Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos
A corrida
Capitulo 16- A corrida.
Estava chegando a casa com a moto quando tive uma idéia brilhante, um novo trote muito legal.
Coloquei a minha moto na garagem (sim, nós temos uma garagem), fiz ela voltar a ser a lambreta azul e branca de antes e entrei em casa.
Cheguei à cozinha com todo mundo comendo, para não mostrar que eu estava planejando algo fui comer como qualquer outro dia.
- Nathan conseguisse achar algum carro? – perguntou Luciana.
- Não, comprei uma moto.
- Uma moto? – perguntou Dean – Ela é melhor do que a do Dante?
- Ahnn... – fiz como se eu tivesse pensando.
- Claro que não, ele não conseguiria comprar uma moto razoável com o dinheiro que ele tinha – disse o Dante.
- Que tal irmos ver essa moto? – perguntou James.
Fomos para a garagem, alguns começaram a rir da minha moto, outros com pena seguraram o riso.
- O que foi? – perguntei.
- Desculpa te dizer isso, mas essa moto é muito antiga – disse o Dante.
- O vendedor disse que ela é a melhor do mundo – comecei a mentir.
O pessoal começou a rir ainda mais de mim depois do que eu disse, eles vão ficar surpresos.
- Ele te enganou. – falou o Erick.
- Claro que não, essa é a melhor moto – falei fingindo estar ofendido.
- Nathan você tem que admitir que foi enganado – disse o Dante.
- Claro que eu não fui enganado.
- Foi sim.
- Essa moto corre mais que a tua.
- Duvido.
- Corrida então? – perguntei.
- Corrida.
Estávamos na estrada na frente das casas dos aprendizes, muitos pararam para olhar a corrida.
Tinha uma linha de largada, onde eu estava com a minha “lambreta” e o Dante com a CG dele e a um quilometro dali estava a linha de chegada.
- Essa aposta é meio desonesta não acha Dante? – perguntou Sophie.
- Claro que não.
- O que vocês apostaram?
- Quem perdesse ensinaria a Luciana a dirigir.
A Luciana pedia há muito tempo que o Dante a ensinasse a dirigir, mas ele não queria ensinar ela porque na primeira vez que ela tentou conseguiu estragar o guidão, a roda da frente e o escapamento.
- Boa sorte então.
Ela foi ao meio das nossas motos para dar o sinal de largada.
- Tem certeza que não quer desistir? – perguntei.
- Claro que não.
Olhamos para a Sophie e acenamos, ela se preparou e abaixou as mãos.
Ouve um barulho de pneus cantando, o Dante já tinha saído e eu ficado.
- NATHAN O QUE VOCÊ TA FAZENDO? – perguntou Dean gritando.
“Esperando” pensei.
O Dante estava correndo muito com a sua CG, mas mesmo assim ele não conseguia passar dos 100Km/h, no mesmo momento que ele chegou na metade eu comecei a acelerar.
“Corra Storm Runner”
A minha lambreta brilhou e se transformou na minha adorada moto preta. Acelerei com tudo, a adrenalina estava nas minhas veias, tudo ao redor estava mais lento. A minha velocidade pulou de 0 para 200 antes de eu chegar na metade da pista, passei o Dante faltando ainda uns 300 metros para acabar a pista, ele olho para o lado e só viu um borrão passando por ele.
Quando eu cheguei na linha de chegada fiz um babalu, virei a moto e convoquei a minha roupa de motoqueiro com capacete.
Todo mundo olhou admirado para mim.
- Falei que essa era a melhor moto – falei quando o Dante passou pela linha de chegada.
- Isso foi injusto.
- Fazer eu correr com uma lambretinha não era?
- Isso é diferente.
- Tanto faz, agora vai ter que ensinar a Luciana.
Ele me olhou com uma cara de raiva que me deu medo.
- Nessa você me pegou, mas na próxima você vai ver – disse rindo.
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