Naquela noite fria

"Tire suas conclusões"


— Vocês tem que entender a Lucy e deixa-la em paz! – Bruce estava intercedendo pela irmã, estava farto da cobrança dos pais para com ela.

— Jamais ela tem que fazer o que eu manda – e senhor Stone foi rígido – eu sou o Pai.

— Filho ela tem que obedecer – a senhora Stone disse sorrindo – ser como você.

— CHEGA! – Bruce se exaltou e gritou – eu estou na faculdade sim – iria revelar seu segredo – mas não estou fazendo direito – ele suspirou – estou fazendo música.

— O quê? – os dois disseram.

— Ora seu moleque ingrato – o senhor Stone foi pra cima do filho mas parou no momento em que o telefone tocou.

— Alô? – a mãe de Bruce e Lucy atendeu o telefone – não pode ser por favor não – ela estava desespera e começou a chorar.

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— Mamãe não vem pro jantar – Katie disse quando vê Kendall entrando pela porta de casa – cadê a Mille?

— Ela disse que iria dar uma caminhada – Kendall estava com um sorriso bobo.

— O que você tem? – Katie se aproxima do irmão com um olhar desconfiado.

— Como assim? – Kendall tenta disfarçar.

— Essa sua cara de bobo – a pequena apontou o dedo pra ele.

— Eu é nada – o loiro coçou a cabeça – ta legal! – ele se deu por vencido – eu tô namorando a Jô.

— Ahh ta explicado – Katie ri e se joga no sofá da sala ligando a TV – eu to com fome vai cozinhar o jantar.

— Nossa ta bom – ele fez cara de indignado.

— Kendall – Katie encarou as próprias mãos, estava confusa com o que estava sentindo.

— Sim? – Kendall disse enquanto arrumava as coisas no balcão que dividia a sala da cozinha.

— Quando você gosta de alguém como saber se é recíproco? – ela disse rápido e fechou os olhos.

Kendall parou o que estava fazendo para raciocinar no que a sua irmã acabara de lhe dizer, estava surpreso com a pergunta e encarou ela que estava no sofá de costas para ele.

— Você está gostando de alguém? – ele disse um tanto preocupado – você não tem idade pra isso – o loiro era protetor.

— Não! – ela respondeu rápido – esquece – largou o controle da TV e subiu para seu quarto batendo a porta.

— Mulheres – Kendall suspirou.

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Camille estava caminhando pela praça, seus pés a guiaram para lá. Estava uma noite bonita e não tão gelada quanto o normal. Viu as pessoas se divertindo e as crianças brincando, sorriu. Estava se sentindo só e o fato de estar num beco sem saída no caso do assassinato de seu pai a deixava mais perturbada ainda. Se sentou em um banco que tinha lá e continuou observando.

— Café? – Jake o cara da cafeteria a surpreendeu .

— Você – ela disse fazendo um não com a cabeça para recusar o café.

— Posso? – ele fez menção de se sentar e a morena deu de ombros.

— Não achamos nada – ela optou por ser direta e também por ocultar a informação de que não ouve roubo.

— Você já reparou que depois que seu pai morreu os Mitchell voltaram pra cidade? – ele disse sem encarar Camille.

— O que está insinuando? – ela arregalou os olhos não teria motivo se não houve roubo.

— Tire suas conclusões – ele disse se levantando – também não tenho certeza de nada. Até.

Camille observou Jake ir embora e aquela possibilidade a perturbou , não o senhor Mitchell não poderia ter feito isso não era possível. Ela queria justiça não importando quem fez o que fez. Mas se o pai dela não roubou nada como seria possível o senhor Mitchell tê-lo matado? Estava confusa. Caminhou mais rápido em direção a sua casa. Quando finalmente chegou e abriu a porta viu Kendall e Katie se arrumando para sair.

— Onde vão? – ela pergunta e vê a preocupação na face de Kendall.

— Hospital – ele puxou Camille para ir junto com eles – Lucy foi atropelada.

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— Onde está minha filha? – a senhora Stone estava desesperada.

— Mãe calma! – Bruce disse tentando acalmar a mãe.

— Lucy Stone – o Pai deles disse a recepcionista.

— Ela está bem – o doutor chegou na mesma hora – teve fraturas leves, mas a pancada na cabeça foi forte o que pode ter ocasionado alguma sequela ainda não sabemos estamos esperando ela acordar.

— Quero ver minha filha – a mãe de Lucy suplicou.

— Por aqui – o médico disse.

Não passou muito tempo e os outros chegaram, Kendall, Camille, Katie foram os primeiros e logo depois chegaram Carlos, James e Jô.

— Viemos visitar Lucy stone – Kendall disse a recepcionista.

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— Como se sente senhora Garcia? – o medico perguntou a ela .

— Estou nervosa – ela disse segurando a mão do marido.

— Não se preocupe faremos o possível para que ocorra tudo bem – o médico disse sorrindo para confortá-la.

— Obrigado – o senhor Garcia disse – jamais poderei agradecer estão cuidando muito bem dela.

— Estou fazendo o meu trabalho – o medico sorriu – até amanhã para os últimos exames.

— Tudo bem – o senhor Garcia disse e o medico saiu – vamos ter fé.

— Eu sei, mas – ela fechou os olhos – promete que vai cuidar do nosso filho se eu morrer?

— Não diga isso! – o pai de Carlos sentiu o coração apertar.

— Promete – ela falou sério.

— Prometo – ele se aproximou e beijou os lábios da esposa.

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A mãe de James estava sentada no sofá da sala da mansão deles lendo um livre e ouve a porta bater interrompendo a sua leitura.

— Brook – era o pai de James – você vai sair dessa casa.

— O que? – ela levantou surpresa – o que está dizendo? Essa casa é minha!

— Não é mais – ele disse frio – arrume suas coisas e saia em 1 semana – subiu as escadas com raiva.

Brook sentou no sofá perplexa e logo pegou o telefone.

— Ele me expulsou de casa – ela disse ao advogado – temos apenas uma semana.

— Já está quase tudo pronto não se preocupe – o advogado disse – antes disso já estará tudo pronto.

Ela desligou o telefone e encarou a foto do filho no porta retrato e depois encarou a escada por onde o “marido” havia subido.

— Vamos ver quem vai sair dessa casa – disse por fim.

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Lucy abriu os olhos lentamente se acostumando com a claridade e o primeiro rosto que viu foi o da mãe.

— O que houve? – ela se levantou um pouco.

— Minha filha – a senhora Stone estava em prantos – Graças a Deus.

— Minha Lucy – o pai da ruiva também a abraçou e ela se surpreendeu fazia tempo que o pai não a chamava assim.

— Você não tem sorte mesmo – Bruce disse risonho.

— Você tá horrível – James disse e todos riram.

— Concordo – Kendall riu mais ainda.

— não to diferente de vocês – ela mostrou língua para eles.

— Vamos falar com o doutor – o senhor Stone disse ele e sua mãe e seu irmão saíram do quarto.

— Seus pais não reclamaram da gente aqui – Carlos disse.

— Pois é – Camille concordou e sorriu para a amiga que retribuiu iria esquecer a briga que tiveram.

— Que bom que está bem – Jô disse.

— Que susto em – Katie completou.

— Já que estão todos aqui – Lucy segurou a mão de Kendall – não quero esperar mais – ela sorriu – eu e Kendall nos beijamos antes do acidente e estamos namorando .

— O QUE????? – todos gritaram surpresos e a cara de Kendall foi no chão.