois somos Cavaleiros, acima de tudo. No entanto, somos também humanos, raciocinamos e sentimos...

MILO (pensando): Que bicho mordeu o Camus? Fala como um intelectual...

Se soubesse Milo que seu irmão de armas é muito mais que isso que ele está a pensar...

CAMUS: No entanto, hoje estou aqui para fazer uma revelação importante para vocês. Algo que, até o presente momento, somente o Mestre Shion e Dohko sabem – e tenta criar coragem pra falar – eu... eu... eu tenho... FAMÍLIA!!!

Todos ali ficam abismados.

TODOS: FAMÍLIA?! - indagam perplexos.

AIOLIA: Camus... isso é sério? Você tem família? Tipo... cônjuge e filhos?

CAMUS: Não, Aiolia. Não ainda... na verdade... quando eu tinha 12 anos, sobrevivi a um trágico acidente aéreo na Sibéria. Fui salvo pelo Mestre Shion. Mais tarde, depois que ele de mim cuidou, voltamos ao local da queda, e nada mais encontramos, a não ser os destroços do avião, quase totalmente carbonizados. Meus pais e minha irmã caçula não estavam mais lá. Esses anos todos, julguei que ambos estivessem mortos, mas, recentemente, andei a ter uns sonhos, que pareciam querer me dizer que, ao menos, minha mãe e minha irmã estão vivas.

Um breve silêncio toma conta daquele lugar.

SHAKA: Incrível... então você... você tem... mãe... e irmã... vivas!?

CAMUS: É bem possível que elas ainda estejam vivas. Se estiverem, quero muito poder abraça-las. Minha mãe e minha irmã são tudo para mim – diz, em meio às lágrimas.

Todos ali ficam sensibilizados com a situação de Camus. Para os Cavaleiros de Ouro, saber que um deles tem família é uma surpresa e tanto. Pelo visto, toda aquela frieza e insensibilidade por parte dele, no fundo, era para esconder essa sua outra parte; a parte sentimental. Camus se passava por um homem totalmente bruto e impiedoso, mas, no fundo, possui um bom sentimento dentro dele. A prova de que mesmo os brutos também amam.

AIOLOS: Então, nesse caso, sua mãe e sua irmã, caso estejam vivas, onde elas poderão estar, nesse momento? - indaga.

CAMUS: No Japão, elas são de lá. Eu nasci na França, onde meus pais chegaram a morar, mas depois, voltaram a morar lá.

AFRODITE: Fascinante... - diz, cheirando uma rosa negra.

SAGA: Mas como vamos fazer para localizar a família dele? - indaga.

SHION: Kanon... - chama o irmão de Saga.

KANON: Sim, Mestre Shion?

SHION: Você irá ao Oriente tentar saber algo a respeito da família de Camus – diz.

KANON: Sim, Mestre Shion, farei tudo para ajudar nosso amigo.

Será que Kanon conseguirá descobrir quem são a mãe e a irmã mais nova de Camus?

Mais tarde, algumas coisas aconteciam ainda na Grécia. Um avião aterrissava no Aeroporto Internacional de Atenas, e seus passageiros desembarcavam. Entre os passageiros, haviam quatro moças, oriundas do Oriente. Uma loira alta, de cabelos bem curtos, e vestida de forma não muito ortodoxa, de paletó e calça, como se fosse um homem, uma bela moça de cabelos cor oceano, uma moça de longos cabelos verde-negros e uma outra moça baixinha, a mais nova de todas, com cabelos negro e púrpura bem curtos, um ar de inocência. Tratavam-se de Haruka Tenoh, uma jovem piloto de corridas, Michiru Kaioh, a bela violinista, Setsuna Meiou, professora universitária e Hotaru Tomoe, sua aprendiz. Ambas também fazem parte do grupo das Marinheiras Lunares. Mas o que elas estarão fazendo ali na Grécia, justamente perto da base de operação dos Cavaleiros de Atena?

HARUKA: Chegamos, enfim... aqui é Atenas – diz – tão logo irei participar de mais uma corrida aqui. Mal posso esperar por isso...

MICHIRU: Também tenho um compromisso profissional aqui. Fui convidada a participar da orquestra que acompanha o músico Yanni. É uma honra e tanto para mim – diz, entusiasmada.

SETSUNA: Posso ver o quão vocês estão ansiosas por seus compromissos – diz – vim participar de uma conferência de física na Universidade de Atenas, e Hotaru estará comigo.

HOTARU: Sim, será uma honra e tanto para mim.

No entanto, mal sabem elas que logo terão que enfrentar os malignos berserkers de Ares, e também que conhecerão pessoas que hão de mudar para sempre suas vidas.

Pouco depois, algumas coisas aconteciam. Aiolia estava a conversar com Marin, a Amazona de Águia, sua amada. Fala sobre o que Camus dissera mais cedo, sobre o fato de ainda ter família.

MARIN: Como... o Camus... ele tem família?! - indaga, surpresa.

AIOLIA: Sim, Marin! Foi o que ele disse. Falou que esteve a ter uma possível premonição sobre sua mãe e sua irmã estarem vivas, após um terrível acidente aéreo na Sibéria, do qual ele sobreviveu, e que o tornou um de nós, posteriormente.

MARIN: Confesso que isso tudo é muito novo para mim. Nunca nenhum de nós conheceu sua família, todos os Cavaleiros são órfãos desde bebês, e tiveram que crescer sendo fortes e selvagens para sobreviver.

AIOLIA: Com Camus foi diferente. Até os 12 anos, ele era um garoto normal, até o acidente que o tornou um de nós. E agora, com a possibilidade de sua mãe e irmã terem sobrevivido, tudo pode mudar. Fiquei surpreso por ele nos ter revelado tal segredo, o qual escondeu durante muitos anos, e só o Patriarca Shion e Mestre Dohko sabiam a respeito.

MARIN: Mas como saberão quem são a mãe e a irmã de Camus?

AIOLIA: Shion mandou Kanon ir ao Japão investigar. Espero que ele consiga localizar a família do Camus, e acabar de vez com sua angústia. No fundo, Camus é um homem muito bom, essa frieza toda que ele demonstra era vergonha de assumir que tem família, e o quão a ama.

MARIN: Espero que ele possa encontrar e abraçar sua família. Torço muito pela felicidade de Camus.

Para Marin, o fato de saber que um dos Cavaleiros de Ouro tem sua família viva era uma surpresa. E agora, como será que isso vai terminar?

Em outra parte, Milo estava a conversar com Shina. Parece que ambos estavam a se entender. Shina parece já ter desistido de sua outrora paixão obsessiva por Pegasus.

SHINA: Camus... tem família?! - indaga, espantada.

MILO: Sim! Foi ele mesmo quem nos contou tudo, na presença do Grande Mestre Shion. E o próprio Grande Mestre, assim como o Mestre Dohko, eram os únicos a saber de tal segredo. Camus tem uma irmã caçula, e também mãe, ainda vivas.

SHINA: Mas ele nunca nos contou nada a respeito antes. Por que resolveu falar a respeito agora?

MILO: Porque nem mesmo ele sabia nada a respeito de sua família estar viva. Julgava que todos tivessem morrido num acidente aéreo na Sibéria, quando tinha 12 anos. Desde que a Rainha Serena nos salvou do vale da morte, após a última guerra santa, Camus passou a ter uns sonhos premonitórios, e pressionado por tais sonhos, decidiu assumir publicamente este segredo que sempre nos escondeu desde que entrou para a Ordem de Atena.

SHINA: E como farão para descobrir quem são a mãe e a irmã de Camus, e onde elas podem estar?

MILO: O Grande Mestre encarregou Kanon de ir pessoalmente ao Japão procurar por pistas. Elas são de lá.

SHINA: Tomara que ele tenha sucesso nessa missão...

MILO: Também espero, Shina.

Enquanto isso, em algum outro lugar, estavam reunidos os demais berserkers de Ares. No entanto, tomam conhecimento da derrota de Decurion, Belenos e Geron. Anteros de Suzaku, o líder do Esquadrão da Flama, do qual fazem parte os soldados tombados em combate, se enfurece.

ANTEROS: Maldição! Esses malditos venceram três dos meus guerreiros... mas como pode isso? - bradava.

FOBOS: Pelo visto, os Príncipes do Zodíaco e as Princesas Planetárias já estão colaborando um com o outro, e isso é muito mau.

DEIMOS: Não podemos deixar que eles tenham êxito, ou isso poderá comprometer o sucesso de Ares em destruir a Terra por meio das guerras e morticínios.

ENYO: E agora, quem irá vencer esses guerreiros?

???: Senhor Enyo... deixe por nossa conta – dizia uma voz.

ENYO: É você, Elon?

Eis que Elon, a quem Enyo mencionou, se apresenta.

ELON: Sim, Senhor Enyo... Elon de Tilacino a seu dispor. E também James de Coiote e Jano de Puma. Estamos aqui para servir a Ares hoje e sempre.

ENYO: Muito bem... como viram, infelizmente três dos nossos soldados tombaram em combate. Vocês não podem falhar, como eles falharam.

JANO: Não se preocupe, Senhor Enyo. Ainda que isso custe nossas vidas, iremos vencer esses malditos guerreiros. Eles não perdem por esperar.

JAMES: Vamos arrancar deles o poderoso Cristal de Prata para nosso grandioso Mestre Ares.

Ares estava mesmo pensando grande, e seus berserkers, idem. Estão todos de olho no poderoso Cristal de Prata, em poder de Serena. E agora, serão eles capazes de arrancar tal artefato das mãos dos heróis?