Neko Neko Len
Capítulo 8 - PARTE 1
Len – ON
Acordei e Rin ainda estava comigo, deitada quietinha. Ela dormia profundamente com um sorriso, nunca vi sorriso tão satisfeito. Eu achei melhor não acorda-la então sai do sofá tentando não a incomodar, o que foi um desafio impossível, já que ela estava abraçada em mim. Impossível para quem meu jovem?! NÃO PARA MIM!!! Tudo bem, eu sou demais. O telefone tocou e eu atendi.
Len: Alô?
Miku: Len? Aqui é a Miku, posso falar com a Rin?
Len: A Rin está dormindo.
Miku: Então vou falar com você.
Len: Não, eu tenho vou te fazer uma pergunta primeiro.
Miku: Hum... Ok diga. Mais seja rápido! A fada me falou que viu a Rin desmaiada na neve!
Len: Eu sei... Eu sobre isso que eu quero te falar. Ela estava me procurando...
Miku: ... O. Quê. Você. Fez.
Eu respirei fundo e contei tudo para ela. Então ela ficou em silêncio. Só senti um olhar frio direcionado. E ela estava do outro lado do telefone.
Len: Miku? Você morreu?
Miku: FICOU MALUCO???!!!!!!
Ela gritou tão alto que nem precisar encostar a orelha no telefone.
Miku: POR QUE RAIOS VOCÊ TINHA QUE DEIXAR A RIN????!!!
Len: Eu deixei um bilhete explicando que eu ia sair!
Miku: ESSE BILHETE PARECE MAIS UMA CARTA DE DESPEDIDA!!!! É IGUAL FALAR “Decidi que vou embora para sempre” SUA ANTA!!!
Len: Mais por que Rin ficou tão preocupada por eu ter saído?!
Miku: O primeiro motivo você terá que descobrir sozinho (o fato dela está apaixonada, seu idiota...) e o Segundo é que ela já ficou sozinha...
Len: O que...?
Miku: Eu vou te contar uma historia... Era uma vez uma garota chamada Rin Kagamine. Ela tinha um Pai e uma mãe, todos eles eram felizes juntos. Em uma véspera de natal a pequena Rin estava dormindo quando acordou a casa estava mais quieta do que o normal. Foi em todos os cantos do apartamento chamando pela mãe e pelo pai, ninguém respondeu. Um bilhete foi deixado na mesa, estava dizendo: “Cara, Rin. Nos tivemos que sair para uma viajem a negócios. Não se preocupe se não dermos muitas noticias... Vamos ficar fora por algum tempo. Nos te amamos muito. Mamãe e Papai.” A garota ficou sem fala. A pequena Rin saiu de casa chamando pelos pais até cair cansada na neve. Graças a ela por ter uma amiga que se importava bastante com ela. Os pais de uma azulada (eu) cuidaram dela como uma filha e a filha a tratou como uma irmã. Quando a pequena Rin ficou com doze anos, voltou ao seu apartamento, ela aprendeu a se cuidar (a ficar) sozinha. Quatro anos sem os pais e dois anos de solidão. Entendeu agora Len?
O quê? Como assim? A Rin... Foi deixada sozinha quando pequena e seus pais quase não deram noticias em uma véspera de natal... Ontem era véspera?
Miku: Você fez o mesmo que os pais dela. Ela achou que a “historia” tinha se repetido.
Len: M-Mais como ontem poderia ser véspera? O natal não é daqui a cinco dias?
Miku: Você precisar rever o calendário humano, Len... O natal é cinco dias no Mundo Neko. Ontem foi véspera de Natal...
Len: Se ontem foi véspera, hoje é...
Rin: É natal, Len...
Rin acordou e estava sentada no sofá, esfregando os olhinhos tentando acordar.
Rin: Quem é?
Len: Hã... E-eu vou deligar! Tchau!!
Desliguei o telefone rapidamente. E olhei para Rin que ficou meio assustada com o barulho que fizera o telefone. Fez um gesto com a mão para que eu me aproximasse e me sentasse ao seu lado.
Rin: Com quem você estava falando?
Len: Com a Miku. Ela ligou para falar com você, mais você estava dormindo, então...
Rin: Hum, entendi.
Eu não me contive e dei um beijo em seu rosto o que fez suas bochechinhas rosadas corarem. Afastei-me para olha-la e ela colocou a mão sobre o lugar onde tinha beijado. Ela olhou para mim confusa com meu ato, presumi.
Rin: O... O que foi isso?
Len: É só um jeito legal de te dar bom dia na manhã de natal. Uma previa de meu presente para você.
Rin: Você tem um presente para mim? O que é?
Ela se aproximou com os olhos brilhando como se fosse uma criancinha.
Len: É segredo. Vou te dar na hora certa.
Rin: Ah! Me conte!
Len: Você é ansiosa demais!
Rin: Paciência nunca foi meu nome! YAAA!!
Rin se exaltou um pouco (Um pouco?!) e pulou em cima de mim segurando meus pulsos no sofá. Ela estava rindo, um riso tão feliz.
Len: Feliz, né?
Rin parou de rir e olhou para mim.
Rin: Você não?
Len: Estou sim. Estou feliz por ter você aqui comigo.
Ela sorriu. Ela tirou as mãos de meus pulsos e saiu de cima de mim. Sentei no sofá e ela sentou no meu colo. Novamente isso.
Len: Rin, eu não sou uma cadeira...
Rin: Eu sei...
Ela beijou o canto da minha boca. Isso despertou um desejo de poder beija-la, só um pouquinho... A Rin estava me matando. Eu não poderia fazer isso! Eu tenho que esperar...
Len: O-O que foi isso?
Rin: É só um jeito legal de te dizer bom dia de natal também.
Corei e ela riu disso. Ela se levantou e foi até a cozinha quando o telefone e tocou e desta vez ela atendeu.
Rin: Alô?
Miku: Rin! Você acordou! Agora eu finalmente posso dizer o que eu queria diser antes de ser brusca mente interrompida. Eu quero te convidar para ir na minha casa hoje para a ceia de natal. Você pode vir agora para cá e tomar café comigo já que não tem comida na sua geladeira.
Rin: Como assim?!
Rin foi correndo para a geladeira e quando abriu não absolutamente NADA.
Rin: Estamos duros...
Miku: Eu sei. Quando as férias chegam, você compra mais mangas do que o normal porque está sem muitas coisas para fazer na sua casa, certo?
Rin: Você tem uma bola de cristal, não tem?
Miku: Não. Isso se chama auto conhecimento sobre os outros.
Rin: Você me assusta.
Miku: Eu sei. Então você vem ou não vem?
Rin: Claro que vou! Eu vou a todas as ceias de natal que você faz.
Miku: Então eu vou te esperar aqui. Até mais.
Rin: Até.
Rin desligou o telefone e olhou para mim determinada.
Rin: Len, vá se arrumar, vamos a ceia de natal da Miku!
Depois de tomar um banho contra a minha vontade e coloquei uma roupa adequada e coloquei um casaco e um cachecol e esperei por Rin. Ela estava com um suéter laranja, jeans brancos, cachecol e um casaco. Seu laço estava vermelho e verde, ela tem tantos laços... Andamos e conversamos muito até chegar na casa da Hatsune. Fomos recebidos por uma senhora com cabelos azuis presos em um coque.
Mãe: Ah, pequena Rin! Que bom você ter chegado!
Rin: Bom dia senhora Hatsune! Ah, Len! Está aqui é...
Len: Olá senhora Hatsune. Como está?
Mãe: Muito bem, pequeno Len! Obrigada.
Eu já a conhecia. A Miku era minha vizinha no Mundo Neko. Então eu via a mãe dela quase todos os dias. Ela é era uma senhora linda, simpática, doce e gentil. Assim como a filha. E ambos eram bem nervosinha também...
Rin: Burra Rin... Eu deveria saber! Todos aqui são nekos! Devem se conhecer...
Eu e Rin entramos e nos sentamo-nos à mesa para o café. Miku estava sentada enfiando um olho-poro na boca quando olhou para nos dois.
Miku: Rin! Len! Vocês chegaram!
Rin: Oi Miku! Bom dia!
Miku: Bom dia para você também! Bom dia, Len!
Len: Bom dia, Miku.
Sentamo-nos na mesa e vimos Miku comendo 10 vezes mais do que o normal. O que assustou um pouco. Muito.
Rin: Ãhn... Miku, por que tanta comida?
Miku: Não me culpe! Culpe-a! Por causa dela eu estou comendo assim!
Miku apontou para a barriga enquanto colocava um pãozinho na boca.
Rin: Então será “ela”?
Miku: Sim! Uma menina linda!
Rin: Que meigo!
Rin e Miku começaram uma conversa infinita sobre isso, o que me deixou sem fome alguma. Fui para a sala e me sentei no sofá. Vi Miku Levando a Rin para a cozinha. Um garoto de cabelos azuis se sentou ao me lado.
???: Oi, Len.
Len: Quem é você?
???: Não acredito que você não lembra de mim... Eu sou o irmão da Miku. Mikuo! A gente brincava juntos quando crianças.
Len: Eu sei. Só estava curtindo com a sua cara.
Mikuo: Estava? *Desconfiado*
Len: Não. Eu me esqueci. Desculpe.
Mikuo: Eu já sabia... Ei, quem era aquela que estava com você?
Len: É a Rin. Uma amiga.
Mikuo: Amiga gatinha.
Len: Epa!! Como assim?!
Mikuo: Ela é bem bonitinha.
Len: Pare de dizer coisas assim da Rin!
Mikou: Você está com ciúmes?
Len: Ciúmes?! Claro que não!
E eu nem imaginava o quê iria acontecer naquele dia...
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