—Pudinzinho eu não sei nadar! -O Coringa ouviu o eco do grito de Harley enquanto ela caia. -

—O QUE VOCÊ FEZ, SEU MORCEGO ESTÚPIDO! -Ele esbravejou, empurrando o mesmo, e logo pulando da ponte ao encontro de Harley. -

O Morcego permaneceu em seu lugar, apenas observando a aflição que se passava à sua frente.

Logo o Coringa sentiu o baque de seu corpo com a água gelada, e estremeceu levemente, mas logo mergulhou e começou a nadar procurando por ela.

Quando focou a visão, lá estava sua palhacinha, um vulto colorido entre as pedras, dentro de toda a escuridão no fundo do rio, ela estava bastante visível.

Harley tentava de tudo para alcançá-lo, debatia os braços na água cegamente, com seus pés presos em uma das rochas no fundo, não havia muito o que podia fazer, pois ela também não podia ver seu amado nadando em sua direção, estava muito escuro para que o fizesse. Mas por alguma razão, ele conseguia vê-la;

Harley sorriu quando sentiu um aperto em volta de sua cintura lhe puxando para cima, ela tentava bater as pernas mas era inútil, ela não sabia nadar.

Sem nenhum motivo lógico sua mente voltou diretamente para uma de suas melhores memórias, aquela noite os tanques químicos, quando ele pulou para resgatá-la, a noite que seu Coringa se tornou apenas seu.

A noite em que ela soube que ela pertencia somente a ele, ao seu Pudinzinho.

—Awn Pudinzinho, eu sabia que não me deixaria! -Harley ainda ofegava quase sem ar, mas sorria para ele, pulando em seu pescoço instantaneamente. -

—Nunca te deixaria meu amor, você sabe que eu faria qualquer coisa por você. -Ele retribuiu o beijo de modo feroz, não doce ou carinhoso, apenas com desejo. -

Quando retornaram à ponte, o Morcego já não estava mais lá, isso fez com que o Coringa ficasse atento, porém ambos sabiam que estavam esperando muito mais daquele encontro com o Batman.

Finalmente, lhes veio à tona, o Morcego também tinha um plano.

***

—O que estamos esperando James? -Harvey Dent já estava ficando impaciente, enquanto ele e o Detetive Gordon esperavam no terraço de um dos prédios mais altos de Gotham City. -

—Não é o que senhor Dent, e sim quem. -Respondeu James. -E por favor se acalme, nervosismo não ajuda nem um pouco com a conversa que estamos prestes a ter.

—Quem estamos esperando a essa hora afinal, neste lugar Detetive? O Presidente?!

—Não Harvey, muito mais do que isso.

—Apenas diga.

—Batman.

Neste exato momento, o Morcego pulou no terraço, ao lado de Harvey.

—O que conseguimos? -Detetive Gordon perguntou ansioso, esperando por alguma notícia boa. -

—Nada, por enquanto. Detetive, tudo o que eu tinha em mente para esta noite, era apenas um teste para o Coringa. Queria saber, ou melhor, ter certeza do quanto Arlequina vale para ela. E até onde eu sei ela pode muito bem ser a maior fraqueza dele, ou pelo menos uma de suas maiores fraquezas. -O Morcego revelou, fazendo Harvey bufar frustrado. -

—Então quer dizer que isto não valeu de nada?! -Harvey se alterou. -

—Isso não foi por nada Sr. Dent! Nós precisamos ter absoluta certeza dos limites do Coringa, precisamos ter certeza de até onde podemos pressioná-lo. -Gordon respondeu, fazendo um sinal silencioso para que Batman o desculpasse. -

—Continuarei com o meu plano Detetive, eu sei exatamente como fazer isso. -O Morcego garantiu, poucos segundos depois se atirando do prédio e desaparecendo na escuridão da noite de Gotham City. -

***

_Aquele Morcego estúpido! -Harley reclamava com uma vozinha infantil, enquanto se olhava no espelho e via uma marca roxa em sua coxa. -

—Não se incomode, ele irá pagar. -Coringa parecia entediado, enquanto observava Harley resmungar consigo mesma no espelho sobre os novos hematomas. -

—Pudinzinho, você ainda me ama? -Ela questionou se virando para ele bruscamente, dando as costas ao espelho. -

Ele deu uma gargalhada exagerada.

—O que quer dizer com isso meu Amorzinho? -O Palhaço se aproximou fitando-a curioso. -

—Quero saber, se isso não te incomoda. -Ela perguntou tristonha, apontando para a marca roxa em sua coxa que o Morcego havia deixado bem perto de sua tatuagem onde se lia "Puddin". -

—Oh é claro que não! -Ele logo respondeu, sorrindo com deboche. -Eu nunca deixaria de te amar, não importa quantas vezes aquele maldito inseto te machuque.

O Coringa não demorou a se aproximar de Harley, com aquele olhar que ela já conhecia tão bem, não era apenas malícia, era algo único de seu Pudinzinho.

—Lembre-se disso, não importa quantas marcas aquele Morcego maldito deixe em você....-Ele depositou um longo beijo molhado na clavícula de Harley que gemeu baixinho. -As melhores marcas, sempre serão as minhas, entendeu? -Ele logo prendeu o pescoço de Harley, envolvendo-a com sua mão direita, sufocando-a. -

—Harley, meu amor...Eu te fiz uma pergunta! -Ele apertou mais a mão em volta de seu pescoço e ela ofegou, mas deu uma leve risadinha. -

—Sim, Pudinzinho, eu entendi.

—Ótimo! -Ele riu. - Me responda novamente.

—Uhum. -Ela murmurou. -

Who is your daddy? -Ele sussurrou em seu ouvido. -

—É você Puddin.

Isso, você é minha Harley, minha! —Ele a beijou com violência e ferocidade, apertando o pescoço de Harley um pouco mais. -

—Eu sou sua Puddin, apenas sua.