Era domingo, Camille estava olhando pela janela de seu quarto o dia nascendo não conseguira dormir devido as descobertas recentes. Estava farta e queria apenas a verdade, entender tudo de uma vez. Lembrou-se se seu pai.

— Ficou ótimo filha – o senhor Roberts disse abraçando a pequena de apenas 5 anos e a girando no ar.

— Obrigada papai – Camille estava sorrindo e feliz havia dado duro naquela peça – a mamãe não veio me ver – o sorriso sumiu dando lugar as lagrimas.

— Não ligue para isso – ele a olhou nos olhos – um dia você será uma grande atriz e todos irão ver – ele abriu um largo sorriso – minha pequena atriz.

Camille fechou os olhos contendo as lágrimas seu pai sempre apoiara seu sonho de ser uma atriz, diferente de sua mãe biológica as únicas lembranças que tinha dela eram as piores.

— Acordada? – Jennifer entra no quarto de Camille.

— Sim mãe – ela sorri e a senhora Roberts senta em sua frente na cama.

— Como se sente? – ela passou a mão no rosto da filha.

— Bem – Camille sorriu fraco com os olhos cheios de água.

— Querida eu sei que é difícil – a mãe disse – mas estamos juntos para passarmos por isso.

— Eu pensei que depois da morte do meu pai vocês iriam me deixar – Camille disse já não contendo o choro.

— Meu amor – Jennifer abraçou a filha – nunca faria isso sabe por quê? – olhou nos olhos dela – você pode não ter saído do meu ventre, mas eu não imagino minha vida apenas com dois filhos eu amo você.

— Eu também amo você mamãe – Camille a abraçou mais forte.

— E o James? – Jennifer perguntou

— Ainda não sei o que fazer – Camille encarou a janela.

— Pense com a razão e o coração – a mãe de Camille se levantou e beijou a testa da filha – assim vai tomar a decisão certa com equilíbrio.

Camille se dirigiu ao banheiro assim que sua mãe deixou seu quarto. Estava com o corpo dolorido e sem vontade de fazer absolutamente nada, ligou o chuveiro se despiu e sentiu a agua cair pelo seu corpo o relaxando, o frio que estava lá fora a faria não querer sair, mas precisava resolver as coisas em sua mente. Saiu do banho e pegou uma roupa quentinha, calça jeans escura, blusa vermelha com mangas longas e gola que cobria o pescoço, tênis preto e pegou um casaco, soltou os cabelos que estavam cacheados e brilhantes passou uma maquiagem leve. Kendall e Katie ainda estavam dormindo devido a ser bem cedo. Desceu as escadas e se despediu de sua mãe, resolveu por ir caminhando não queria ir de carro ou ônibus conseguiria pensar melhor se fosse andando. A cada passo se aproximava mais de seu destino o lugar onde gostava tanto de estar pois lá conseguia pensar direito.

— Teatro de Minnesota – sorriu.

Camille entrou e falou com o porteiro que era amigo de seu pai e sempre deixara ela visitar o local mesmo sem estar tendo algum espetáculo. Não ia ali desde a morte de seu pai, mas ela precisava. Entrou e olhou a imensidão daquele lugar, sempre sentia uma coisa nova mesmo já tendo estado lá milhares de vezes sempre ficava encantada. Subiu ao palco e sentiu que um dia seria ela ali estrelando como atriz em algum papel. Fechou os olhos aproveitando aquele momento.

— Sabia que estaria aqui – ela abriu os olhos ao ouvir a voz que conhecia.

— James – ela sorriu e ele subiu no palco – o que faz aqui?

— Estava te procurando – ele se aproximou dela – precisamos conversar.

— Certo – ela odiava esse “precisamos conversar” eles se sentaram ali mesmo no palco.

— Como vão as coisas com o Logan? – ele foi direto com ela que se incomodou.

— Se quer saber se já o ouvi sobre o que aconteceu para ele desaparecer a resposta é não – Camille disse sem rodeios – eu ainda não confio nele, ele pode sumir a qualquer momento outra vez.

— Mas você esta disposta a confiar – ele disse em meio a um sorriso.

— James – ela iria começar a explicar quando foi interrompida.

— Você está diferente desde que ele voltou – o Diamond a encarou – está sendo você mesma.

Camille parou, realmente isso era a mais pura verdade, mas se negava a acreditar e jamais iria admitir.

— Sempre fui eu mesma – ela disse desviando o olhar.

— A dor nunca é maior do que podemos suportar – ele disse se levantando e Camille o acompanhou com os olhos – lembra disso quando estiver prestes a tomar uma decisão.

James saiu pela porta do teatro, sim ele gostava de Camille e sabia exatamente o por que de todo esse sentimento. Estava parado na calçada em frente ao teatro.

— James? – Lucy estava ando e ao ver o Diamond parou tirando os fones de ouvido.

— Lucy – ele abriu um sorriso largo ao ver a garota ela estava com uma cara melhor – café?

Ele fez o convite e ela sorriu arqueando uma sobrancelha e puxou James pela mão em direção ao café que amavam era o seu preferido. Sentaram na janela o lugar que já era decretado como deles.

— A gente sempre vinha aqui lembra? – Lucy disse encarando a janela de vidro vendo o movimento das pessoas na rua.

— Oh se lembro – James riu – você não parava quieta.

— Mãe olha o que a Lucy fez! – James choramingava porque a ruiva havia pegado seu pente da sorte.

— Vem pegar James – ela mostrou a língua e ria do garoto, Lucy estava em pé em cima da cadeira com o pente de James.

— Malvada! – ele disse e algumas crianças passaram por Lucy cochichando e rindo dela. James percebeu que ela as olhou feio mas quando se afastaram ficou triste.

James segurou a mão de Lucy na frente das garotas e a puxou para sentar do lado dele dividindo o sorvete com ela. As meninas que riram de Lucy ficaram enciumadas porque James era o garoto mais bonito da classe.

— Não liga não – ele disse – você é mais legal que elas – Lucy o agradeceu mentalmente e corou de leve – agora você pode devolver meu pente?

— Não! – ela disse correndo dele mais uma vez

— Sem pente da sorte – James disse em meio a risada e tocando o cabelo.

— Até parece eu sei que está escondido na sua casa – Lucy ri e James faz biquinho que na concepção de Lucy o deixava uma gracinha, ela desviou os olhos para não pensar nisso – e a Mille?

— Estava com ela mais cedo – dessa vez ele desviou o olhar se sentiu incomodado de falar sobre Camille com Lucy – sabe, ela foi a primeira garota que viu por baixo de toda a mascara que eu usava, de só me valorizar pela minha aparência ela me ensinou o que realmente vale – encarou a ruiva – mas eu ainda não sei o que é amar eu apenas gosto dela, e não nego que gostaria de descobrir esse sentimento com ela.

— Nossa – Lucy sentiu inveja de Camille – me deu vontade de socar você.

— Valeu em – James e ela caíram na gargalhada – mas eu sei que o que ela e Logan tem não é uma coisa fraca se resistiu a todo esse tempo.

— Verdade – Lucy disse e arregalou os olhos ao ver uma cena acontecendo atrás de James.

— O que foi? – James perguntou ao perceber o jeito da garota e se virou para ver o que era.

E a cena não seria agradável para Lucy, Kendall e Jô estavam entrando no estabelecimento e pareciam um casal.

— Me tira daqui – Lucy escondeu o rosto.

— Vem – James passou os braços ao redor do corpo dela e se dirigiram a outra saída para não serem vistos por Kendall e Jô.

— Me desculpe por não ter respondido logo – Kendall disse para Jô se sentando na mesa.

— Tudo bem pelo menos me ligou para conversarmos – ela sorriu estava feliz.

— Vou ser sincero – Kendall sabia que seria difícil – eu gosto de você Jô, mas...

— Tem a Lucy – Jô encarou os dedos que estavam em cima da mesa.

— Eu não quero machuca-la – Kendall se preocupava com a ruía sua melhor amiga.

— Ta bem – Jô foi fria.

— Eu só quero que espere eu acertar as coisas com ela – ele segurou a mão da loira – só tenho que fazer ela entender o que sente.

— Kendall olha eu – Jô ia começar mas foi interrompida.

— Eu quero você só preciso que me espere – ele disse chegando mais perto dela e sentindo seu coração saltar.

— Ta bem eu espero – ela sorriu sem graça estava nervosa pela proximidade do loiro – mas não mude de ideia eu conheço a Lucy.

— Não vou mudar – ele finalmente sela seus lábios nos dela.

O celular de Kendall toca os atrapalhando. Era Katie.

— O que foi Katie? – ele disse um pouco nervosa por ser atrapalhado – Calma já vamos pra ai.

— O que houve – Jô perguntou preocupada.

— Aconteceu uma coisa – Kendall parecia agitado – pra minha casa agora!